- Noah, você não está entendendo. Eu... Desisti. Não vou. Eu... Não quero. Eu não tenho coragem para largar tudo...Como assim? Era real aquilo que ela estava me dizendo? Tentei ligar novamente, mas caiu na caixa postal. Por um momento passou pela minha cabeça que poderia ser uma brincadeira da parte de Meg. Mas ela não era o tipo de mulher que brincaria com um assunto tão sério.Eu fiquei com tanta raiva e senti o sangue fervendo dentro de mim. Dei vários socos no volante do carro e dei meia volta. Eu precisava voltar para Noriah Sul imediatamente. Os negócios que esperassem. Adam que resolvesse tudo na empresa.Acreditei tanto que depois de tudo que houve entre nós naquele final de semana, Meg se libertaria de tudo que a prendia e que a fazia ter medo. Enganei-me... No fim, ela não teve coragem. Ou teria algum sentimento por Axel? Mas como algué
Quase um mês se passou e Axel continuava do mesmo jeito. Eu já havia ido morar na casa de campo e Martim Collins felizmente não me impediu de partir. Minha herança já estava ganha judicialmente e tudo seria transferido para a conta dele. Enquanto meus pais me ignoravam completamente pelo que eu havia feito, Martim consolava-os, dizendo-se incrédulo com minha atitude para com eles.Thomas foi morar comigo e por incrível que pareça, nos demos bem dividindo a casa, como bons amigos. Martina tentava falar comigo e eu continuava a evitá-la. Até fingir que não estava em casa eu fingi. Eu e Michelle não nos falamos mais depois do encontro do Hotel Sanz. Eu não fazia mais questão de ver minha irmã novamente. Acho que realmente ela havia ligado para Amanda, que só me passou o endereço a fim de que visse ela com Noah. No fim, pouco importava se Amand
No dia que Martina saiu do hospital, Axel acordou do coma.Minha irmã iria a nossa ex casa pegar suas coisas e estava decidida a morar comigo e Thomas. E eu poderia fingir que não queria que ela fosse, sabendo de tantas coisas que ela estava abrindo mão. Mas ter Martina perto de mim era o melhor que poderia me acontecer depois das últimas coisas que se passaram naquele mês.Claro que o fato de Axel estar bem e fora de perigo não me alegrava como se fosse uma pessoa importante para mim. Mas se acontecesse algo com ele, como a morte, eu jamais me perdoaria, mesmo sabendo que foi um acidente.Eu estava com Martim e Amanda aguardando o médico para a primeira visita a Axel acordado depois de mais de um mês de coma. Quando o doutor chegou, disse sorrindo:- Axel Collins está fora de perigo. Se tudo continuar correndo bem, logo ele estará recuperado.Martim e Amanda se abra&
- Fale, Megan... Sobre dinheiro e mentiras.- Pai... Sempre é difícil conversar com você... Mas eu vou tentar.- Não me faça perder tempo, Megan. E nem me arrepender de querer ouvi-la. Vá direito ao ponto.- Eu não peguei o dinheiro da minha herança...Esperei que ele pudesse ter qualquer tipo de reação que me incentivasse a continuar, mas não. Ele continuou a me encarar da mesma forma: sem muito interesse.- O dinheiro foi todo para a conta de Martim Collins. Ele me obrigou a pedir minha parte.- Por que ele faria isso?- Porque eles estão falidos.- Eu já sei disso. Aliás, toda Noriah sabe que os Collins faliram.- Pai, eu atropelei Axel... Foi um acidente. Martim me ameaçou e disse que falaria à polícia que eu fiz de propósito, caso não pedisse o dinheiro a você. Amea&
Eu consegui dirigir e acho que aquele trauma estava superado. Liguei o rádio, não tão alto, mas de forma que eu conseguisse escutar e esquecer tudo que tinha na minha mente.Eu me sentia livre... E há muito tempo eu não sentia esta sensação na minha vida.Thomas me seguiu até o portão da casa de campo. Quando estacionei, desci e fui até ele:- Acho que poderíamos comemorar... Eu estou livre. – falei levantando meus braços, girando e sorrindo feito criança.Ele riu, sem sair do carro:- Eu gostaria muito comemorar com você, Meg... Mas preciso mesmo trabalhar hoje. Não há como ficar... A não ser que você queira ir comigo. – ele propôs.- Não... Podemos deixar para outra noite.- Como você pensou comemorar? Eu, você e a sua cama?- Thomas, não. –
O ambiente não era muito claro, mas o lugar onde estávamos era menos iluminada ainda. Senti meu coração bater tão forte e minhas pernas ficaram trêmulas.- Noah?Ele me olhou dos pés a cabeça e disse:- Olá, Meg.Estávamos tão próximo que eu sentia o cheiro dele... E não me dava enjoo o aroma de Noah. Pelo contrário, me fazia bem. Trazia lembranças tão boas que eu poderia comprar aquele perfume para poder viver delas. Dei um passo para trás, um pouco intimidada com tudo o que aquele homem causava em mim.- Achei que você havia ido embora... – falei.- Sim... Continuo morando em Noriah Norte. Vim... Ver Axel.- Sim, eu soube que ele saiu do hospital. Você o viu? Ele está bem?- Sim... Nem parece uma pessoa que esteve dias em coma.- O vi quando ele acordou... Achei qu
Acordei e olhei para as paredes, não precisando de muito tempo para identificar onde eu estava: hospital. Eu havia visitado o hospital por mais de um mês sem falhar nenhum dia. Quando finalmente me vi livre daquilo, voltei eu mesma para a posição que havia sido de Axel até então.Não havia ninguém ali. E eu me sentia bem. Levantei e fui caminhando normalmente até a porta. Quando a abri vi Martina e Thomas sentados em poltronas no corredor. Assim que colocaram os olhos em mim, eles levantaram imediatamente.- Você não pode sair da cama. – disse Thomas.- Eu me sinto bem... O que houve? Nos acidentamos?- Sim. – disse Martina. – Mas não foi nada grave... Por sorte.- E por qual motivo eu estava deitada naquela cama? Sinto-me bem...Enquanto eu tentava convencê-los de que eu não sentia absolutamente nada, a médica pediu que entrássemos no quarto.- Poderia deitar-se novamente para eu verificar seus sinais, por favor?- Claro, doutora. – falei obedecendo-a. –
Thomas me depositou cuidadosamente na cama.- Obrigada, Thomas... Por todo cuidado que você tem comigo.Ele sentou na cama e me olhou:- Eu gosto de você, Meg.- Eu também gosto de você. – falei tentando ignorar o que ele realmente tentava dizer.Thomas passou a mão sobre o meu rosto, carinhosamente:- Eu vou cuidar de você... E posso cuidar do bebê.- Thomas, eu aceito que você me ajude... E pode até ajudar a cuidar do bebê quando nascer... Mas se está propondo ficarmos juntos pelo bebê, a resposta é não. Eu não preciso ficar com alguém para simplesmente dar um pai ao meu filho. Noah é o pai... E eu nem tenho certeza ainda se vou comunicar isso a ele.- Esta decisão sobre falar ou não a Noah é só sua... E desculpe pela forma como eu falei. Não quis ser ofensivo ou machista.- Eu sei... Agora vá dormir um pouco. Ocupei toda sua folga...- Eu bebi demais... Mas sei o que estou falando. Gostaria que acreditasse nos meus sentimentos p