Eu consegui dirigir e acho que aquele trauma estava superado. Liguei o rádio, não tão alto, mas de forma que eu conseguisse escutar e esquecer tudo que tinha na minha mente.
Eu me sentia livre... E há muito tempo eu não sentia esta sensação na minha vida.
Thomas me seguiu até o portão da casa de campo. Quando estacionei, desci e fui até ele:
- Acho que poderíamos comemorar... Eu estou livre. – falei levantando meus braços, girando e sorrindo feito criança.
Ele riu, sem sair do carro:
- Eu gostaria muito comemorar com você, Meg... Mas preciso mesmo trabalhar hoje. Não há como ficar... A não ser que você queira ir comigo. – ele propôs.
- Não... Podemos deixar para outra noite.
- Como você pensou comemorar? Eu, você e a sua cama?
- Thomas, não. –
O ambiente não era muito claro, mas o lugar onde estávamos era menos iluminada ainda. Senti meu coração bater tão forte e minhas pernas ficaram trêmulas.- Noah?Ele me olhou dos pés a cabeça e disse:- Olá, Meg.Estávamos tão próximo que eu sentia o cheiro dele... E não me dava enjoo o aroma de Noah. Pelo contrário, me fazia bem. Trazia lembranças tão boas que eu poderia comprar aquele perfume para poder viver delas. Dei um passo para trás, um pouco intimidada com tudo o que aquele homem causava em mim.- Achei que você havia ido embora... – falei.- Sim... Continuo morando em Noriah Norte. Vim... Ver Axel.- Sim, eu soube que ele saiu do hospital. Você o viu? Ele está bem?- Sim... Nem parece uma pessoa que esteve dias em coma.- O vi quando ele acordou... Achei qu
Acordei e olhei para as paredes, não precisando de muito tempo para identificar onde eu estava: hospital. Eu havia visitado o hospital por mais de um mês sem falhar nenhum dia. Quando finalmente me vi livre daquilo, voltei eu mesma para a posição que havia sido de Axel até então.Não havia ninguém ali. E eu me sentia bem. Levantei e fui caminhando normalmente até a porta. Quando a abri vi Martina e Thomas sentados em poltronas no corredor. Assim que colocaram os olhos em mim, eles levantaram imediatamente.- Você não pode sair da cama. – disse Thomas.- Eu me sinto bem... O que houve? Nos acidentamos?- Sim. – disse Martina. – Mas não foi nada grave... Por sorte.- E por qual motivo eu estava deitada naquela cama? Sinto-me bem...Enquanto eu tentava convencê-los de que eu não sentia absolutamente nada, a médica pediu que entrássemos no quarto.- Poderia deitar-se novamente para eu verificar seus sinais, por favor?- Claro, doutora. – falei obedecendo-a. –
Thomas me depositou cuidadosamente na cama.- Obrigada, Thomas... Por todo cuidado que você tem comigo.Ele sentou na cama e me olhou:- Eu gosto de você, Meg.- Eu também gosto de você. – falei tentando ignorar o que ele realmente tentava dizer.Thomas passou a mão sobre o meu rosto, carinhosamente:- Eu vou cuidar de você... E posso cuidar do bebê.- Thomas, eu aceito que você me ajude... E pode até ajudar a cuidar do bebê quando nascer... Mas se está propondo ficarmos juntos pelo bebê, a resposta é não. Eu não preciso ficar com alguém para simplesmente dar um pai ao meu filho. Noah é o pai... E eu nem tenho certeza ainda se vou comunicar isso a ele.- Esta decisão sobre falar ou não a Noah é só sua... E desculpe pela forma como eu falei. Não quis ser ofensivo ou machista.- Eu sei... Agora vá dormir um pouco. Ocupei toda sua folga...- Eu bebi demais... Mas sei o que estou falando. Gostaria que acreditasse nos meus sentimentos p
- O que houve na sua cabeça? – ele perguntou.- Acidente de carro...- Você... Se machucou muito? Ficou tudo bem?- Só este pequeno ferimento. Bati a cabeça no volante. O resto tudo certo.- Acho que você devia parar de dirigir.- Falou o homem que me atropelou.O encarei com raiva. Sabia que ele se referia ao acidente com Axel. Eu não gostava de relembrar aquilo, especialmente quando alguém colocava em dúvida a forma com aconteceu.- Por que mudou de ideia com relação ao estágio?- Isso não é da sua conta.- O estágio é na minha empresa e não é da minha conta?- Como eu disse, não vou fazer o estágio.Noah colocou a mão sobre a minha, olhando nos meus olhos. Senti todo meu corpo estremecer ao toque quente dele em mim. Eu poderia retirar minha mão, mas não consegui.- Eu ainda sinto saudade... E tento entender tudo que houve... Mas não consigo.- Eu percebi que sentiu saudade... – ironizei.Ele balançou a cabeça:- Você me deixa
Quando cheguei em casa, Martina estava tomando sol na área externa, no jardim, com Estranho.Sentei junto dela. Imediatamente ela perguntou:- O que aconteceu?- Será que eu sou tão transparente?- Não... Mas eu conheço você em todas as suas versões.Eu ri:- Acho que você me conhece mais do que eu mesma...- E então... Tem mais alguma coisa para me contar?- Encontrei Noah.Ela riu ironicamente:- Eu já imaginava que isso iria acontecer. Não acho que Noah se dará por vencido. Este babaca realmente gosta de você.- Se fosse assim não estaria com aquela mulher.- Você não lhe deu chance alguma, Meg.- Martina, não acredito que você esteja dizendo isso...- Eu acho que você deu mais chances a Axel do que a Noah.- Axel... Eu tenho nojo quando ouço o nome dele.- E de Noah?- Eu... Nunca vou ser capaz de deixar de amar este babaca. – eu ri.- Nem esquecê-lo, afinal, carrega um bebê dele.- Foi es
ATENÇÃO: ESTE CAPÍTULO CONTÉM SPOILER DO LIVRO “A DAMA DE COMPANHIA”- O que... Você está fazendo aqui? – perguntou Amanda levantando imediatamente, tentando tapar os seios.Martim Collins continuou sentado, com os botões da camisa entreabertos.- Vocês... São doentes, sórdidos...Martina entrou e observou a cena, visivelmente chocada:- Quem são vocês, Collins?Virei-me para sair quando Amanda correu até mim:- Não é o que você pensa, Megan.Eu olhei para ela e ri sarcasticamente:- Como você ainda perde tempo me dizendo isso?- Droga! O que vocês fazem aqui?Martina olhou-a da cabeça aos pés e perguntou:- Você dormiu com Noah também?- Não... – ela disse.- Porque ele não quis, não é mesmo? – falei.- Porque talvez eu não tenha insistido o suficiente. – ela debochou.- Amanda você nasceu nesta família... Como pôde?- Eu... Gosto de Axel...- Como pode dizer isso? Você dorme com o pai dele... – disse Martina. –
CAPÍTULO 56 – Mamãe e papai noivaramEles não me disseram nada, então eu continuei:- Quando Magnus pediu Katrina em casamento, no baile de máscaras onde ele ficaria oficialmente noivo da duquesa Vitória, ele lhe entregou um anel, que fazia parte da família do seu pai. Para ele aquilo não era só um pedido de casamento, mas a confiança de que ela poderia carregar o anel que pertenceu aos antepassados de sua família para sempre.Eu abri a bolsa e retirei o anel de dentro.- Não pense que foi Noah quem me deu o anel, Antonella... – falei quando percebi que ela ficou confusa, estreitando os olhos quando viu o objeto na minha mão. Depois olhei para Noah. – Foi Axel que me deu... Na verdade, Amanda tirou do próprio dedo e me entregou, quando fui pedida em casamento...Ele se aproximou e pegou o anel da minha mão, observando-o.
Quando cheguei em casa, Martina falava sozinha com as panelas. Me escorei no parapeito da porta e ri:- Qual sua relação com estas panelas, Martina?- Amor e ódio. – ela disse olhando para o objeto na sua mão. – Acho que vou ter que pedir ajuda para o babaca... Por que panelas tão diferentes? Isso interfere no sabor?- Você realmente está se questionando sobre isso?- Claro... Eu sou a cozinheira oficial desta casa. E este bebê depende de mim!- Vou tomar um banho. – avisei subindo.Quando cheguei ao quarto Martina estava atrás de mim.- Onde você foi?- Você não acreditaria...Me dirigi ao banheiro com ela na minha cola, parecendo imaginar o que havia se passado. Tirei o vestido e ela falou alto, com uma expressão de espanto:- Meg Miller, o que houve com você?Entrei no Box e liguei