Meus pulsos continuavam a doer e eu sabia que não importasse o quanto gritasse, ninguém escutaria. Todo o meu corpo doía. Já havia gritado por horas seguidas diante de suas torturas. Torturas que eu jamais pensaria em fazer no meu pior inimigo. Senti sangue escorrer pelo meu rosto, meus braços e pernas, mas não havia nada eu que pudesse fazer. Apenas me mate... sussurrei em meio ao desespero. Ainda não. Não aguento mais nada. Supliquei vergonhosamente. Eu queria morrer... aquela era a primeira vez que admitia a minha vontade de morrer para a pessoa perversa. Está doendo? Me perguntou com escárnio. Reconheci o tom de sua voz ousado já que eu utilizei o mesmo deboche com algumas pessoas antes disso tudo acontecer. Antes de ser capturada. Gosto de pensar que você poderia estar livre, se não fosse enxerida... continuou falando como não fosse enxergar... continuou falando como se realmente sentisse remorso, o que eu sabia que não, pois enxerguei sorrisos enquanto me torturava. Já havi
“Iza Osni” “Duhan Parker” sempre tinha o efeito me deixado entorpecida e insegura sobre minhas próprias reações a ele. Ele conseguia ser o tipo de homem que me deixava insegura e ao mesmo tempo sabia estar protegida. Eu deveria odiá-lo, odiar seu nome, a sua família e a sua coragem, mas por mais que tentasse conseguia enxergar apenas o delegado que parecia querer me proteger de todos. O que estava acontecendo comigo? Eu realmente não sabia responder. Ajudá-lo a comprar um colchão foi algo que acabei fazendo por impulso, talvez gratidão e agradecimento por ele ter cedido a sua cama para mim. Entretanto assim que saímos da loja senti que fui longe demais. Ele guardava a nota fiscal após conferir lá pela quarta vez depois de entrar no carro e percebi uma estranha realidade. O herdeiro dos “Parkers” parecia preocupado demais com dinheiro para alguém cuja família era milionária. Posso lhe perguntar algo? Perguntei com a voz baixa ao colocar o cinto de segurança. O escutei concordar des
“Sol Campos”Os policiai pareciam estar mais assustados do que eu ao ver a agitação dentro da cafeteria. Um maluco estava perdendo todos porque a sua namorada, uma garçonete do local não queria mais vê-lo. Suspirei assim que avistei alguns policiais com uma jaqueta escrita negociador. Não entendi o motivo de terem enviado alguém do homicídio quando não havia corpo.Homicídios é sempre bom ver um belo rosto... um dos policiais com a jaqueta chegaram falando animadamente ao me encararem... o ogro ainda está lá infernizando vocês?O delgado é ótimo. Elogiei sem perceber ao cruzar os braços em frente ao meu corpo. O policial a minha frente era mais velho do que eu esperava, rugas estavam presentes em seus olhos, cabelos brancos e já dava para perceber que ele logo seria calvo. E não deveria estar entrando em contato com o homem.Gosto de fazê-los esperarem... revirei os olhos diante de sua resposta. Odiava policiais como ele... E o que veio fazer aqui? Não acho que alguém tenha sido morto
“Duhan Parker”Olhei para “Sol Campos” tentando compreender o que havia de errado com ela. Ela estava sentada em frente a minha mesa de cabeça baixa, ocultando sua expressão com seus cabelos. Ao envia-la para o caso de refém junto com os outros dois detetives imaginei que tudo ocorria bem devido ao seu trabalho anterior, mas estava enganado. Uma ligação havia me mostrado isso ao relatar as loucuras que ela fez.A “Sol” tinha ignorado a proteção policial, avança em direção onde o culpado prendia as vítimas e ainda de atrevia a lhe dar as costas e entrar sem colete a prova de balas.Você é suicida ou idiota? Perguntei ao aumentar o meu tom de voz. Olhei para as suas mãos as quais estavam em cima de sua perna. Ela não se movia. Qual a porra do seu problema? Te mandei lá como apoio e não como uma suicida. Esperei que ela se pronunciasse em vão... abra a porra da sua boca, “Campos”.Me desculpe, eu não pensei... disse confirma do a minha percepção. “Campos” era como todos os policiais emot
“Iza Osni”Retornar para a vila de onde havia fugido conseguiu ser mais assustador do que todos os traumas que eu tinha enfrentando em minha vida. Após abraçar “Duhan” e chorar em seu ombro, me afastei por saber que era a única que poderia fazer para não suja-lo também como o meu pecado. Eu era a pecadora já que era a única manchada pela podridão. A religião havia me ensinado coisas assim e não queria que “Duhan” me olhasse com compaixão também.Me afastava cada vez mais dele por egoísmo. Por medo.Essa era a conclusão que tinha chegado após pensar sobre isso durante as últimas horas de viagem. Ter “Duhan” sentado ao meu lado no carro fazia com que eu ficasse mais confortável e protegida e mesmo assim não me sentia confortável para contar a verdade a ele. A verdade sobre meu passado.Como posso contar que sou manchada? E se ele não for a boa pessoa que imagino que seja?Tinha muitas dúvidas e muitas delas não possuíam respostas. Nenhuma delas na realidade.Está muito calada. Esta cans
A vítimaDor, medo e fome eram as únicas coisas que eu sentia ao continuar amarrada naquele lugar fechado e fétido. O sorriso cruel da pessoa que me colocou lá continuava a tumultuar meus pesadelos a cada instante que fechava os olhos e ao abri-los sempre os via, sorrindo como se divertisse ao ver todo meu sofrimento.Não conseguia mais suportar e se pudesse morrer seria a minha benção após sentir tanta dor era muita maldade planejada para que eu pudesse suportar.A cada momento que abria os olhos conseguia ser torturada de uma nova forma. Meus gritos ecoavam pelo lugar assim como meu sangue caia no chão. Sabia que iria morrer naquele lugar e o que entristecia era saber que ninguém jamais encontraria o meu corpo. Ninguém saberia quem me matou, pois como uma tola não havia deixado pistas para trás.O que acha de brincar hoje? A sua voz repleta de sarcasmo e um sadismo doente forçou-me a encarar... esta querendo se tornar rebelde, eu vejo.Só quero ser morta logo... pedi após suspirar..
“Duhan Parker”Sabia que aquele final de semana seria estressante insano e nada agradável, mas ainda assim precisava estar ali com ela para mostrar a todos que éramos um casal e que eu havia conseguido controlá-la. Precisava que todos acreditassem que eu a possuía o controle quando na verdade era ela com aqueles olhos que me controlava.Seus olhos eram exageradamente expressivos e imaginava que ela ainda não tinha percebido isso em si mesma. Quando chegamos na vila enxerguei o seu medo é todo terror neles, o modo como seu corpo estremecer ao passarmos pela floresta que dava acesso ao local. Pela minha experiência sabia que não deveria ter acontecido com ela naquela floresta contudo não tinha coragem para perguntar não ainda já que ela parecia confiar em mim ou se sentir confortável.Vamos ficar realmente bem? Ela me perguntou ao entrarmos no quarto. Apenas uma cama de casal enfeitavam o quarto. Aqueles cretinos acreditavam com veemência que eles não precisariam de nada mais do que aqu
"Duhan Parker"Andado pela vila sendo cumprimentado por aqueles animais conseguia embrulhar meu estômago mais do que assistir a um assassinato. Minhas mãos foram de encontro ao bolso de minha calça branca quando avistei um dos homens seguir a minha direção eu ja estava exausto de tudo isso e já queria logo por um fim nisso tudo será que todo meu plano valeria apenas mesmo prosseguir.Eu iria acabar sendo apaixonado por ela sem ao menos querer por que eu não contava com isso, só que meu instinto pedia isso a cada momentos que estávamos cada vez mais próximo.Logo liguei para "Gonzaga" para ver como andava sobre o caso e ele me passou algumas informações importantes na qual me fez focar um pouco mais na investigação que eu teria que resolver.Já eram três vítimas e pelo simples fato de ter algumas preposições eu já tinha em mente ou uma ordem de onde começar a busca pelo cretino.Então na vila não ficamos muito tempo minha primeira noite foi bem longa na qual minha vontade mesmo era d