Sílvia parou por um momento, guardou a bolsa e tirou o casaco, seu tom era calmo como o de sempre: - Está aqui para explicar para Juliana? Caso contrário, ela não conseguia imaginar por que Marcos estava aqui agora. Marcos ergueu os olhos e perguntou em vez de responder: - Por que já voltou agora? Sílvia saiu do trabalho meia hora mais tarde do que de costume para corrigir o relatório que Juliana fez. Ela derramou um copo de água quente para aliviar o frio em seu corpo. Marcos ainda olhava para ela, sentado no sofá, esticando suas longas pernas casualmente como ele era o dono desta casa. Sílvia disse: - Fiz hora extra e estava chovendo lá fora, então voltei um pouco tarde. - Você não está muito satisfeita com Juliana. - Marcos ergueu as sobrancelhas, e teve certeza do que disse. Sílvia tomou um gole de água quente e imediatamente se sentiu muito melhor. Ela não estava muito interessada em discutir Juliana com Marcos, - Será tudo bem se você está satisfeito. Minh
Sílvia baixou seus olhos, - Só não queria que ela pensasse demais. Não é necessário. Marcos pegou a caneta e passou sua assinatura no documento, depois jogou os documentos para ela sem nenhuma expressão no rosto, - Ok, você mesma explica para ela. Sílvia acenou a cabeça e já ia sair com os documentos, Marcos parou sua caneta na mão e disse a Sílvia, - Se acontecer alguma coisa no futuro, peça para Juliana vir até mim. Os passos de Sílvia pararam e Marcos olhou para ela com frieza, - Não venha mais. Não sabia o que Marcos disse a Juliana, mas quando se reencontraram no dia seguinte, o rosto de Juliana voltou a se encher de sorrisos. Quando ela segurou o braço de Marcos e a cumprimentou, seus olhos não tinham mais curiosidade como ontem. A menina era jovem e não conseguia esconder as coisas, acontecia que seus colegas conversavam sobre questões emocionais e todos brincavam um com o outro. O relacionamento entre Juliana e Marcos quase se espalhou pela empresa e, mesmo
Juliana abaixou a cabeça e disse timidamente: - Não foi isso que eu quis dizer. Houve risadas do lado: - Marcos, o que há de errado com você? Por que está agindo como se tivesse medo de sua esposa? Marcos riu casualmente, olhou para Juliana com seus olhos bonitos e disse em tom casual: - Menina tem que ser mimada. As risadas ficaram mais altas, e de repente alguém disse: - Achei que Marcos gostava do tipo como Sílvia. A caixa ficou em silêncio e o sorriso no rosto de Juliana congelou, ela mordeu o lábio e olhou para Marcos. A expressão de Marcos não mudou, ele ainda parecia casual e preguiçoso. Seus cílios caíram, e ele disse baixinho: - Eu não gosto dela, mas ela quer me seguir. Depois que ele terminou de falar, o homem imediatamente acrescentou: - É assim, nunca vimos Marcos trocar o número do celular para nenhuma mulher. Irmã Juliana, você é única para Marcos. Marcos franziu a testa e disse: - Quem você está chamando de irmã? Ela não tem relacionamento com você.
Os olhos de Marcos pousaram em Sílvia, e Sílvia disse sem mudar a expressão: - Meu carro quebrou na estrada. Ela pegou a taça de vinho que Marcos empurrou e disse calmamente: - Se quiser beber, posso se acompanhar por ele. - Acompanhe-me por ele? - Marcos repetiu essas palavras, olhou para ela com seus olhos escuros e disse em tom casual: - Qual é a relação entre a Sec. Nunes e o Sr. Pinheiro? Ainda pode substituí-lo? Sílvia franziu a testa e o descontentamento no tom de Marcos era óbvio. Por acaso, Juliana, que estava calada ao seu lado, perguntou de repente em surpresa: - Sr. Pinheiro, você é namorado de Sílvia? Sílvia se assustou e olhou para Juliana com um olhar frio, quando ela ia falar, Marcos disse friamente: - É mesmo? Ele olhou para Sílvia com olhos profundos, esperando sua resposta. - Não incomode Sílvia. - Henrique estava gentil como sempre, e resgatou Sílvia com apenas uma frase. - Somos apenas amigos. Quando Henrique falou, os outros naturalmente
Sílvia baixou seus olhos, - Eu vou. Juliana puxou Marcos de volta para jogar, e Marcos a seguiu, nunca mais olhando para Sílvia. Depois de sair do bar, Sílvia virou-se e agradeceu a Henrique, - Obrigada agora mesmo. O tom de Henrique era suave e ele disse gentilmente: - De nada, eu se levo de volta. - Não preciso... - Antes que Sílvia pudesse terminar suas palavras, foi interrompida por Henrique, que apontou para o céu, - Vai chover forte esta noite, não será segura para você, uma menina, voltar sozinha. Como ele disse seriamente, Sílvia não podia recusar mais e só pôde seguir Henrique em seu carro. Henrique era uma pessoa muito comedida, depois de mandar Sílvia para casa, saiu sem fazer perguntas. Sílvia segurava o casaco dele, que Henrique lhe emprestou porque ela se manchou acidentalmente enquanto esperava na rua à tarde. Ela pensou em devolver o casaco depois de lavá-lo. Choveu levemente a noite toda e no meio da noite se tornou chuva forte. Sílvia não
- O que há para dizer. - Sílvia disse baixinho enquanto aguentava leite, sua menstruação estava chegando e ela não queria tomar café. Ela perguntou a Marcos: - Quer beber? O que lhe respondeu foram as costas de Marcos e a porta fechada. Ontem choveu toda a noite e a rua estava muito molhada, o carro de Sílvia foi rebocado para reparação, então tinha de apanhar um táxi para a empresa. Quando desceu, ela encontrou Marcos, mas ele estava com uma cara fria como se não tivesse visto Sílvia, então Sílvia não mencionou que queria levar seu carro para a empresa. Sílvia chegou à empresa alguns minutos mais tarde do que o habitual e, assim que entrou no escritório, ouviu risadas baixas. Ela olhou para cima e viu vários colegas cercando Juliana. Na mesa de Juliana havia um saco, que continha várias xícaras de café. Juliana sorriu assim que a viu, e cumprimentou-a: - Sílvia, venha tomar café. Sílvia balançou a cabeça, - Não preciso, já comi. - Mas comprei um café para
Sílvia foi ao banheiro antes de sair da empresa e de fato havia sinal adiantado de menstruação. Não era fácil apanhar um táxi debaixo do edifício do Grupo LH, era preciso caminhar algumas centenas de metros. O carro de Marcos saiu do estacionamento subterrâneo e estacionou bem na frente dela. A janela do carro foi baixada, revelando seu lindo rosto. Ele perguntou a Sílvia: - Não dirigiu hoje? Sílvia respondeu: - Mandei o carro para conserto. Ela baixou os olhos, já havia dito ontem à noite que seu carro estava consertado, mas parecia que Marcos não ouviu nada. - Voltará para casa ou para algum lugar? - Ele perguntou novamente. - Para casa. - Suba. - Marcos gesticulou, e Sílvia inconscientemente olhou para Juliana no banco do passageiro. O sorriso no canto da boca dela era rígido, e ela franziu levemente a testa e lembrou a Marcos em voz baixa: - Ainda temos que fazer compras, se Sílvia tiver alguma coisa para fazer, não vamos atrasá-la? Marcos olhou para
A franqueza de Sílvia deixou Henrique ficar por um momento sem palavras. - Não fez mal se você não quer. - Sílvia baixou os olhos, ela mesma se sentindo não era muito bom, - Eu falei casualmente, não leve a sério. Henrique ficou em silêncio por um momento e disse: - Desculpe Sílvia, mas posso perguntar por quê? - Nada. - Disse Sílvia, - Estou solteira há muito tempo e acho que devia me apaixonar. Ela não mencionou Marcos e Henrique não perguntou. Depois do jantar, Henrique ainda a mandou de volta. Mas, encontraram com Marcos na porta da comunidade. O Bentley preto de Marcos estacionou ao lado do carro de Henrique, e ele olhou para Sílvia, que acabou de sair do carro, e depois para Henrique. Henrique o cumprimentou: - Boa noite. Marcos cantarolou e disse significativamente: - Os métodos da Sec. Nunes parecem não ser poderosos apenas no trabalho. Claro que Sílvia conseguia perceber o sarcasmo no tom dele, mas não conseguia perceber porquê. Ele já tinha Julia