MarrentoApós me acomodar ao seu lado, Jordan se senta no banco do motorista e dirige adentrando o imenso jardim do condomínio, e durante o curto trajeto não falamos sobre nada. Ela se concentra em uma janela e eu na outra. E não demora para um campo aberto entrar no meu campo de visão. Daqui é possível ver algumas árvores altas e quando ele estaciona o carro peço para o meu segurança ficar fora do nosso alcance. Assim que ele se afasta começo a forrar os cobertores na grama e ponho a cesta de vime ao lado. Anita não exagerou quando disse que esse lugar era fantástico! Meus olhos percorrem o enorme campo verdejante com muitas flores campestres e a nossa frente tem um lago que corre livremente entre algumas rochas. Um pouco mais a nossa frente tem muitas árvores juntas e tem alguns arbustos de flores nativas espalhados por todo o lugar. Mas é quando me viro para olhá-la que fico maravilhado. Fabiana tem um sorriso diferente nos lábios. Ele parece brilhar e os seus olhos parecem fascina
MarrentoA nossa volta para casa foi igualmente a saída. Ninguém disse uma palavra e mais uma vez me senti incomodado com isso. Enquanto ela encara o lado de fora pela janela eu segui remoendo essa situação absurda. E assim que entramos em casa, Fabiana foi direto para a cozinha acompanhada do meu segurança que carrega as coisas do piquenique em suas mãos e eu vou para o meu quarto, puto da vida. Puto da vida, sim! Custava nada ela dizer alguma coisa? Como se sentiu ou se gostou. Seria um bom começo para mantermos um diálogo entre nós! Droga, eu quis gritar com ela, dizer que eu queria mais dela, mas porra! Não era para ser assim! Não era para se tornar o meu vício, ou para me sentir dependente. Era para ser algo casual e totalmente desprendido. Respiro fundo algumas vezes e me livro das minhas roupas. A água fria vai me ajudar a pensar melhor. Eu preciso me acalmar. Vamos lá, Alex, é só sexo, cara, nada além de sexo! Sem apegação, sem cobranças e sem sentimentos. Meu subconsciente me
MarrentoRespirações pesadas e ligeiramente ofegantes. Corpos quentes e o desejo fluindo em cada poro das nossas peles escorregadias. Ergo o meu corpo sobre o seu e ralo a minha pélvis na sua, tomando a sua boca em um beijo calmo e lento. Deslizo uma mão por debaixo da camisa e arrasto o tecido até a altura da sua cintura, e qual não foi a minha surpresa ao constatar que a minha cueca não estava lá. Abro um sorriso travesso contra a sua pele e mordisco o bico do seu peito. Fabiana solta um ar pesado pela boca, extasiada com o meu ataque.— Eu não fazia ideia, mas você é viciante, Fabiana! — falo e começo a fazer uma trilha de beijos por suas costas. — Espero que isso não um problema pra você — sibilo sem parar os meus carinhos. Contudo, me afasto um pouco para me livrar de vez do tecido no seu corpo e paro para observá-la completamente nua na minha cama agora. O meu olhar se fixa nas cicatrizes grossas e sou imediatamente preenchido por uma tristeza. Meus dedos deslizam por elas pregu
No dia seguinte... Solto um resmungo baixo e me forço a abrir os olhos deparando-me com uma linda mulher, semicoberta por lençóis na minha cama. É uma puta novidade! Penso e suspiro baixinho. Fabiana ainda está aconchegada ao meu corpo e o lençol branco cobre parcialmente sua bunda e parte das suas coxas. Seus cabelos estão batendo no meu rosto e embora seja uma visão extremamente sexy estou pensando que nunca acordei com uma mulher na minha cama antes. Como mencionei, era só uma trepada e elas iam embora sem beijos e nem afagos. Eu simplesmente usava as novinhas nos bailes funks, dava o que elas queriam e me saciava da sacanagem. Bufo contrariado com esses pensamentos e me forço a sair do seu abraço, tendo o cuidado de apoiar a sua cabeça no travesseiro. Em minha mente eu simplesmente sairia da cama, iria para o banheiro, tomaria um banho gostoso e após vestir uma roupa, sairia do meu quarto. Mas nada disso aconteceu realmente. Eu simplesmente continuei deitado aqui com os meus olhos
Marrento — Eu não faço ideia do que você está falando, Senhor Mackoy. — Ele rir sonoramente. — É claro que sabe. Não se faça de idiota, Senhor Fox porque isso me irrita! Eu a quero de volta. — Trinco o meu maxilar fortemente. — Não se atreva a chegar perto dela outra vez! — rosno com frieza, porém, ele valta a rir. — Ora, Senhor Fox, eu só estou ligando para avisar que estou indo pegar o que é meu. Não estou pedindo um favor e muito menos a sua permissão. — Meu coração acelera brutalmente no peito. — Você mandou executá-la, seu imbecil. Ela não lhe pertence mais! — ranjo entre dentes. — Está avisado, Senhor Fox. Não se envolva e tudo ficará bem. — Escuta aqui, seu… — rosno enfurecido, ficando de pé. Contudo, a ligação é interrompida e automaticamente ligo para casa. Danilo atende no segundo toque. — Mansão Fox! — Danilo, é Alex! Onde está a Fabiana? — indago diretamente. — Ela saiu com a Anita. Elas foram fazer compras, algum problema? — Não lhe respondo. Apenas encerro a l
Memórias de Fabi…— Escute com atenção, Fabiana. Você só tem que levar essas bebidas nessa bandeja, servir os convidados e fazer tudo o que eles te pedirem. Seja sexy, sensualize, deixe-os bem à vontade e quem sabe se o Marrony conseguir fechar esse negócio ele não te dará um agrado, hã? — A voz melodiosa de Katarina Mackoy soa ao pé do meu ouvido enquanto ela ajeita o lacinho da camisola sexy e vermelha no meu corpo. Suspiro baixo e penso que nunca fiz o trabalho de cortesia dos provedores de Marrony antes. Eu sempre atendi os clientes do clube mesmo, ou o próprio Marrony como aconteceu algumas vezes. E fui acompanhante de alguns empresários também. Contudo, essa é a primeira vez que ela me põe para fazer esse tipo de serviço. E é a minha chance de fugir desse inferno de uma vez por todas. Eu só preciso abrir a porta certa e estarei fora daqui! Penso e engulo em seco quando Katarina abre a porta do imenso corredor, com suas luzes vermelhas. É aqui que o Marrony costuma fazer as suas
Memórias de Fabi... Katarina segura firme os meus cabelos e sussurra bem perto do meu ouvido. — Quero ver se ainda continuará mentindo, sua vadia. — A porta se abre outra vez e o homem de feições fortes, e rígidas passa por ela. Marrony leva o charuto a sua boca, dá uma tragada e solta uma fumaça densa que logo se espelha pelo ar. — Ela viu? — Ele pergunta com o seu habitual tom frio, mas sem tirar os seus olhos dos meus. — Acho que sim. — Seu irmão responde. Então vai até o Kzack, dá-lhe uma bofetada segura e grita com ele em seguida. — Você acha, infeliz?! — O homem praticamente colado na parede engole em seco, enquanto passa uma mão no local da bofetada. — Por que não fechou a porra da porta de chave?! — Eu não podia prever que essa vadia do caralho… — Marrony o segura firme a sua garganta, o aperta ainda mais contra a parede e percebo Kzack ganhar um tom arroxeado em busca de ar para respirar. — Você não faz nada direito, Kzack! — Ele berra. — Solte ele, irmão! — Katarina
Memórias de Fabi...Uma longa caminhada. Penso quando vistamos os portões largos de ferro pintado de branco. Contudo, a cada passo que damos para longe do meu destino cruel me sinto mais aliviada. Ao aproximarmos o observo falar com um homem fardado dentro de uma guarita e logo adentramos um lugar amplo cheio de jardins por todos os lados. É um paraíso colorido. Penso ansiando estar no meio dessa natureza, mas continuo a segui-lo em silêncio. Logo uma casa enorme aparece no meu campo de visão e ao adentrarmos uma sala ampla, cheia de móveis modernos e sofisticados, com seus tons de preto e branco espelhados por todo o lugar, me perco em avaliações... ou devo dizer em admirações? Acho que os dois. Estou avaliando o cômodo e perdida em admirações dos seus detalhes. Logo fito o seu teto e as suas janelas, as cortinas brancas e finas esvoaçadas, que não escondem os jardins lá fora. No meio da minha inspeção sinto a maciez de um tapete macio e felpudo debaixo dos meus pés descalços e sujos