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A alegria que antes fluia entre todos da festa pareceu se extinguir muito rapidamente, mas como não aconteceria? As mãos de Clarice tremiam enquanto ela segurava Caleb com força em seus braços, Clarck por sua vez parecia começar a absorver o que foi dito lentamente. Um ano de paz. Um ano de paz e nada mais.Foi o tempo que tiveram antes que tudo se tornasse um caos, antes que eles estivessem na berlinda novamente. O bebe se remexeu nos braços de Clarice, estava adormecido, alheio a qualquer coisa a sua volta, a maldição que parecia ter sido jogada sobre ele sem qualquer explicação. — Meu bebê… — Clarice sussurrou, apertando o filho como se pudesse protegê-lo do mundo. E ela podia, podia protegê-lo de qualquer coisa, menos daquilo, menos daquela maldição. — O que vamos fazer? Meu Deus… Meu filho! — lentamente, o desespero começou a tomar conta de seu coração. Já haviam sofrido tanto? Será que não era o suficiente? A alcateia estava se reerguendo, tudo parecia calmo, bom, feliz.
Dentro da casa da alcateia Clarice ninava Caleb e andava de um lado para o outro há quase trinta minutos, não havia como manter a calma, e mesmo que tentasse não mostrar seu desespero para os demais membros da alcateia, ainda era muito difícil se manter firme como uma rocha naquele momento. Quando a porta da grande casa se abriu e Clarck finalmente entrou no ambiente, os dois se encontraram no meio do hall e ele a envolveu num novo abraço. — Descobriu algo com Guillaume? — Clarice perguntou, quase desesperada. — Não, ele não sabe de nada — no momento em que Clarck disse isso, a expressão da ruiva se fechou em uma nova onda de tristeza. — Mas ele disse que você pode conseguir. — Como assim? O que quer dizer com isso? — Você é uma loba mãe, pode conseguir falar com a deusa da lua pessoalmente, já fez isso mais de uma vez, não foi? — enquanto falava, Clarck acariciava os cabelos ruivos de seu filho, beijando o topo da cabeça dele. Deixe Caleb comigo—, você e Lunna têm mais chanc
— Antes de tudo, eu preciso que você se acalme, tudo bem? — Clarice se sentou, cruzando as pernas. Não porque estava calma, mas porque tentava amenizar o tremor que fluía de seu corpo, como se agora fizesse parte dele. Suas mãos estavam suadas, a respiração ofegante, e seu coração martelava contra o peito como um tambor de guerra. Seus pensamentos oscilavam entre a segurança de seu filho e o temor de reencontrar sua antiga alcateia. O passado a assombrava como um fantasma que jamais a abandonara.Clarck observou sua esposa com atenção, sentindo o peso de sua angústia. Ele se ajoelhou diante dela, segurando suas mãos frias entre as suas, tentando transmitir um pouco de calor e segurança.— Clarice, meu amor, quanto mais você demora, mais tenso eu fico. — A voz de Clarck era gentil, mas carregava uma preocupação sincera. Ele também estava nervoso, mas sabia que precisava ser o pilar forte de sua família. Ela já sofrera demais, e ele havia jurado que nunca permitiria que passasse por out
O sol brilhava alto no céu quando Clarice e Clarck finalmente estavam prontos para partir. A grande casa da matilha estava movimentada, com membros se reunindo na frente para se despedirem. Havia um misto de preocupação e esperança nos olhares que os acompanhavam. Sarah estava ao lado de Clarice, segurando suas mãos com firmeza.— Vocês precisam tomar cuidado. — Ela disse, olhando diretamente nos olhos da amiga.— Faremos isso, prometo. — Clarice respondeu, tentando ignorar o aperto em seu peito.Clarck cumprimentou John com um aperto de mão firme.— Cuide da matilha enquanto estivermos fora. — Clarck disse em tom sério, enquanto colocava a mão no ombro de John. Confiava no amigo de maneira que ele era seu Gama. Sabia que faria um bom trabalho nesse tempo. — Confio em você para manter tudo em ordem.— Não se preocupe. Só voltem inteiros. — John respondeu, dando um meio sorriso preocupado.Após mais alguns minutos de despedidas, o casal finalmente entrou no carro. Um SUV preto e robust
O céu estava pintado com um manto de estrelas, e o som noturno da floresta era uma sinfonia de grilos e o farfalhar das folhas. Clarice e Clarck montaram a pequena fogueira no meio de uma clareira que encontraram, garantindo que a chama não se espalhasse. O calor reconfortante dançava sobre suas peles enquanto o casal se sentava lado a lado sobre um cobertor estendido na grama. O cheiro amadeirado das árvores misturava-se com a fumaça da fogueira, criando um ambiente aconchegante e quase mágico. Encontraram a clareira poucas horas após a caminhada e sabiam que poderiam não dar essa sorte mais a frente. Clarck, usando seus instintos de sobrevivência, fez a cabana mais próxima às árvores, já que se ficasse no meio da clareira, poderia atrair a atenção de qualquer outra criatura que passasse por ali a noite. — Faz tempo que não ficamos assim… só nós dois. — Clarice murmurou, quebrando o silêncio entre eles, olhando para o marido com um pequeno sorriso. Sua voz saiu suave, mas carregada
***A escuridão da floresta era densa e a única luz que cortava a penumbra vinha da lua minguante, projetando sombras distorcidas entre as árvores. Clarck tinha apagado a chama da fogueira antes de dormir, para que não chamasse a atenção enquanto estavam dormindo.O som do farfalhar das folhas e dos grunhidos distantes dos animais noturnos foi quebrado por um estalo seco. Clarice despertou, seus sentidos aguçados captando algo errado. Clarck já estava sentado, alerta, com as mãos prontas para qualquer ataque. Um segundo depois, o cheiro chegou a eles — suor, sangue seco e raiva.Renegados.O primeiro foi rápido, investindo contra a barraca, tentando rasgá-la com as garras afiadas, mas Clarck foi mais rápido. Com um golpe certeiro, chutou a lateral da estrutura, fazendo com que o invasor perdesse o equilíbrio. Clarice emergiu logo atrás, pronta para se transformar se fosse necessário, emanando sua aura de loba mãe e preenchendo o local com sua presença. Observando melhor agora, eram
A floresta desembocou numa pequena clareira onde, ao longe, se podia ver uma cabana com uma chaminé. Clarice olhou para Clarck por um momento, um pouco desconfiada, afinal, por que uma idosa moraria sozinha no meio da floresta? Ainda mais em território de rogues, aquilo não fazia sentido. Clarck parecia pensar a mesma coisa, pois, enquanto acompanhava a senhora, que estava alguns passos à frente dos dois, perguntou:— Não é perigoso para você viver sozinha aqui? — a voz dele era cautelosa, e seus dedos estavam entrelaçados aos de Clarice, apertando-os levemente. — O perigo está em todas as partes… Vocês, por exemplo, vivam em paz e segurança em sua alcateia, mas o perigo e a desgraça também os alcançou não foi? — respondeu ela, sua voz levemente rouca pela idade parecendo ainda mais enigmática. — Como você… — o sussurro de Clarice era incrédulo, mas ela foi interrompida quase no mesmo instante em que começou a falar. — Bruxas sabem das coisas, menina… Ainda não se acostumou com i
O silêncio caiu pesado no ambiente. Clarice apertou os dedos ao redor da xícara, como se precisasse de algo para se segurar. Clarck se inclinou para frente, os olhos âmbar faiscando de incredulidade.“Essa velha está completamente insana”, Dorian rosnou em sua mente. Caleb era o filhote deles, não havia como ser um lycan.— Isso é um absurdo! — ele rosnou. — Nosso filho é um lobo! Não há lycans em minha família, não somos dessa raça!— E quando eu disse que veio de sua família, alfa? — Sidonia arqueou uma sobrancelha, pousando a xícara sobre a mesa de centro. — Ou seu ego é grande assim?Clarice sentiu um nó na garganta. Não faria sentido que seu filho fosse um lycan Caleb era filho do alfa e da luna, não um mestiço, lobos e lycans nunca se misturaram, não que ela soubesse ao menos.— Como pode ter tanta certeza? — perguntou, sua voz tremendo levemente.A bruxa suspirou, levantando-se lentamente e caminhando até uma prateleira repleta de frascos e pergaminhos envelhecidos. Pegou um l