Theo me trouxe para um lugar lindo demais. O verde que nos cerca é perfeito, e o rio, em conjunto com a cachoeira, é a complementação de uma obra-prima. Estávamos na toalha que Theo trouxe para o piquenique. Falei que queria ir para o rio, e ele me perguntou se eu tinha trazido a roupa de banho. Então, me levantei dizendo que já estava com ela e, nisso, fui tirando minha blusa. Ele olhou para mim, me devorando, e quando tirei a calça, ficando apenas nas peças do biquíni, ele quase babou. A forma como ele estava me olhando até parecia que ele estava olhando para o prato de comida preferido. — Você é perfeita, meu amor. Ele diz, e tenho certeza de que estou igual a um pimentão de tanta vergonha. Essa é a primeira vez que alguém me vê assim. Mesmo dividindo o mesmo quarto com Theo, nós nunca tivemos intimidade além de dormir juntos, uns beijos ou uns amassos, mas passando disso, nada mais. Eu ainda me acho muito tímida, mesmo já dormindo há um bom tempo com ele. Para me deixar mais tím
Se me perguntarem se eu planejei essa viagem para tirar proveito de Helena, eu digo com toda certeza que não. As coisas foram rolando e não vou mentir: terminou da melhor forma. Agora somos um do outro por completo, somos uma só carne, uma só alma. Ela é minha por completo e eu sou dela inteiramente, dos pés à cabeça; cada fio de cabelo meu pertence a Helena. Eu sei que isso pode soar muito brega, mas é assim que estou me sentindo. Estou me sentindo um brega apaixonado. Quando ela falou que me desejava, que me queria, eu jurei estar em um sonho do qual a qualquer momento acordaria. Claro que essa não era a primeira vez que eu queria dar a ela; ela merecia algo bem planejado, algo bem romântico. Mas, ao ver a forma como ela me desejava e o quanto eu vinha me controlando esses dias, só em ter ela perto de mim era como uma dinamite esperando apenas o final da cordinha para a explosão. Era dessa forma que eu estava me sentindo: como uma dinamite prestes a explodir. Então, quando ela falou
Ontem vai ficar marcado como um dos meus dias preferidos; na verdade, ele vai ser o meu preferido. Após banhar muito e namorar mais ainda, quando demos por conta, já estava anoitecendo. Eu perguntei para Theo onde iríamos dormir, pois, por um tempo, acreditei que iríamos dormir no carro. Mas, para ficar mais perfeito, ele tirou uma barraca do porta-mala. Montamos a barraca e fomos curtir mais um pouco do rio. Quando anoiteceu, eu tirei da mochila uns produtos de higiene que eu tinha trazido e, após terminar o nosso “banho”, fomos até a barraca. Com o estômago cheio, fomos deitar e, após nos amar novamente, dormimos. Quando acordamos, já era quase oito e meia da manhã. Acho que Theo nunca tinha dormido tanto. Levantamos, fizemos nossas higienes matinais e agora estamos no carro de Theo para voltar à nossa casa. Paramos em uma lanchonete que tinha pelo caminho e fizemos desjejum. Faltam só uns vinte minutos para chegarmos em casa. — Quando chegarmos lá, o que vamos dizer sobre nossas ma
Passaram duas semanas do dia que o Theo me levou para a cachoeira, está tudo ótimo aquela sensação estranha que eu sempre sentia quando ia ao jardim já não sinto mais, às vezes eu ia até lá só para ter certeza e realmente não sentia nada, ate mesmo Rania esta mais calma depois que Theo me marcou ela esta ate mais serena, ela fala que não ver a hora de correr com Ryle livres pela floresta. Hoje é o dia da coroação e o dia que eu e o Theo vamos nos torna Alfa e Luna, está tudo lindo minha mãe e a Luna cuidaram de tudo muito bem, estou só esperando a hora que eu irei para o salão me arrumar, quero que tudo fique perfeito, estou ansiosa para ver o olhar de Theo quando ele me ver entrando no local da festa, nossa coroação vai ser como um casamento humano, eu entrarei de noiva e Theo estará me esperando, meu vestido é branco liso e justo no corpo, ombro a ombro, a calda é um pouco longa, não usarei véu porque nunca gostei, mas usarei grinalda. Quando dar hora de ir para o salão meu Pai vem
Depois de uma noite e um dia longe da minha oncinha, agora estou contando as horas para ela se tornar minha Luna e vivermos juntos até que a morte nos separe. Ontem tive uma noite mal dormida no quarto de Henry, já que não deixaram eu dormir ao lado dela. É algo como superstição, e sem contar que, sem estar ao lado dela, eu não consigo dormir bem. Preciso da minha oncinha ao meu lado, sentir o cheiro dela para eu dormir bem. Hoje, antes dela ir para o salão se arrumar, eu ainda dei um jeitinho de vê-la e lhe dar um beijo, e dizer que eu a amo muito. Minha oncinha, esses dias, está leve; parece que toda a preocupação que ela tinha sumiu, creio que por tudo que aconteceu, e dela ser obrigada a morar aqui acabou mexendo com a cabeça dela. É bom ver ela sorrir, brincando e brigando. E pense numa mulher que gosta de brigar! Mas, ultimamente, nossas brigas sempre terminam com nós nos amando, então não posso nem reclamar. Vamos viver bem como casal, apesar de muitas mudanças que virão pela co
Entramos em casa e sou agarrado por minha mãe, que está desesperada. Eu nem tenho reação para abraçá-la. O que posso fazer? Minha alma está em frangalhos. Jurei que, quando entrasse aqui hoje, seria com minha mulher no meu colo, que iria fazer dela mais uma vez minha, eu como seu marido e ela minha mulher. Mas o que posso fazer além de me desesperar? A única coisa que resta em mim é a casca de um homem que perdeu tudo, pois é assim que me sinto sem ela ao meu lado. — Meu filho, eu sinto tanto, mas tudo vai dar certo. Vamos conseguir trazer elas de volta para nós. Eu apenas aceno; não consigo nem falar nada. Quando ela me solta, vou em direção à escada e subo para meu quarto. Preciso sentir o cheiro dela. Ao abrir a porta, é a primeira coisa que percebo: o ambiente inteiro está lotado do seu cheiro. Choro pela falta de oportunidade; só queria poder dizer mais uma vez o quanto eu a amo, que minha vida sem ela não tem sentido. Vou até a mesinha que fica ao lado da nossa cama e vejo uma
Encontro-me em um campo, no mesmo que sonhei com minha loba se encontrando com o lobo de Theo, o campo de girassóis, mas agora me encontro só. Não vejo nenhum dos lobos e começo a achar que há algo de errado, que Rania possa estar em perigo, pois ela nunca me deixaria sozinha, nem mesmo em sonho. Caminho até o final do campo de girassóis e não vejo nenhum dos lobos. Dou a volta no campo e, quando chego do outro lado, ao contrário do rio, vejo uma casinha e vou até lá, mas algo está estranho; não lembro se tinha essa casa da última vez que estive aqui. Entro nela e, da porta, dá para ver um corpo no chão. Aproximo-me e percebo que sou eu ali deitada naquele chão frio. Mexo nele e não há resposta; começo a acreditar que estou morta. Escuto um barulho de porta se abrindo e, quando me viro, vejo a porta da frente se abrindo sozinha. Então, vejo uma loba que se parece com Rania e fico contente. Corro até ela, mas ao ficar cara a cara com a loba percebo que não é ela. Tento me afastar por a
Eles achavam mesmo que eu iria embora da minha casa só por uma ômega inútil, uma ômega que se acha a dona do pedaço por ser a companheira do Alfa. Eles nunca conseguiram; eu não vou embora até ver ela morta. No dia em que fui “expulsa” da alcateia, combinei com meus pais que passaria dois dias longe da alcateia e, no terceiro dia, voltaria pelo esconderijo que poucas pessoas conhecem. O lugar é tão secreto que acho que nem o Alfa deve saber dele; ele fica entre as cavernas, mas é um espaço tão pequeno que qualquer pessoa que passa nele. No dia em que voltei para a alcateia, quando já estava quase chegando ao lugar da passagem, fui agarrada por um homem que colocou uma faca em meu pescoço. Ele me perguntou se eu era da alcateia Lua Crescente e eu disse que sim. Então, ele saiu me arrastando para uma caverna que tinha por ali. Chegando lá, havia mais uns três homens, todos com armas. Eu me desesperei; achei mesmo que iria morrer ali. Já estava ao ponto de suplicar pela minha vida. Um ho