- É aqui. – disse Axel quando passamos pelo edifício que eu não conseguia ver o topo.
Martina estacionou e eles estavam descendo do carro quando eu disse:- Eu vou sozinha. Os dois me olharam.- Eu preciso fazer isso sozinha. - Vigésimo andar. – disse Axel. Respirei fundo, peguei minha bolsa e saí do carro. Já eram oito horas da manhã. Viajei quase uma noite inteira e esperava do fundo do meu coração que Noah já estivesse ali naquele horário, pois incrivelmente Axel só sabia o endereço de onde o irmão trabalhava e não da sua casa. Atravessei a porta giratória de vidro e adentrei no enorme saguão de vidro. Havia tantas pessoas ali, indo e vindo apressados que fiquei parada tentando encontrar o caminho para onde eu deveria ir. O mundo de Noah era tão diferente do meu... Procurei uma placa que indicasse os elevadores. Assim que encontrei me dirigi até lá. Parecia que a maioria das pessoas ali também estavam atrás dos elevadoreQuando cheguei ao local combinado com Martim Collins, a cafeteria na Zona A, respirei fundo antes de entrar. Martina havia ficado no carro. Ele havia dito que era para eu ir sozinha. Parecia coisa de filme de suspense, mas era real: o velho havia sequestrado o meu cachorro.Vi-o sentado numa pequena mesa próxima da janela, afastada das demais. Quando me viu, ele fixou os olhos na minha barriga e deu um sorriso irônico:- Um bebê...Puxei a cadeira e sentei, ignorando a fala dele.- Quero o meu cachorro, ou vou à polícia. E não tenho dinheiro para pagar pelo resgate, se é isso que você quer.- Quem é o pai? Noah ou Axel? – ele perguntou.- Não é da sua conta.- No fim, eu sou avô igual...- Isso lhe causa algum tipo de sentimento? – perguntei.- Sim... Você é uma mina de ouro, Megan Miller. – ele riu alto e bebeu um gole do café. – Posso lhe oferecer algo para comer?- Não. Gostaria que falasse rápido o que eu preciso fazer para pegar meu
No dia seguinte Axel mudou-se para a casa de campo. Óbvio que eu fiquei ouvindo Martina reclamando sem parar por cada minuto do dia. Aquela implicância dela com Axel era tão “anormal” que eu tive que perguntar:- Martina, como você e Dex estão?Ela me encarou surpresa com a pergunta e respondeu:- Bem.- Bem? Isso não é uma boa resposta.- Por quê? Quer que eu diga que não estamos bem?- Por que vocês ainda não firmaram algum tipo de compromisso? Quantos anos já faz que estão juntos?- 6 anos.- Você até já ficou grávida dele... O que falta?- Eu... Começo a achar que eu não gosto de Dex como eu sempre imaginei.- Por que você acha isso?- Eu não sei dizer... No início tudo ia bem... Mas parece que sempre foi mais físico que emocional o que eu
Neste exato momento, enquanto eu decidia se Thomas devia ou não tirar toda a roupa, senti Mel se mexer pela primeira vez dentro de mim e foi uma sensação indescritível.- O que houve? Quer que eu tire ou não? – ele ficou indeciso e confuso com minhas lágrimas.- Thomas, Mel mexeu pela primeira vez. – falei emocionada.Ele tocou na minha barriga:- Será que eu consigo sentir?- Venha, coloque a mão.Ele colocou a mão e disse:- Não sinto nada.Eu levantei e gritei por Martina. Não obtive resposta. Abri a porta do quarto dela e lá estava Axel por cima dela na cama, ambos quase sem roupa. Os dois me olharam e eu fiquei um pouco envergonhada. Pelo visto flagrar Axel com outras mulheres era o meu forte.- Aconteceu alguma coisa? – perguntou Martina saindo de baixo dele imediatamente, preocupada, quase o derruban
- Mas... Eu não pretendo ir ao casamento de Axel. Ele não fala comigo, finge que eu nem existo.- Eu quero falar com Noah. Vou contar sobre Mel.Ele levantou rapidamente da cama:- Decidiu contar isso hoje? No dia do casamento dele?- Na verdade quero contar antes de ele entrar na igreja.- Megan... Você é louca!Ele foi ao armário e começou a colocar uma roupa.- Você vai me levar?- Claro que sim... Vamos impedir este casamento.- Axel, eu não quero impedir o casamento... Só quero que ele saiba a verdade.Ele riu ironicamente:- Quem você pensa que engana? Claro que quer acabar com o casamento.- Não mesmo... – falei enquanto levantava e procurava uma roupa que entrasse em mim.- Chame a marrenta da sua irmã.Desta vez eu ri sarcasticamente:- Claro, você quer algué
Se eu disser que pararam de babar pela minha bebê, seria mentira. Saí de casa grávida e voltei com um bebê nos braços. Sim, até Michelle pegou no colo. E passou a ser uma disputa por ela na casa. E Axel passou para o quarto ao lado, junto de Martina e Thomas. Como eles se comportaram, eu não saberia dizer, pois só tive olhos para minha filha depois que ela nasceu. Minha casa virou quase um “albergue”, mas eu era grata por isso, pois tinha muita ajuda.Numa das noites, enquanto eu a amamentava, tirei uma foto do meu celular. Sim, agora eu tinha um celular. Momentos para serem eternizados. Na verdade, todos os momentos com ela eu queria eternizar. Olhei para os olhos dela me encarando enquanto se alimentava do meu peito e pensei na primeira vez que meus olhos encontraram os de Noah. Eu estava deitada no sofá da sala, naquela mesma casa. Fizemos amor naquele quarto, naquela mesma cama onde hoje nós d
Martina acompanhou Axel ao enterro. Eu passei o dia envolvida com Mel e suas mamadas. Tinha agora um pouco de esperança de recuperar o dinheiro da minha família. Sim, eu precisava de dinheiro, mas o que eu mais queria era que eles pudessem voltar para casa e eu voltar a ter um pouco de privacidade com a minha filha. Eu tinha intenção de arrumar um emprego. Já estava formada e havia uma infinidade de vagas na minha área e com salários acima do mercado. Embora fosse a maior parte destas oportunidades em Noriah Norte.No início da noite, Axel e Martina chegaram de volta.- Como foi? – perguntei.- Muita gente, uma falsidade sem fim. – disse Martina sentando no sofá e recostando a cabeça para trás, parecendo cansada.- E Amanda?Axel me olhou e não respondeu nada. Subiu as escadas.- O que houve? – perguntei.- Amanda... Acho que agora que o papai morreu ela vai tentar recuperar o irmão.- Por quê?- Amanda é louca... Praticamente se jogou pra
MEGAN: Oi.NOAH: Oi. Tudo bem por aí?MEGAN: Agora sim.NOAH: Tudo bem com a bebê?MEGAN: Agora sim. E eu aproveitando para descansar um pouco enquanto ela dorme como um anjinho.NOAH: Você tentando descansar e eu incomodando você.MEGAN: Você não me incomoda, Noah Collins.NOAH: Seu nome?MEGAN: Não seria melhor não saber?NOAH: Não. Já tive problemas com relação a isso e não quero repetir.Senti meu coração bater mais forte.MEGAN: Que tipo de problema?NOAH: Prefiro não falar sobre passado. Enterrado para mim.Sério Noah? Não me diga isso. Meu coração não vai aguentar se você me esquecer e se apaixonar por outra pessoa. Principalmente se esta pessoa for eu novamente.MEGAN: E sua esposa?NOAH: Bem.MEGAN: Não se importa se você fala com uma estranha?NOAH: Você é uma estranha?Como assim? Você sabe que sou eu, Noah? Não... Não há como saber.Minha mãe entrou no quarto e me trouxe um prato com comida quentinh
MEGAN: Já disse que não. Sofri muito no passado. Quero refazer a minha vida.NOAH: Eu também sofri no passado.MEGAN: E já refez sua vida.NOAH: Ainda não.MEGAN: Como pode dizer isso? Você tem uma esposa... Um filho.NOAH: Um filho? Onde você viu isso?MEGAN: Mídia.Mídia... Mentira. Mas eu precisava dizer algo convincente.NOAH: Nunca vi nada sobre isso. Mentira absurda. Precisa se certificar das suas fontes.MEGAN: Adam me disse.NOAH: Eu não falo mais com Adam. Já faz anos.MEGAN: Mas ele me afirmou.NOAH: Qual sua relação com Adam?MEGAN: Nenhuma.NOAH: Por acaso alguém pagou você para falar comigo e saber sobre a minha vida? Quem é você?Eu desliguei o celular. Como assim ele não tinha um filho? Qual a peça que faltava naquele quebra-cabeça? Pensei em ir imediatamente falar com Axel e Martina sobre aquilo, mas não podia. Eu havia prometido a Axel que não continuaria falando com Noah por mensagens. Ele me