Capítulo Três

Mikhail Makialov

— Oi bonitão, o que acha de dar uma volta num lugar mais reservado? — uma voz totalmente nojenta, sussura em meu ouvido.

A desgraçada se atreveu a encostar em mim, sem a minha permissão, ela vai morrer.

— Vamos — falo sem rodeios.

Puxo a desgraçada até um dos quarto nos fundo da boate, ela vai pagar por tocar em mim, sem a minha permissão. Quem ela pensa que é? Ela se atreveu a manchar a minha pele com sua presença repugnante. O sexo para mim, não passa só de uma necessidade fisiológica, é algo sobre dois corpos entrando em contacto, não tem nada de emoções nem vontade. Eu nem sequer consigo gozar em alguém, nem sequer consigo olhar alguém de frente, eu prefiro que elas fiquem de costas para mim, porque assim eu não tenho que finger prazer.

— Tira a roupa e fica de costas para mim — ordeno sem muita paciência.

Parece que a vadia gostou disso, sem protestar. Ela tira as roupas para mim, numa falha tentativa de parecer sexy, ao invés disso, ela parece um gambá bêbado. Ela tira todas as peças fica de quatro na cama. Seu corpo não me causa nenhum tipo de reacção. Meu pau é a única coisa que reage, mesmo não gostando dela e o corpo dela me causando ânsia de vómito, não posso negar que ela é gostosa e talvez me sirva de alguma coisa.

— Você não vem bonitão — sua voz enjoativa preenche o quarto.

Ela abana a bunda igual a uma cadela, ela continua fazendo movimentos de cadelas no cio, para tentar me convencer de comer ela. Abro o zíper da minha calça, meu pau pula para fora, eu raramente uso a cueca, elas me deixam sufocado e causam um incómodo no meu pau. Abro a embalagem da camisinha e desenrolo ela no meu.

— Não faça muito barulho, não gosto de mulheres escandalosas — falo antes de estocar ela de forma nua e crua, não me importando com seu prazer.

A desgraçada berra igual a uma jumenta na hora em que meu pau invade ela, não espero ela se acostume com o meu tamanho, estoco seu buraco de forma rápida e crua. Ela grita de prazer e dor, continuo estudando até que me canso dela.

— Está na hora de dar adeus querida — Sussurro em seu ouvido.

Pego no meu cinto e enforco ela, com todo o prazer, o frenesi de ver seus olhos se revirando, ela buscando por ar e implorando por sua vida, é extremamente atraente, o suficiente para me fazer gozar, meu pau esvazia no mesmo momento em que o ar sai de seus pulmões e ela morre.

— Isso é para aprender a nunca mais tocar alguém sem sua permissão — murmura devolvendo meu pau as calças.

Retiro o cinto de seu pescoço e saio do quarto. Volto para a pista de dança e não encontro os meu amigos, provavelmente estejam em algum dos quartos. O corpo da vadia provavelmente será descoberto no dia seguinte, eu deixei muito material genético no quarto, mas isso não me importa, eu sou um fantasma, não existem registros sobre mim. Eles provavelmente vão avaliar o meu sémen e ficarão sem uma resposta, como das últimas vezes em que matei outras pessoas. Se eu me considero um assassino em série? Não, eu não sou um assassino em série, só mato se a pessoa me provoca e sou uma pessoa fácil de irritar, é por isso que têm várias pessoas mortas por mim, elas me irritaram só isso.

[...]

Faz duas semanas que estou trabalhando na sede da Bratva, até agora não encontrei o meu irmão mais velho, ele casou a pouco tempo e faz sentido ele se manter ausente, provavelmente deve estar na lua de mel. Mas acho que hoje, eu vou me encontrar com ele, nós temos uma reunião, para tentar resolver um problema com os japoneses que estão afundando as nossas cargas, essa até que seria uma boa chance para mim,  uma óptima chance de me vingar deles, mas a minha vingança não é contra Aleksander, é contra o pai dele e não vejo motivo em fazer mal para ele. Eu vou fazer tudo o que estiver ao meu alcance para ajudar ele, mas no final, eu vou me vingar de Nikolai Petrov.  A sala está cheia de soldados, meu irmão entra e todos nós nos levantamos para receber ele, quando ele senta, nós também sentamos.

— Pakhan! Temos novidades —  alguém corajoso fala para ele, porque o resto está se cagando de medo, ele tem a fama de ser implacável, será que é tão horrível assim?

— Prossiga — o Consigliere Ygor, fala no lugar de Aleksander, já não gostei nada dele, ele não me inspira confiança.

— Os japoneses afundaram mais dois dos nossos navios — o soldado fala tremendo de medo.

Meu irmão se levanta de sua cadeira e dá voltas pela sala, mas não fala absolutamente nada.

— Porra! Desgraçados, quem eles pensam que são? — Ygor berra irritado. O berro dele claramente foi puro fingimento, foi só para despistar as pessoas.

Antes de entrar na Bratva, eu pesquisei muito sobre eles e sobre o relacionamento que têm com outras máfias, de todas as máfias, a que tem um bom relacionamento com a Bratva é a Yakuza, não é um relacionamento de amizade, mas é o suficiente para não existirem guerras entre eles.

— Não foram os japoneses — Aleksander fala com convicção, como se estivesse lendo os meu pensamentos o que me faz pensar que ele suspeita de alguém.

Mesmo os dois tendo o relacionamento bom, a Yakuza ainda pode atacar a Bratva, mas eu não acho que estejam sozinhos nessa.

— Como pode ter certeza Aleksander, os soldados têm provas disso, eles não podem estar enganados — o idiota do Consigliere fala com convicção.

Eu até podia cair na suposta determinação dele, mas a linguagem corporal dele, é o suficiente para me mostrar que ele não crê no que está dizendo e algo me diz que ele está envolvido.

— Tanaka não é idiota, ele sabe que não pode me enfrentar, eles não têm poder de fogo o suficiente para me derrubar ou entrar numa guerra comigo — Aleksander fala com convicção.

Ele não é burro, muito pelo contrário, ele se mostrou alguém inteligente, ele sabe que coisas assim não são comuns na Yakuza. Os homens na sala parecem meros espectadores, como é que essa Máfia conseguiu ser uma das mas poderosas do mundo, tendo soldados tão incompetentes como esses? Está claro que a Yakuza não está só nessa, eu só preciso falar o que penso e pronto, terei a confiança do meu irmão.

— Mas podem estar a receber a ajuda de alguém — falo com calma, como se estivesse preocupado com a minha opinião.

Os olhos de Aleksander se voltam para mim, brilhantes e com muita expectativa, ele sabe que eu tenho razão e sabe também que sou valioso para Bratva. Eu supostamente consegui perceber o que ninguém notou, mas diferente deles, eu pesquisei antes de entrar na Bratva. Essa simples frase, pode ser o meu passaporte para o top cinco dos mais confiados pelo Pakhan da Bratva, ou pode ser a minha passagem directa para um túmulo ou quem sabe uma vala comum. Muitos líderes não gostam de serem interrompidos falando e eu interrompi ele, tendo em conta que eu sou um mero soldado da ralé. 

— Você tem razão — meu irmão parece impressionado comigo e resolve me ouvir — Qual é o seu nome — Ele parece realmente interessado, tanto que quer saber o meu nome.

— Mikail senhor — falo sem demostrar nenhum tipo de emoção, isso parece agradar ele ainda mais.

— Óptimo, você deixará de ser um simples soldado — ele simplesmente lança a bomba, sem mais nem menos.

Os olhos na sala arregalam-se, até eu estou surpreso com essa notícia, ou ele é muito inocente ou ele sabe que sou irmão dele.

— Desculpe interromper senhor, mas não acha que ele é muito imaturo? —o desgraçado do Consigliere se intromete.

Ele confia muito na posição dele, ao ponto de questionar as decisões do Pakhan, ele é corajoso demais.

— Não, eu não acho, estão nesta sala, soldados do mais alto escalão e nenhum conseguiu dar uma resposta boa ao nosso problema, sem contar que todos fizeram o que o inimigo espera de nós — ele fala olhando para cada um de seus soldados. Eles engolem em seco de medo e vergonha.

— Compreendo senhor, mas o que ele vai fazer? — o Consigliere já me acha uma ameaça?

— Ele será seu aprendiz — o meu irmão fala com um sorriso tão macabro que agora entendo por quê ele é chamado de diabo.

— Está certo Pakhan — ele fala irritado, mas precisa engolir seu orgulho.

— Obrigada Pakhan — agradeço sem parecer muito emocionado.

— Investiguem se a Yakuza, tem recebido visitas ultimamente, pode ser qualquer um — os soldados se preparam para sair da sala — Não descartem ninguém, nem mesmo A cosa Nostra, só porque eu me casei com a filha deles, isso não significa que todos estão felizes com isso — meu irmão finaliza e nos retiramos da sala.

Eu não esperava chegar tão alto em tão pouco tempo, não sei o que Aleksander está tramando, mas pelo que vi, ele não é nem um pouco burro ou inocente. Ele tem razão de ser tratado como o diabo. 

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