Solange levantou a cabeça, prestes a falar, quando Yago segurou sua mão, sorrindo e disse:- Vovó, estamos nos preparando!Ela tentou se soltar, mas Yago a segurava firmemente, sem dar a ela chance de escapar.Já que ele não a deixava confortável, ela também não o deixaria confortável.Ela olhou para Nina:- Vovó, eu estou procurando emprego recentemente, então a questão de ter filhos pode ter que esperar.Assim que disse isso, a sala mergulhou em um silêncio profundo.Yago apertou sua mão com força, e sua expressão se tornou sombria.Percebendo a dor no pulso, Solange franziu a testa.O olhar de Walter pousou na mão de Yago, que apertava firmemente Solange, com veias saltadas, por um segundo antes de desviar indiferente.A tia de Yago, Daise, deu uma risada sarcástica:- Sol, não me culpe por falar, mas vocês dois estão casados há anos, não ter um filho não parece bom, né? - Daise Lima fez uma pausa antes de continuar. - Além disso, se não fosse pela insistência do Yago em casar com v
O corpo de Yago endureceu subitamente, e sua expressão se tornou extremamente tensa num instante.Ele apertou o queixo de Solange sem perceber, levando alguns segundos para finalmente soltá-la e se virar para olhar para Walter.Encontrando o olhar meio sorridente de Walter, Yago forçou um sorriso:- Não, tio Walter, você veio aqui para me dizer algo?Walter sorriu levemente:- Sua avó mandou eu chamar vocês para jantar.- Certo, obrigado, tio Walter.- Não é incômodo, mas este é um lugar público, seria bom se você fosse mais cuidadoso.Enquanto falava, seu olhar casualmente deslizou pelo queixo avermelhado de Solange, cheio de zombaria.Percebendo que ele estava olhando para Solange, Yago franziu a testa e deu um passo à frente para ficar na frente dela:- Tio Walter, eu entendi.Sua expressão e tom de voz não eram amigáveis, e o olhar que ele lançava para Walter estava cheio de desagrado e até um pouco de defensiva.Walter deu uma risada leve e desinteressadamente retirou seu olhar:-
Yago agarrou o celular com força, fixando o olhar nas palavras na tela, seus olhos escurecendo com sombras.Ele e Hebe sempre tomaram precauções para evitar gravidez, então ou ela estava mentindo para ele, ou ela havia deliberadamente sabotado os preservativos.De qualquer forma, isso ultrapassou os limites de Yago.Ele ligou diretamente para Hebe: - Onde você está agora?Percebendo o frio e a raiva em sua voz, Hebe sentiu um amargor emergir, ela disse: - Presidente Yago, estou grávida, você não está feliz?Yago soltou uma risada sarcástica:- Você tem certeza de que está grávida? E que o filho é meu?- Presidente Yago, você foi o único homem que tive, você não sabe se o filho é seu?Sua voz carregava um tom de acusação e uma pitada de mágoa, mas Yago só sentia irritação: - Então faça um aborto, tire essa criança.Exceto por Solange, ele não precisava de outra mulher para ter filhos.E quanto a Hebe, uma mulher que se lançava em seus braços, ele estava apenas se divertindo, nunca le
A voz chorosa de Hebe parou abruptamente, seus olhos estavam cheios de mágoa, ela disse: - Presidente Yago, eu sou sincera com você. Refletindo sobre os cálculos dessa mulher para consigo mesmo, Yago sentiu uma onda de repulsa: - De que adianta sua sinceridade? - Ele retirou um cartão bancário e o lançou sobre a mesa, fitando ela sem expressão. - Há dois milhões neste cartão, pegue o dinheiro e vá ao hospital fazer um aborto, ou mandarei meu guarda-costas levá-la ao hospital. Você deve saber o que escolher. Hebe hesitou por um momento, tremendo enquanto segurava o cartão bancário, cobriu o rosto e correu para fora do restaurante. Yago ligou para que o guarda-costas acompanhasse Hebe até o hospital e, irritado, desligou o telefone. Ao ver a foto de Solange no protetor de tela, sua expressão amoleceu um pouco. Sem hesitar, ele ligou diretamente para ela. Após um longo tempo, ela atendeu: - O que foi? O tom frio dela foi como um balde de água gelada jogado sobre sua ca
Yago hesitou por um momento e, sem pensar, disse:- Mas todas as vezes que você vai à floricultura, você compra estas flores.Solange desviou o olhar, provavelmente ele já havia esquecido que no dia em que ele se declarou, havia dado rosas para ela.Mas isso também não importava mais, ele podia trair os sentimentos deles, então era normal que ele não se importasse com essa pequena coisa.Solange disse:- Isso foi antes.Ela passou por ele e foi direto para o quarto. Ela podia sentir o olhar de Yago sobre ela, mas ela já não se importava mais se suas palavras o fariam se sentir perdido ou triste.Ela trocou de roupa e desceu, Tábata já havia servido o jantar e disse:- Senhor, senhora, o jantar está pronto.Solange assentiu, foi direto para a mesa de jantar e começou a comer sem sequer olhar para Yago.Yago franziu a testa, mas não disse nada e se sentou silenciosamente em frente a ela.Percebendo que algo estava errado entre os dois, Tábata adivinhou que eles deveriam ter discutido.El
O tom de comando fez Solange franzir a testa involuntariamente:- Não importa se você concorda ou não, eu vou me mudar.O tom indiferente de Solange fez Yago ficar ainda mais furioso, elevando bastante a voz:- Não se esqueça das despesas médicas do seu pai...Ele nem terminou de falar, quando foi interrompido friamente por Solange:- Yago, se não me engano, o filho do seu tio Caio, Murilo, que está estudando no exterior, está prestes a voltar, e você também não quer que seu caso extraconjugal seja descoberto agora pela sua avó e pelos outros membros da família Lima, certo?Como Caio Lima não tinha capacidade, Paulo havia investido bastante em Murilo, afinal, o Grupo Lima é grande demais para ser deixado apenas para Yago.Nos últimos anos, Yago sempre se mostrou muito competente para Paulo, e agora, em um momento crucial, não era possível permitir que ela revelasse seu caso.Solange escolheu este momento para se mudar, também considerando isso.Do outro lado da linha, houve um silêncio
Na manhã de segunda-feira, às oito horas, Solange chegou pontualmente à Farmacêutica Estrela. O departamento de pessoal finalizou seu processo de admissão e conduziu ela em um tour pela empresa para familiarizá-la com a localização dos diferentes departamentos antes de encaminhá-la ao escritório do gerente do seu departamento de pesquisa e desenvolvimento. A gerente do departamento de pesquisa e desenvolvimento, chamada Larissa, era uma mulher na casa dos quarenta anos, com cabelos curtos e bem cortados e uma expressão séria que raramente sorria. - Por favor, se sente. - Larissa disse, enquanto Solange se sentava. Com um tom indiferente, ela continuou. - Examinei seu currículo. Você obteve vários êxitos durante seus estudos, porém está afastada de laboratórios nos últimos anos. Você começará como assistente.- Está bem. - Respondeu Solange, mantendo a calma e sem demonstrar descontentamento, o que fez Larissa mostrar um vislumbre de satisfação. Ela apreciava subordinados que tr
Larissa olhou para Solange e disse:- Você teve algum progresso no laboratório nos últimos dias?Solange respondeu:- Observei que o laboratório está desenvolvendo um medicamento para doenças cardiovasculares e, atualmente, o progresso do desenvolvimento está em torno de 50%. Estamos nos preparando para iniciar a fase de experimentação com camundongos.Ao ouvir isso, a expressão de Larissa melhorou um pouco, e seu olhar para Solange também carregava admiração:- Não está mal. Como você está se saindo com o uso dos equipamentos experimentais?- Aprendi bastante.Ao lado, Kelly franzia a testa, olhando para Solange ela disse:- Sol, eu sei que você quer começar a experimentar o quanto antes, mas precisa entender que experimentar é algo muito sério. Há muitos tipos de equipamentos que nem usamos recentemente. Como pode dizer que já aprendeu o suficiente?Solange respondeu calmamente:- Eu já utilizei esses equipamentos na universidade.- Você disse que foi na universidade, mas já faz anos