Ela começou chorar lendo, estava digitando uma mensagem, Melanie chegou de surpresa- Oii lindona, o que houve?Se aproximou, a abraçou- Calma, o que aconteceu?Olívia mostrou a carta - Não sei o que fazer. Melanie leu rapidamente, ficou confusa - Bom, parece um término, que é muito compreensível. - Vocês chegaram a conversar ou não ainda?Olívia enxugou os olhos começou se abanar engolindo o choro - Não. Eu não consigo! - Não sei mentir pra ela ou enfrentar! - Não dá! Melanie ficou olhando, pensou pra responder tentando não ser grossa- Olívia?- Sei que é confuso e eu já estive em algo assim. Queria os dois, na minha vida!- Sem ferir ninguém, por isso abri mão, de ambos.- Em algum momento, você não pensou, que prefere ele do que ela? - Não quero ser invasiva ou rude, mas...- Queria poder ajudar e não consigo entender, as coisas que ela fala, elevam a amizade de vocês, a um nível, que não parece recíproco. Independente do Justin! Olívia se levantou- Eu nunca escolheria
Ele sorriu otimista- Claro, é...- Vamos sair.Ela disse que ia pegar um casaco, entrou e voltou para trás em segundos - Quer subir?- Quero te mostrar uma coisa. Ele disse que sim apreensivo, foi atrás dela ansioso- Aqui é legal.- Parabéns por estar trabalhando, fiquei muito orgulhoso por isso.- O Vinícius é bem legal, mais do que eu imaginava. - Fechamos um negócio que vai me ajudar, pra manter a vinícola, até meu...- Desculpa, deixa pra lá. Claro que não quer saber dos meus problemas! Ela entrou na frente, foi até a bolsa - Essa oportunidade está me ajudando muito. A Mel tem sido incrível comigo! - Pode falar, sobre seu pai. Ele estava olhando tudo, passou a mão em um vestido no cabide - Não vim te trazer problemas. - Esse eu escolhi para usar no natal, gosto de te ver usando os presentes. Estava muito linda no seu aniversário, esse corte de cabelo, agora é fofa e intrigante, adorei. Você mudou! Ela colocou casaco, passou balm nos lábios - Você tem um ótimo gosto né
Ela o acariciou pensativa - Dorme! Se ajeitou como deu, ficou pensando na vida, quase não dormiu preocupada, assim que amanheceu o celular dele despertou acordando os dois, afetuoso ele foi dando beijo de bom dia, já sentiu a indiferença dela, que quase não correspondeu a nada, entrou tomar banho, completamente calada começou se arrumar pra ir dar aula, ele se vestiu e foi ao banheiro, quando saiu perguntou se ela queria sair para tomar um bom café da manhã, pelo reflexo do espelho, ela o olhou séria - Não dá.- Preciso dar aula.- Fiquei pensando em uma coisa, ontem quando me encontrou, perguntou se ela estava aqui. - O que aconteceu?Ele sentou na beirada da cama- Recebi uma carta também, estava tudo bem na medida do possível. - A levei no médico e a farmácia, fui almoçar com meus pais e quando retornei, não a encontrei.- Era um término ofensivo, até leve, considerando nossa situação. - Faz idéia de onde ela está? - Deve ter amigos por aqui, porque ficou dias fora, sem...O
Daisy não era capaz de despertar, estava muito bêbada, Alana deixou de ir trabalhar para cuidar dela, a colocou no chuveiro, fez vomitar e a vestiu, chegou chorar sem saber o que fazer e contou ao Theo, eles estavam com dó, decidiram tentar ajudá-la, mais sem falarem a verdade sobre conhecerem Olívia, porque tiveram receio de Daisy querer se afastar. Ela conseguiu comer de madrugada, chorou muito e se desculpou, confessou que não tinha pra onde ir, ficou com medo de não poder mais ficar lá, as meninas tinham saído para trabalharem, chegaram tarde e foram todas ver como ela estava, gentis montaram acampamento no quarto, para dormirem todas juntas, fizeram brigadeiro quase cinco da manhã, foram contando sobre suas vidas, a maioria era sozinha e com histórias sofridas, uma cresceu em orfanato, a outra fugiu de casa porque o pai abu sava, Alana mesma nunca se deu bem com o padrasto e saiu de casa novinha, contaram sobre o que faziam para se virar, duas delas faziam programa, e dançavam n
Ela desviou o olhar, começou chorar sutilmente- Tem uma coisa, acontecendo comigo, a semanas. - E eu preciso lidar com isso sozinha, como se nada estivesse acontecendo.- Tá doendo, muito, só ignorar.- Meu corpo manda sinais o tempo todo, tenho que ficar calada, em casa, no trabalho. - Ninguém vai aceitar ele, eu vou perder a minha família ou ele. - Tenho que escolher.Ele ficou confuso - Como assim?A abraçou- Olívia calma. - Está grávida? Ela estava aos prantos - Pelo amor de Deus, ninguém pode saber.- Nem a Mel.- Promete que não vai contar. - Se ele souber vai acabar com a minha vida. - Só fiz um teste de farmácia e nem fui ao médico ainda. Fiz o mais porcaria que achei. Ele puxou a banqueta pra ela sentar, se manteve próximo, pediu uma água - Nem sei o que te falar.- Mais vai ficar tudo bem.- Não tem que ser nada extremo assim. - Tenho certeza que sua família vai entender, você não é uma mulher ruim, porque vacilou e também, é super comum, que a gente se assuste
Ela abriu apreensiva, era um teste de gravidez que mostrava as semanas, ele empurrou o outro embrulho pra perto, ela foi abrindo curiosa - Você é demais!- Não tô pronta pra isso. Era um macacão branco estampado com girafas, e o outro um livro sobre maternidade, ela começou chorar sentida- Desculpa, não consigo falar disso.Ele a acariciou sutilmente no braço, mudou o assunto dando atenção a Zoe, que sentou no balcão para brincar de escolinha, Olívia se distraiu desenhando, ficou de olho na salada enquanto ele picava tomates- Tenho comido muita fruta e água. - Quase uma vegetariana. Ele lhe ofereceu um pedaço - Isso é bom. E tem vomitado? Ela saboreou o tomate, sorriu olhando o restante- Não, porque não como, pra não ter o que vomitar. - Me dá só mais um pedacinho? Ele deu, ficou olhando pensativo, começou arrumar os pratos - Sabe que não pode esconder, para sempre né? - É um direito de...Ela interrompeu- Não vou contar. - Confiei em você. - Theo, ele bagunçou toda a
Joelma se sentou na cama com o teste nas mãos, começou tremer feito vara verde, sem acreditar no que estava acontecendo, Olívia se ajoelhou aos seus pés pedindo perdão, disse que estava arrependida e iria embora, Joelma começou chorar a acariciando - Minha filha não fala essas coisas.A puxou pra levantar- Arrependimento não faz o tempo voltar. Deus sabe de todas as coisas! - Senhor...- Eu sabia que tinha algo errado acontecendo pra você ficar assim. Foi levantando dizendo que ia pegar água, voltou tentando se fazer de forte, deixou Olívia deitada no quarto e foi preparar o almoço, chorou muito pensando em como o Valter ia reagir, esse era o maior medo delas. Olívia estava se sentindo indisposta com dor de cabeça, foi olhar o perfil da Daisy, a única coisa que ela fez, foi bloquear a amiga, mostrando indiferença e isso era algo que a Daisy não fazia bem, porque sempre foi de brigar, jogar as coisas na cara e dessa vez, não fez. Valter estava no quintal fazendo uma rede de pesca
Theo sorriu pensativo- Olha que nem foi.- Vi a Olívia outro dia, está bem chateada. Ela vai embora, de novo! Alana começou mostrar fotos das unhas - É sempre assim o homem bate a roupa e sai pleno. - Já as mulheres nem se lavando, ficam livres.- Fáh você vai amar, ela é muito caprichosa. A gente divide quarto e tipo, não fala pra ninguém tá?- Ouço ela chorando escondida, direto e preciso ignorar, ela não gosta de se mostrar vulnerável, abaixar a guarda.- Outro dia desmaiou no banheiro por causa das dores de cabeça, não passa mais que três dias sem crises, tá cheia de marcas roxas. - Eu e as meninas tentamos acolher, mais não funciona, ela tem um escudo de proteção e a gente não pode julgar, levando em conta tudo o que aconteceu. - Nem sei quem indicou ela, foi alguém chegado na Catarina. - Se puder indica ela pras meninas da sua academia, fala que é a domicílio com uma taxinha. Foda que ela gasta pra ir atender longe, e as vezes nem compensa tanto. - A gente não pode receb