༺ Isabela Martins ༻
Finalmente terminei de colocar as últimas caixas dentro do meu novo lar. Observo tudo e penso na melhor maneira de organizar as coisas, e claro, alguns móveis já estavam aqui desde que cheguei. Acabei fechando um acordo com o antigo proprietário, e ele concordou em me vender por um valor ótimo.
Pego minhas malas e subo pela escada, adentrando meu quarto, bem maior do que o que eu tinha na casa da minha mãe. Troco os lençóis e fronhas dos travesseiros e depois abro minhas malas para organizar minhas roupas no closet. Continuo com a limpeza, preciso deixar limpo pelo menos o lugar onde irei dormir esta noite por enquanto.
Depois de umas duas horas cuidando da limpeza na casa, começo a sentir uma enorme fome e penso: "Nossa, me ocupei tanto com a casa que acabei esquecendo de comer."
Dirijo-me até a cozinha para dar uma olhada nos armários, atrás de algo para comer. Mas minha esperança acaba quando vejo que os armários estão completamente vazios, e a geladeira também. Dou um suspiro, dizendo:
— Sou uma burra mesmo. Como é que vai ter comida aqui se acabei de chegar? Preciso fazer umas compras e estou morrendo de fome.
Procuro minhas chaves e minha bolsa e, claro, verifico se realmente há dinheiro nela. Não gosto de sair desprevenida, pois não quero passar vergonha no mercado quando for pagar as compras e acabar dizendo para a moça do caixa: "Ah, me perdoe, eu esqueci o dinheiro em casa." Após verificar tudo, saio de casa e entro no meu Fusca, a caminho do mercadinho.
Logo algumas quadras depois, vejo um mercado. Estaciono e desço, seguindo diretamente para o estabelecimento. Algumas pessoas que estão do lado de fora me observam e começam a rir do meu Fusca azul. Um homem que está próximo à porta do mercado diz com deboche:
— Olha só? Uma lata velha e uma edição limitada? Gracinha.
Olho com certo tédio para a palhaçada desse mauricinho ridículo e respondo:
— É, e o que você tem com isso? Por acaso eu te conheço para você vir com toda essa intimidade para o meu lado, seu babaca?
— Você sabe com quem está falando, sua vagabunda? — dou uma risada, observando-o de cima a baixo e respondo com ironia:
— Não! E nem tenho vontade de saber. Por favor, larga de ser ridículo e para de me aborrecer. Tenho mais o que fazer do que ficar aqui perdendo meu tempo com um imbecil como você. Quer zoar meu carro? Fique à vontade. Pessoas como você têm algum tipo de problema ou, na maioria das vezes, são alguém sozinho que, mesmo estando cercado de várias pessoas, é como se estivesse sozinho. Com licença.
Abro a porta do mercado enquanto observo o homem olhando-me incrédulo pela minha ousadia, e as pessoas também. Pego o carrinho de compras e começo a fazer minhas compras. Vou percorrendo cada seção e não consigo encontrar a seção de doces e salgados!
Continuo procurando, compro algumas lasanhas e pizzas congeladas, que amo comer. Também passo pela área de legumes e hortifruti e continuo procurando a seção de doces e salgados; quero tanto comer uns biscoitos. Ouço alguém me perguntar, rindo:
— Olá! Me desculpe a pergunta, mas você está procurando algo? Você parece buscar "o item" e não encontrar. Já é a terceira vez que eu reparo nisso... — me viro para olhar para o dono da voz que me observa com um sorriso divertido nos lábios, um moreno claro de olhos verdes e porte físico atlético, lindo e gostoso, e os cabelos lisos até o ombro. Porém, me recomponho saindo do meu transe e respondo:
— Estou procurando a seção de doces e salgados! Mas não consigo encontrar. Quero levar alguns salgadinhos e biscoitos, e minha pasta de amendoim, contudo não consigo localizar essa seção.
— Vem comigo, é por aqui! Eu também me atrapalhei nesse mercado no início, quando me mudei para cá.
Acompanho ele até ver a seção e fico pasma. Já passei duas vezes por esse corredor, como não percebi isso? Me aproximo dos biscoitos doces e pego meus salgadinhos. É claro que também pego dois potes de pasta de amendoim. Respiro aliviada e digo para o homem que me olha de um jeito divertido:
— Muito obrigada! Eu realmente já estava ficando aflita por não achar essa seção. — ele responde, pegando alguns biscoitos e colocando no seu carrinho:
— Relaxa, você deve ser nova aqui, não? Aconteceu a mesma coisa comigo quando cheguei nessa cidade! A propósito, meu nome é Edgar Lewis, muito prazer.
— Prazer, sou Isabella Martins! Realmente sou nova aqui. Sou de Virginia, uma cidade pacata e tranquila, para não dizer talvez caipira.
— Sou de Nova Iorque mesmo! Cidade grande e movimentada. — arrumo meu cabelo e respondo:
— Então, foi um prazer te conhecer, Edgar, mas preciso ir. Estou faminta e quero muito preparar algo para comer.
— Se quiser, posso cozinhar para você. Sou um ótimo cozinheiro! — ele pisca para mim de um jeito sedutor e olho para ele sem jeito e respondo:
— Outro dia, eu realmente só quero comer algo rápido. Estou cansada, o dia foi longo.
— Se quiser, posso te levar a um restaurante aqui perto. Lá eles servem uma comida caseira ótima! — olho para ele meio receosa pela sua insistência e respondo novamente:
— É melhor não! Eu realmente só quero ir para casa mesmo.
Começo a empurrar meu carrinho e ele me segue com o seu ao lado, comentando:
— Olha, me desculpe se estou parecendo insistente demais. É que, sei lá, gostei de você! Só queria te conhecer mais.
Respiro fundo, lembrando que relacionamentos ou envolvimentos não são para mim. Quando lembro do safado do meu ex-namorado, Jules, prefiro nem tentar e respondo:
— Escuta, realmente você me parece ser um cara legal! Mas não vai rolar, não estou a fim... — então, Edgar ri, cruzando os braços e me observando de cima a baixo.
— Nossa, é sério? Você está pensando que eu estou dando em cima de você? — ele ri ainda mais escandalosamente e as pessoas que estão no mercado começam a me olhar curiosas.
Estou ficando meio constrangida e pego meu carrinho, me afastando e respondo:
— Bem, foi o que pensei! Mas me enganei. Com licença.
Edgar vai para a frente do meu carrinho e diz, sorrindo. Eu mereço mesmo, só quero sair daqui. Parece que hoje ele resolveu me fazer passar ainda mais vergonha.
— Ei, espera! Não estou dizendo que você não é meu tipo, pelo contrário, você é muito linda, mas é que sou gay! Só estou tentando fazer uma nova amizade. Estou aqui há uns três meses, é difícil ter amigos nessa cidade.
Sinto uma vontade de rir de mim mesma por estar pagando um mico desses. "Realmente, Isabella, você é uma imbecil! Como não percebeu isso? Tenho um irmão gay e não notei que este é um também? Mas deve ser porque ele me parece mais masculino", então respondo:
— Claro! Então, se eu te convidar para ir à minha casa, você me deixa em paz? — ele afirma sorrindo:
— Olha, prometo que sim, e de quebra ainda faço um macarrão com queijo incrível!
Dou um sorriso para Edgar e seguimos para o caixa, cada um pagando suas coisas. Quando saímos, ele me acompanha e, quando vê meu fusquinha, fica meio receoso e pergunta, analisando meu veículo:
— Me diz uma coisa: como um homem enorme como eu entrará nessa coisa minúscula? — abro a porta do carro, coloco minhas coisas dentro e Edgar coloca as sacolas dele. Também olho para ele e respondo:
— Não se preocupe, é um veículo comum como qualquer outro!
Assumo o posto de motorista e Edgar tenta se acomodar como pode no meu pequeno Fusca. No caminho para minha casa, ele vai me contando um resumo da sua vida, como seu trabalho. Ele é designer gráfico de uma das indústrias Scott e conta que ama o que faz.
Apenas ouço tudo calada e penso: você seria um belo par para namorar meu irmão Yuri; eles dariam um belo casal. Mal cheguei e já arrumei um amigo.
Diogo ScottDesço do carro e caminho direto para minha sala, todos me recebem com sorrisos e me dão bom dia! Reviro os olhos e penso: "Bando de bajuladores e puxa-sacos." Dirijo-me ao elevador colocando no último andar. Quando estou no quarto andar, observo o elevador abrir e uma moça loira entrar, aparentemente linda. Ela parece toda perdida pelo prédio e atrapalhada, continuo analisando seu comportamento, apertando seus dedos de nervosismo. E digo de forma séria:— Pelos céus, moça! O que está acontecendo com você? Parece que cairá dura aqui mesmo, de tão nervosa que está. — ela me olha sem jeito e responde.— Oh, me desculpe! Estou um pouco nervosa! Hoje é meu primeiro dia aqui, sou a nova assistente do senhor Diogo Scott.Olho para ela e penso: era só o que me faltava, uma desastrada. Respiro fundo quando o elevador para no meu andar, me viro para ela assim que saio e digo:— Espero que da próxima vez você não ouse se atrasar ou chegar depois de mim, senão você está demitida…Conti
Isabella Martins Algumas semanas DepoisEstou no meu pequeno ateliê terminando mais uma das minhas obras enquanto Edgar tenta me convencer a ir com ele a uma festa da empresa que ele trabalha, ele tem sido insistente a semana inteira. Reviro os olhos quando ele começa novamente com a mesma conversa sobre a festa da empresa.— Isabella, por favor! Vai comigo nessa festa eu não conheço ninguém lá não quero ficar sozinho. — ele faz uma carinha de cãozinho abandonado sinto até pena ainda, mais com esses olhos verdes que ele possui, tomo um gole do meu café e olho para ele confessando.— Edgar, eu não me sinto bem
Diogo ScottAinda estou possesso de raiva pelo jeito que aquela garota me tratou, mas disfarço bem, enquanto converso com um dos meus funcionários que é amigo dela. Quem ela pensa que é? Para me tratar desse jeito? Ela vai me pagar por sua ousadia. Edgar me fala empolgado de um dos projetos da empresa finjo presta atenção apenas concordando, a verdade é que eu não consigo parar de pensar na petulante é muito arisca e ríspida. Dou uma desculpa esfarrapada para Edgar quero me livrar de sua presença e ir atrás dessa sua amiga que está me tirando a paz e o meu sossego.— Você, me dê licença um instante Edgar! Preciso atender um telefonema importante. Edgar LewisIsabella está furiosa comigo mesmo eu tentando justificar que não sumir por mal, ela parece nervosa algo está realmente lhe incomodando bastante. Observo seu olhar percorrer o salão e parar no seu Scott, Isabella olha para ele com desdém e toma uma taça de champanhe e confessa com sarcasmo me olhando.— Agora chegar! Eu não aguento mais ficar nesse lugar! Está drenando minha energia. — ela sair em passos largos percebi que seu Scott não tirava os olhos dela, enquanto digita algo no celular, preocupado vou atrás dela e a puxo pelo braço perguntando. Isabella MartinsPego minhas chaves na pequena bolsa que carrego comigo, estou louca para tirar essa maldita roupa de festa e tomar um belo de um banho, coloco a chave na fechadura e abri a porta adentrando para dentro da minha casa. Tranco a porta e subo as escadas indo direto para o meu quarto tiro a roupa da noite anterior para tomar um banho bem relaxante vestir o meu pijama confortável e resolvi descansar um pouco estou exausta mal preguei os olhos na noite anterior lembrando daquele psicopata maluco, se ele continuar, vou ter que ir embora daqui.Eu não irei ficar com um louco na minha cola. Sou vencida pelo sono e acabo adormecendo e preciso relaxar um pouco. QCapítulo 07
Capítulo 08
Diogo ScottAo entrar em minha casa pego o primeiro vaso que vejo na minha frente e arremesso com toda a brutalidade que posso sobre a parede, desgraçada como sempre continua escorregadia. Juro que Isabella está conseguindo me irritar com essa sua teimosia de me evitar; mas ela não pode me culpar de não ter tentado uma aproximação amigável, se ela quer do jeito difícil que seja! Vou mostrar a face do verdadeiro demônio a ela.Retiro meu paletó em seguida a minha gravata dobrando as mangas da camisa, vou até adaga de bebidas me servindo uma dose bem generosa de uísque. Estou possesso de raiva fico imaginando; se eu não tivesse saído daquele lugar rapidamente aqueles caras iriam me fuzilar de balas. Tenho quase certe
Isabella MartinsAs últimas semanas da minha vida tem sido um verdadeiro inferno, e como se uma praga tivesse sido jogada em mim. Perdi meu emprego, meus clientes sumiram, as coisas só não estão mais precárias, porque ainda tenho minhas reservas. Edgar tem me ajudado bastante com as despesas do mercado. Está sendo um grande amigo, porém não posso ficar dependendo dele o tempo todo, por isso hoje decidi olhar o jornal para tentar alguns empregos temporários para me manter.Tudo estava indo tão bem na minha vida, sinto que o quê está acontecendo comigo, tem culpa daquele maldito homem. Respiro fundo pegando meu bloco de notas para procurar algumas vagas de emprego, arrumo minha bolsa e faço um coque no meu cabelo e saiu para os endereços anotados.Vou em cada um mais sempre a vaga já foi preenchida, realmente as coisas só pioram
Diogo ScottAcabei me descontrolando e fazendo tudo errado, peguei Isabella a força e o pior não é nada, não podia imaginar que ela era virgem. E me sinto um cretino por isso, não consigo me controlar quando estou perto dela, quanto mais a própria me provocar mais me sinto desafiado e acabo cometendo erros. Confesso que tocar aquela pele macia dela, sentir seu cheiro e estar dentro dela foi tão bom que mesmo sendo errado talvez, no fundo, eu não me arrependa de nada, respiro fundo e me dirijo ao banheiro para tomar um banho. Fazer sexo com ela foi tão gostoso que buceta apertada se ela tivesse me dito que era virgem talvez eu não tivesse indo mais à frente.Amanhã resolvo a merda que acabei de fazer. No dia seguinte acordei com uma dor de cabeça e tanto, tomei um banho e fui tomar meu café. Minha governanta Elisa está terminando de arrumar a mesa puxo uma cadeira