A conversa ainda se estendeu por um tempo, Marcela corria perigo, não era casada, não era mãe e não vinha de uma família influente. A simplicidade que o conquistou era o que a deixava em perigo.— Danilo quero que saia, farei perguntas a seu pai, mas não quero que ouça a resposta.Danilo beijou o rosto da mãe, contornou a mesa, abraçou o pai e saiu do escritório.— Pergunte o que quiser, só responderei se for o momento. Mas antes sente-se no meu colo, quero sentir seu cheiro e me acalmar.Ele levantou e trancou a porta do escritório ao retornar para sua mesa a puxou pela mão. — Agora pergunte Marcela.— Você mata pessoas?— Se já matei alguém? Sim, normalmente mando matar, acabo por não fazer eu mesmo isso, e sei sua próxima pergunta, a resposta também é sim, Argos é quem normalmente faz esse serviço pra mim, ele tem dupla função, tem o dever de proteger o negociador que sou eu e também é meu executor, qualquer um que me incomode é função dele fazer desaparecer.Marcela tremeu, não sa
Carlos bateu na porta e abriu em seguida, Danilo estava lendo para a irmã, e ele gostou de admirar essa cena.— Meu filho, o que acha de almoçar comigo? Somente eu e você.— Por que bateu no tio?— Tio? — Carlos sorriu com o parentesco, realmente ele e Argos eram como irmãos, não haveria título mais apropriado.— Tudo bem. Assim você me explica o que aconteceu.Carlos passou pelo escritório, Marcela ainda estava lá sentada em sua cadeira com a cabeça baixa na mesa, ele a olhou com mágoa e pena, queria parar tudo e abraça-la, mas também se sentia ofendido, estava arriscando a pele por alguém que não o ama.— Sairei com Danilo, talvez demore.Ela apenas olhou para ele e sorriu para Danilo. Seus olhos denunciavam que chorou, se sentia culpada por destruir a família que ele agora possuía.Danilo deu um passo para entrar, pensou em cuidar da mãe, mas Carlos não permitiu.— Pai, ela está bem?— Sim meu filho, posso dizer que brigamos, mas não a machuquei, ela só precisa pensar um pouco.Ele
Eles chegaram em casa e Marcela estava servindo café aos sócios, seu olhar pedia socorro. Megan brincava no tapete distraída. Carlos acenou com a cabeça e chamou Marcela para um abraço.— Por que Megan está aqui embaixo? Carlos perguntou baixo no ouvido dela.— Eles insistiram, eu disse que prepararia alguma coisa para sair da sala algumas vezes com ela, eu não sabia o que fazer.— Tudo bem, pegue-a e suba...Marcela sorriu timidamente aos sócios pediu licença e se retirou com a menina.— Danilo suba também!— Vou ficar, precisará da minha ajuda.Não era de tudo mentira, se alguém conseguiria pensar em uma solução, seria ele, Danilo sabia um pouco das regras isso talvez já fosse o suficiente.— Carlos meu amigo, estava falando da bela família que tem e Bryan quis conferir ele mesmo, mas ele tem a mesma impressão que eu, sua menina parece mais com seu soldado do que com você ou a mãe...Ronald ria da possibilidade de um caso entre eles bem debaixo do nariz de Carlos.Danilo deu um pass
A semana passou rápido, os preparativos foram simples, convidaram apenas os membros da organização, com suas famílias. Marcela se encarregou da decoração e dos detalhes da cerimônia, a casa ficou cheia de flores rosa, e escolheu um vestido azul claro, não era uma virgem, achou que seria inapropriado usar branco. O vestido não tinha muitos detalhes, era aberto nas costas e com mangas, parecia um vestido que se usaria no civil por qualquer noiva.O casamento seria na propriedade mesmo ao ar livre, assim como a recepção.Ela estava no quarto se arrumando, Carlos já estava pronto e no jardim esperando por ela com as crianças.— Posso entrar? — Era Argos que veio buscá-la.— Pode, me ajude com o colar e com o zíper do vestido, não consigo fechar sozinha.Argos entrou e fez o que ela pediu, fechou o zíper nas costas do vestido e ajeitou o colar, depois encostou o nariz em seu pescoço e no cabelo, naquela posição abraçado a sua cintura por trás se olharam no espelho, havia um brilho nos olho
Carlos beijou Marcela e a levou para cama.— Terá seu marido aqui com você, não quero que feche os olhos nem por um minuto, não quero que se esqueça quem está te tocando.Marcela concordou com a cabeça e se virou para que ele abrisse seu vestido. Carlos o fez beijando suas costas, cada toque dele era apaixonado, a deitou na cama e a beijou novamente.— Lembre-se my honey, você é o que tenho de mais doce, eu a amo e farei você me amar também.Marcela desabotoou a camisa de Carlos, passou a mão pelo seu peito e sorriu. Ele tirou seu sutiã e pode brincar com seu seios. Toda vez que Marcela fechava os olhos entregue ao prazer, ele a dizia para abrir, não queria nem por um momento o pensamento dela no soldado.— Abra os olhos my honey, olhe pra mim.Ela obedecia todas as vezes, ela subiu em cima dele e se encaixou em seu membro, sempre olhando em seus olhos, era um olhar apaixonado e sedutor o dele, ele controlava os movimentos segurando em sua cintura, depois Carlos se levantou com Marcel
Chegaram no Brasil e passaram 3 dias em um hotel, curtiram a piscina do local, saíram para jantar e se amaram muito em todas as noites, Marcela estava feliz e Carlos ainda mais, a relação deles estava sendo construída através de muito amor e prazer.— Marcela! Hoje vamos a sua casa, pegue seus documentos e os das crianças, pegue o que achar importante, colocaremos a casa a venda com móveis e tudo que ficar. Vá ao seu antigo emprego, peça demissão e vá ao banco encerrar suas contas. A intenção é encerrar essa parte de sua vida, não terá mais nada que te ligue ao Brasil.Marcela concordou, se arrumaram e foram para casa dela, ela entrou e começou a organizar algumas coisas numa caixa, Carlos olhava em volta, ele chegou a ver algumas fotos na parede, tinham fotos de Marcela com Rafael ainda adolescentes, fotos deles como casal e depois com os filhos Danilo e Megan, Carlos pensou que Marcela era feliz no casamento e com as crianças mais ainda. Ele recebeu uma ligação e saiu para atender.
Chegaram ao entardecer em Londres. Ninguém esperava que voltassem tão cedo, Suzan e Argos os receberam na porta, Suzan estava com Megan nos braços.— Mamãe! — A menina gritou e pulou para o colo dela.— Minha princesinha, se comportou? Eu estava morrendo de saudades. Onde está o Danilo?— No quarto dele. Está chateado. — Disse Argos.— O que aconteceu? — Perguntou Carlos.— Meu amigo é o treinamento, ele parece outro, não tem foco, não consegue terminar coisas simples, até mesmo na parte lógica do treinamento ele demonstra dificuldade de entender, nunca o vi tão distraído.— Argos, será que pegou muito pesado com ele?— Claro que não, comecei pelo básico, defesa, aprender as regras, mas tem sido difícil fazê-lo assimilar.— Posso interromper os rapazes? — Disse Marcela ainda com Megan nos braços.— Se me contar exatamente no que ele tem dificuldade, posso ajudar.— My honey não funciona assim, as mulheres não interferem no treinamento, sinceramente nem falamos o que acontece.— Carlos
Já faziam 9 meses que tinham essa rotina, Danilo estava cada vez mais forte, o treinamento era fácil para ele, sempre treinava com o pai, Argos e às vezes com Ronald, ele achava o menino explendido, esperava que o próprio filho fosse tão inteligente quanto ele.Era uma segunda-feira os homens já haviam retornado do treinamento e Carlos estava no escritório, muitos negócios dele eram em outro país como a Escócia ou Gales e os sócios da organização ficavam de olho para ele.— Posso entrar, meu marido?— Ah Marcela, adoro quando me chama assim. Entre!Marcela entrou e se sentou no colo dele.— O que quer, My honey?— As crianças da organização não estudam? Danilo e Megan precisam frequentar uma escola, a língua não é problema, Danilo é fluente, Megan está aprendendo e verá que é tão inteligente quanto o irmão.— Sobre o Danilo eu já pensava nisso, ele se formaria em 3 anos aqui, mas a Megan quase não fala, quando faz é em português, nunca a ouvi dizer uma palavra em inglês.— Querido, Me