Henrique disse que apresentaria alguns amigos a Sílvia, e realmente fez isso. No início, a conversa entre eles fluiu bem, mas surgiram divergências quando o assunto foi salário.Henrique ficou um pouco envergonhado, mas Sílvia não viu problema nisso. Afinal, encontrar um trabalho satisfatório realmente não é tão simples.Dora bateu na mesa e perguntou a Sílvia: - Sílvia, o Presidente Marcos perguntou se a sala de reunião está pronta?Sílvia passou para ela uma cópia da ata da reunião:- Podem ir, a ata está aqui, mas acho que Marcos levará Juliana com ele.Dora parecia surpresa:- Você não vai?- Tenho outras coisas a fazer. - Respondeu Sílvia calmamente. Havia muitas coisas a fazer na secretaria, e ela estava sempre muito ocupada.Após Dora sair, Sílvia terminou de revisar dois documentos e estava prestes a ir à sala de descanso para beber água quando viu Dora voltar às pressas.Ela viu Sílvia e disse apressadamente: - Sílvia, vá rápido para a sala de reunião. Um documento da reu
Juliana deveria acompanhar Sílvia na elaboração do plano, mas não era possível que ela apenas observasse.No dia seguinte, ela chegou com suas coisas no andar de baixo, parando diante de Sílvia com uma expressão obediente e chamando ela pelo nome.Sílvia imediatamente lhe entregou os dados do Grupo LY, dizendo:- Organize todos os dados antes do meio-dia.Juliana não fez objeções desta vez. Conhecendo as vantagens de trabalhar com Sílvia, ela realizou sua tarefa diligentemente.Porém, sendo jovem e tendo um relacionamento amoroso com Marcos, logo começou a conversar com as pessoas do escritório.Os dados do Grupo LY eram complexos e já causavam dor de cabeça para Sílvia, que agora se sentia ainda mais perturbada com o barulho.Ela se levantou e foi para a sala de descanso.Assim que chegou, o celular tocou. Era Isabelly novamente.Isabelly raramente entrava em contato tão frequentemente, e Sílvia hesitou antes de atender.Isabelly estava chorando muito, e Sílvia esperou que se acalmass
Sílvia se distraía até que o som do toque do celular a trouxe de volta à realidade.Ao ver que era Isabel, Sílvia franziu levemente a testa, pois Isabel raramente a procurava.Com hesitação, ela atendeu a chamada, e a voz imperativa de Isabel apareceu:- Venha ao hospital da cidade e traga alguns suplementos.Quando Sílvia chegou, descobriu que a mãe de Henrique, Sra. Agatha, havia se machucado acidentalmente no braço e precisava ser hospitalizada para observação.Isabel, ao vê-la, ergueu as sobrancelhas e disse:- Deixe as coisas aqui, você pode ir agora.O tom de Isabel era áspero, e Sílvia, com os lábios apertados, não respondeu. Isabel era a mãe de Marcos, e Sílvia não podia dizer nada, seja no trabalho ou na vida pessoal.- Obrigada por tudo. - Disse a mulher na cama do hospital, acenando com a cabeça de forma gentil e educada para Sílvia.Sílvia balançou a cabeça e, sob a pressão de Isabel, deixou o quarto.Ao sair, ela esbarrou com Henrique, que estava chegando apressado.Ao s
Sílvia tinha consciência de que sua situação atual não era das melhores. Sem querer parecer excessivamente forte, ela concordou com um gesto de cabeça:- Obrigada pela ajuda.Henrique a segurou com firmeza. Apesar da altura de Sílvia, ela era magra, enquanto Henrique tinha mais de um metro e oitenta. Quando ele a ergueu, ela parecia pequena em seus braços.Enquanto Henrique a erguia, os olhos de Sílvia se encontraram diretamente com os de Marcos, escuros e fixos nela com uma frieza penetrante.Sílvia, ligeiramente surpresa, abaixou rapidamente os cílios, obstruindo sua visão.Juliana, puxando a manga de Marcos, sussurrou um lembrete:- Marcos, não marcamos de jantar com Jorge e os outros?Marcos desviou o olhar e, com uma voz baixa, concordou antes de se dirigir ao carro.Juliana, observando Henrique e Sílvia, apertou os lábios, mas logo se acalmou.Ela entrelaçou seu braço no de Marcos, marcando sua presença ao lado dele, diante de Sílvia.Sílvia acompanhou Henrique ao hospital, já
Silvia demorou um bom tempo para recuperar a voz. Com a garganta rouca, ela falou: - Marcos, você está me pressionando?Marcos largou o que tinha em mãos e olhou para Silvia com seus olhos escuros. Ele franzia a testa, soltou uma risada sarcástica e disse: - Você está pensando demais. Você é mais adequada para isso. Isso atrapalha seu romance com Henrique?Silvia olhou para Marcos, sentindo um aperto no peito. Sempre pensou que Marcos a tratava de maneira diferente. Mas, afinal, não havia diferença. Ela não se justificou. Após um momento de silêncio, finalmente disse, devagar: - Tudo bem, eu irei para a Cidade C.O escárnio nos olhos de Marcos se intensificou. Seus olhos e sobrancelhas expressavam desprezo, e ele fixou seu olhar nos lábios pintados de Silvia:- Você pode ir amanhã de manhã.- Marcos. - No entanto, Silvia o interrompeu, olhando para seu semblante severo e sentindo uma onda de exaustão sem motivo. Há muito tempo seguia ao lado de Marcos. Tanto tempo que ele já
Sílvia manteve sua expressão inalterada, sem responder a Juliana. Ela olhou para Marcos e perguntou: - Quando vamos sair?Juliana tinha vindo viajar com Marcos.Em assuntos de trabalho, ele não a levava, mas em seu tempo livre, gostava de acompanhá-la.Marcos a mimava, disposto a passar tempo com ela. Sílvia, que trabalhava para alguém, não tinha posição para dizer nada. Seu trabalho era fazer bem o seu próprio.Juliana queria almoçar perto da área turística, e Marcos a acompanhou. Sílvia foi dirigir. Assim que entraram no carro, Juliana se aninhou nos braços de Marcos, reclamando com voz suave que ele tinha saído de manhã sem levá-la. Marcos a acalmou com um tom tranquilo: - Você merece dormir um pouco mais nas férias.Embora seu tom não fosse exatamente terno, era cuidadoso.Sílvia se concentrava em dirigir, mas, como não havia divisória no carro, ainda podia ouvir Juliana fazendo manha. Quando chegaram ao local do almoço, o estacionamento estava longe do restaurante, já que
Sílvia acabara de desenvolver uma pequena alergia, com erupções cutâneas no queixo. Era uma excelente desculpa para pedir folga a Marcos, se limitando a sair apenas para o trabalho essencial. Quando seu queixo melhorou, Juliana já estava de partida para a Cidade J, pois não dispunha de muitos dias de folga para permanecer.Sílvia se surpreendeu, pois imaginava que Marcos a acompanharia de volta, mas ele não foi. Juliana, visivelmente preocupada em deixar Sílvia e Marcos a sós, conversou longamente com Marcos antes de partir e, em seguida, disse a Sílvia: - Sílvia, agradeço por ficar aqui. Conhecendo o temperamento de Marcos, peço que cuide dele por mim.Embora essas palavras parecessem uma mera cortesia, na verdade, eram um alerta para que Sílvia mantivesse distância de Marcos.Após se despedir de Juliana, Sílvia acompanhou Marcos a um encontro com um cliente. Marcos dirigia, enquanto Sílvia revisava alguns documentos, mantendo o ambiente silencioso no carro. O toque repentino do
- Claro. - Marcos, com os olhos abaixados em reflexão, concordou alegremente após um momento.Nina sorriu, erguendo sua taça de vinho e disse casualmente:- Eu e sua mãe brincávamos sobre casar você com Larissa.Sílvia observava-os trocando brindes.As palavras de Nina eram todas sobre sua relação com Isabel, evitando qualquer menção aos negócios da empresa.Não se sabia quando Marcos voltaria.Se ele fosse, as coisas com Nina poderiam ficar ainda mais complicadas.Perdida em seus pensamentos, Sílvia não percebeu que a conversa de Marcos já havia terminado.Ele jogou seu casaco com cheiro de cedro sobre ela, e sua voz fria e profunda a trouxe de volta à realidade:- Vá se despedir da Presidente Nina.Sílvia, segurando o casaco dele, estava prestes a seguir Nina para fora, quando Nina se virou para impedi-la:- Não se incomode. - Depois de dizer isso, ela olhou para Marcos. - Mas por favor, cuide de Larissa nos próximos dias. Ela acabou de se formar e ainda tem muito o que aprender.Mar