Narrador
Tae permaneceu cabisbaixo, açoitado pela chuva, depois que Diana se foi. Ele ficou olhando para o gramado, perdido em seus pensamentos, atormentado por palavras engasgadas, pela confusão em seus sentimentos. Ele só voltou a perceber a situação ao redor quando Shimin parou o carro no ponto de ônibus, poucos metros adiante. Ele buzinou para que Tae o percebesse e entrasse.
— Seu plano era entrar na piscina? — Perguntou Shimin ao ver o irmão entrando e molhando seu banco e tudo mais que ele encostasse.
— Vai cagar. — Tae murmurou. O que mais surpreendia Shimin era que conseguiam conversar em português com cada vez mais frequência.
— Deu certo com a líder de torcida?
NarradorEla desligou. Foi doloroso, pois era uma visita que Diana mandava embora na porta. Dizem que dá azar, mas ela preferia pagar para ver. Não estava interessada no rapaz, por mais que tivesse dito a Tae que quisesse conhecer outras pessoas. Algo ainda a bloqueava.Na manhã seguinte, tudo aconteceu normalmente.Diana estava ignorando as situações eróticas que vinha vivendo com Tae ultimamente. Eles tinham que fazer coisas que gostavam e que detestavam, e isso incluía bancar os namoradinhos, mesmo quando estavam cheios de dúvidas e anseios em relação ao outro. Tinham que fingir que nada aconteceu enquanto estavam morrendo de desejo um pelo outro. Tinham que andar de mãos dadas ainda que quisessem se beijar, nus e desesperados.
Narração DianaNão acredito ainda que Tae disse que me odeia. É completamente surreal.Não me arrependi de nada do que falei.Ele é tão controlador, tão absurdamente sedutor que sempre escapa ileso dos absurdos que faz.Quem eu quero enganar?Eu me arrependi de tudo que falei.Tae poderia me magoar, aquela era a natureza dele. Mas, ferir as pessoas não era da minha natureza. Eu fiquei péssima.Quando cheguei ao meu apartamento, depois daquela situação no quarto de Tae, Mari me chamou para comer um miojo que ela fez, mas eu não quis. Fui me deitar na cama
Narrador— Eu estou sendo um bom namorado. — Disse Tae, a uns 5 passos de distância. — Diferente de você, que está flertando com meu primo!— Publicamente, eu estou respeitando a imagem desta farsa! — Disse Diana, esquecendo-se que ainda estava no chão, de joelhos. — É o bastante, engula esse orgulho ferido e me leve para casa!— Não está respeitando nada! Você dá mais atenção a ele do que a mim, Diana! Está flertando com ele descaradamente!— Você está exigindo algo além da sua alçada, Kim Tae. — Diana falou numa frieza louvável.Ele ficou horrorizado de novo. Ela es
NarradorDiana virou-se para olhar no rosto dele, estava muito perto, apoiado ao seu ombro, e ele não retrocedeu, sustentou o olhar firmemente. Ela demorou a entender.— O que disse? — Ela perguntou, desanuviando qualquer pensamento sobre o princípio de Arquimedes ou qualquer loucura da física que ela tivesse que estudar. Ela queria agora prestar atenção total ao que ele dizia.O rosto dele estava tão perto. Tão inocente. Tão bonito.— Nada, esqueça. — Ele falou, se afastando e se levantando. — Amanhã estudaremos mais, eu... Eu quero dormir.Diana olhou o material na sua frente, já estava tudo tão bem separado e organizad
Narração DianaComeçamos aquele jogo bizarro.— Eu começo. — Falei. — Por que mentiu sobre o verdadeiro motivo da morte de Sarang?— Não menti, eu realmente achei que ele tinha causado a morte dela. Na verdade, ainda não sei o verdadeiro motivo, mas não quero gastar uma pergunta com isso. — Aceitei a resposta de Soobin. — Agora, eu pergunto. Já me olhou de uma forma diferente?Eu bebi um gole grande. E pedi mais uma bebida, a noite ia ser longa. Ele adorou ver a minha reação.— Tae se dá bem com os pais? — Perguntei.— Jeon é um verme. Vai ver Tae apren
NarradorDiana ligou para Tae enquanto ele ainda voltava do ginásio.— Tae! Que bom que atendeu! Onde está? Eu apertei a campainha e você não atendeu.— Eu estou no meio da rua, dirigindo. — Ele respondeu com frieza.— Eu ligo depois.Ele desligou. Teve que parar no acostamento para atender a ligação dela e agora voltava à estrada.3 minutos depois, ela ligou de novo. Tae demorou um pouco até achar um jeito de parar para atender, mas conseguiu na terceira vez que ela ligou.
Narrador— Saia de perto dele! — Diana bradou e continuou puxando o cabelos de Hannah, que se debatia, tentando entender o que aconteceu. No chão, ela soltou um grito de dor e desespero, enfurecida por estar sendo arrastada sem conseguir recuperar o controle de si. Diana estava encolerizada, acalorada, pelo momento e por ter visto a garota se aproveitando de um bêbado. Com toda a sua fúria, Diana bateu a cabeça da morena contra o chão, provocando um estampido seco. — Isso é pelo meu irmão! — Em seguida, deu um murro no rosto dela. — E isso é pelo meu namorado!Shimin intercedeu tirando Diana de cima da garota antes que ela cometesse um crime. Diana sentiu as mãos dele em seus braços, puxando-a, e conseguiu respirar com mais calma, então saiu de cima de Hannah e cor
NarradorDepois de sair do hospital, Tae deixou Shimin na casa de Pedro e foi para casa fumar seus cigarros e ouvir músicas tristes. Shimin voltou depois, triste por ter terminado com Pedro novamente, mas achou fofo ouvir seu irmão arriscando no espanhol, e perguntou:— O que é isso que está cantando?Tae simplesmente apontou os fones, mostrando que não estava ouvindo o que o irmão dizia e nem iria se esforçar para ouvir.Shimin sentiu a barriga roncar. Pedro insistia que Shimin tinha questões não resolvidas com Soobin e não queria voltar. Não ofereceu nem uma água para Shimin, que agora sentia uma fome absurda.Ele preparou arroz temperado para