Eu não sei o que está acontecendo que está deixando Helena tão agitada. Mal começamos a namorar e ela já vem com essa história de que temos que pensar no futuro. O que ela pensa? A única coisa que quero pensar é em ter ela aqui do meu lado, de construirmos uma família juntos. Quero poder acordar diariamente e ter ela ao meu lado, que ela seja minha primeira e última mulher. Estou vendo que ela está inquieta; já tem umas semanas que ela está assim. Ontem, quando ela me perguntou se eu vi algum homem estranho na festa e eu disse que não, ela falou que pode ter sido coisa da sua cabeça. Mas eu me conectei com o líder dos soldados e pedi para ele vasculhar o lugar todo atrás de alguém desconhecido, e eles não acharam nada. Mas sei que isso não é imaginação dela, só que não posso deixá-la assim. Ela não pode ficar tão agitada uns dias antes da nossa coroação. Quero que, quando chegar o dia, ela esteja relaxada e que ela se lembre desse dia como o melhor de nossas vidas, que possamos contar
Chego ao quarto e Helena está só de toalha, passando creme em sua pele. Eu fico admirando essa beleza rara à minha frente. Ela não percebeu minha presença, então eu caminho devagar até chegar perto dela e lhe dou um cheiro no pescoço. Ao se afastar, ela me dá uma cotovelada nos Países Baixos. Eu tenho que me ajoelhar de tanta dor; sei que é passageira, mas dói para cacete. Quando ela vira, me olha assustada e parece que só agora viu quem era. Sem vergonha, em vez de me ajudar, começa a rir da minha dor. Levanto a mão pedindo só um minuto, pois ainda não consigo nem falar nada por conta da dor na minha parte baixa. — É um ogro mesmo! Onde já se viu chegar tão calado assim e ainda me agarra por trás? — Ela fala quase chorando de tanto rir. — Tu que está desligada! Eu cheguei, abri a porta e você desligou, e ainda prejudica o meu carregador de filhos. — Carregador de filhos? — Ela pergunta sem entender. — Sim, Helena — digo, apontando onde ela bateu. Ela fica vermelha na mesma hora
Theo me trouxe para um lugar lindo demais. O verde que nos cerca é perfeito, e o rio, em conjunto com a cachoeira, é a complementação de uma obra-prima. Estávamos na toalha que Theo trouxe para o piquenique. Falei que queria ir para o rio, e ele me perguntou se eu tinha trazido a roupa de banho. Então, me levantei dizendo que já estava com ela e, nisso, fui tirando minha blusa. Ele olhou para mim, me devorando, e quando tirei a calça, ficando apenas nas peças do biquíni, ele quase babou. A forma como ele estava me olhando até parecia que ele estava olhando para o prato de comida preferido. — Você é perfeita, meu amor. Ele diz, e tenho certeza de que estou igual a um pimentão de tanta vergonha. Essa é a primeira vez que alguém me vê assim. Mesmo dividindo o mesmo quarto com Theo, nós nunca tivemos intimidade além de dormir juntos, uns beijos ou uns amassos, mas passando disso, nada mais. Eu ainda me acho muito tímida, mesmo já dormindo há um bom tempo com ele. Para me deixar mais tím
Se me perguntarem se eu planejei essa viagem para tirar proveito de Helena, eu digo com toda certeza que não. As coisas foram rolando e não vou mentir: terminou da melhor forma. Agora somos um do outro por completo, somos uma só carne, uma só alma. Ela é minha por completo e eu sou dela inteiramente, dos pés à cabeça; cada fio de cabelo meu pertence a Helena. Eu sei que isso pode soar muito brega, mas é assim que estou me sentindo. Estou me sentindo um brega apaixonado. Quando ela falou que me desejava, que me queria, eu jurei estar em um sonho do qual a qualquer momento acordaria. Claro que essa não era a primeira vez que eu queria dar a ela; ela merecia algo bem planejado, algo bem romântico. Mas, ao ver a forma como ela me desejava e o quanto eu vinha me controlando esses dias, só em ter ela perto de mim era como uma dinamite esperando apenas o final da cordinha para a explosão. Era dessa forma que eu estava me sentindo: como uma dinamite prestes a explodir. Então, quando ela falou
Ontem vai ficar marcado como um dos meus dias preferidos; na verdade, ele vai ser o meu preferido. Após banhar muito e namorar mais ainda, quando demos por conta, já estava anoitecendo. Eu perguntei para Theo onde iríamos dormir, pois, por um tempo, acreditei que iríamos dormir no carro. Mas, para ficar mais perfeito, ele tirou uma barraca do porta-mala. Montamos a barraca e fomos curtir mais um pouco do rio. Quando anoiteceu, eu tirei da mochila uns produtos de higiene que eu tinha trazido e, após terminar o nosso “banho”, fomos até a barraca. Com o estômago cheio, fomos deitar e, após nos amar novamente, dormimos. Quando acordamos, já era quase oito e meia da manhã. Acho que Theo nunca tinha dormido tanto. Levantamos, fizemos nossas higienes matinais e agora estamos no carro de Theo para voltar à nossa casa. Paramos em uma lanchonete que tinha pelo caminho e fizemos desjejum. Faltam só uns vinte minutos para chegarmos em casa. — Quando chegarmos lá, o que vamos dizer sobre nossas ma
Passaram duas semanas do dia que o Theo me levou para a cachoeira, está tudo ótimo aquela sensação estranha que eu sempre sentia quando ia ao jardim já não sinto mais, às vezes eu ia até lá só para ter certeza e realmente não sentia nada, ate mesmo Rania esta mais calma depois que Theo me marcou ela esta ate mais serena, ela fala que não ver a hora de correr com Ryle livres pela floresta. Hoje é o dia da coroação e o dia que eu e o Theo vamos nos torna Alfa e Luna, está tudo lindo minha mãe e a Luna cuidaram de tudo muito bem, estou só esperando a hora que eu irei para o salão me arrumar, quero que tudo fique perfeito, estou ansiosa para ver o olhar de Theo quando ele me ver entrando no local da festa, nossa coroação vai ser como um casamento humano, eu entrarei de noiva e Theo estará me esperando, meu vestido é branco liso e justo no corpo, ombro a ombro, a calda é um pouco longa, não usarei véu porque nunca gostei, mas usarei grinalda. Quando dar hora de ir para o salão meu Pai vem
Depois de uma noite e um dia longe da minha oncinha, agora estou contando as horas para ela se tornar minha Luna e vivermos juntos até que a morte nos separe. Ontem tive uma noite mal dormida no quarto de Henry, já que não deixaram eu dormir ao lado dela. É algo como superstição, e sem contar que, sem estar ao lado dela, eu não consigo dormir bem. Preciso da minha oncinha ao meu lado, sentir o cheiro dela para eu dormir bem. Hoje, antes dela ir para o salão se arrumar, eu ainda dei um jeitinho de vê-la e lhe dar um beijo, e dizer que eu a amo muito. Minha oncinha, esses dias, está leve; parece que toda a preocupação que ela tinha sumiu, creio que por tudo que aconteceu, e dela ser obrigada a morar aqui acabou mexendo com a cabeça dela. É bom ver ela sorrir, brincando e brigando. E pense numa mulher que gosta de brigar! Mas, ultimamente, nossas brigas sempre terminam com nós nos amando, então não posso nem reclamar. Vamos viver bem como casal, apesar de muitas mudanças que virão pela co
Entramos em casa e sou agarrado por minha mãe, que está desesperada. Eu nem tenho reação para abraçá-la. O que posso fazer? Minha alma está em frangalhos. Jurei que, quando entrasse aqui hoje, seria com minha mulher no meu colo, que iria fazer dela mais uma vez minha, eu como seu marido e ela minha mulher. Mas o que posso fazer além de me desesperar? A única coisa que resta em mim é a casca de um homem que perdeu tudo, pois é assim que me sinto sem ela ao meu lado. — Meu filho, eu sinto tanto, mas tudo vai dar certo. Vamos conseguir trazer elas de volta para nós. Eu apenas aceno; não consigo nem falar nada. Quando ela me solta, vou em direção à escada e subo para meu quarto. Preciso sentir o cheiro dela. Ao abrir a porta, é a primeira coisa que percebo: o ambiente inteiro está lotado do seu cheiro. Choro pela falta de oportunidade; só queria poder dizer mais uma vez o quanto eu a amo, que minha vida sem ela não tem sentido. Vou até a mesinha que fica ao lado da nossa cama e vejo uma