Passando o Bastão

O silêncio na sala tecnológica é quase acolhedor, quebrado apenas pelo zumbido baixo das máquinas.

Estou sentado diante de uma tela cheia de códigos e relatórios, revisando mais uma vez as informações que Fernando enviou sobre os depósitos dos Cordobeses.

Mas há algo que preciso fazer antes de partir para a missão no cassino: garantir que tudo aqui continue funcionando perfeitamente na minha ausência.

— Mateus? A voz de Luna ecoa suavemente pela sala. Quando levanto o olhar, vejo que ela está à porta, hesitante. Ainda está pálida, a gravidez começando a pesar em seu corpo. Apesar disso, seus olhos mantêm aquela firmeza que sempre admirei nela.

— Entra, Luna. Digo, gesticulando para que ela se aproxime.

Ela caminha devagar até mim, olhando ao redor da sala, como se estivesse tentando absorver todos os detalhes. Quando se senta ao meu lado, percebo que está tentando esconder o desconforto físico.

— Quero que você assuma isso enquanto eu estiver fora. Falo, direto a