Daisy não era capaz de despertar, estava muito bêbada, Alana deixou de ir trabalhar para cuidar dela, a colocou no chuveiro, fez vomitar e a vestiu, chegou chorar sem saber o que fazer e contou ao Theo, eles estavam com dó, decidiram tentar ajudá-la, mais sem falarem a verdade sobre conhecerem Olívia, porque tiveram receio de Daisy querer se afastar. Ela conseguiu comer de madrugada, chorou muito e se desculpou, confessou que não tinha pra onde ir, ficou com medo de não poder mais ficar lá, as meninas tinham saído para trabalharem, chegaram tarde e foram todas ver como ela estava, gentis montaram acampamento no quarto, para dormirem todas juntas, fizeram brigadeiro quase cinco da manhã, foram contando sobre suas vidas, a maioria era sozinha e com histórias sofridas, uma cresceu em orfanato, a outra fugiu de casa porque o pai abu sava, Alana mesma nunca se deu bem com o padrasto e saiu de casa novinha, contaram sobre o que faziam para se virar, duas delas faziam programa, e dançavam n
Ela desviou o olhar, começou chorar sutilmente- Tem uma coisa, acontecendo comigo, a semanas. - E eu preciso lidar com isso sozinha, como se nada estivesse acontecendo.- Tá doendo, muito, só ignorar.- Meu corpo manda sinais o tempo todo, tenho que ficar calada, em casa, no trabalho. - Ninguém vai aceitar ele, eu vou perder a minha família ou ele. - Tenho que escolher.Ele ficou confuso - Como assim?A abraçou- Olívia calma. - Está grávida? Ela estava aos prantos - Pelo amor de Deus, ninguém pode saber.- Nem a Mel.- Promete que não vai contar. - Se ele souber vai acabar com a minha vida. - Só fiz um teste de farmácia e nem fui ao médico ainda. Fiz o mais porcaria que achei. Ele puxou a banqueta pra ela sentar, se manteve próximo, pediu uma água - Nem sei o que te falar.- Mais vai ficar tudo bem.- Não tem que ser nada extremo assim. - Tenho certeza que sua família vai entender, você não é uma mulher ruim, porque vacilou e também, é super comum, que a gente se assuste
Ela abriu apreensiva, era um teste de gravidez que mostrava as semanas, ele empurrou o outro embrulho pra perto, ela foi abrindo curiosa - Você é demais!- Não tô pronta pra isso. Era um macacão branco estampado com girafas, e o outro um livro sobre maternidade, ela começou chorar sentida- Desculpa, não consigo falar disso.Ele a acariciou sutilmente no braço, mudou o assunto dando atenção a Zoe, que sentou no balcão para brincar de escolinha, Olívia se distraiu desenhando, ficou de olho na salada enquanto ele picava tomates- Tenho comido muita fruta e água. - Quase uma vegetariana. Ele lhe ofereceu um pedaço - Isso é bom. E tem vomitado? Ela saboreou o tomate, sorriu olhando o restante- Não, porque não como, pra não ter o que vomitar. - Me dá só mais um pedacinho? Ele deu, ficou olhando pensativo, começou arrumar os pratos - Sabe que não pode esconder, para sempre né? - É um direito de...Ela interrompeu- Não vou contar. - Confiei em você. - Theo, ele bagunçou toda a
Joelma se sentou na cama com o teste nas mãos, começou tremer feito vara verde, sem acreditar no que estava acontecendo, Olívia se ajoelhou aos seus pés pedindo perdão, disse que estava arrependida e iria embora, Joelma começou chorar a acariciando - Minha filha não fala essas coisas.A puxou pra levantar- Arrependimento não faz o tempo voltar. Deus sabe de todas as coisas! - Senhor...- Eu sabia que tinha algo errado acontecendo pra você ficar assim. Foi levantando dizendo que ia pegar água, voltou tentando se fazer de forte, deixou Olívia deitada no quarto e foi preparar o almoço, chorou muito pensando em como o Valter ia reagir, esse era o maior medo delas. Olívia estava se sentindo indisposta com dor de cabeça, foi olhar o perfil da Daisy, a única coisa que ela fez, foi bloquear a amiga, mostrando indiferença e isso era algo que a Daisy não fazia bem, porque sempre foi de brigar, jogar as coisas na cara e dessa vez, não fez. Valter estava no quintal fazendo uma rede de pesca
Theo sorriu pensativo- Olha que nem foi.- Vi a Olívia outro dia, está bem chateada. Ela vai embora, de novo! Alana começou mostrar fotos das unhas - É sempre assim o homem bate a roupa e sai pleno. - Já as mulheres nem se lavando, ficam livres.- Fáh você vai amar, ela é muito caprichosa. A gente divide quarto e tipo, não fala pra ninguém tá?- Ouço ela chorando escondida, direto e preciso ignorar, ela não gosta de se mostrar vulnerável, abaixar a guarda.- Outro dia desmaiou no banheiro por causa das dores de cabeça, não passa mais que três dias sem crises, tá cheia de marcas roxas. - Eu e as meninas tentamos acolher, mais não funciona, ela tem um escudo de proteção e a gente não pode julgar, levando em conta tudo o que aconteceu. - Nem sei quem indicou ela, foi alguém chegado na Catarina. - Se puder indica ela pras meninas da sua academia, fala que é a domicílio com uma taxinha. Foda que ela gasta pra ir atender longe, e as vezes nem compensa tanto. - A gente não pode receb
Furiosa Alysther se levantou- Abrir mão da minha liberdade, por causa de ameaças, que prejudicariam vocês, merecem aplausos. - Ele ia acabar com todos nós e eu tive que resolver tudo sozinha. Começou chorar - Porque vocês só vêem o que querem nessa família. - Ninguém segurou a minha mão, preferiram se afastar, quem te contou mãe?- Meu irmão?- É claro! O perfeitinho. - Ele me ameaçou, porque de tudo o que alguém pode fazer de errado, ser infiel é o único pecado que não merece perdão e olha só, ele fez bem pior agora. - Mais ninguém fala nada. - Ele prometeu que não ia contar. Malia disse que ninguém precisou falar, porque conhecia os filhos que tinha, Alysther foi se afastando- E por isso usa eles? - Meu pai sempre poupou o Justin e olha o que me custou, disso vocês não falam nada. - Vou embora com o meu filho, pra bem longe. Katrina perguntou do que estavam falando, Malia continuou bebendo - Ahhh mamãe.- Ela é uma mimada.- Royce tinha segredos com ela, que nem eu sab
Mostrou o monitor com um sorrisinho apreensivo- São dois motivos. - Acho que por essa, você não esperava, não é? Olívia foi ficando com os olhos marejados- Como assim?- São dois? - Bebês?A médica mostrou tudo explicando, dois sacos gestacionais, calculou o tempo de gestação, o choque foi imenso, Olívia nem conseguiu reagir, quase não falou nada, soube que toda gravidez de gêmeos era considerada de risco, já foi alertada sobre a importância de começar o pré natal e fazer check-up, pra ver se não estava com diabetes, analisar os hormônios e tireóide, ela apenas pegou o ultrassom, as guias de exames e foi embora desorientada, tinha que dar aula e não conseguiu, sem cabeça pra nada foi ficar no flat, passou o dia todo na cama.No final do dia Melanie chegou lá de surpresa, encontrou Olívia dormindo antes das dezenove horas, achou que a amiga estava sofrendo de amor apenas. Foram jantar no restaurante, falando sobre a vida dos outros, acertando tudo sobre o término do curso, durant
Fábia começou rir- O que foi passarinho?- Está aprontando? - Não. Para!Ele estava com brincadeira, a pegou no colo- Vai estragar minhas unhas.- Dom assim não. Ele a soltou - Tá bom, parei. Sua surpresa está a solta! - Vai procurar amor. Ela não levou muito a sério - Depois, a manicure está na cozinha. - Vai almoçar em casa? Não tem comida!Ele foi indo atrás - Ahhhh, vamos sair por favor. - Podemos pegar o Marcelinho na escola, depois do almoço.- Amor sua surpresa vai sumir por aí. Mostrou atrás do sofá, ela foi olhar - Aiiii que gracinha.Era um gatinho, ela o agradeceu com beijos, o corredor deu eco e Daisy ouviu tudo, estava nervosa na cozinha só esperando pra sair bem rápido. Dom disse que ia tomar banho e subiu, Fábia voltou para a cozinha- Olha o que ganhei, um neném. - Gosta de gatos? Daisy sorriu apreensiva- Prefiro cães. Então, preciso ir! - Obrigada pela salada.- Saio por aqui?Fábia foi indo para o corredor em direção a sala- Vem por aqui. - Vai de