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Marcos AlbuquerqueChegar ao luau com Rodrigo foi fácil. A animação é que estava difícil. Queria a minha morena aqui comigo. Fechei os meus olhos e respirando fundo. Porra Marcos, o que há com você cara? Você nunca precisou de ninguém para se divertir e que história é essa de minha morena? Não foge do foco cara. Ela é só sexo para você e nada mais. Levo uma puta bronca do subconsciente.— Toma aí, Marcos. — Rodrigo me oferece uma cerveja me despertando. Eu seguro a garrafa e tiro a tampa a levando a boca em seguida. O líquido gelado chega a me refrescar por dentro e aos poucos vou relaxando e me enturmando. Encontro alguns amigos e algumas garotas que lançam algum charme para cima de nós. Como um predador que eu sou, as observo. São lindas..., São gostosas, mas cadê a porra do tesão? Me pergunto quando percebo que não tenho interesse em nenhuma delas. Alguns minutos depois, pego outra bebida para mim e fico ali conversando com a galera. — E aí, tá a fim de dançar? — Uma loira pergunt
— Vai pra onde? — inquiro sentindo um tipo de pânico, me sentindo abandonado e eu posso até dizer que já sinto falta do seu calor na minha cama.— Tomar um banho — responde seca. Queria muito ir com ela, mas parece que ela precisa ficar um tempo sozinha, então resolvo lhe dar esse tempo e vou para a cozinha. Entro no cômodo pensando no que fazer? O que ela gosta de comer pela manhã? E abro a geladeira para pegar alguns ingredientes para fazer alguns sanduíches e um suco de laranja. Paro o que estou fazendo quando a minha ficha começa a cair. Puta que pariu, que merda é essa? Eu trouxe a mulher para o meu apartamento e ainda fiz cobranças a ela e porra, estou cozinhando para ela agora! Engulo em seco. Isso não é bom. Isso não é nada bom! Levo as mãos ao rosto e esfrego puxando a respiração exasperado. Está na hora de acabar com essa merda! Mais que merda, Marcos!Minutos depois Mônica surge na cozinha e ela parece insegura e quase não me olha nos olhos. Ela está séria demais. Ela fala
Marcos Albuquerque— Eu não sou obrigada a escutar seus desaforos Marcos Albuquerque! Eu sou a sua secretária e não o seu capacho! — Cassandra esbraveja e sai da minha sala batendo os pés. Eu bufo exasperado e volto para minha mesa impaciente, jogando a caneta prateada sobre a mesa com tampo de vidro e volto a ler os contratos em minha mesa. Faz duas semanas que não saio para curtir nada, nem bebedeira, nem farras e nem garotas e tudo isso depois que levei aquela demônia gostosa para o meu apartamento naquela noite. Foi a maior burrada da minha vida me envolver com ela e eu devia saber disso. Eu devia ter previsto quando a levei ao meu apartamento. Porra! Os sinais estavam todos bem ali na minha frente e eu simplesmente os ignorei. Não preciso nem mencionar que minha última tentativa de farrear foi um completo fracasso. Escuto algumas batidas leves na minha porta e vejo o meu sócio passar por ela com cara de poucos amigos e sentar-se na cadeira em frente à minha mesa. Lá vem merda. Pe
Acordo com um par de mãos delicadas acariciando o meu rosto e abro os olhos devagar, tentando focar na bela imagem bem ali na minha frente. Ela está sorrindo para mim. Minha morena linda está aqui na comigo. Abro um meio sorriso para ela, ainda desacreditado e o seu sorriso parece se ampliar, então eu retribuo o seu sorriso com um sorriso ainda maior.— Minha morena linda! — sussurro. — Senti tanto a sua falta! — Falo com um desespero contido. Mônica se inclina para mais perto de mim e beija levemente a minha boca e puta merda! Como eu senti falta dessa boca na minha! E quando se afasta, olha em meus olhos e volta a sorrir. Ergo o meu corpo, virando-o abruptamente e vou de encontro ao seu corpo, deitando-a na minha cama e ficando por cima dela, para tomar a sua boca na minha em um beijo cheio de saudades. Aaah, que saudade dessa boquinha! Logo a minha mão escorrega para a sua bunda deliciosa e...— Titiooooo acordaaaa! — Escuto os gritos agudos da Amandinha e abro os meus olhos com
Mônica SampaioJá são quase duas da madrugada e eu estou na minha cama me embolando de um lado para o outro sem conseguir dormir. Desde que sai da casa do Marcos que a minha mente não para um só segundo. Não consigo parar de pensar em tudo que vivemos em tão pouco tempo. Ele realmente mexeu muito comigo, muito mesmo. Precisava dizer pra ele que não vai rolar mais, que não dá, não com ele e nem com ninguém. Adormeço pouco tempo depois do meu despertador do celular tocar. Estou quebrada, me sinto cansada, acabada. Me arrasto da cama para um banho rápido, me seco e me arrumo para o trabalho, tudo no automático. Vou para a cozinha e tomo apenas uma xicara de café bem forte e quente. Minutos depois me despedi da Belly e depois do papai e sai com meu tigrão. Fiz tudo como se fosse um robô e foi assim a semana inteira. Escritório, faculdade, trabalho, atividades. Não parei a não ser para brincar com a minha bebê em casa ou tentar dormir. O que não tem sido nada fácil e quando eu realmente co
— Fique com ele o tempo que precisar, Mônica. Não precisa ir trabalhar essa semana.— Obrigada, doutora Gisele!— Não precisa agradecer, querida. Sabe o quanto gostamos de você. Me ligue se precisar de alguma coisa querida, o que for, a qualquer hora do dia ou da noite. — Se prontifica. Solto um suspiro baixo.— Certo, mais uma vez obrigada! — A ligação termina e eu caminho pelo corredor até chegar à porta do seu quarto. Começo a pensar o que seria de mim se Gisele não tivesse aparecido em minha vida? Ela é uma excelente patroa. É compreensiva, humana, uma pessoa de bom coração. Passo os próximos dias acompanhando o meu pai no hospital e para a minha tranquilidade, ele teve uma melhora significativa, o que não quer dizer que não precise de cuidados redobrados, e só quando voltamos para casa fico sabendo do sequestro da Ana e mais uma vez fico sem chão. Meu Deus! A minha vida está uma loucura! *** Algumas semanas...Não tive como acompanhar o desenrolar do resgate da minha amiga, po
Marcos Albuquerque— Chegou o grande dia em meu amigo — digo puxando o Luís para um abraço de irmão. O homem é todo sorrisos e nervosismo também. — Estou muito feliz por você cara. Você merece.— Obrigado! — Ele agradece olhando para o relógio pela enésima vez. O seu semblante preocupado e o olhar está constantemente na porta de entrada da igreja.— Por que ela não chega nunca? — resmunga nervoso.— Calma, Luís Renato, noiva é assim mesmo. Elas se atrasam. — Sua mãe diz amorosa.— Mas tanto assim? — Ele pega o celular e se afasta para ligar e eu reviro os olhos para sua impaciência. Cacete, nunca vi um homem tão apressado para se casar como esse!! Estamos na igreja a exatamente vinte minutos e Luís parece que quer furar o piso de tanto andar de um lado para o outro do altar, porque ele não para um minuto de tão nervoso que está. Deixo-o no altar e vou para perto de Cassandra que é meu par como padrinhos do noivo. Simone, a organizadora do casamento vai colocando os pares nas posições
— Me dê só alguns minutos do seu tempo — insisto. Mônica parece pensar no meu pedido e quando penso que me dirá que não, ela finalmente me diz que sim.— Tudo bem. — Ela diz em um tom baixo e séria. Não perco nem mais um segundo. Eu me afasto da morena, segurando a sua mão e a levo para um dos banheiros do grande salão, fechando a porta atrás de mim. Respiro fundo quando a vejo bem ali na minha frente, e ao meu alcance, sabendo que estamos a sós. Levo um tempo para tomar coragem e iniciar a nossa conversa.— Mônica, eu sei que a nossa situação é um pouco complicada e que nós somos como dois espíritos livres e o fato de termos um compromisso só complica mais...— Respiro fundo. Estou muito nervoso, mas me forço a continuar. — O fato é que não está sendo fácil te ver, te querer e não te ter. Eu preciso ter de você de volta morena. Pronto, falei. Porra, eu falei! Falei tudo! — Volta pra mim, por favor! — O fato de falar tudo em voz alta me encheu de medo e ao mesmo tempo me aliviou. Eu pr