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4 -onde está Kate?

Era uma quarta feira como outra quarta feira qualquer , a única diferença das quartas feiras é que Kate largava mais cedo do trabalho e ia até um orfanato aonde era voluntária pra ler pra crianças como ela foi um dia .

naquela quarta em especial Joana notou um cliente estranho que não parava de olhar Kate, o homem tinha um boné enterrado até as orelhas e se comportava muito estranho, quando Joana o encarava ele disfarçava olhando pro jornal que trazia aberto .

Joana era uma pessoa muito especial de vida muito sofrida , amores baratos , tinta no cabelo e solidão.

Jô como era carinhosamente chamada por Kate via a moça como uma filha , ela teve uma filha que faleceu a muitos anos atrás de pneumonia quando tinha somente 10 anos . Jô via em Kate mesmo sendo uma moça de 18 anos , uma inocência igual a de sua filhinha falecida .

naquele dia em especial Jô pediu ao patrão que à liberasse mais cedo pois queria acompanhar Kate até o orfanato , ela tinha um pressentimento ruim e um gosto amargo na boca desde que viu o cliente estranho mais cedo observando cada movimento de Kate.

quando Kate apareceu a primeira vez no café pedindo emprego foi Joana que insistiu com o patrão pra que a contratasse , e se responsabilizou por ensinar tudo a moça.

algo nos olhos mais tristes que Joana já viu na vida e na surrada malinha azul da moça tocaram o coração da mulher mais velha algo na fragilidade dela amoleceram a mulher tida como severa e de pouca conversa .

Joana também era responsável por ajudar Kate a encontrar o pequenino apartamento e pelas bonitas cortinas e almofadas que ela mesma fez pra moça.

Kate encerrou seu expediente e já ia saindo quando a solteirona barrou seu caminho com sua já conhecida bolsa de couro dizendo que iria acompanhá-la. até o bairro onde ficava o orfanato .

Kate sorria feliz pelo caminho , mesmo sendo severa e séria Jô era como a mãe que Kate nunca teve , sempre disposta a protegê-la e interessada em tudo que Kate fazia

ESCRITÓRIO DE NICK SINDEL

Nick no auge de seus 55 anos chegou até onde sempre sonhou . filho de uma imigrante Polonesa e um ladrãozinho americano o menino magricela abriu seu caminho no mundo do crime a força ele hoje comanda uma das maiores máfias do crime organizado de Boston.

Ele está impaciente hoje , Nick contratou mais um ex detento pra servir de bucha quando precisar de gente pra ser presa no lugar de quem realmente importa em sua organização. o que Nick não esperava é que o idiota tivesse uma filha incrivelmente linda e como aquela criatura poderia ser filha de um completo estúpido daqueles

nascido em meio à pobreza e violência Nick sabe que nunca conseguiria uma mulher daquela beleza nem com todo o seu dinheiro, nem pra si nem pra trabalhar em suas boates .quando ele viu a foto do anuário da escola que o imbecil mostrou ele nem acreditou na sorte grande que tinha tirado contratando aquele bostinha . ele já imaginava quanto dinheiro iria ganhar vendendo aquele corpo de pele cremosa e cabelos tão perfeitos que até pareciam de mentira emoldurando olhos azuis tão intensos que faziam Nick ficar duro como pedra só de olhar a foto.

- parece que tirei a sorte grande o homem é tão inútil que é capaz de me vender a filha por qualquer mixaria de dinheiro e a chance de ter algumas migalhas de atenção dentro da organização.

a quantia miserável não pagava nem um par dos seus sapatos italianos , enquanto divagava sobre quanto dinheiro ganharia com a filha do assassino óbvio depois dele mesmo usá-la pra ele , afinal mulheres daquela classe e beleza nunca se envolveriam com Nick , a porta se abriu e um dos seus seguranças informou que já estava tudo como planejado , a rua foi esvaziada e agora era só Bob fazer a sua parte .

Kate olhou no relógio e viu que já eram 19 horas e já estava escuro , com muito cuidado ela se levantou do tapete pra não acordar a garotinha ruiva que adormeceu em seu colo enquanto Kate lia , com muito carinho ela arrumou uma mecha de cabelo ruivo da menina e se levantou sem fazer barulho .

Aí sair cumprimentou a freira responsável pelo orfanato e logo que pisou na rua sentiu algo estranho que logo descobriu .

a rua onde ficava o orfanato era uma cacofonia de sons e uma mistura de prostitutas e moradores de rua sempre muito barulhentos e naquele dia parecia uma rua fantasma , totalmente deserta e silenciosa.

Kate apressou o passo , seriam só duas quadras até o metrô e estaria em casa , ao passar por um beco escutou uma voz que avisava : - Vá pra casa moça, o chefão não quer ninguém nas ruas alguma coisa grande vai acontecer.!

Kate apertou mais o casaco ao corpo mais não se preocupou muito pois não vivia ali e não andava metido em problemas então o melhor a fazer seria andar rapido em direção ao metrô

alguns metros a frente quando Kate já via a entrada do metrô ela nota um sedã negro parado do lado de fora um homem de estatura mediana de chapéu com a barba lhe cobrindo quase o rosto inteiro .

Kate apressou o passo quando ouviu alguém falar seu nome , seu nome inteiro : Kate Simmons.

a voz ... aquela voz não era estranha, Kate não sabia de quem era só sabia que já havia escutado ...

nesse momento o homem de chapéu interrompe o seu caminho e a olha nos olhos, Kate suspira e diz somente uma palavra quando seus olhos encontram os do desconhecido: - papai !

ato contínuo Kate tenta se afastar quando sente ele segurar seu pulso com muita força.

- olá queridinha , sentiu saudades do papai ? Kate está em choque e pensa como escapar do homem que matou sua mãe e a espancou tantas vezes em sua infância.

ela suplica: - me solte você já não fez o suficiente quando matou a minha mãe?

nesse momento sai do carro um homem maior que seu pai e esse torce seu pulso com tanta força que ela quase se ajoelha no chão!

foi tudo tão rápido que quando Kate se dá conta já está sendo jogada no banco traseiro do sedã igual a uma mala enquanto o carro segue rápido pra rodovia .

a alguns quilômetros dali Sam sente uma dor insuportável no pulso , como se estivesse quebrando e um medo que ele nunca sentiu , Sam logo deduz que é a dor de sua companheira, o medo dela é tão intenso que ele se arrepende de sua impulsividade e dos meses que passou a renegando e toma uma decisão, ele vai procurá-la e tentar consertar as coisas .

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