- Desculpe perguntar, mas por que a senhorita quis vir aqui há esta hora? – perguntou Thomas.
- Thomas, se eu falasse tenho certeza de que você não ia acreditar.Ele sorriu e disse:- Pode tentar...Eu realmente poderia, mas não tinha coragem. Dizer que fui virgem por 17 anos e decidi ter a primeira relação com um estranho que nunca vi na minha vida e me apaixonei por ele... Por fim, ele sumiu e eu comprei a casa onde fizemos amor. Ele entenderia? Não... Nem eu mesma entendia. Limitei-me a dizer:- Amor, Thomas... Estamos aqui por amor. Ele ficou calado. - Sente-se e fique a vontade... A casa é minha. – eu disse. – Não há ninguém aqui. As luzes de cima estão ligadas?- Sim... Liguei todas as chaves. - Eu tenho medo de escuro, hein.- Quer que eu a acompanhe? – ele perguntou.- Não... Obrigada. Mas fique atento... Qualquer coisa eu grito. Subi e Estranho me acompanhou. Quando cheguei ao quarto e olhei para a cama senti meu cQuando deitei na minha cama, Estranho logo subiu, se aconchegando a mim, tomando seu lugar. Liguei a luz fraca que ficava ao lado da minha cama e desliguei as demais do quarto no controle remoto. Antes que eu deitasse no travesseiro, Martina apareceu, com seu travesseiro na mão.- Você nunca ouviu sobre bater na porta? – perguntei.- Já... Mas não no “nosso” quarto. – ela disse deitando ao meu lado.- Vai dormir aqui?- Sim.- Se continuar assim em breve teremos um quarto coletivo de novo.- Eu não posso dormir sem saber como foi o jantar com Axel.Eu liguei as luzes novamente e me recostei na cabeceira da cama. Ela permaneceu deitada, me observando atenta. Estranho sequer se mexeu de seu sono.- Foi... Legal.- Legal? Legal não é resposta, Meg.Eu ri:- O que você quer que eu diga?- Meg, você jantou com Axel Collins, seu &iac
CAPÍTULO 13 – Diversão ou perversão?Naquela noite recebi a visita de meu namorado, Axel Collins, acompanhado de seu pai novamente. Sinceramente, não tenho lembrança de ele ter vindo me ver nenhuma vez sem trazer junto Martim Collins. E aquilo já começava a me preocupar.Logo que ele chegou, enquanto sentava na sala principal com nossos pais, falando de negócios, eu convidei:- Axel, que acha de darmos uma volta na propriedade?Ele pareceu um pouco surpreso com meu convite e disse:- Claro, Megan.Assim que saímos para a área externa eu fui me dirigindo com ele para próximo da piscina, onde certamente não haveria mais ninguém a não ser nós dois. Era um dos lugares mais reservados da mansão. Nossa piscina além de gigantesca, tinha uma pequena ilha no centro, de onde caía água por uma espécie de cach
Martina parecia muito bem à vontade naquele lugar. Perguntei:- Você já veio num lugar assim?- Nunca... Mas sempre tive vontade. Thomas além de lindo é sedutor! Estou extasiada com nosso segurança.- Eu nunca pensei frequentar um lugar assim em toda minha vida.O barman perguntou o que beberíamos e antes que eu pudesse responder, Martina pediu duas doses de tequila.- Tequila? – perguntei. – Martina, eu nunca bebi tequila.- Também nunca foi num clube de mulheres e nem viu um homem tirando a roupa num palco. Várias primeiras experiências, maninha.- Martina...Ela olhou nos meus olhos e disse:- Meg, relaxa, curte e pronto. Você merece isso... Você precisa disso.Ela tinha razão. Eu vivia me lamentando pelos cantos por um homem que me deixou sozinha numa casa... Ou por um namorado lindo e gostoso que provavelmente era gay. A tequila chegou e eu tomei de uma vez, pedindo outra. Martina bebeu a sua e brindamos com nossos copos vazios. Che
CAPÍTULO 15 – Collins X MillerAcordei com as batidas fortes na porta do meu quarto.- O que houve? – perguntei abrindo os olhos e sentindo uma dor de cabeça insuportável.- Abra esta porta agora, Megan. – ouvi a voz de meu pai do outro lado.Levantei e vi que estava nua.- Eu... Vou me trocar, papai. – falei colocando um roupão.- Espero você lá embaixo. Imediatamente.Eu senti meu coração bater mais forte e fiquei preocupada. O que estava acontecendo? Meu pai nem lembrava que eu existia... Agora queria conversar comigo como se o mundo estivesse acabando?Abri a porta e Estranho saiu desesperado, antes de mim, quase me derrubando. Quando cheguei na sala estavam todos os Miller. Alguma coisa tinha acontecido.- Reunião de família? – perguntei preocupada. – O que houve?Martina me olhou confusa. Acho que ela também não sabia o que estava acontecendo. Michelle já estava vestida e maquiada impecavelmente, olhando no relógio e parecendo estar com pres
CAPÍTULO 16 – Mansão CollinsOs últimos dias foram de martírio para mim. Meu pai demitiu Thomas e eu sequer consegui falar com ele. E prometeu que se eu não pedisse desculpas a Axel, faria com que o ex-segurança não arrumasse emprego em nenhum outro lugar de Noriah. Acredito que ele estava falando sério, pois foi rápido em desligar Thomas da nossa casa. Ele e minha mãe não falavam mais comigo e me ignoravam por completo dentro da minha própria casa. Quando cogitei ir morar na casa de campo, ele garantiu que se eu fizesse isso venderia a casa. Só não me tirou da faculdade porque não era paga: eu havia sido convidada por mérito e por isso era de graça desde que minhas notas continuassem altas.Eu não estava apaixonada por Thomas, mas eu gostava dele. Aliás, eu gostava mais de Thomas do que de Axel. Se eu fosse obrigada a casar com ele eu não estaria tão desolada e preocupada.Depois de um tempo eu me dei por vencida e decidi acompanhar meu pai e minha mãe num jantar na
O tempo passou bem mais depressa do que eu esperava. E os laços entre os Miller e os Collins se estreitaram ainda mais, especialmente entre nossos pais. Passei a ficar mais tempo com Axel. Nos dávamos bem. Ele era inteligente, gentil e eu gostava de sua companhia. No entanto nosso relacionamento continuava morno, para não dizer gelado. E parecia que ele estava decidido a não dormir comigo antes do casamento. Eu ainda temia que ele fosse péssimo na cama e ainda assim eu tivesse que viver uma vida inteira ao lado dele. Se eu havia esquecido o estranho? Já havia se passado três anos. A imagem dele era só um borrão na minha mente e eu já não sentia mais o toque dele no meu corpo. Não tinha mais esperanças de encontrá-lo. Então, quando eu deitava na minha cama e todas as luzes se apagavam, começava a pensar num passado tão confuso e sem nitidez que focava no meu lindo noivo que ocupava comigo todas as colunas sociais de Noriah. O casamento já estava marcado e era um evento co
CAPÍTULO 18 – Meu maridoEnfim chegou o dia do casamento. Eu poderia dizer que era o grande dia, mas eu não sentia desta forma. Não que fosse um dia ruim, porque não era. Embora meu pai tenha desde o início deixado bem claro sua intenção, bem como a importância de unir nossa família aos Collins através de um casamento, eu não me vi forçada a fazer aquilo. Estava fazendo porque queria. Axel era lindo, gentil e encantador. Fazia tudo para me deixar feliz. Ele se preocupava comigo. E nos últimos tempos eu não estava mais preocupada com a questão sexual. Achava que aquilo não era o mais importante na união de duas pessoas. E esperava estar certa. Além do mais, meu marido poderia me surpreender quando decidisse fazer amor comigo.Passei o dia num SPA para noivas, acompanhada de minha fiel companheira e amiga de todas as horas Martina. Enquanto o
Não, eu não dormi. Depois do meio dia Axel acordou. Eu estava sentada na varanda, observando o mar que ficava bem próximo. Já tinha tomado o café da manhã e vestia um biquíni minúsculo. Aquilo não importava mais. Axel pouco se importava com o que eu vestia. Se eu andasse nua pelo resort ele nem se importaria.Ele me deu um beijo na testa e disse:- Bom dia, querida.- Bom dia, querido. – eu falei ironicamente.Ele sentou-se e espreguiçou-se:- Pedimos o café da manhã ou almoçamos?- Eu já tomei o café da manhã. – eu disse levantando. – Agora estou indo nadar.- Mas...Antes que ele fizesse outra pergunta, eu saí e bati a porta. Fui até o elevador e assim que saí na recepção passei pela enorme piscina e me dirigi à praia. Coloquei meus óculos escuros e fui até o mar, sentindo a água morna nos meus pés. A água estava convidativa. Fui entrando e logo estava com água pela cintura. Mergulhei e qu