Perplexa consigo mesma, Olí recuou indo sentar distante dele
- Desculpe, eu não posso. Achando que tudo de estranho era culpa do estresse, Justin gentilmente sorriu - Tudo bem, eu estou me sentindo um jovem. - Muito impaciente! Olívia você é linda, valeu toda a espera. Desconcertada ela apenas sorriu, sem poder olhar, muito envergonhada em virar uma impostora, ele se levantou, foi indo até ela - Preciso encontrar um amigo. Volto te buscar mais tarde meu bem! Beijou seu rosto afetuoso - Arrume as malas, vamos no mais tardar em dois dias. Tudo bem? Foi muito conveniente apenas concordar, ao menos Daisy estaria em boas mãos, recebendo cuidados médicos dignos, Olí pensou, o que lhe importava ir presa, talvez ser processada, por usurpar o lugar de sua amiga e enganar o namorado rico dela… Era tudo por um bem maior! Justin saiu pensativo, demorou quase dois dias para conseguir ver Olí e nem por ligações ela quis conversar, com receio de ser pega, trocou muitas mensagens sempre tentando copiar o jeitinho da amiga escrever. Leu os diários de Daisy dia e noite decorando tudo sobre ele, sua memória boa virou um trunfo, e sua descrição, ajudou os amigos próximos a não perceberem o que estava acontecendo, rapidamente as malas estavam prontas, também vendeu algumas coisas da casa em um bazar de garagem e virou a noite segurando a mão de Daisy dizendo que era tudo por ela. Quando se reencontraram, parecia uma cena de filme, Justin era um príncipe que lhe deu tudo, sem cobrar nada, a amparou afetivamente e financeiramente, ele quem cuidou de absolutamente tudo, chegou já falando sobre a internação de Daisy em uma clínica no Brasil, apenas questionou onde a família dela morava e se iriam querer ficar hospedados na casa dele também. Aquela corda bamba que segurava as mentiras, só estava começando a balançar, Olí pensou rápido - Eles não podem ir, por enquanto. Acho que estavam passando por dificuldades, tipo brigas familiares, Daisy é incrível, mas… Bom, a família dela… Ele interrompeu - Acho que entendo, tudo bem, uma coisa de cada vez. Ainda bem que ela tem você! Indo para o aeroporto, ele se manteve próximo a segurando pela cintura, a serviu durante a viagem toda, respeitou seu espaço e não tentou ficar conversando, educadamente ela o agradeceu todas as vezes, como trataria um estranho, permaneceu ao lado da amiga, sempre muito preocupada. Quando chegaram no Brasil, ela se surpreendeu em estar na capital, não muito longe de onde moravam seus familiares, primeiramente passaram no hospital internar Daisy que estava estável em seu coma profundo, sem nem imaginar que poderia acordar em outro lugar, com tudo mudado. Já era de noite quando ele se aproximou de Olívia no quarto de hospital - Meu bem, precisamos ir para casa, você precisa descansar, comer algo, não pode ficar doente, se não, quem cuidará da Daisy? - O motorista já levou suas malas. Por favor, vamos! Ele estava acariciando as costas dela enquanto esperava uma resposta, causando desconforto, discretamente Olí se esquivou - Tudo bem, vamos. Ambos estavam exaustos, ele quem dirigiu o trajeto todo, um carro de luxo avaliado em mais de duzentos mil reais, a casa era afastada da cidade, em um condomínio de luxo, o olhar dela era de preocupação, imaginando que o poder aquisitivo dele só ia agravar tudo. Meio perdido fazendo de tudo para agradar, ele abriu a porta do carro, a pegou pela mão - Não quero que se sinta como uma estranha, pode ficar a vontade, suas coisas estão no quarto ao lado do meu, caso queira, saberá onde me encontrar facilmente. Dois funcionários os receberam na sala de estar, um senhor que estava de roupa casual, uma senhora que estava uniformizada com roupa escura, simpática foi pegando a bolsa de Olí, que se recusou a entregar, Justin os apresentou - Essa é a Olívia minha flor que tem alegrado meus dias a algum tempo. - Olí qualquer coisa que precisar, pode chamar a Pilar, ela quem cuida da casa e de mim, a maior parte do tempo. - E o Mosley te levará para qualquer lugar. Vamos subir, já está tarde, gostaria de poder jantar com você. Parecendo uma menina muito introvertida tímida, Olí concordou, subiu olhando a decoração e o tamanho da mansão, ao entrar no quarto se assustou, todas as coisas de Daisy estavam espalhadas juntas das suas, até o cheiro dela pairava pelo ar, Pilar quem deu um jeitinho de deixar tudo mais natural, Justin ficou parado na porta - Espero que esteja tudo do seu agrado, vou tomar banho e te espero lá embaixo, não vou tomar muito do seu tempo. - Prometo te deixar descansar! Olí sorriu, quando a porta se fechou, deitou olhando o teto, imaginando que era a última chance de revelar tudo, covarde ou não, foi se deliciar em uma banheira de hidromassagem cheia de espuma com sais de banho de marca importada. Exausta acabou pegando no sono, deixando a água transbordar e molhando tudo, foi a primeira de muitas gafes que estavam por vir. Quando acordou no susto, Justin batia na porta do quarto - Olívia, está tudo bem? Olívia, eu vou entrar! Ela levantou as pressas - Sim, eu estou bem, não entre, já vou. Escorregou e caiu no banheiro, batendo a cabeça, ele ouviu o grito, entrou no quarto assustado com a água que estava inundando tudo - O que aconteceu? Está bem? Nua e atordoada, ela gritou correndo se enrolar na toalha Não entre, eu caí, mas estou bem. Abriu a porta com a mão na cabeça onde doía - Mil desculpas, peguei no sono e a água transbordou. Eu vou limpar tudo! Justin segurou a risada, notando que ela estava quase chorando, esticou a mão - Não se preocupe, machucou? Venha comigo! Fique tranquila. Ela foi indo o acompanhando, engolindo o choro, ele a levou pro seu quarto, a colocou sentada na cama - Deixe-me ver querida, acho que não está mais sozinha, podemos dar um nome a ele, o galo que vai te acompanhar por alguns dias. - Já terminou o banho ou não? - Pode usar meu banheiro! Muito envergonhada ela enxugou as lágrimas que insistiam rolar pelo seu rosto corado - Aiii. Não precisa, eu vou limpar tudo. Ele a abraçou não muito forte, acariciando seu cabelo - Não se preocupe, vou chamar a Pilar, pegar gelo e um analgésico para você. Só um minuto e eu trago suas coisas para se trocar. Rapidamente ele saiu e voltou com os pés encharcados, com uma camiseta de banda " dela ", ela estava chorando com as mãos cobrindo o rosto, ele se abaixou em sua frente, a achando boba - Podemos relaxar um pouco, você vai comer sua comida preferida e descansar, amanhã eu vou precisar sair cedo, tenho que participar de uma reunião importante. - Posso te contar tudo, no jantar! Seus olhos me distraem e seu sorriso, que eu quase não pude ver, me instiga a querer te beijar, queria que as coisas fossem diferentes. - Todos os meus planos estão indo por água abaixo! Ela sorriu ficando com o rosto corado - Literalmente, muita água. Eu sou um desastre! Mil desculpas. Justin se sentou ao lado dela, acariciou seu rosto a olhando nos olhos - Não fale assim, acho que o destino nos prega peças. - Eu quero beijar você, te fazer se sentir bem, não sei como fazer isso. - Queria poder te amar, do jeito que imaginamos, durante esse tempo todo. Foi se aproximando quase a beijando, sentindo sua respiração ofegante de pertinho - Meu bem! Quero te fo.der devagar e com as luzes acesas .Ouvir aquilo causou um grande impacto em Olívia, que se afastou bruscamente- Não, eu, eu não. Preciso de água!Ele sabia perfeitamente o que estava fazendo, sorriu a observando minuciosamente- Água? Mais ainda meu bem?Ela estava pálida, foi pegando a cartela de analgésico e as roupas, que ele lhe deu, Justin se levantou- Vamos jantar?- Espero que Pilar não tenha se empolgado. Às vezes ela exagera, nas refeições!- Eu já disse que é sua comida preferida? - Vai poder comer até se fartar.O comentário gerou constrangimento a ela, que foi ficando séria apreensiva, indo atrás dele em direção a porta, descalça, enrolada na toalha- Mal posso esperar, comer até explodir.- Preciso das minhas coisas!Ele abriu espaço, ficou olhando a derrubar a camiseta no chão, molhando tudo- Vou indo na frente, tudo bem?- Te espero lá embaixo!Ela fechou a porta, começou resmungar se auto criticando- Vai se encrencar.- Precisa ir embora Olívia .- Seus pais não podem ter uma decepção dessas .- El
Ela fingiu estar dormindo, Justin foi para o banheiro pensativo, demorou um pouco tomando banho, foi deitar de camiseta e shorts, por cima da muralha de travesseiros, a acariciou sutilmente no cabelo- Boa noite meu bem!Acordada e ainda fingindo, Olí permaneceu calada, adormeceu em sono profundo sob o efeito do vinho, só acordando na hora do almoço, no outro dia, com a Pilar batendo a porta.Sonolenta Olí olhou na cama procurando Justin- Eu já vou. Oi.Estava sozinha, nem deu tempo de levantar, Aly abriu a porta- Boa tarde dorminhoca! Desculpa te acordar, é que já está tarde.- Vamos almoçar e queremos você conosco! Tá tudo bem?Olí concordou positivamente com a cabeça, apenas Pilar ficou no quarto- Precisa de alguma coisa? Já sequei o quarto e coloquei todas as suas coisas aqui.Foi abrindo as cortinas, mostrando no closet onde tudo estava- Justin pediu pra eu te ajudar. Quer uma roupa mais casual ou?Olí se sentou, pegou o celular procurando notícias de Daisy- Pilar obrigada,
Carinhoso se manteve próximo, a fez pegar no sono com chamego e a beijou na boca de surpresa, ele estava achando graça de a constranger com a proximidade.Na manhã seguinte, ele quem levantou primeiro, arrumou a mesa de café da manhã na varanda do quarto, frutas exóticas, chá, suco, torradas com patê, ela acordou no susto com ele derrubando um prato- Justin?Ele começou rir sozinho juntando os cacos- Só um instante, não venha aqui. Está quase pronto!Sem entender ela se sentou, começou mexer no celular, logo ele se aproximou com uma taça de suco natural, beijou seu rosto- Bom dia meu bem. Te acordei?- Desculpe! Pode me acompanhar?Ela disse que ia lavar o rosto, ele nem deixou, a levou sentar na varanda, foi a servindo- Hoje não temos escapatória. Os planos, da família…- Estou constrangido! Enfim, vamos para o chalé, pronto é isso.Olívia ficou confusa- Mais você pode ir sozinho, não?Ele disse que não, a deixou séria pensativa, segurou sua mão- Sei que não está muito afim, só
Pronta para desistir Olívia olhou Justin o repreendendo- Não. Eu não consegui trazer todas as minhas coisas pra cá, já que foi muito repentino o convite e o Justin se esqueceu de me falar sobre os planos de vocês.- Acho melhor eu ficar, ou irei atrasar a caminhada.Ele começou rir com deboche acariciando as costas dela- Culpado. Mais minha mãe é uma tartaruga, ah vamos querida, ninguém tem um tênis para emprestar?- Você calça 36? Não?Todos disseram que não, por insistência dele, ela foi daquele jeito mesmo, toda desconfortável se sentindo muito feia, como foi a última a se reunir com todos, ficou sem passar repelente e nem se atentou a isso também, chegando no começo da trilha os insetos começaram a picar, a cada dez minutos as coceiras aumentavam, por não estar acostumada a caminhar daquela forma e totalmente despreparada, foi ficando por último, no meio do caminho ele quem lembrou do repelente notando os caroços que se formavam nos braços dela- Meu bem, você passou o repelente
Às pressas ele saiu na janela, gritou - A Olívia está passando mau. Lucca pegue o carro, rápido! Voltou pra perto dela a amparando- Eu não sei o que tinha exatamente na comida, logicamente não cozinhei nada.- Do que você tem alergia? Foi jogando as roupas dela em cima da cama, pegou a bolsa enquanto ela vestia calça - Querida, respire, fique calma!- Do que você tem alergia?- Eu preciso saber!- Olívia? Aly e Malia entraram no quarto assustadas também, Olívia estava com urticária e nervosa- Deve ser coco, preciso ir para o hospital.Foram saindo às pressas, direto para o PS mais próximo, Lucca dirigindo, Justin na frente e Lola atrás cuidando de Olívia, além de preocupado Justin estava pensativo, novamente as mentiras vindo a tona, pois Daisy adorava o doce beijinho. Olívia foi atendida e medicada, na sala de espera começou uma discussão, Justin bateu o pé dizendo que ela era uma mentirosa, Lola a defendeu - Como pode ter certeza?- Você nunca a viu, a coitada podia ter mor
Ele se manteve frio- Pode chorar o quanto quiser, isso não me comove em nada.- Se eu não fosse um homem honesto e crente em Deus, te faria sentir a mesma dor que eu, com as minhas próprias mãos.- Quero você fora daqui.- Ou irá pagar por tudo.- Envergonhar seus pais e ir presa!Aos prantos ela se aproximou ficando de joelhos na frente dele- Justin eu não tenho pra onde ir, por favor não faça isso comigo.- Eu te imploro!- Por ela, Daisy é minha melhor amiga.Ele segurou seus pulsos com força a machucando- Tem meia hora para sumir, de uma vez por todas.- Daisy não precisa de você aqui.- Eu irei cuidar dela!Olívia levantou guiada pelo apertão implorando pra ele a soltar, pedindo perdão, Lola entrou no quarto assustada- O que está acontecendo aqui?- Justin?Ele empurrou Olívia levemente, a soltou alterado- Tire essa mulher da minha frente.- Eu te odeio com todas as minhas forças!- Fraca, covarde, mal caráter, mentirosa, me admira Daisy ser amiga de alguém assim.- Saia daq
Olívia era do tipo calada, que abaixava sempre a cabeça evitando conflito, mais tudo tinha um limite, até sua paciência.Ela foi procurar outra roupa, colocou um vestido longo florido, ele se levantou digitando várias mensagens no celular- Não está bom, mas com certeza não tem nada melhor. Dá pra arrumar esse cabelo melhor daqui em diante?- Minha namorada os escovava diariamente e gosta de por enfeites, fazer penteados. Estou enganado?Ela franziu a testa- Não. Por favor Justin, pare com isso, ou vai me enlouquecer. Acho que já notou, o quanto ela é diferente, radiante e bonita, não sou como ela.Ele abriu a porta amargurado- Então aprenda a ser meu bem. Vamos!Com aquele olhar vulnerável ela foi indo atrás, ele a segurou pela mão guiando, sentiu que estava gelada suando frio- Vai desmaiar? Quanto drama! Você é muito fraca.Foram para o quarto de Malia, que estava deitada assistindo com o pé torcido, olhou para Olívia a medindo de cima abaixo- Olá querida Olí, voltou enfim, sent
Royce os convidou para irem almoçar com ele, saíram os três e um amigo da família, que estava lá a negócios, e também participou da reunião.Theodoro era um empresário do ramo de eventos, fazia festas para pessoas de alto padrão, adorava curtir a vida e tinha acabado de chegar no Brasil, pois estava viajando para praias paradisíacas.Ao conhecer Olívia no restaurante, já foi fazendo perguntas em inglês, sobre ela ter morado fora do Brasil, fluente ela respondeu tudo e até chegou rir, ele era engraçado e se mostrou íntimo do Justin.Ela comentou sobre os lugares que conheceu e o que sentia falta lá, ao sentarem na mesa logo Justin lhe deu um apertão por baixo da mesa, a assustando até, ela olhou confusa sem entender, ele se aproximou lhe deu um beijo no rosto e falou baixinho no ouvido- Pare com isso agora!- Fique quieta. Sorria!Já toda murcha ela sorriu sutilmente, começou ler o cardápio cabisbaixa, Theo falou sobre uma picanha que era especiaria lá, olhou diretamente pra ela enqua