"Um ano depois do Capítulo 1"
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Sebastian
Um ano desde que meu pai me intimou a casar e aqui estou eu de casamento marcado a alguns dias, a mais o menos um ano atrás encontrei Olívia Sentyl, modelo linda, loira, de curvas estruturais, lábios macios e o sorriso mais lindo que já vi, acho que instantaneamente me apaixonei por ela, nos conhecemos melhor e pronto.
Acho que realmente estou apaixonado por ela. Ela não sabe dos meus negócios ilícitos, e não pretendo contar, vamos nos casar daqui a 8 meses. Sou o homem mais feliz do mundo no momento, acho que nunca fui mais feliz desde o nascimento de Lian.
Estou indo a uma das empresas lícitas que lavam dinheiro pra máfia italiana Invict, deixei Lian com Olívia num hotel já que tivemos que viajar pra Roma, mas ela não sabe que tenho casa aqui, mas assim que nos casarmos contarei tudo pra ela.
Estou prestes a chegar na empresa quando meu celular toca, espero um pouco para atender colocando no viva voz, deve ser um dos meus irmãos.
-Alô. -falo ao atender o telefone.
-Olá Sebastian. Acho bom você conferir se sua amada noiva está bem. Há e seu filho é tão lindinho enquanto dorme. Ele nem sabe o que se passa perto dele. -fala uma voz desconhecida.
Meu corpo gela na hora, não sei quem é, tem uma voz fria, cruel. Viro o carro na primeira esquina para voltar ao hotel, piso no acelerador para pegar toda velocidade indo em direção ao hotel, mesmo meu coração dizendo que já era tarde.
-Espero que esteja se sentindo bem para falar com a sua vadiazinha de merda. -continua o desconhecido, aperto o volante, mas minha vontade era de atirar nesse filho de la canga.
-Não ouse tocar na minha mulher. Eu juro que te mato seu filho de... -o desgraçado me interrompe rindo alto e soco com força o volante. Antes que eu volte a falar escuto um som alto do outro lado e um grito agudo, meu coração erra uma batida.
-Você me diverte. Mas o que você faria se descobrir que sua amada não passa de uma vadia traidora em Sebastian Wolker? O que faria se a matasse agora mesmo?
Sinto uma forte dor no peito ao ouvir sua risada ao fim da frase, porque nesse momento sei que ela já esta morta, ou ele não falaria tais coisas.
Meu deus eu deixei ela sozinha no hotel, sem segurança, eu a deixei para morrer. O que será que ele fez com meu filho, meu Lian.
-Seu filho de la canga. Eu vou te matar quando colocar minhas mãos em você. -a ligação é finalizada mas ainda escuto o choro de Lian antes de seu final, ou o que me parece um choro infantil.
Meu carro está em alta velocidade pelas ruas de Roma, quase atropelei dois ciclistas, mas foda-se, tenho que chegar rápido ao hotel.
Minha amada Olívia, sem perceber lagrimas escorrem do meus olhos, as enxugo com o dorso da mão e ligo para Diogo meu irmão mais novo, sabia que ele com toda certeza esta na cidade para assuntos de la famiglia.
-Fala Seb, curtindo muito as ferias em família? -diz Diogo assim que atende, seu tom brincalhão me faz ter ainda mais dor.
-Ela está morta Di, morta. Eles a mataram. E não pude fazer nada. -digo chorando feito uma criança, sei que ela ainda pode estar viva, mas acho muito difícil.
-O que aconteceu Seb? Estou indo pra ai agora. Vai me contando o que ouve. - escuto sua movimentação, o ronco da moto.
Enquanto faço o caminho até o hotel explico a ele mesmo chorando o que aconteceu, meu peito apertado enquanto escuto as sirenes.
Quando estou chegando na porta do hotel vejo vários carros, policia, ambulância e pessoas passando pra lá e pra cá, soco o volante pois se tudo isso está aqui, quer dizer que ela se foi.
-Seb, estamos em uma grande confusão, estou te vendo chegar, estou indo ai. -ele finaliza a ligação e de longe o vejo descendo de sua Suzuki mil e cem preta, ele vem em minha direção. Desligo o carro e vou a seu encontro.
Vejo de relance quando um paramédico sai com Lian no colo, ele chora muito. Desvio de Diogo e corro em direção a Lian, quando ele me vê esperneia, e o paramédico olha pra trás procurando por quem ele chama.
-Lian, meu Deus, ainda bem. -ele estende os bracinhos pra mim com cara chorosa e quando vou pega-lo o paramédico se afasta com medo.
-Com licença, o senhor é o responsável por essa criança? -pergunta aflito.
-Sim é meu filho. Achei que não ia mais velo nunca mais. - o paramédico me entrega Lian e se afasta, fico ali desnorteado enquanto acalmo meu filho, mesmo estando pior que ele.
Vejo Diogo conversando com os policiais e me afasto, vou até o carro com Lian e me sento. Ele parece mais calmo, e o coloco no banco de trás, com suas mãozinhas ele segura na minha camisa com os olhos cheios de lágrimas.
-Está tudo bem filho. O papai não vai deixar você. -ele me solta, sentando no banco. Ele acaba de completar um ano e seis meses, já sabe falar e andar, mais deve estar muito assustado por ver tantas pessoas.
Sento ao seu lado e choro, ele deita em meu colo e acaricio seus cabelos. Quando olho para o lado vejo Diogo vindo em nossa direção, ele parece aflito e muito nervoso, talvez até mesmo raivoso, meu irmão quase nunca fica assim.
Quando ele chega, vê Lian deitado com a cabeça em meu colo já quase dormindo, ele para e respira fundo antes de falar.
-Eles não só a mataram, a torturaram, estupraram e depois decapitaram. -Diz baixinho.- Encontraram Lian preso no banheiro, amarado e desacordado, parece que deram algo pra ele beber ou sei lá. O quarto esta repleto de sangue e não encontraram a cabeça dela. -fico horrorizado, pensando o quanto ela sofreu.
-Quem chamou a polícia? -pergunto.
-Um dos empregados estava passando quando escutou um barulho estranho. Chamou mais ninguém respondeu, ligou pra policia e quando eles chegaram não tinha mais ninguém só o corpo, acharam que estava no banheiro porque a porta estava trancada arrobaram e encontraram Lian, assim que desamarraram ele acordou e entrou em pânico com tanta gente desconhecida, foi pouco antes de chegarmos.
Meus pensamentos se embolaram, o telefonema, a voz, o choro de Lian. Era uma ligação gravada, quando ele ligou já tinha feito o serviço, então só ligou pra brincar comigo, cazzo.
-Di quando eu por minha mãos em quem fez isso, quero fazer muito pior.- respiro fundo, depois fecho os olhos com força.
Meu coração tinha se quebrado. Meu coração se quebrou quando Olivia se foi. Meu mundo ruiu. Mas agora irei achar quem fez isso custe o que custar.
Irei acha-lo e isso será sua ruína e a minha também, irei fazer de tudo para vingar minha amada.
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"Um ano depois do Capítulo 1"“Laura”Acordei as seis em ponto cansada mas tenho que me levantar, olho para as paredes cheias de mofo e sujeira, suspiro, pelo menos agora as coisas estão mais calmas em minha vida.Faz um ano que sai daquele lugar que chamava de lar, agora estudo e trabalho para garantir meu sustento, quando fugi daquela casa não sabia para onde ir, nem o que fazer para arrumar minha vida. Então fui até a pensão e aluguei um quarto, conheci Olivia e a mãe dela, dividimos o quarto enquanto ajuntávamos dinheiro para comprar essa casa, faz menos de seis meses que moramos aqui.Levanto e vou ao banheiro fazer minhas higienes, saio do banheiro e procuro meu uniforme do trabalho, um belo dia a uns meses atrás estava andando atrás de emprego pela quinta vez, resolvi passar pelas lojas do shopping quando vi um folheto numa vitrine de uma loja chique, onde dizia "Precisa-se de auxiliares de limpeza. Não é necessá
"Laura Drummer"Entrei no carro de estranhos, vestida com meu uniforme horrível, onde tem vários homens bonitos, não melhor dizendo, lindos. Me sinto muito feia perto dessa gente, suspiro cansada e abatida.-Então quando você os viu? -o homem que me garantiu que eu não perderei meu emprego pergunta com uma cara de dúvida. Não quero ter que conversar, mas não tenho como fugir das muitas perguntas.- Bem, estava limpando o balcão ao lado esquerdo, escutei passos e achei que fosse algum cliente, quando me virei vi eles, é estranho ter homens em uma loja de produtos para mulheres, observei por uns segundos e vi um deles tirando a arma do casaco, não pensei muito bem e corri até o outro balcão e pulei por cima dele empurrando a menina que estava lá, para debaixo dele. -digo como tinha feito e o que aconteceu na minha visão no momento. -Depois ela deu dois tiros e creio eu que um deles acertou já tinha sangue no chão e em alguns cacos de vidro, esperamos por mai
"Sebastian Wolker "Depois da morte de Olívia fiquei sem reação, ainda não acredito que isso aconteceu, estou sentado no banco do carro a alguns minutos enquanto espero Diogo voltar.Ele cismou que pode ter alguma pista no quarto que pode nos levar até o assassino ou pelo menos nos dar uma luz do que pode ter ocorrido naquele quarto.Enquanto isso meu filho dorme no banco de trás, meus pensamentos estão no que fazer agora, pego o celular e então lembro o que o desgraçado disse na ligação -" ...mas então o que você faria se descobrisse que sua amada não passa de uma vadia traidora..."- aquela frase não sai da minha cabeça.Será que Olívia é uma traidora ou infiltrada? Meu deus eu estou ficando louco e nem mesmo avisei meu pai sobre o que aconteceu e já estou formando teorias do que pode ter acontecido com ela.Fiz a senha no celular, quando a tela desbloqueia vejo a foto de Olivia e é meu peito dói, disco o contato do meu pai, no automá
"Laura"Passei muito tempo brincando com Lian e ele é surpreendentemente inteligente para idade que tem. Depois de um tempo vejo Maick se aproximando de nós, com um sorriso de lado.-Oi, se dando bem com o pequeno? -diz sentando-se no chão ao meu lado.-Digamos que prefiro ficar aqui do que no meio de pessoas que não conheço, só estou aqui porque aquele senhor disse que queria ouvir de mim o que houve. -olho de cabo de rabo para a sala cheia de pessoas conversando.Fui sincera já que é a verdade, eu nem mesmo devia estar aqui no meio de todas essas pessoas, não faço ideia de quem são, nem o que estão fazendo aqui, foi tudo por um acaso que vim parar aqui.Talvez eu deva ir embora, além do mais aqueles caras armados que vimos mais cedo antes de vir até essa mansão me deram calafrios.Mas esta na cara que isso é uma furada, essas coisas me fazem lembrar do último ano que fiquei fugindo de uma lado para o outro com Olivia e sua mãe.-Se q
"Laura"Escuto o despertador tocar freneticamente, rosno por ter que levantar, mau havia dormido. Pego o despertador fazendo-o parar, coloco os pés para fora da cama e levando vagarosamente. Não dormi direito porque fiquei até tarde colocando os deveres escolares em dia, geralmente Olivia me ajuda, mas ontem fiz sozinha.Que falta você me faz Olívia, espero que volte logo pra casa, quero contar tudo que aconteceu desde quando você saiu de casa mês passado. Agora estou quase desperta, só falta tomar um bom banho e comer algo.Vou até o banheiro para tomar banho e me arrumar para o serviço, tomara que hoje fique tudo tranquilo, depois do que aconteceu na outra loja eles ainda não abriram mas hoje iram abrir.Faço minhas higienes enquanto penso em como não chegar atrasada ao serviço, já que o dinheiro que tenho usei ontem e meu salário so está previsto para daqui a dois dias.Sai do banheiro, começo a procurar uma roupa, já colocando o uniforme na
"Sebastian" A reunião acabou com meu pai agradecendo a presença de todos, além de avisar que estaria procurando por respostas e se alguém se intrometesse nos assuntos dos Wolker’s estariam também se colocando na linha de frente do inimigo.Fiquei olhando todos saindo e pensado nos fatos ditos durante a reunião, alguns dos nosso investigadores, procuraram tudo sobre a vida de Olívia antes de me conhecer, casa, amigos, família, serviços.Em pensar que namorei com ela durante um ano e pouco sabia de sua vida longe de mim, sou mesmo um idiota por não procurar por isso antes.Descobri que sua carreira de modelo estava apenas no começo, um ano e alguns meses de serviço, as fotos foram somente para minha empresa de joias, descobri que ela morava em Molrens à uns cinco anos, tinha uma vida normal antes de me conhecer, trabalhava de garçonete até um dos meus fotógrafos encontrá-la por acaso na lanchonete onde trabalhava.Morava em uma casa que comprou
"Laura"Quando estou indo embora passo na lanchonete do shopping pegando minha marmita com John, ele sempre guarda pra mim mesmo quando eu vou embora antes do almoço, uma das poucas pessoas que fiz amizade nesse lugar, ele é simpático e me faz rir muito nos intervalos de almoço.Hoje foi bem rápido o que fiz nas lojas, a conversa com Srta. Jinger foi interessante, gostei dela ouvir o que eu disse tão atentamente.Ando de volta pra casa, dessa vez sem correria, vendo o céu claro, coisa pouco normal na cidade, Molrens é uma cidade bem desenvolvida, localizada longe da capital do país, no caso Roma, é uma cidade bem peculiar, as vezes faz muito sol, outras vezes chove muito, não dá pra entender bem a meteorologia do lugar, mas é uma cidade agradável.Com esses pensamentos segui sorridente pra casa, sei que assim que chegar lá vou poder desfrutar de meu almoço, minha primeira refeição do dia e última também.Assim que virei a última rua antes de casa, já qu
"Sebastian"Chego ao endereço onde Olívia morava com a amiga e vi que o carro de Maick está na rua, então eles já devem ter entrado, desci do carro observando a rua, as casas aqui são bem simples, agora entendo porque Olívia se impressionava com tudo, ela morava em um lugar bem decadente, a fachada da casa é bem gasta e ali não parece muito grande.Caminho até a porta dando duas batidas, escuto um barulho de choro seguido de passos, então a porta abre e quem me recebe é Diogo, por um momento fico surpreso, mas me lembro do choro e entendo.-já falaram com a moça? -perguntei escutando agora bem mais alto o som do choro de uma mulher. -Esquece, parece que sim. -meu irmão me da passagem e entro sentindo meu coração esmagar por ter feito esse mau a alguém que nem conheço, essa dor também me invade, seu choro parece lamentável.Assim que chego no local de onde vem o choro vejo Maick abraçado nela em pé em uma pequena cozinha ao lado de uma mesa, ele puxa