"Senhor seu filho já é maior de idade. Queremos ter uma conversa amistosa com ele." Sant Clair tenta ponderar com Cícero que insiste em se manter presente enquanto eles conversam.
"Com todo respeito o cavaleiro. Mas o que tiver de falar com meu filho, será na minha presença."
Diante da postura turrona do seu pai, Dilany intervém. "Pai fica tranquilo! Me entenderei com os guardas. Pode voltar para dentro de casa, se por acaso eu precise, não hesitarei em chama-lo."
Com pouca vontade em atender o pedido da filha, Cícero assente. "Está bem filho, estarei lá dentro caso precise."
Em poucos passos Cícero regressou a choupana. Dilany voltou seus olhos para o soldado. "O que desejas com a minha pessoa?"
O homem fardado pigarreia e começa a discorrer suas questões. "Serei direto. É de conhecimento de todos o que se passou ao príncipe de Mazog." Em sua face a expressão fechada. "Foi encontrado em
"Um ataque fulminante." As palavras saltam da boca de madame Irlanda de forma assertiva. "Se Salvador não confessasse e mostrasse as boas intenções para contigo., Cícero não estaria aqui agora.""Quando cheguei em casa, me dissestes para não desmentir. O que sabes da minha história?""Nada mais do que foi falado lá na sua casa. Disse para não desmentir, pois conheço seu gênio livre. Não gostaria de ter alguém ao seu lado forçado. Creio que meu pensamento esteja correto.""De fato não gostaria mesmo.""Posso lhe garantir que tudo o que aquele homem quer nesse momento, é que o aceite. Acredite, é o melhor para todos. Cícero satisfeito, seu filho com o pai e tu terás o que tanto quer nesse momento. Justiça."Dilany se levanta da cadeira dando um passo para trás. "Do que está falando?!"Diante do espanto de Dilany, Irlanda solta uma gargalhada bastante efusiva. "Calma jovem! Falo do
René achou por melhor acompanhar de perto a reunião entre os reis. Adentrou a biblioteca e se pôs no meio da conversa. O duque tinha certeza que Nuno com seu temperamento explosivo, jamais conseguiria sustentar uma mentira diante de Giron."Atrapalho alteza?" Se dirige para o Rei Giron."Atrapalhar não seria a palavra certa, mas estou falando algo de cunho pessoal com a majestade Arbória."Sob os olhos descontentes de Nuno, o duque continuava insistindo. "Creio que o quê será falado aqui, eu seria melhor pessoa para esclarecer. Já que presenciei toda a situação de fora.""Seja mais objetivo." Exige Giron."Sei que seus guardas estavam investigando sobre a pequena rusga que teve Nuno com o nosso querido Cristóvam. Meu intuito é só esclarecer essa história, contar de uma parte imparcial."Giron levanta a sobrancelha. "Teve bastante tempo de ser imparcial, quado pessoalmente lhe pe
Ao final do culto, cumprimentavam Calixto e seguiam para suas casas. Apenas os Ziran continuavam sentados a espera que todos saíssem.Quando por fim todos se foram, Calixto pediu a Cícero que tivesse um particular com ele do lado de fora, antes de falar com os noivos.Com a expressão fechada, do lado de fora, o pastor discorre a Cícero o que lhe angustiou todo culto. "Estais louco Cícero!" O espanto era notório na face do religioso. "Colocastes dentro da tua casa o príncipe de Arbória! Era óbvio que ele iria coibir sua filha até conseguir desgraçar a vida dela.""O que querias que eu fizesse! Que esquecesse o cristianismo e negasse socorro a ele?""Deveria ter avisado a realeza imediatamente. Não achas.""O homem estava com furos no corpo, realmente fiquei com medo. Contudo essa história n&atil
"O que de tão grave esta moça e sua família fizeram por todos esses anos, além de nos servir com esmero?" Dentro da biblioteca, questiona Massara tentando trazer Nuno a razão."Mentiram, enganaram dois reinado, rindo meu pai e o meu. Não percebes que estamos perdendo controle de Arbória?""És um estúpido! Mais uma vez mandou Corvel prender alguém que não vai para o calabouço. Não percebestes qua aquela moça era preterida do Cris? Giron jamais aceitará que a maltrate.""QUEM MANDA EM ARBÓRIA SOU EU. GIRON MANDA EM MAZOG.""Grita! Grita bastante se isso lhe faz senti melhor. Contudo sabes bem que as coisas não funcionam dessa forma.""Estou cansado de todos tentando controlar-me. Serei motivo de chacota, por nunca fazer valer minha autoridade."No momento que Massara iria responder, batem a porta e quem adentra é o duque René."Com licença majestade e duquesa. Corv
Sobre a lenha do fogão uma panela de barro. Dentro fulmegava água e um tipo de erva que Bertha desconhecia, que segundo Madame Irlanda, a planta é oriunda da América do Sul.As lágrimas eram inevitáveis, ao menos ali longe dos olhos de Dilany, esboçava sua real tristeza. Sem que afetasse ainda mais a moça que acabara de perder parte do seu ser..Enquanto mexia a ebulição, Bertha sentiu uma mão pousar em seu ombro. Madame Irlanda é quem chegava por ali e assim constatar que o chá de aroeira estava pronto."Vens comigo? Aguardamos ao lado de Dilany enquanto o chá esfria e Cícero volte do empório com o borrifador."Com as mãos, Bertha enxuga as lágrimas insistentes e se recusa. "Não serei uma boa companhia nesse momento para minha filha. Acalmarei-me primeiro.""Como queiras." Respondeu a curandeira. Ao atravessar os fios de madeira que dividia a minúscula cozinha dos outros cômodos, Irlanda chamo
"Eu saí de dentro de uma casca que não me pertencia, mas nunca nesses meus 18 anos me senti tão presa quanto me sinto agora."Bertha balança a cabeça em negativo. "Toda essa confusão que está sentindo é culpa do seu pai e minha. Fomos ingênuos em achar que te colocar em um par de botas e uma calça iria lhe proteger do mundo.""Não se culpe minha mãe. Me protegeram sim de ficar sem um pedaço do seio, ou de ser enterrada em uma cova rasa ou jogada do penhasco da cachoeira de cristais. Fizeram o melhor que puderam.""Em compensação, não protegemos sua mente. A criamos como cavalheiro e pensas como um.""E o que tem de mal nisto!? Homens e mulheres tem suas diferenças eu sei. O que não aceito é para os homens os direitos e para nós somente os deveres.""O que pensas que vai acontecer com uma moça sozinha em um reino? Realmente crês que o rei que lhe prometeu exílio, vai lhe tratar como filha? Possa
Existia um desconforto da parte de Dilany, afinal o homem de vestimentas finas e elegante, estava sentado no estofado de palha seca, revestido de couro animal, que em sua casa era usado como sofá.Bertha havia ido a plantação avisar a Salvador para que não venha acontecer nenhuma surpresa.O rei Giron olhava Dilany com admiração, apesar de achar estranho da moça lhe atender de calças com bainhas dobradas e blusão. Nunca havia visto uma mulher trajando roupas masculinas. "Entendo perfeitamente porquê meu filho escolheu a vós. Não poderia ser diferente. Cristóvam jamais se casaria com uma sinhazinha mimada cheia de laços e fitas.""Ele me disse isso bastante vezes. Foi difícil eu crer nele. Cris era muito bom para ser real.""Sim. Por isso não consigo entender como podem ter feito mal a ele. Não foi só roubo, foi ódio. É por isso que estou aqui senhorita, para saber se há algo que tu saibas que possamos fa
Na igreja do pastor Calixto o caos era total. A cada meia hora uma mãe diferente chegava para falar do sequestro de uma filha.Um grupo de homens parentes das crianças sairam em uma busca incessante. As mães foram até a igreja em busca de fazer as preces para que ajude através da fé. Em um lugar aonde a lei só serve para ajudar aos nobres e ricos, as famílias não tinham para onde ou quem recorrer.👑👑👑👑👑Cícero não conseguiu galopar, depois do dia esgotante de trabalho, preferiu ir para casa com o carro de carga, seria menos cansativo.No outro dia teria reclamação dos guardas, ele já sabia. Sua condição física não lhe permitia uma excussão perfei