༺ Isabela Martins ༻ Observo pela varanda dessa m*****a casa de praia as ondas do mar. É o único lugar onde ainda me sinto em sã consciência, sem essa tortura psicológica ou agressões que passo diariamente nas mãos de Diogo. Fecho os meus olhos, me agarrando a um único fio de esperança de que logo esse maldito inferno acabará e terei minha vida de volta. Alguns meses atrás, eu estava realizando meu sonho de viver da minha arte. Larguei minha pequena cidade e deixei minha família para trás. Eu não imaginava que no meu caminho surgiria esse monstro doente com essa m*****a obsessão de um amor não correspondido. Limpo minhas lágrimas e tento me recompor, pensando: "Só quero que tudo seja como antes, mas acredito que não será assim novamente." Volto à realidade quando sinto as mãos dele envolvendo minha cintura e comentando enquanto cheira o meu pescoço: — Já disse que não gosto que saia da cama sem a minha permissão, Isabel! — e é assim que ele me chama quando começa com a sua obsessão
༺ Isabela Martins ༻ Terminei de arrumar as últimas caixas da minha mudança para colocar no caminhão. Meus pais ainda estão possuídos por eu ter decidido ir para tão longe e morar em outra cidade, mas eles respeitaram minha escolha, o que é ótimo. Após organizar tudo que faltava, arrumei meus pertences e, amanhã, viajarei bem cedo. Estou terminando de fechar uma das malas quando Yuri entra no meu quarto, me olhando triste ao ver minhas bagagens prontas. Disse, tristonho: — Não acredito que a nossa caçula vai mesmo embora. Vou sentir sua falta, pirralha... — ele se senta na cabeceira da cama e me ajuda a arrumar minhas roupas. Dou-lhe um sorriso antes de responder. — Também vou sentir sua falta, seu chato! Mas mudando de assunto, quando você vai contar para nossos pais sobre aquilo que você me confessou? Yuri desvia os olhos, vai até a porta e a fecha antes de responder, um pouco bravo. — Você está louca? Não posso falar sobre isso aqui assim. Ainda não me sinto preparado para cont
༺ Diogo Scott ༻Olho com certo tédio para a dança sensual que Ellen tenta fazer. Essa mulher não se cansa de ser ridícula, mesmo. Arrumo minha pasta com meus papéis, fecho-a e me levanto para ir embora. Até que ela se aproxima, manhosa e sedutora, e diz:— Diogo, o que você está fazendo? Larga essa pasta e vem aqui se divertir comigo!Respondo seriamente, ajeitando meu paletó:— Eu preciso ir, Ellen! Não tenho tempo para ficar entrando no cio com você, sua cadela. Saia da minha frente, tenho uma videoconferência importante para realizar...Ellen me olha perplexa com minha postura e resposta e diz, ofendida:— É sempre assim, seu trabalho sempre vem primeiro que eu! Nunca tem tempo para mim, Diogo. Você é um cretino de merda mesmo.Ela j**a o vaso que minha mãe havia me dado de presente na minha direção, e isso me causa certa fúria. Aproximo-me, aperto seu queixo e digo de modo ameaçador:— Sua cadela, como você se atreve a quebrar o vaso que minha mãe me deu?Empurrei-a e desferi um ta
༺ Isabela Martins ༻Finalmente terminei de colocar as últimas caixas dentro do meu novo lar. Observo tudo e penso na melhor maneira de organizar as coisas, e claro, alguns móveis já estavam aqui desde que cheguei. Acabei fechando um acordo com o antigo proprietário, e ele concordou em me vender por um valor ótimo.Pego minhas malas e subo pela escada, adentrando meu quarto, bem maior do que o que eu tinha na casa da minha mãe. Troco os lençóis e fronhas dos travesseiros e depois abro minhas malas para organizar minhas roupas no closet. Continuo com a limpeza, preciso deixar limpo pelo menos o lugar onde irei dormir esta noite por enquanto.Depois de umas duas horas cuidando da limpeza na casa, começo a sentir uma enorme fome e penso: "Nossa, me ocupei tanto com a casa que acabei esquecendo de comer."Dirijo-me até a cozinha para dar uma olhada nos armários, atrás de algo para comer. Mas minha esperança acaba quando vejo que os armários estão completamente vazios, e a geladeira também.
Diogo ScottDesço do carro e caminho direto para minha sala, todos me recebem com sorrisos e me dão bom dia! Reviro os olhos e penso: "Bando de bajuladores e puxa-sacos." Dirijo-me ao elevador colocando no último andar. Quando estou no quarto andar, observo o elevador abrir e uma moça loira entrar, aparentemente linda. Ela parece toda perdida pelo prédio e atrapalhada, continuo analisando seu comportamento, apertando seus dedos de nervosismo. E digo de forma séria:— Pelos céus, moça! O que está acontecendo com você? Parece que cairá dura aqui mesmo, de tão nervosa que está. — ela me olha sem jeito e responde.— Oh, me desculpe! Estou um pouco nervosa! Hoje é meu primeiro dia aqui, sou a nova assistente do senhor Diogo Scott.Olho para ela e penso: era só o que me faltava, uma desastrada. Respiro fundo quando o elevador para no meu andar, me viro para ela assim que saio e digo:— Espero que da próxima vez você não ouse se atrasar ou chegar depois de mim, senão você está demitida…Conti
Isabella Martins Algumas semanas DepoisEstou no meu pequeno ateliê terminando mais uma das minhas obras enquanto Edgar tenta me convencer a ir com ele a uma festa da empresa que ele trabalha, ele tem sido insistente a semana inteira. Reviro os olhos quando ele começa novamente com a mesma conversa sobre a festa da empresa.— Isabella, por favor! Vai comigo nessa festa eu não conheço ninguém lá não quero ficar sozinho. — ele faz uma carinha de cãozinho abandonado sinto até pena ainda, mais com esses olhos verdes que ele possui, tomo um gole do meu café e olho para ele confessando.— Edgar, eu não me sinto bem
Diogo ScottAinda estou possesso de raiva pelo jeito que aquela garota me tratou, mas disfarço bem, enquanto converso com um dos meus funcionários que é amigo dela. Quem ela pensa que é? Para me tratar desse jeito? Ela vai me pagar por sua ousadia. Edgar me fala empolgado de um dos projetos da empresa finjo presta atenção apenas concordando, a verdade é que eu não consigo parar de pensar na petulante é muito arisca e ríspida. Dou uma desculpa esfarrapada para Edgar quero me livrar de sua presença e ir atrás dessa sua amiga que está me tirando a paz e o meu sossego.— Você, me dê licença um instante Edgar! Preciso atender um telefonema importante. Edgar LewisIsabella está furiosa comigo mesmo eu tentando justificar que não sumir por mal, ela parece nervosa algo está realmente lhe incomodando bastante. Observo seu olhar percorrer o salão e parar no seu Scott, Isabella olha para ele com desdém e toma uma taça de champanhe e confessa com sarcasmo me olhando.— Agora chegar! Eu não aguento mais ficar nesse lugar! Está drenando minha energia. — ela sair em passos largos percebi que seu Scott não tirava os olhos dela, enquanto digita algo no celular, preocupado vou atrás dela e a puxo pelo braço perguntando.Último capítuloCapítulo 07