O silêncio naquele lugar ficou absurdo. Kirt estava com o rosto virado quando enxergou ao longe metade de seus amigos, um mais chocado que o outro, afinal, nenhuma garota havia erguido a mão para qualquer um deles, ao menos não na frente das pessoas. Jacob talvez estivesse certo. Aquele não era um bom lugar para conversar com Spencer, porque assim que voltou a lhe encarar, a vontade que teve, foi de devolver a tapa.— Eu não sou uma vadia como você está dizendo, sei muito bem me portar, Kirt, mas você foi além, seguiu para a linha da vida pessoal fora dessa faculdade. Não devia ter feito isso. Você acabou com o meu noivado, destruiu a minha vida.— Quem começou toda essa historia foi você. Se tivesse continuado no seu lugar nada teria acontecido. Ainda teria aquele trouxa que banca seus luxos sem saber o tamanho do chifre que tem na cabeça - algumas pessoas riram, e os celulares não foram desligados — Eu amava aquela mulher, e ela foi embora, sumiu da face da terra por sua culpa.— Eu
— Você está indo muito bem. - Gigy elogiou enquanto admirava as fotos da prova de maquiagem feita pelas belas mãos de Ivy Olivares depois de quase cinco horas de trabalho — Seis madrinhas saíram completamente sorridentes. Eu já disse que você devia mudar o curso? Nada de direito para você, tem que ser algo relacionado à moda, pelo amor de Deus, Ivy. — O meu sonho é ser uma advogada, como o meu pai, entendeu? - Gigy concordou — Mas maquiagem é meu ponto fraco - Avisou para a outra que deixou o celular de lado admirando Ivy que não parava de rir desde o momento que chegou. — E sua vingança contra os alunos daquela droga? - Ivy foi parando os sorrisos e a olhou — Deu certo? — Está assim. - Cruzou os braços, curiosa. — E seu colega, que não é colega, ainda está te ajudando com essa vingança? - Ivy foi perdendo o sorriso ao lembrar que devia ter dado o número de Apollo a Gigy dias atrás, mas ao invés disso mentiu sobre ele não ter celular. Mas quem não tem celular? — Sim. Ele está me a
Com mais uma noite dançando naquela boate, os passos passaram a ser fáceis, além dos sorrisos falsos que dava a algumas mulheres e retornava para seu lugar como se nada tivesse acontecendo. Ouvir gritos, gemidos, os exageros e pedidos para que tirasse a máscara, ou ao menos a cueca, mas esse não era seu lance. Do camarim ao palco, e do palco ao camarim. Era rotineiro, engraçado, e divertido.Toda vez que a música ou uma coreografia qualquer iniciava, tinha um homem a menos, afinal, eles se vendiam a mais pura sedução, o dinheiro em quantidades absurdas para duas horas com uma mulher. Todo mundo fazia o que queria, e ambos saiam ganhando.Mas sendo sincero, esse também não era seu lance.Era bom demais para qualquer mulher daquela boate.No fim, ele acabava voltando sozinho para o camarim e agradecia aos céus, se trocava e ia embora sem falar com ninguém. A saída pelos fundos era seu caminho mais secreto, subia na moto e voava para casa.Embora a corrida durasse mais de trinta minutos,
Os olhos de Apollo cresceram tanto naquele momento, que podiam pular para fora. Certo que ele não tinha lá dormido com tantas garotas como todo mundo achava, mas as três líderes de torcida nunca chegariam aos pés, ou melhor, aos seios daquela mulher em seu colo. Ergueu os olhos para os de Ivy que brilhavam pela lua. Era sério? Que tipo de presente era aquele que o universo estava lhe dando? Ele não deveria lhe dar uma punição por está atraindo e rebolando para mulheres mais velhas enquanto elas lutam para tirar sua roupa?— Nesse momento você pode perguntar qualquer coisa que eu não vou saber exatamente o que dizer. A resposta é sim. - Ela achou graça deixando as alças de lado para tocar no rosto do homem e o trazer para um beijo.Lento.Diferente.Molhado.Sentiu as mãos dele chegaram aos seios, e o toque quente a deixou nervosa, o arrepio em sua pele veio um segundo depois, e ele sentiu.Mordeu seu lábio.Gemeu em sua boca.Apertou os olhos junto a um segundo gemido que escapou.Os
— Você não está escondendo nada de mim… NÉ?— Eu acho que preciso de um banho - Ele ia levantar, mas ela o segurou pelos ombros mantendo-o no lugar — Ivy.— Você acabou de falar que ama… - Ela sussurrou no ouvido dele.Ah não, ele não podia está tão entregue assim.— E eu amo - Ele suspirou, levantou guardando seu amigo e voltou a encarar agarota — Mas isso não quer dizer que tenho que te contar todos os meus segredos, pelo menos não agora. Pode me dar um tempo?Ela continuou a encará-lo. Tempo? Que tipo de tempo ele precisava para lhe contar um segredo?— Tem haver comigo?— Não. Não. - Suspirou quase ficando irritado, mas não tinha como ficar.Ela sempre foi curiosa, mas ele precisava de um tempo para achar as palavras certas e contar o maior segredo da sua vida. Sabia que quanto mais rápido contasse o que fazia nas noites talvez - ou não - Ela lhe entenderia, afinal, era um trabalho normal, muitas mulheres faziam, porque ele também não podia fazer?— Todo mundo tem um segredo só se
Se Josh fosse surtar depois de ver sua fatura, elas não sabiam, mas fizeram questão de comprar cada uma um look incrível para uma noite especial onde estariam juntas num role apenas de garotas, algo que seria inesquecível e ninguém iria colocar defeito depois. Ivy optou por algo simples, diferente das garotas que acharam vestidos brilhosos e sandálias de salto, escolheu apenas um conjunto de cetim, com um decote monstruoso nos seios e uma fenda grande ao longo da perna direita. Assim que apareceu no topo da escada, Madison quase surtou com tanta beleza dando palminhas de felicidade. — Você está incrível. - Gritou para a menina que finalizou dando uma volta — Quero tirar uma foto e mandar para o Apollo, acha que ele surtaria? - Ivy parou o riso um momento se olhando outra vez — Vocês já transaram? — Porque quer saber? - Madison olhou para trás procurando por Amber, mas vendo que ela estava tão distraída com o celular, voltou para Ivy — Deveria ser um assunto só nosso. — Deixou de se
— Misy? - O nome da garota saiu com tanta surpresa que seu coração acelerou. A mencionada olhou ao redor tentando disfarçar a sua falta de palavras ou expressão facial para o medo em encontrar-se com Ivy Olivares naquele lugar. Será que ela já sabia do Apollo? Estava ali para pegar ele? Afinal, porque estava tão nervosa, Apollo não tinha dito que eles não eram namorados? — O que você está fazendo aqui? Achei que estivesse trabalhando no bar do pai do Apollo.— Eu que estou surpresa de te encontrar aqui - Deixou a bandeja de lado agarrando os ombros da Olivares que estranhou rapidamente — Não sabia que gostava de boates com homens pelados, porque eu e você não vamos lá fora conversar?— Me larga! Você acha que eu sou alguma idiota? - O parou na mesma hora — É aqui que você trabalha por acaso? O que é isso? Esse lugar… - olhou ao redor mesmo que não desse para enxergar rostos ou pessoas de fato, apenas o grande palco onde o mascarado ainda arrancava todos os gritos das mulheres — Esse l
O ronco de sua moto não parecia tão alto naquela noite, visto que seus pensamentos gritavam na mente todas as palavras que deveria dizer a Ivy quando a visse. Não tentaria dar um de inocente e agir como se nada tivesse acontecido, porque ele sabia o que tinha acontecido. Ele sabia que Ivy o reconheceu debaixo de uma máscara que ninguém naquela cidade foi capaz. Também, não iria esperar muito uma vez que era novo ali. No entanto, já havia passado algumas garotas da universidade e nenhuma delas iria o reconhecer tanto quanto Ivy Olivares, o amor da sua vida, embora o odiasse… Ou não mais. Estacionou no lugar de sempre e rumou ao apartamento apertando tantas vezes os botões do elevador até ele finalmente se abrir no andar desejado. Correu até a porta e antes de entrar, respirou fundo tentando acalmar seus nervos. Estava uma pilha, podia ser que ela nunca mais olhasse na sua cara, mas céus, ele não estava lá fazendo coisas tão difíceis ou insanas. O que é uma dança