Despertei com a claridade excessiva do sol. Eu estava coberta no sofá. Procurei o homem perfeito que dormiu comigo e não o encontrei. Levantei tentando colocar minha cabeça no lugar, lembrando exatamente tudo que havia acontecido na noite anterior. Cobri-me com a manta e fui até a cozinha. Tudo estava exatamente do jeito de deixamos anteriormente.- Estranho... – eu gritei.Não ouvi nada. Ele não parecia estar ali. Fui até a janela de vidro e percebi que o carro dele não estava mais no pátio. Senti uma dor dentro de mim... Ele havia ido embora e me deixado sozinha. Eu ri de mim mesma... Como fui idiota. O que eu esperava? Talvez o mínimo: respeito.Fui até a lareira e peguei minhas roupas secas e as vesti rapidamente. Botei minha mochila nas costas e peguei meu celular, tentando ligá-lo sem sucesso. Procurei pela sala se ele não havia deixado pelo menos um bilhete. Mas não. Ele havia partido sem deixar nenhum vestígio.Saí e bati a porta com f
Nosso final de semana foi bem diferente. Meus pais saíram e eu e minhas irmãs fomos fazer coisas que provavelmente não faríamos se eles estivessem em casa.Na segunda-feira na escola tive que inventar uma desculpa qualquer para Penélope por eu não ter chegado na casa dela no sábado. No fim, não foi muito difícil. Ela não esperava que eu fosse mesmo, desde o início. Mal sabia ela que eu havia saído de casa para ir... No entanto nunca cheguei ao meu destino. Ainda assim eu não achava que tinha ido parar no lugar errado. Eu havia gostado do sábado, do estranho e de tudo que havia acontecido naquela noite. Então eu não tentaria apagar ele da minha mente, por mais chateada que eu estivesse com tudo que havia acontecido depois. Eu não deveria ter esperado mais dele. Aquele homem era alguns anos mais velho que eu, experiente... O que eu queria? Que ele me jurasse amor eterno porque eu decidi que ele tiraria minha virgindade? Ele não me enganou: disse que estava de partida. Pod
Quando estacionei na frente da casa dele eu senti minhas pernas trêmulas, imaginando que ele poderia aparecer a qualquer momento.- Eu não vou ter coragem de descer. – falei amedrontada.- Vai sim. Desça ou eu vou buzinar.Olhei para ela. Martina realmente faria aquilo se eu não descesse. Então eu abri a porta e saí do carro. Ela fez o mesmo. Estava começando a cair a noite. E as luzes da casa estavam acesas.Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, Martina apertou a campainha próxima do portão.- Você pulou este portão enorme? – ela perguntou.Eu olhei para cima. Não parecia tão alto quando eu pulei.- Sim... – confessei.- Crápula... Acho que ele queria deixar você presa... De propósito. Nunca pensou que pudesse ser intenção dele mantê-la em cárcere privado?Eu ri:- Ele não era casado e cheio de filhos?- Você seria a amante... Obrigada a ficar presa aí para satisfazer os desejos mais loucos dele.Enquanto discutíamos as possibilida
CAPÍTULO 9 – Axel CollinsAs próximas semanas foram focadas exclusivamente na festa de 16 anos de Martina. Meus pais, assim como minha irmã, queriam que fosse o evento mais importante de Noriah Sul dos últimos tempos. E os Miller não pouparam dinheiro para que a caçula tivesse a festa dos sonhos. Como nossa casa era pouco frequentada e uma das mais belas e imponentes da Zona A, foi decidido que a festa seria ali. O melhor e mais caro Buffet foi contratato, bem como as decoradoras mais disputadas, sendo que haviam realizado o casamento do príncipe há um tempo. Apesar da ostentação desnecessária, eu via Martina tão feliz que não conseguia abrir minha boca para criticar.O grande dia enfim chegou. Não sei se caberia dentro da nossa enorme e nada humilde casa o número excessivo de pessoas que haviam sido convidadas. A maioria sequer conhecíamos. O dia foi tumultuado e eu só ouvia minha mãe aos gritos dando ordens o tempo todo, tentando fazer com que nada desse errado.<
- Percebi que faltaram convidados. – observei.- Não nos aceitam... Esta é a verdade. – lamentou minha mãe.- Mas aceitam nosso dinheiro. – disse meu pai saindo.- Eu... Não vejo problemas de aceitação. – falou Michelle.- Querida, vocês são jovens... É diferente. Os adultos são muito cruéis... Aceitam nosso dinheiro, fingem ser nossos amigos, frequentam os mesmos lugares que nós... Mas não querem vir na nossa casa, nem nos convidam para os eventos nas deles. – explicou minha mãe.- Não precisamos da alta sociedade. Temos dinheiro suficiente para satisfazer nossos sonhos e desejos... Por que precisamos de outras pessoas para isso? Qual necessidade de pessoas falsas e desconhecidas frequentando nossa casa? – perguntei.- Isso se chama aceitação. – disse meu pai voltando com um envelope amarelo nas mãos e jogando sobre mim, sentando-se de olhos fechados no sofá, parecendo cansado.Eu empurrei Martina e abri o envelope. Era a escritura da casa de campo na Zona
- Desculpe perguntar, mas por que a senhorita quis vir aqui há esta hora? – perguntou Thomas.- Thomas, se eu falasse tenho certeza de que você não ia acreditar.Ele sorriu e disse:- Pode tentar...Eu realmente poderia, mas não tinha coragem. Dizer que fui virgem por 17 anos e decidi ter a primeira relação com um estranho que nunca vi na minha vida e me apaixonei por ele... Por fim, ele sumiu e eu comprei a casa onde fizemos amor. Ele entenderia? Não... Nem eu mesma entendia. Limitei-me a dizer:- Amor, Thomas... Estamos aqui por amor.Ele ficou calado.- Sente-se e fique a vontade... A casa é minha. – eu disse. – Não há ninguém aqui. As luzes de cima estão ligadas?- Sim... Liguei todas as chaves.- Eu tenho medo de escuro, hein.- Quer que eu a acompanhe? – ele perguntou.- Não... Obrigada. Mas fique atento... Qualquer coisa eu grito.Subi e Estranho me acompanhou. Quando cheguei ao quarto e olhei para a cama senti meu c
Quando deitei na minha cama, Estranho logo subiu, se aconchegando a mim, tomando seu lugar. Liguei a luz fraca que ficava ao lado da minha cama e desliguei as demais do quarto no controle remoto. Antes que eu deitasse no travesseiro, Martina apareceu, com seu travesseiro na mão.- Você nunca ouviu sobre bater na porta? – perguntei.- Já... Mas não no “nosso” quarto. – ela disse deitando ao meu lado.- Vai dormir aqui?- Sim.- Se continuar assim em breve teremos um quarto coletivo de novo.- Eu não posso dormir sem saber como foi o jantar com Axel.Eu liguei as luzes novamente e me recostei na cabeceira da cama. Ela permaneceu deitada, me observando atenta. Estranho sequer se mexeu de seu sono.- Foi... Legal.- Legal? Legal não é resposta, Meg.Eu ri:- O que você quer que eu diga?- Meg, você jantou com Axel Collins, seu &iac
CAPÍTULO 13 – Diversão ou perversão?Naquela noite recebi a visita de meu namorado, Axel Collins, acompanhado de seu pai novamente. Sinceramente, não tenho lembrança de ele ter vindo me ver nenhuma vez sem trazer junto Martim Collins. E aquilo já começava a me preocupar.Logo que ele chegou, enquanto sentava na sala principal com nossos pais, falando de negócios, eu convidei:- Axel, que acha de darmos uma volta na propriedade?Ele pareceu um pouco surpreso com meu convite e disse:- Claro, Megan.Assim que saímos para a área externa eu fui me dirigindo com ele para próximo da piscina, onde certamente não haveria mais ninguém a não ser nós dois. Era um dos lugares mais reservados da mansão. Nossa piscina além de gigantesca, tinha uma pequena ilha no centro, de onde caía água por uma espécie de cach