Ele puxou a cadeira pra perto da cama- Vou te contar, tudo! Ela foi sentar na cama, ele sentou ao lado- Quando você sumiu, fui até lá, sabia que algo ruim tinha acontecido, como pode ver, tenho boas condições, fui bem rápido. - Ela não dizia coisa com coisa, demorou dias pra ligar seu celular. - Fui encontrar ela, pelo choro, achei que era você, com a voz diferente. - Quando a vi, fiquei surpreso, não era meu tipo mais ok, não era tipo horrível, só diferente do que eu esperava.- Em poucas palavras, eu soube que a amiga, estava mau no hospital. Sabendo do seu apego, por ela, não dei atenção pra mais nada.- Foi desesperador ver ela aos prantos daquele jeito, como quem implorava por socorro, só com o olhar. - Fiz o que deveria fazer. Tomei a frente resolvendo tudo, pensei que aqui com a família perto, tudo iria melhorar.- Fiquei super emotivo, falei de namoro, aliança, mas era diferente, a frieza dela levantou minhas suspeitas.- Viemos pra cá, cuidamos de você, da melhor manei
Ele ficou com os olhos marejados- Não queria ferir você, assim. A gente só dava selinho, poucos!- Fomos nos aproximando, não tinha como ser totalmente indiferente a ela, se esforçando pra me acompanhar, foi a academia, mudando o jeito de se vestir, até o cabelo e maquiagem, me acompanhava de um jeito que precisava de mim e nunca como quem fazia a força, com ódio.- Gostei de estar com alguém, que diferente de todas as outras, não me enfrentava ou competia, todos a quem Olívia conheceu, acharam ela adorável, mesmo que discreta ou tímida as vezes. Algumas vezes, a vi como um troféu!- Tentava ser fiel a você, e traí ambas, bebi muito perdi a cabeça e a noção. Fizemos uma viagem com o pessoal, e descontei minhas frustrações nela, a maltratando. Ficou doente, triste e vulnerável, virou a noite cuidando de mim bêbado, em momento algum me ma ltratou.Daisy interrompeu irônica- Claro, ela é perfeita.Ele abaixou a cabeça cobrindo os olhos com as mãos - Perfeição não existe. Posso listar
Justin a amparou, Dom puxou Fábia de canto - É melhor irmos.Rapidamente se despediram e saíram, Justin estava sentado ao lado de Daisy- O que está sentindo meu bem?- Está com dor?Ela estava com as mãos trêmulas, respondeu friamente de olhos fechados - Não finja que realmente se importa. Estava pensando no que ouviu, sobre a esposa daquele desconhecido, que pra piorar tudo, conhecia Justin, começou pensar que Dom sabia o tempo todo, quem era ela, teve vergonha e raiva. Logo o médico chamou, Justin foi contando sobre os desmaios, a indisposição, ele trocou a medicação dela e os alertou, sobre ela precisar de mais exames em breve, talvez algum procedimento cirúrgico futuro por causa do traumatismo, ressaltou como era importante o acompanhamento regular, para ver como estava a recuperação, já que as dores ainda eram frequentes quando deveriam estar melhorando, Daisy escondeu alguns detalhes sobre sua saúde, pegou receitas de ansiolíticos, calmantes para dormir, vitaminas, fez tudo
Ela começou chorar lendo, estava digitando uma mensagem, Melanie chegou de surpresa- Oii lindona, o que houve?Se aproximou, a abraçou- Calma, o que aconteceu?Olívia mostrou a carta - Não sei o que fazer. Melanie leu rapidamente, ficou confusa - Bom, parece um término, que é muito compreensível. - Vocês chegaram a conversar ou não ainda?Olívia enxugou os olhos começou se abanar engolindo o choro - Não. Eu não consigo! - Não sei mentir pra ela ou enfrentar! - Não dá! Melanie ficou olhando, pensou pra responder tentando não ser grossa- Olívia?- Sei que é confuso e eu já estive em algo assim. Queria os dois, na minha vida!- Sem ferir ninguém, por isso abri mão, de ambos.- Em algum momento, você não pensou, que prefere ele do que ela? - Não quero ser invasiva ou rude, mas...- Queria poder ajudar e não consigo entender, as coisas que ela fala, elevam a amizade de vocês, a um nível, que não parece recíproco. Independente do Justin! Olívia se levantou- Eu nunca escolheria
Ele sorriu otimista- Claro, é...- Vamos sair.Ela disse que ia pegar um casaco, entrou e voltou para trás em segundos - Quer subir?- Quero te mostrar uma coisa. Ele disse que sim apreensivo, foi atrás dela ansioso- Aqui é legal.- Parabéns por estar trabalhando, fiquei muito orgulhoso por isso.- O Vinícius é bem legal, mais do que eu imaginava. - Fechamos um negócio que vai me ajudar, pra manter a vinícola, até meu...- Desculpa, deixa pra lá. Claro que não quer saber dos meus problemas! Ela entrou na frente, foi até a bolsa - Essa oportunidade está me ajudando muito. A Mel tem sido incrível comigo! - Pode falar, sobre seu pai. Ele estava olhando tudo, passou a mão em um vestido no cabide - Não vim te trazer problemas. - Esse eu escolhi para usar no natal, gosto de te ver usando os presentes. Estava muito linda no seu aniversário, esse corte de cabelo, agora é fofa e intrigante, adorei. Você mudou! Ela colocou casaco, passou balm nos lábios - Você tem um ótimo gosto né
Ela o acariciou pensativa - Dorme! Se ajeitou como deu, ficou pensando na vida, quase não dormiu preocupada, assim que amanheceu o celular dele despertou acordando os dois, afetuoso ele foi dando beijo de bom dia, já sentiu a indiferença dela, que quase não correspondeu a nada, entrou tomar banho, completamente calada começou se arrumar pra ir dar aula, ele se vestiu e foi ao banheiro, quando saiu perguntou se ela queria sair para tomar um bom café da manhã, pelo reflexo do espelho, ela o olhou séria - Não dá.- Preciso dar aula.- Fiquei pensando em uma coisa, ontem quando me encontrou, perguntou se ela estava aqui. - O que aconteceu?Ele sentou na beirada da cama- Recebi uma carta também, estava tudo bem na medida do possível. - A levei no médico e a farmácia, fui almoçar com meus pais e quando retornei, não a encontrei.- Era um término ofensivo, até leve, considerando nossa situação. - Faz idéia de onde ela está? - Deve ter amigos por aqui, porque ficou dias fora, sem...O
Daisy não era capaz de despertar, estava muito bêbada, Alana deixou de ir trabalhar para cuidar dela, a colocou no chuveiro, fez vomitar e a vestiu, chegou chorar sem saber o que fazer e contou ao Theo, eles estavam com dó, decidiram tentar ajudá-la, mais sem falarem a verdade sobre conhecerem Olívia, porque tiveram receio de Daisy querer se afastar. Ela conseguiu comer de madrugada, chorou muito e se desculpou, confessou que não tinha pra onde ir, ficou com medo de não poder mais ficar lá, as meninas tinham saído para trabalharem, chegaram tarde e foram todas ver como ela estava, gentis montaram acampamento no quarto, para dormirem todas juntas, fizeram brigadeiro quase cinco da manhã, foram contando sobre suas vidas, a maioria era sozinha e com histórias sofridas, uma cresceu em orfanato, a outra fugiu de casa porque o pai abu sava, Alana mesma nunca se deu bem com o padrasto e saiu de casa novinha, contaram sobre o que faziam para se virar, duas delas faziam programa, e dançavam n
Ela desviou o olhar, começou chorar sutilmente- Tem uma coisa, acontecendo comigo, a semanas. - E eu preciso lidar com isso sozinha, como se nada estivesse acontecendo.- Tá doendo, muito, só ignorar.- Meu corpo manda sinais o tempo todo, tenho que ficar calada, em casa, no trabalho. - Ninguém vai aceitar ele, eu vou perder a minha família ou ele. - Tenho que escolher.Ele ficou confuso - Como assim?A abraçou- Olívia calma. - Está grávida? Ela estava aos prantos - Pelo amor de Deus, ninguém pode saber.- Nem a Mel.- Promete que não vai contar. - Se ele souber vai acabar com a minha vida. - Só fiz um teste de farmácia e nem fui ao médico ainda. Fiz o mais porcaria que achei. Ele puxou a banqueta pra ela sentar, se manteve próximo, pediu uma água - Nem sei o que te falar.- Mais vai ficar tudo bem.- Não tem que ser nada extremo assim. - Tenho certeza que sua família vai entender, você não é uma mulher ruim, porque vacilou e também, é super comum, que a gente se assuste