Narrador
— Toque na minha namorada de novo e você é um homem morto. — Tae falou com frieza e didática, e depois o soltou. Ele não esqueceu o rosto do aeroporto. Sim, era Dylan quem estava cobiçando sua namorada como um psicopata doentio.
Dylan recuperou seu braço, que estava doendo mais do que gostaria de admitir, e olhou para Tae com muita fúria.
Apesar de bastante acalorado, Tae se segurou muito para não fazer uma cena. Ele não queria voltar a ser o descontrolado louco que quase perdeu Diana uma vez. Ele sabia que Diana ainda sentia alguma coisa por Dylan e sua atitude nesse momento iria pesar muito em cada decisão dela.
Dylan se acovardou. Fez uma expressão de nojo e disse:
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NarradorDiana sentiu as pernas vacilarem.Tae nunca deixaria Dylan se aproximar dele, então as chances de as provas terem sido implantadas eram mínimas. Além disso, tinha a marca de batom. Ela começou a chorar indiscriminadamente, sentindo-se traída e humilhada. Tão boba por ter ficado esperando por ele, preocupada. Diana picotou aquele papel com os dedos e ficou desesperada, sem saber o que fazer.O acesso de raiva fez sua pressão descer, e ela sentiu falta de ar intensa. Tentava respirar, mas sentia como se estivesse se afogando.Seu celular escorregou dos dedos e caiu na pia, enquanto a garota de programa desligava a ligação do outro lado da linha.Diana queria
NarradorA reação foi imediata e desproporcional. Tae atirou-se contra Dylan como um aríete, derrubando-o no chão e metendo socos enfurecidos e desmedidos em seu rosto. A única reação possível para Dylan foi cobrir o rosto com seus antebraços para ter danos menores e não quebrar o nariz.— Pare! Tae, pare! — Diana gritava, o acalorando mais ainda. Ela viu que ele continuou com a atitude doentia e violenta, cada golpe dava um estampido no rosto de Dylan e arrancava dos próprios olhos de Tae lágrimas de ódio.A ruiva não viu solução senão agarrar Tae com todas as forças antes que ele cometesse um crime irreversível.Diana nunca o viu t&at
NarradorSoobin sentiu o gosto dos lábios de Tae e não quis parar por aí. Não conseguiria, era mais forte que ele. Emoldurou o rosto de Tae com suas mãos, cravando os dedos nas têmporas do primo com tanto ímpeto que nada no mundo o tiraria dali.Aquele amor oculto provocou em Soobin tanta carência e tanta necessidade que moldou o caráter de Soobin. Deixou-o amargo, eternamente triste e deprimido. Mas, naquele momento, ele estava livre da eterna indagação que fazia todos os dias quando colocava a cabeça no travesseiro e imaginava os dois juntos: "Como será o beijo dele?".Já era, a verdade foi exposta.Tae segurou os pulsos de Soobin rispidamente e o forçou a se afastar. N&atild
NarradorO carro veio a toda velocidade, e o motorista nem conseguiu buzinar. Dylan viu sua vida passar diante dos seus olhos, bem como Diana.As pálpebras da ruiva se arregalaram diante daqueles segundos que pareceram uma eternidade e, ao mesmo tempo, ninguém conseguiu fazer nada.O barulho do motor se aproximava, e a buzinada excruciante fez a última arfada se esvair dos pulmões de Dylan antes do segundo final, sentado na pista, incapaz de atuar sobre seu próprio destino. Tae observava a aproximação do carro somente abaixando suas pálpebras superiores, numa frieza louvável. Seus batimentos estavam no mínimo.Numa fração de segundos, o motorista do carro conseguiu desviar de Dylan, dando u
NarradorEla se foi. Tae começou a chorar como uma criança e voltou ao seu apartamento. A fúria o dominava, isso tudo era culpa de Shimin.Shimin sentiu o celular vibrando no bolso da calça. Finalmente Soobin tinha parado de chorar e se acalmado, e agora Shimin poderia ir embora.Mas, não sem antes resolver mais um problema. Era Diana ligando, provavelmente tinha tomado uma decisão.Shimin atendeu e ouviu o barulho do elevador do prédio deles do outro lado da linha.— Diana? O que foi? — Shimin perguntou. — Você se decidiu?Primeiro ele não conseguiu ouvir nada além do choro dela. Diana estava confusa,
Narrador— Está mentindo! — Tae falou, enojado. — Está claramente mentindo!Shimin sabia que a expressão de Tae escondia um medo imenso, e disse:— Sabe que existe a possibilidade, não sabe? Então, já é motivo suficiente para não ficar nessa depressão!— Prove isso que está dizendo. — Tae grunhiu. — Prove ou eu juro que nunca mais o considerarei meu irmão, Shimin.Shimin engoliu em seco enquanto Tae voltava a olhar a janela, incapaz de se levantar, com uma porção de sedativos penetrando suas veias por meio de agulhas grossas.Tae já foi impotente. J&a
NarradorSoobin sentiu as lágrimas escorrendo por seu rosto como torrentes. Tae estava desmaiado em seus braços ali na rua, vulnerável como uma criança.Isso não é amor.Arrependimento. Soobin chorava por arrependimento e culpa. Como pôde ferir tanto uma pessoa que ele dizia amar? Todos os erros de Soobin não poderiam se apagar assim tão de repente.Ele devia ter protegido Tae. Devia ter sido o mundo para ele, mas foi um agressor.Um carro passou perto deles e parou, era Shimin. Ele saiu de dentro do veículo batendo a porta de qualquer jeito, nervoso, e pegou o corpo inerte do irmão nos braços, vociferand
NarradorTae visitou o memorial de Sarang. Fez algumas preces, pensou na vida. Pediu perdão a ela por não ter conseguido falar mais, por não ter ajudado mais.Shimin observava, de longe, o irmão agachado diante do túmulo, reflexivo. O mais novo sentia culpa pela morte dela, ainda, e precisava se livrar disso.Eles passaram num campinho de basquete e viram crianças jogando. Tae lembrou-se dele e Shimin jogando, quando pequenos, cheios de sonhos. O Tae pequenino se orgulharia de quem era agora?Tae suspirou e continuou andando. Aquelas ruas pacíficas não combinavam com o barulho na mente de dele, e o clima congelante lhe dava vontade de voltar para seu quarto.Ele teve que se sent