CAPÍTULO 56 – Mamãe e papai noivaram
Eles não me disseram nada, então eu continuei:
- Quando Magnus pediu Katrina em casamento, no baile de máscaras onde ele ficaria oficialmente noivo da duquesa Vitória, ele lhe entregou um anel, que fazia parte da família do seu pai. Para ele aquilo não era só um pedido de casamento, mas a confiança de que ela poderia carregar o anel que pertenceu aos antepassados de sua família para sempre.
Eu abri a bolsa e retirei o anel de dentro.
- Não pense que foi Noah quem me deu o anel, Antonella... – falei quando percebi que ela ficou confusa, estreitando os olhos quando viu o objeto na minha mão. Depois olhei para Noah. – Foi Axel que me deu... Na verdade, Amanda tirou do próprio dedo e me entregou, quando fui pedida em casamento...
Ele se aproximou e pegou o anel da minha mão, observando-o.
Quando cheguei em casa, Martina falava sozinha com as panelas. Me escorei no parapeito da porta e ri:- Qual sua relação com estas panelas, Martina?- Amor e ódio. – ela disse olhando para o objeto na sua mão. – Acho que vou ter que pedir ajuda para o babaca... Por que panelas tão diferentes? Isso interfere no sabor?- Você realmente está se questionando sobre isso?- Claro... Eu sou a cozinheira oficial desta casa. E este bebê depende de mim!- Vou tomar um banho. – avisei subindo.Quando cheguei ao quarto Martina estava atrás de mim.- Onde você foi?- Você não acreditaria...Me dirigi ao banheiro com ela na minha cola, parecendo imaginar o que havia se passado. Tirei o vestido e ela falou alto, com uma expressão de espanto:- Meg Miller, o que houve com você?Entrei no Box e liguei
- Megan, eu ainda estou tentando assimilar que você viu meu pai e Amanda juntos... – ele falou abaixando a cabeça confuso.- Então se prepare para o que eu ainda tenho para lhe contar, Axel.- Algo poderia ser pior que Martim e Amanda Collins tendo um caso?- Talvez para você não, mas para mim, sim.- Então me conte de uma vez, Megan.Enquanto eu contava a ele sobre a chantagem de Martim para pegar minha herança, Martina desceu deixando claro seu mau humor pela presença de Axel na casa. Ainda assim ela foi fazer o almoço. E eu apostava que ela estava pensando que faria só pelo bebê e não por mim. Eu conhecia tão bem minha irmã que tinha certeza que ela falava sozinha e espraguejava enquanto eu ouvia as panelas batendo.Axel não me interrompia, ouvia tudo atentamente. O interfone tocou, fazendo eu parar. Era Dex. Abri o po
- É uma menina.Eles deram gritos e a médica repreendeu-os em voz baixa:- Você não podem fazer isso aqui dentro...Eles se calaram imediatamente. Martina disse:- Bebê, mamãe vai ter uma surpresa hoje à noite de tirar o fôlego...- Como assim? – perguntou Axel.- Nem tudo você sabe ou ficará sabendo. – disse Thomas para ele, seriamente.- Estamos prontas por aqui, Megan e sua menininha... – disse a médica carinhosamente. – A enfermeira logo virá ajudá-la. Vocês podem esperar na recepção. – ela olhou para os três, que imediatamente se retiraram.A enfermeira ajudou-me a retirar o gel. Aguardei até ela me entregar o cd com a gravação da primeira aparição da minha bebê, que tinha como objetivo presentear Noah com o que ele havia perdid
Ela desligou a ligação e olhou para mim:- Martim Collins está com Estranho.- Como assim? O que aquele homem faz com meu cachorro? Você não tem ideia do que ele fez com Estranho quando estávamos naquela casa...- Tenho sim... – disse Martina.- Fala logo, o que ele quer?- Que você o encontre na cafeteria da zona A, amanhã.- O que este homem ainda quer comigo? Eu não tenho mais nada para falar com ele...- Sim, por isso ele sequestrou seu cachorro. Para obrigá-la a ir até lá.- Meu Deus, de novo não! O que ele quer agora?- Vamos descobrir... – ela disse pegando a bolsa. – E agora.- Eu nem consegui curtir minha garotinha ainda... E já vou enfrentar o avô dela novamente. O que me espera? Estou com medo.- Vamos, Megan... Você consegue.- O que você quer? Eu não volto para aquela casa de jeito algum. Nunca mais.- Vamos surpreendê-lo... Estranho deve estar lá naquela casa.- Sim, eu vou mesmo surpreendê-lo... Mas não desta forma. Ligue
- É aqui. – disse Axel quando passamos pelo edifício que eu não conseguia ver o topo.Martina estacionou e eles estavam descendo do carro quando eu disse:- Eu vou sozinha.Os dois me olharam.- Eu preciso fazer isso sozinha.- Vigésimo andar. – disse Axel.Respirei fundo, peguei minha bolsa e saí do carro. Já eram oito horas da manhã. Viajei quase uma noite inteira e esperava do fundo do meu coração que Noah já estivesse ali naquele horário, pois incrivelmente Axel só sabia o endereço de onde o irmão trabalhava e não da sua casa.Atravessei a porta giratória de vidro e adentrei no enorme saguão de vidro. Havia tantas pessoas ali, indo e vindo apressados que fiquei parada tentando encontrar o caminho para onde eu deveria ir. O mundo de Noah era tão diferente do meu... Procurei uma placa que indicasse os elevadores. Assim que encontrei me dirigi até lá.Parecia que a maioria das pessoas ali também estavam atrás dos elevadore
Quando cheguei ao local combinado com Martim Collins, a cafeteria na Zona A, respirei fundo antes de entrar. Martina havia ficado no carro. Ele havia dito que era para eu ir sozinha. Parecia coisa de filme de suspense, mas era real: o velho havia sequestrado o meu cachorro.Vi-o sentado numa pequena mesa próxima da janela, afastada das demais. Quando me viu, ele fixou os olhos na minha barriga e deu um sorriso irônico:- Um bebê...Puxei a cadeira e sentei, ignorando a fala dele.- Quero o meu cachorro, ou vou à polícia. E não tenho dinheiro para pagar pelo resgate, se é isso que você quer.- Quem é o pai? Noah ou Axel? – ele perguntou.- Não é da sua conta.- No fim, eu sou avô igual...- Isso lhe causa algum tipo de sentimento? – perguntei.- Sim... Você é uma mina de ouro, Megan Miller. – ele riu alto e bebeu um gole do café. – Posso lhe oferecer algo para comer?- Não. Gostaria que falasse rápido o que eu preciso fazer para pegar meu
No dia seguinte Axel mudou-se para a casa de campo. Óbvio que eu fiquei ouvindo Martina reclamando sem parar por cada minuto do dia. Aquela implicância dela com Axel era tão “anormal” que eu tive que perguntar:- Martina, como você e Dex estão?Ela me encarou surpresa com a pergunta e respondeu:- Bem.- Bem? Isso não é uma boa resposta.- Por quê? Quer que eu diga que não estamos bem?- Por que vocês ainda não firmaram algum tipo de compromisso? Quantos anos já faz que estão juntos?- 6 anos.- Você até já ficou grávida dele... O que falta?- Eu... Começo a achar que eu não gosto de Dex como eu sempre imaginei.- Por que você acha isso?- Eu não sei dizer... No início tudo ia bem... Mas parece que sempre foi mais físico que emocional o que eu
Neste exato momento, enquanto eu decidia se Thomas devia ou não tirar toda a roupa, senti Mel se mexer pela primeira vez dentro de mim e foi uma sensação indescritível.- O que houve? Quer que eu tire ou não? – ele ficou indeciso e confuso com minhas lágrimas.- Thomas, Mel mexeu pela primeira vez. – falei emocionada.Ele tocou na minha barriga:- Será que eu consigo sentir?- Venha, coloque a mão.Ele colocou a mão e disse:- Não sinto nada.Eu levantei e gritei por Martina. Não obtive resposta. Abri a porta do quarto dela e lá estava Axel por cima dela na cama, ambos quase sem roupa. Os dois me olharam e eu fiquei um pouco envergonhada. Pelo visto flagrar Axel com outras mulheres era o meu forte.- Aconteceu alguma coisa? – perguntou Martina saindo de baixo dele imediatamente, preocupada, quase o derruban