CAPÍTULO 9 – Axel CollinsAs próximas semanas foram focadas exclusivamente na festa de 16 anos de Martina. Meus pais, assim como minha irmã, queriam que fosse o evento mais importante de Noriah Sul dos últimos tempos. E os Miller não pouparam dinheiro para que a caçula tivesse a festa dos sonhos. Como nossa casa era pouco frequentada e uma das mais belas e imponentes da Zona A, foi decidido que a festa seria ali. O melhor e mais caro Buffet foi contratato, bem como as decoradoras mais disputadas, sendo que haviam realizado o casamento do príncipe há um tempo. Apesar da ostentação desnecessária, eu via Martina tão feliz que não conseguia abrir minha boca para criticar.O grande dia enfim chegou. Não sei se caberia dentro da nossa enorme e nada humilde casa o número excessivo de pessoas que haviam sido convidadas. A maioria sequer conhecíamos. O dia foi tumultuado e eu só ouvia minha mãe aos gritos dando ordens o tempo todo, tentando fazer com que nada desse errado.<
- Percebi que faltaram convidados. – observei.- Não nos aceitam... Esta é a verdade. – lamentou minha mãe.- Mas aceitam nosso dinheiro. – disse meu pai saindo.- Eu... Não vejo problemas de aceitação. – falou Michelle.- Querida, vocês são jovens... É diferente. Os adultos são muito cruéis... Aceitam nosso dinheiro, fingem ser nossos amigos, frequentam os mesmos lugares que nós... Mas não querem vir na nossa casa, nem nos convidam para os eventos nas deles. – explicou minha mãe.- Não precisamos da alta sociedade. Temos dinheiro suficiente para satisfazer nossos sonhos e desejos... Por que precisamos de outras pessoas para isso? Qual necessidade de pessoas falsas e desconhecidas frequentando nossa casa? – perguntei.- Isso se chama aceitação. – disse meu pai voltando com um envelope amarelo nas mãos e jogando sobre mim, sentando-se de olhos fechados no sofá, parecendo cansado.Eu empurrei Martina e abri o envelope. Era a escritura da casa de campo na Zona
- Desculpe perguntar, mas por que a senhorita quis vir aqui há esta hora? – perguntou Thomas.- Thomas, se eu falasse tenho certeza de que você não ia acreditar.Ele sorriu e disse:- Pode tentar...Eu realmente poderia, mas não tinha coragem. Dizer que fui virgem por 17 anos e decidi ter a primeira relação com um estranho que nunca vi na minha vida e me apaixonei por ele... Por fim, ele sumiu e eu comprei a casa onde fizemos amor. Ele entenderia? Não... Nem eu mesma entendia. Limitei-me a dizer:- Amor, Thomas... Estamos aqui por amor.Ele ficou calado.- Sente-se e fique a vontade... A casa é minha. – eu disse. – Não há ninguém aqui. As luzes de cima estão ligadas?- Sim... Liguei todas as chaves.- Eu tenho medo de escuro, hein.- Quer que eu a acompanhe? – ele perguntou.- Não... Obrigada. Mas fique atento... Qualquer coisa eu grito.Subi e Estranho me acompanhou. Quando cheguei ao quarto e olhei para a cama senti meu c
Quando deitei na minha cama, Estranho logo subiu, se aconchegando a mim, tomando seu lugar. Liguei a luz fraca que ficava ao lado da minha cama e desliguei as demais do quarto no controle remoto. Antes que eu deitasse no travesseiro, Martina apareceu, com seu travesseiro na mão.- Você nunca ouviu sobre bater na porta? – perguntei.- Já... Mas não no “nosso” quarto. – ela disse deitando ao meu lado.- Vai dormir aqui?- Sim.- Se continuar assim em breve teremos um quarto coletivo de novo.- Eu não posso dormir sem saber como foi o jantar com Axel.Eu liguei as luzes novamente e me recostei na cabeceira da cama. Ela permaneceu deitada, me observando atenta. Estranho sequer se mexeu de seu sono.- Foi... Legal.- Legal? Legal não é resposta, Meg.Eu ri:- O que você quer que eu diga?- Meg, você jantou com Axel Collins, seu &iac
CAPÍTULO 13 – Diversão ou perversão?Naquela noite recebi a visita de meu namorado, Axel Collins, acompanhado de seu pai novamente. Sinceramente, não tenho lembrança de ele ter vindo me ver nenhuma vez sem trazer junto Martim Collins. E aquilo já começava a me preocupar.Logo que ele chegou, enquanto sentava na sala principal com nossos pais, falando de negócios, eu convidei:- Axel, que acha de darmos uma volta na propriedade?Ele pareceu um pouco surpreso com meu convite e disse:- Claro, Megan.Assim que saímos para a área externa eu fui me dirigindo com ele para próximo da piscina, onde certamente não haveria mais ninguém a não ser nós dois. Era um dos lugares mais reservados da mansão. Nossa piscina além de gigantesca, tinha uma pequena ilha no centro, de onde caía água por uma espécie de cach
Martina parecia muito bem à vontade naquele lugar. Perguntei:- Você já veio num lugar assim?- Nunca... Mas sempre tive vontade. Thomas além de lindo é sedutor! Estou extasiada com nosso segurança.- Eu nunca pensei frequentar um lugar assim em toda minha vida.O barman perguntou o que beberíamos e antes que eu pudesse responder, Martina pediu duas doses de tequila.- Tequila? – perguntei. – Martina, eu nunca bebi tequila.- Também nunca foi num clube de mulheres e nem viu um homem tirando a roupa num palco. Várias primeiras experiências, maninha.- Martina...Ela olhou nos meus olhos e disse:- Meg, relaxa, curte e pronto. Você merece isso... Você precisa disso.Ela tinha razão. Eu vivia me lamentando pelos cantos por um homem que me deixou sozinha numa casa... Ou por um namorado lindo e gostoso que provavelmente era gay. A tequila chegou e eu tomei de uma vez, pedindo outra. Martina bebeu a sua e brindamos com nossos copos vazios. Che
CAPÍTULO 15 – Collins X MillerAcordei com as batidas fortes na porta do meu quarto.- O que houve? – perguntei abrindo os olhos e sentindo uma dor de cabeça insuportável.- Abra esta porta agora, Megan. – ouvi a voz de meu pai do outro lado.Levantei e vi que estava nua.- Eu... Vou me trocar, papai. – falei colocando um roupão.- Espero você lá embaixo. Imediatamente.Eu senti meu coração bater mais forte e fiquei preocupada. O que estava acontecendo? Meu pai nem lembrava que eu existia... Agora queria conversar comigo como se o mundo estivesse acabando?Abri a porta e Estranho saiu desesperado, antes de mim, quase me derrubando. Quando cheguei na sala estavam todos os Miller. Alguma coisa tinha acontecido.- Reunião de família? – perguntei preocupada. – O que houve?Martina me olhou confusa. Acho que ela também não sabia o que estava acontecendo. Michelle já estava vestida e maquiada impecavelmente, olhando no relógio e parecendo estar com pres
CAPÍTULO 16 – Mansão CollinsOs últimos dias foram de martírio para mim. Meu pai demitiu Thomas e eu sequer consegui falar com ele. E prometeu que se eu não pedisse desculpas a Axel, faria com que o ex-segurança não arrumasse emprego em nenhum outro lugar de Noriah. Acredito que ele estava falando sério, pois foi rápido em desligar Thomas da nossa casa. Ele e minha mãe não falavam mais comigo e me ignoravam por completo dentro da minha própria casa. Quando cogitei ir morar na casa de campo, ele garantiu que se eu fizesse isso venderia a casa. Só não me tirou da faculdade porque não era paga: eu havia sido convidada por mérito e por isso era de graça desde que minhas notas continuassem altas.Eu não estava apaixonada por Thomas, mas eu gostava dele. Aliás, eu gostava mais de Thomas do que de Axel. Se eu fosse obrigada a casar com ele eu não estaria tão desolada e preocupada.Depois de um tempo eu me dei por vencida e decidi acompanhar meu pai e minha mãe num jantar na