Sophie Cassano
O clima em casa tem andado muito estranho, eu não sei o que está acontecendo, eles nunca me contam mas seja o que for é algo realmente grave para provocar uma discussão entre os meus pais. Alguma coisa relacionada a cosa Nostra e a Bratva o meu pai sempre me fala para ficar longe de russos, como se isso fosse algum dia acontecer, pessoas normais da minha idade não conseguem sequer chegar a um metro de mim, quem dirá um russo, as chances de isso acontecer está entre um em milhões. — Acordou cedo hoje, o que houve caiu da cama — minha mãe entra no quarto com seu sorriso costumeiro. Ela é uma mulher muito elegante, calma, doce como um anjo, alegre. Para todas as pessoas que convivem conosco, ela é a pessoa mais feliz do mundo, mais eu sei que tem algo que aflige o coração dela. Ela guarda um segredo, eu não sei qual, mas é algo muito grave ao ponto de pintar seu rosto com uma sombra de tristeza, mesmo que seu sorriso seja o mais lindo e sincero. Eu me recordo do primeiro dia em que ele veio em nossa casa, eu tinha cinco anos, não tinha começado a falar ainda, assim que vi seus olhos cheios de tristeza, iguais aos meus, eu pensei que ela fosse um anjo, falei minha primeira palavra que foi mamãe. Mesmo sabendo que não era ela. Eu não cheguei a conhecer a minha mãe pessoalmente, ela morreu ao me dar a luz, meu pai nunca me culpou mas as outras crianças sempre jogaram na minha cara. — Oi mãe, como dormiu? Parece estar animada hoje — cumprimento com um sorriso enorme nos lábios. Estou de frente ao espelho organizando o meu cabelo, tenho que fechar um acordo com a universidade de Roma, para que eu estude de casa. Infelizmente, ser a princesinha da Camorra tem muitas desvantagens. Uma delas é ser tratada igual a uma prisioneira. — Eu dormi maravilhosamente bem, estou muito animada e você também vai ficar já já — ela me abraça por trás. Parece que a notícia é realmente boa para mim, nem parece que a casa está um caus. O sorriso nos lábios da senhora Isabella Cassano é realmente assustador de tão lindo que é, ela aprontou ou vai aprontar alguma que vai deixar o papai com os cabelos em pé. — Uuuuuuhm! O que será minha mãe, estou ansiosa, fala logo — me viro de frente para ela compartilhando da mesma animação que a dela. Isabella Cassano, me solta dá algumas voltas no meu quarto sorrindo igual uma hiena do Simba, até que, fala o que tanto esperei. — Bom! Eu, sua linda e incrível mãe, convenci o rabugento do seu pai, a te deixar viajar para estudar em Roma — minha mãe solta a bomba, pulando igual a um coelho. Meus olhos esbugalham-se de emoção, eu não posso crer que ela conseguiu isso, como é que ela convenceu Matteo Cassano a me deixar estudar em Roma, eu sempre estudei de casa, sempre, nunca fiz coisas sozinha, sempre faço acompanhada por milhões de seguranças e agora, eu vou poder realizar o meu sonho de estudar em Roma e sem a sombra dele para me atrapalhar, eu terei a chance de viver como uma jovem normal de vinte e um anos. — Mãe! Eu não posso crer, a senhora é a melhor mãe do mundo, aaaaaah! Não posso crer que conseguiu isso — abraço minha mãe com todas as minhas forças, ela é simplesmente a melhor mãe do mundo, a melhor de todas. Ela conseguiu o impossível, conseguiu convencer o meu pai a me deixar viver como uma pessoa normal. Solto seu corpo e damos voltas no quarto gritando e festejando com isso. — Vamos comer que temos que organizar suas malas, você precisa de roupas novas, pois, por quatro anos você vai viver como uma jovem normal — minha mãe me puxa até a sala. Descemos as escadas sorrindo e falando sobre todas as possibilidades para mim, sobre todos os lugares que vou visitar, sobre todas as lojas em que poderei fazer compras. Todos os museus e bibliotecas que vou visitar. Eu vou finalmente passear em Roma sem medo de levar um tiro na cabeça. Nos sentamos na mesa, nos serviços ainda animadas e fofocando até que o meu pai surge para interromper o nosso b**e-papo. — Bom dia, o que as mulheres da minha vida estão fofocando? — meu pai da um beijo na minha testa e dá um beijo nos lábios da minha mãe. Ele senta em seu lugar, sua postura altiva e destemida, ele não teme absolutamente nada. Ele é o senhor da Camorra, o senhor do mundo, todos estão a sua mercê. — Estamos comentando sobre sua decisão magnífica em me deixar estudar em Roma, muito obrigada pai, eu nem sei o que dizer, estou tão feliz por isso — falo animada batendo as palmas. — Espero que dê tudo certo lá, eu repensei e com a ajuda da sua mãe, eu percebi que estava sendo muito duro em te manter presa aqui — meu pai fala com convicção, minha mãe concorda abanando a cabeça. Eles pensam que me enganam, eles acham que sou tonta, está mais do que claro que essa mudança de comportamento do meu pai, não foi porque ele é um bom pai que só quer me ver feliz estudando longe dele, eles estão escondendo algo de mim. Essa viagem é só uma forma de me manter o mais longe possível de casa. Parece que não é mais seguro ficar em casa, eu tenho que ficar longe para que eles possam resolver os problemas sem se preocupar com a minha segurança. Talvez eu pense que vá encontrar liberdade em Roma, mas é tudo fachada, talvez eu esteja mais presa lá do que aqui. Nascer na Máfia não é fácil, ainda mais sendo mulher, você nasce com seu futuro já planejado e traçado, você nasce só para casar com alguém, sem amor nem nenhum tipo de sentimento. Eu tive muita sorte por ter pais tão bons. Algumas primas foram forçadas a casar com alguns homens mais velhos, só para garantir uma aliança. — Obrigada papai, você é o melhor pai do mundo — falo com um sorriso lindo e falso. Eles acham que sou um anjo, não só eles, todos da Camorra. Eu sou conhecida como o anjo imaculado da Camorra. Mas a verdade é que às vezes eu sinto vontade de desmentir todos eles e mostrar minha verdadeira face. Eles acham que sou uma cabeça de vento que não vê o que se passa a sua volta, mas existe uma vantagem grande em ser uma criança calma. Todos menosprezam você e substimam a sua força. Eu sempre fiquei nas sombras, observando e vendo o que ninguém viu ou vê. Meus pais podem pensar que estão conseguindo me enganar por me mandar para longe, mas eu sei que alguma guerra está por vir. Talvez seja com a Rússia ou a Cosa Nostra, ou quem sabe os dois, visto que eles estão unidos agora. — Bom! Vamos comer, que você ainda tem de arrumar as malas — meu pai encerra o assunto com um sorriso forçado. Sua fresa só aumenta ainda mais a minha teoria, eles querem que eu viaje ainda hoje, como se estivesse fugindo. Como eu pensei, seremos atacados.Mikhail Makialov — Oi bonitão, o que acha de dar uma volta num lugar mais reservado? — uma voz totalmente nojenta, sussura em meu ouvido. A desgraçada se atreveu a encostar em mim, sem a minha permissão, ela vai morrer. — Vamos — falo sem rodeios. Puxo a desgraçada até um dos quarto nos fundo da boate, ela vai pagar por tocar em mim, sem a minha permissão. Quem ela pensa que é? Ela se atreveu a manchar a minha pele com sua presença repugnante. O sexo para mim, não passa só de uma necessidade fisiológica, é algo sobre dois corpos entrando em contacto, não tem nada de emoções nem vontade. Eu nem sequer consigo gozar em alguém, nem sequer consigo olhar alguém de frente, eu prefiro que elas fiquem de costas para mim, porque assim eu não tenho que finger prazer.— Tira a roupa e fica de costas para mim — ordeno sem muita paciência. Parece que a vadia gostou disso, sem protestar. Ela tira as roupas para mim, numa falha tentativa de parecer sexy, ao invés disso, ela parece um gambá bêba
Sophie CassanoEu e a minha mãe estamos organizando as malas para a minha viagem, estava tudo pronto para ser hoje a viagem para Roma, mas o meu pai pensou em fazer uma festa de despedida para mim, talvez eu tenha me enganado sobre a razão da minha viagem, talvez não exista uma razão oculta por trás dela, talvez só seja um momento de consciência paterna, talvez ele esteja mesmo preocupado comigo e a minha vida social. Eu sempre fui Isolada de todos e de tudo, os únicos amigos que tenho são meus primos e na sua maioria eles já estão casados. — O que acha desse vestido longo na cor vinho para a festa de hoje — minha mãe estende o vestido vinho en minha direção. O vestido é bonito e chique, mas é todo comportado, parece até que estou me vestindo para um casamento. Minha mãe é quem compra as roupas para mim, não que ela tenha um gosto mau, mas eu não gosto de roupas cumpridas, me sinto uma freira e mesmo que as pessoas me chamem de anjo imaculado, isso me irrita, porque eu não sou nenhu
Mikhail Makialov Desde que fui nomeado como ajudante do Consigliere, as coisas pioraram na Bratva, como se a minha promoção tivesse disperto a ira do delator. Eu não sei o porquê de Aleksander confiar tanto em mim, mas ele confia tanto que me enviou em uma missão secreta, para investigar a Yakuza de perto. Quando recebi a missão de vigiar a Yakuza, eu pensei que o meu irmão só me quisesse longe dele, para poder me investigar, mas não existe nada sobre mim. Eu fiz questão de apagar qualquer registo sobre a minha pessoa, para vários radares do mundo, eu sou simplismente um fantasma e em outros eu já estou morto. Não existe uma mísera possibilidade de ele encontrar alguma informação sobre mim, ele tem que ser muito bom para isso.Faz só cinco minutos que voltei do Japão e desde, estou procurando a melhor de forma de informar ao meu irmão que, a família da esposa dele está envolvida nos ataques aos nossos navios. Talvez até seja ela a informante, até porquê eles não se amam, o casamento
Sophie Cassano — Uau! Lo, eu estou linda mas não posso sair assim, minha mãe vai infarte e o meu pai vai me matar — tento limpa a Mack up, mas Loren me impede. — Sophie Carolina Cassano, você vai se trocar agora e vai descer para essa festa igual a deusa que você nasceu para ser, você é linda não pode esconder sua beleza para sempre — Loren fala me obrigando a tirar o vestido que a minha mãe escolheu. Um lado meu quer vestir o vestido que a minha prima escolheu, ele é lindo, é o meu estilo. Eu quero descer com a maquiagem, mas não posso, minha mãe vai ficar magoada comigo e eles podem adiar a minha viagem, não se trata só de rebeldia, trata-se da minha liberdade e independência. — Eles podem adiar a minha viagem Lo — falo com receio mesmo que já esteja me trocando. — Eles não vão fazer nada, confia em mim — ela parece tão certa em suas palavras que resolvo dar um voto de confiança nela e que seja o que Deus quiser. Escuto a minha prima, mesmo que estando receosa, mesmo que corre
Mikhail Makialov— Bom! Se o senhor me permite dizer, eu acho que é sua esposa — falo sem um pingo de medo. Os olhos de Aleksander arregalam-se de raiva, ele está respirando pesado, com certeza vai me matar. Okay! Talvez eu tenha exagerado um pouco ao contar para ele assim do nada sobre o envolvimento da esposa dele na traição, mas o que ele queria? Ele fez a esposa dele de refém, tranca ela em casa se fosse uma prisioneira, sem espaço para que ao menos, ela consiga conversar com a sua família. — Como é que é? Está louco? Ela é sua primeira dama — meu irmão se sobressalta sem sua mesa, parece que a qualquer momento ele vai jogar os papéis na minha cara. Não posso deixar que sua explosão recente me abale, ele vai suspeitar de mim ainda mais, ele já confia em mim, se eu começar a agir estranho, com toda a certeza do mundo que, ele vai pensar que sou um dos traidores, se ele investigar algo sobre mim, com toda a certeza do mundo, vai descobrir de quem eu sou filho. — Pense bem senhor
Sophie Cassano Está na hora de colocar essas velhas em seus lugares, eu sou a herdeira da Camorra, o que faz de mim a dona da porra toda. — Seguranças! Tirem essas velhas daqui agora mesmo — chamo a atenção de todos para mim. Os seguranças olham de um jeito estranho, como se não estivessem entendo as minhas palavras. — Elas são sua tias senhora, quer isso mesmo? — um dos seguranças Indaga surpreso. — Sim, eu não estou confortável com a presença delas aqui, por favor, tirem elas agora — o segurança concorda. Ele chama outros seguranças para ajudar as minhas tias, elas olham para mim de cima a baixo, elas estão boquiabertas e incrédulas. Com a ajuda dos seguranças, elas são expulsas da minha festa, como a ralé que são. Confesso que esse sentimento de poder absoluto é incrível, talvez eu faça isso mais vezes, quem sabe eu não expulso mais pessoas no futuro? — UAU Sophie! Aquilo foi incrível, você parecia a Verdadeira dona e senhora da Camorra! Eu juro que se não fossemos primas,
Mikhail Makialov — Quem você pensa que é para ficar entrando e saindo do escritório do Pakhan¹? — o Consigliere parece com ciúmes de mim, ele acha mesmo que tem alguma chance contra mim? Se eu quiser em menos de um dia, posso ocupar o lugar dele, não por ser o filho ilegítimo do Pakhan, mas por mérito mesmo. Eu fui o recruta mais jovem a ser selecionado para integrar na equipe de alto esquadrão da Bratva, esse banana acha mesmo que por ser um Consigliere vai me assustar? Ele não mete medo nem mesmo na própria esposa, quem dirá em mim? É cada um que me aparece viu.— Eu sou um simples soldado senhor, não entendo o porquê do senhor estar tão aflito comigo, eu não quero o seu lugar — debocho da cara dele, se eu quiser mesmo roubar o lugar dele, o farei sem nenhum esforço. — Escuta aqui seu merdinha, Aleksander é meu e você não vai roubar ele de mim! — ele parece realmente convicto em suas palavras, Que papo estranho é esse? Eu pensei que ele estivesse com ciúmes da posição dele, mas
Sophie CassanoNem acredito que finalmente estou aqui, eu pensei que fosse loucura da minha cabeça, eu pensei que a minha mãe faria alguma coisa para impedir a minha viagem mas ela não fez absolutamente nada, eu pensei que a repentina mudança dela, fosse apenas uma armadilha para me pegar mais tarde mas não, ela não estava planejando nada. — Aaaah! Finalmente aqui, Cazzo¹! Eu finalmente vou poder te levar a uma boate — Loren grita animada jogando as malas em qualquer canto da casa. Ela está bastante animada em finalmente poder me desviar, mas não vamos voar tão alto, o velho Cassano permitiu que eu fosse embora?, Sim , ele permitiu. Me deixou livre?, Não, estou mais presa que antes. Parece que o número de seguranças triplicou, eu ando com um batalhão enorme a minha atrás. Estava estranhando a repentina mudança e bondade da minha mãe, foi bom demais para ser verdade. Bom! Pelo menos eu não estou mais em casa e vou finalmente poder vestir um shorts jeans, um vestido decotado mais cois