Narrador
Tae assimilou com um certo pesar. Ele ficou angustiado pela situação do pai, mas com certeza tinha uma relação de amor e ódio com ele, o que lhe impossibilitava de derramar pranto.
— Por que você não foi com ela, Shimin?
— Eu fiquei aqui esperando você dar sinal de vida, Tae. Nós vamos pegar o próximo voo.
Tae assentiu. Depois, pensou bastante, e disse:
— Não, o próximo está muito em cima da hora. Eu tenho que falar com a Diana.
— Receio que não haja tempo para isso, você pode deixar uma mensag...
— Eu vo
Narrador— Como disse? — Tae falou, depois de um longo minuto de silêncio. Ele entendeu, mas queria que ela repetisse.Diana não conseguiu repetir, ela não queria brigar, tinha vergonha de falar, tinha incertezas.— Diana... — Ele insistiu, sua voz estava diferente. Adquiriu um tom choroso. — Você está bem? Onde você está, Diana? Vamos conversar.Ela desligou. Ficou olhando para o lago, com medo de voltar para casa e o encontrar, e não conseguir se negar a ir para Londres.Ela não sabia o que queria, mas sabia o que não queria no momento.As ligações insistentes de Tae quase a fi
NarradorAs mãos dele seguraram a nuca dela, inclinando seu rosto para cima. O beijo se intensificou e ela esticou a mão para fechar a porta atrás deles. Logo, Tae a prensou contra a parede, marcando seu pescoço possessivamente, como forma de aliviar todo o seu orgulho ferido.Diana conseguiu contar uns 3 ou 4 chupões, que iam ser difíceis de cobrir, mas que ela não conseguia impedir porque ele estava massageando sua intimidade com muita destreza. Os longos dedos dele a fizeram gemer, e se apressaram a penetrá-la, encontrando um caminho fácil pela umidade dela.— Está com muita raiva de mim? — Ela perguntou, sentindo seu vestido ser rasgado agressivamente. Era a segunda vez que ele fazia aquilo.&m
Narrador— Toque na minha namorada de novo e você é um homem morto. — Tae falou com frieza e didática, e depois o soltou. Ele não esqueceu o rosto do aeroporto. Sim, era Dylan quem estava cobiçando sua namorada como um psicopata doentio.Dylan recuperou seu braço, que estava doendo mais do que gostaria de admitir, e olhou para Tae com muita fúria.Apesar de bastante acalorado, Tae se segurou muito para não fazer uma cena. Ele não queria voltar a ser o descontrolado louco que quase perdeu Diana uma vez. Ele sabia que Diana ainda sentia alguma coisa por Dylan e sua atitude nesse momento iria pesar muito em cada decisão dela.Dylan se acovardou. Fez uma expressão de nojo e disse:<
NarradorDiana sentiu as pernas vacilarem.Tae nunca deixaria Dylan se aproximar dele, então as chances de as provas terem sido implantadas eram mínimas. Além disso, tinha a marca de batom. Ela começou a chorar indiscriminadamente, sentindo-se traída e humilhada. Tão boba por ter ficado esperando por ele, preocupada. Diana picotou aquele papel com os dedos e ficou desesperada, sem saber o que fazer.O acesso de raiva fez sua pressão descer, e ela sentiu falta de ar intensa. Tentava respirar, mas sentia como se estivesse se afogando.Seu celular escorregou dos dedos e caiu na pia, enquanto a garota de programa desligava a ligação do outro lado da linha.Diana queria
NarradorA reação foi imediata e desproporcional. Tae atirou-se contra Dylan como um aríete, derrubando-o no chão e metendo socos enfurecidos e desmedidos em seu rosto. A única reação possível para Dylan foi cobrir o rosto com seus antebraços para ter danos menores e não quebrar o nariz.— Pare! Tae, pare! — Diana gritava, o acalorando mais ainda. Ela viu que ele continuou com a atitude doentia e violenta, cada golpe dava um estampido no rosto de Dylan e arrancava dos próprios olhos de Tae lágrimas de ódio.A ruiva não viu solução senão agarrar Tae com todas as forças antes que ele cometesse um crime irreversível.Diana nunca o viu t&at
NarradorSoobin sentiu o gosto dos lábios de Tae e não quis parar por aí. Não conseguiria, era mais forte que ele. Emoldurou o rosto de Tae com suas mãos, cravando os dedos nas têmporas do primo com tanto ímpeto que nada no mundo o tiraria dali.Aquele amor oculto provocou em Soobin tanta carência e tanta necessidade que moldou o caráter de Soobin. Deixou-o amargo, eternamente triste e deprimido. Mas, naquele momento, ele estava livre da eterna indagação que fazia todos os dias quando colocava a cabeça no travesseiro e imaginava os dois juntos: "Como será o beijo dele?".Já era, a verdade foi exposta.Tae segurou os pulsos de Soobin rispidamente e o forçou a se afastar. N&atild
NarradorO carro veio a toda velocidade, e o motorista nem conseguiu buzinar. Dylan viu sua vida passar diante dos seus olhos, bem como Diana.As pálpebras da ruiva se arregalaram diante daqueles segundos que pareceram uma eternidade e, ao mesmo tempo, ninguém conseguiu fazer nada.O barulho do motor se aproximava, e a buzinada excruciante fez a última arfada se esvair dos pulmões de Dylan antes do segundo final, sentado na pista, incapaz de atuar sobre seu próprio destino. Tae observava a aproximação do carro somente abaixando suas pálpebras superiores, numa frieza louvável. Seus batimentos estavam no mínimo.Numa fração de segundos, o motorista do carro conseguiu desviar de Dylan, dando u
NarradorEla se foi. Tae começou a chorar como uma criança e voltou ao seu apartamento. A fúria o dominava, isso tudo era culpa de Shimin.Shimin sentiu o celular vibrando no bolso da calça. Finalmente Soobin tinha parado de chorar e se acalmado, e agora Shimin poderia ir embora.Mas, não sem antes resolver mais um problema. Era Diana ligando, provavelmente tinha tomado uma decisão.Shimin atendeu e ouviu o barulho do elevador do prédio deles do outro lado da linha.— Diana? O que foi? — Shimin perguntou. — Você se decidiu?Primeiro ele não conseguiu ouvir nada além do choro dela. Diana estava confusa,