Os olhos de Marcos pousaram em Sílvia, e Sílvia disse sem mudar a expressão: - Meu carro quebrou na estrada. Ela pegou a taça de vinho que Marcos empurrou e disse calmamente: - Se quiser beber, posso se acompanhar por ele. - Acompanhe-me por ele? - Marcos repetiu essas palavras, olhou para ela com seus olhos escuros e disse em tom casual: - Qual é a relação entre a Sec. Nunes e o Sr. Pinheiro? Ainda pode substituí-lo? Sílvia franziu a testa e o descontentamento no tom de Marcos era óbvio. Por acaso, Juliana, que estava calada ao seu lado, perguntou de repente em surpresa: - Sr. Pinheiro, você é namorado de Sílvia? Sílvia se assustou e olhou para Juliana com um olhar frio, quando ela ia falar, Marcos disse friamente: - É mesmo? Ele olhou para Sílvia com olhos profundos, esperando sua resposta. - Não incomode Sílvia. - Henrique estava gentil como sempre, e resgatou Sílvia com apenas uma frase. - Somos apenas amigos. Quando Henrique falou, os outros naturalmente
Sílvia baixou seus olhos, - Eu vou. Juliana puxou Marcos de volta para jogar, e Marcos a seguiu, nunca mais olhando para Sílvia. Depois de sair do bar, Sílvia virou-se e agradeceu a Henrique, - Obrigada agora mesmo. O tom de Henrique era suave e ele disse gentilmente: - De nada, eu se levo de volta. - Não preciso... - Antes que Sílvia pudesse terminar suas palavras, foi interrompida por Henrique, que apontou para o céu, - Vai chover forte esta noite, não será segura para você, uma menina, voltar sozinha. Como ele disse seriamente, Sílvia não podia recusar mais e só pôde seguir Henrique em seu carro. Henrique era uma pessoa muito comedida, depois de mandar Sílvia para casa, saiu sem fazer perguntas. Sílvia segurava o casaco dele, que Henrique lhe emprestou porque ela se manchou acidentalmente enquanto esperava na rua à tarde. Ela pensou em devolver o casaco depois de lavá-lo. Choveu levemente a noite toda e no meio da noite se tornou chuva forte. Sílvia não
- O que há para dizer. - Sílvia disse baixinho enquanto aguentava leite, sua menstruação estava chegando e ela não queria tomar café. Ela perguntou a Marcos: - Quer beber? O que lhe respondeu foram as costas de Marcos e a porta fechada. Ontem choveu toda a noite e a rua estava muito molhada, o carro de Sílvia foi rebocado para reparação, então tinha de apanhar um táxi para a empresa. Quando desceu, ela encontrou Marcos, mas ele estava com uma cara fria como se não tivesse visto Sílvia, então Sílvia não mencionou que queria levar seu carro para a empresa. Sílvia chegou à empresa alguns minutos mais tarde do que o habitual e, assim que entrou no escritório, ouviu risadas baixas. Ela olhou para cima e viu vários colegas cercando Juliana. Na mesa de Juliana havia um saco, que continha várias xícaras de café. Juliana sorriu assim que a viu, e cumprimentou-a: - Sílvia, venha tomar café. Sílvia balançou a cabeça, - Não preciso, já comi. - Mas comprei um café para
Sílvia foi ao banheiro antes de sair da empresa e de fato havia sinal adiantado de menstruação. Não era fácil apanhar um táxi debaixo do edifício do Grupo LH, era preciso caminhar algumas centenas de metros. O carro de Marcos saiu do estacionamento subterrâneo e estacionou bem na frente dela. A janela do carro foi baixada, revelando seu lindo rosto. Ele perguntou a Sílvia: - Não dirigiu hoje? Sílvia respondeu: - Mandei o carro para conserto. Ela baixou os olhos, já havia dito ontem à noite que seu carro estava consertado, mas parecia que Marcos não ouviu nada. - Voltará para casa ou para algum lugar? - Ele perguntou novamente. - Para casa. - Suba. - Marcos gesticulou, e Sílvia inconscientemente olhou para Juliana no banco do passageiro. O sorriso no canto da boca dela era rígido, e ela franziu levemente a testa e lembrou a Marcos em voz baixa: - Ainda temos que fazer compras, se Sílvia tiver alguma coisa para fazer, não vamos atrasá-la? Marcos olhou para
A franqueza de Sílvia deixou Henrique ficar por um momento sem palavras. - Não fez mal se você não quer. - Sílvia baixou os olhos, ela mesma se sentindo não era muito bom, - Eu falei casualmente, não leve a sério. Henrique ficou em silêncio por um momento e disse: - Desculpe Sílvia, mas posso perguntar por quê? - Nada. - Disse Sílvia, - Estou solteira há muito tempo e acho que devia me apaixonar. Ela não mencionou Marcos e Henrique não perguntou. Depois do jantar, Henrique ainda a mandou de volta. Mas, encontraram com Marcos na porta da comunidade. O Bentley preto de Marcos estacionou ao lado do carro de Henrique, e ele olhou para Sílvia, que acabou de sair do carro, e depois para Henrique. Henrique o cumprimentou: - Boa noite. Marcos cantarolou e disse significativamente: - Os métodos da Sec. Nunes parecem não ser poderosos apenas no trabalho. Claro que Sílvia conseguia perceber o sarcasmo no tom dele, mas não conseguia perceber porquê. Ele já tinha Julia
Quando Sílvia viu Juliana, disfarçou muito bem sua expressão e perguntou-lhe baixinho: - O que foi? Juliana obviamente estava pintando hoje, sua cara cândida ficou mais fofa, o que a deixou mais inocente, muito parecida com uma menina jovem. - Sílvia, Ministro Lopes enviou um documento para ser revisado, eu originalmente disse que não vou ao jantar hoje e revisará o documento em casa, mas... Nesse momento, ela não pôde deixar de olhar para Marcos ao lado dela, - Mas Marcos disse que você não vai hoje, e pode ajudar a revisar este documento. Sílvia olhou para a pasta que Juliana tinha na mão, obviamente estava convencida de que Sílvia concordaria. Ela olhou para Marcos, - O que você quer dizer? – Jorge Cardoso e os outros estão esperando por nós, de qualquer forma, se você não for, pode revisar este documento. - Os olhos de Marcos ficaram calmos e ele disse: - O pagamento de horas extras vai ser incluso em seu salário. Sentindo dores na barriga, Sílvia esperou por u
Marcos levou Juliana para o jantar e qualquer pessoa percebeu que os dois estavam brigando. Juliana sentou-se do outro lado com uma cara infeliz e Marcos nem se aproximou para persuadi-la. Jorge Cardoso tinha um bom relacionamento com Marcos, ele pegou uma taça de vinho e sentou-se ao lado dele, conversando algumas palavras antes de chegar ao assunto principal. - Marcos, você está sério com essa menina? O rosto de Marcos ficou calmo e ele perguntou calmamente: - O que você acha? - Só quero dizer que se você está sério, vá persuadi-la. Não deixe ela ficar realmente zangada. - Jorge olhou para onde Juliana estava, ela era jovem e a frustração e a mágoa em seu rosto eram muito evidentes. Jorge bufou com indiferença, - Não pense que todos têm um bom humor quanto Sílvia que vai abanar o rabo para você quando você acena. Há duas razões pelas quais as pessoas do círculo de Marcos não gostavam muito de Sílvia: uma era porque Sílvia era muito distante e fria e não falava co
A notícia da transferência de Sílvia da secretária do presidente rapidamente se espalhou pelo Grupo LH, e muitas pessoas vieram até ela pela manhã para verificar a verdade. Felizmente, ela estava acostumada a ser indiferente na companhia, então ninguém ousava falar muito. Acabando de chegar ao posto, há muitas coisas que precisaram ser entregues, Sílvia não tinha tempo de sair ao meio-dia, então só podia ir ao refeitório para comer. Assim que entrou no elevador, viu o pessoal da secretaria do presidente conversando animadamente em torno de Juliana. Todos eram espertos, Sílvia foi rebaixada por Marcos, e a posição de Juliana ficaria ainda mais difícil de abalar, então havia muita gente que queria agradá-la. O rosto de Sílvia era frio como sempre e ela entrou no elevador com calma. As pessoas lá dentro ficaram um pouco envergonhadas e falaram em voz baixa. Juliana olhou para ela e perguntou a Sílvia com ar de superior: - Sílvia, você está acostumada com seu novo trab