Marrento — O que vocês querem de mim? — questiona com nítido desespero. Contudo, os gritos apavorados das garotas me irritam. — Pode fazê-las se calar, porra?! — rosno de uma forma bruta e irritado. — Saiam daqui, agora! — Jordan rosna, apontando a sua arma e elas saem correndo quarto. O bom e velho silêncio impera no cômodo finalmente volta. Agora é possível ouvir a respiração alterada de Venut ecoando pelo quarto. Despretensioso, começo a andar pelo cômodo e olho para cada canto de parede mofada, assim como o teto e uma pintura envelhecida. O lugar é um chiqueiro. Levo minha arma a minha nuca, acariciando os meus cabelos com ela, enquanto exploro o lugar sobre o olhar apavorado do capanga. — Olha cara, eu não tenho nada a ver com os problemas de Marrony. — Ele diz covardemente em sua defesa, me despertando da minha inspeção minuciosa. — Não tem? — O fito com frieza. — Eu não tenho. Olha só… eu só cumpro as ordens dele. Sou obrigado a cumpri-las. — Caminho para perto da cama sem
MarrentoTic-Tac. Tic-Tac. Os sons do relógio martelam o tempo todo dentro da minha cabeça. Como planejado, Marrony agora está enfraquecido sem o Fabricy e sem o Venut, portanto, sem a metade dos seus homens também. Ele agora é todo meu e como esperado, o imbecil não me ligou. Ele não me devolveu a minha Fabi e agora é comigo que ele tem que se ver. O carro para em frente a boate de luxo exatamente as vinte e uma horas. Do lado de fora tem uma enorme fila de pessoas ansiosas para entrar e se divertir. Sem falar na quantidade de carros luxuosos ocupando boa parte do estacionamento. Saio do veículo pisando firme do lado de fora e enquanto ajeito o sobretudo no meu corpo, fito a noite escura, apreciando o vento gelado e observo algumas nuvens pesadas. O céu está desprovido de estrelas e nem mesmo a lua veio testemunhar o que acontecerá em poucos minutos. Os meus homens se preparam e logo estamos caminhando pela calçada direto para dentro da danceteria. Com a cabeça erguida encaro os segu
Visão do mafioso Marrony Mackoy.Não acredito que a tenho bem ali tão perto e ao meu alcance outra vez. Apenas alguns centímetros de mim. Pensei que a havia perdido para sempre. De verdade, eu me perguntava dia após dia o que havia acontecido no meio daquela mata? Meu irmão Kzack estar morto foi uma grande perda para mim apesar de ele fazer muita merda. Mas porra, ele era o meu irmão caçula e eu o amava muito! Preciso saber quem fez isso e a minha resposta está sentada bem no meio da minha cama, algemada, totalmente indefesa e a minha mercê. Só, que não importa o que eu faça, não importa o quanto eu grite, ela sempre me diz a mesma coisa… Eu não sei. Isso me deixa puto da vida porque eu sei que ela sabe quem o matou. Quem ela está defendendo? Ele deve valer muito a pena, porque ela já apanhou tanto e mesmo assim, não me deu a porra do nome. Respiro fundo, soltando o chicote de couro grosso em cima da mesa. Fabiana chora baixinho e encolhida no canto da cama. Sinto um tesão louco por
Visão do mafioso Marrony Mackoy.Negócio fechado! Penso muito satisfeito com o rumo que os negócios estão tomando. Com as drogas entrando nos Estados Unidos a grana triplicará no meu bolso. Aperto a mão do Jardel e em seguida dos seus sócios, distribuindo alguns charutos italianos entre eles em comemoração.— Tenho uma coisa boa para comemorarmos — falo. Os homens riem com malícia, pois, eles sabem exatamente do que estou falando.— Tragam as garotas — ordeno e Katarina acata a minha ordem sem pestanejar. Minutos depois, as meninas entram vestindo apenas lingeries sensuais. Jardel praticamente as devora com os olhos e dois dos seus sócios fazem o mesmo. Eles se aproximam, tocam os seus corpos e eu apenas aprecio e assisto o espetáculo. — Rapazes, fiquem à vontade para começar a festa — aviso e uma cortina se abre, revelando duas garotas completamente nuas e se beijando em cima de uma cama redonda. Eles se empolgam, livrando-se dos seus ternos e gravatas, e caminham para a cama, levand
Visão do mafioso Marrony Mackoy.Isso não pode estar acontecendo comigo! Puta que pariu! Resmungo mentalmente.— Encontre aquele filho da puta do Marrento, tenho certeza de que ele tem tudo a ver com esse roubo — rosno exasperado para os meus homens. Bando de imbecis! Caralho, são milhões em dólares levados daquele caminhão!— Fabricy, junte seus homens, procurem por toda a cidade, encontre aquele desgraçado e o traga vivo ou morto — berro com impaciência e logo os homens saem das minhas vistas.Passo a tarde trancado em meu escritório, bebendo o meu melhor uísque e devorando uma carteira de cigarros. Preciso encontrar essas drogas antes que Kalel apareça para buscá-las. Comprar uma briga com o grupo Scorpions não é a melhor coisa do mundo. Se chegar o momento da entrega e eu não cumprir com a minha parte, o inferno cairá sobre à terra. Respiro fundo, inclinando a cabeça e a apoio no encosto da cadeira, encarando o teto em seguida. Fecho os meus olhos e tento me desligar desses maldi
MarrentoSinto os primeiros raios de sol bater suaves em meu rosto. Abro os meus olhos e me deparo com a linda morena adormecida ao meu lado na cama. Suas pernas estão enroscadas nas minhas e seu braço está em meu peitoral. Seus cabelos, agora um pouco maiores, então espalhados pelo seu rosto e travesseiros. Observo seus cílios escuros, as sobrancelhas bem-feitas e sua boca carnuda e rosada, e suspiro baixinho. Acabei de perceber que amo cada detalhe dessa linda mulher. Levo uma mão cuidadosamente ao seu rosto e ajeito alguns fios escuros, arrumando-os em seus devidos lugares e fico aqui quietinho, apenas admirando a minha garota por sabe Deus por quanto tempo. Meu coração chega a bater fora do ritmo e sinto algo diferente acontecer dentro de mim. Uma vontade sem sentido de sorri e me deixo levar por esse riso bobo. Com um suspiro, ergo o meu corpo devagar e vou para mais perto dela. Começo a dar beijos suaves em sua testa e desço pelo nariz. Pulo para as maçãs do seu rosto e chego ao
Marrento — Você não entendeu, Alex — diz, parando o nosso beijo e segura o meu rosto entre as suas mãos. — Eu quero muito isso — confessa, fazendo o meu coração bater como um louco. — Mas, o Marrony nunca permitiria que isso acontecesse com as garotas do prostíbulo. Semicerro os olhos. Estou confuso de novo. O que porra Marrony tem a ver com tudo isso, com essa conversa? — Ele nos obrigava a tomar uma injeção para evitar os bebês e ela tem a duração de seis meses. No meu caso, estou livre por dois meses ainda — explica. — Então o fato de você esquecer a camisinha não vai me fazer engravidar. Não agora. — Ah! — É tudo que consigo dizer no momento. Por um instante, cheguei a cogitar esse filho e senti-me esperançoso. Contudo, dou de ombros. Talvez seja melhor assim. Talvez ainda não estejamos preparados para esse momento. Eu a beijo novamente, cada pedacinho do seu corpo e tornamos a fazer amor. Aguardo Fabi sair do banheiro, porém, já tem algum tempo que ela está lá dentro. Dessa vez
Marrento — Alex, está dormindo?— Não — digo encarando o teto do meu quarto. Ela suspira baixinho.— Quando eu estava lá no clube, aconteceram algumas coisas. — Ela começa a dizer. Olho para Fabi por longos segundos esperando-a continuar. Ela está de costas para mim.— Que tipo de coisas? — inquiro já que permanece silenciosa. Viro-me de lado na cama, levando o braço a sua cintura, ficando de conchinha e esfrego o meu nariz em seus cabelos, na altura da sua nuca. E sussurro perto do seu ouvido em seguida.— Já ouviu falar em um tal de Marrento? — indaga e reteso na mesma hora. Ela se mexe na cama e fica de frente para mim. Os olhos negros prendem os meus com uma profundidade incrível e eu puxo a respiração com força, porque é difícil respirar com tamanha intensidade. Ela respira fundo. — Teve um dia que Marrony queria que eu dissesse quem era ele. — Abro um sorriso forçado. E se eu contar sobre o meu passado e ela resolver me deixar? Não foi diferente com a Jasmine. Com certeza ela