"Laura Drummer"
Entrei no carro de estranhos, vestida com meu uniforme horrível, onde tem vários homens bonitos, não melhor dizendo, lindos. Me sinto muito feia perto dessa gente, suspiro cansada e abatida.
-Então quando você os viu? -o homem que me garantiu que eu não perderei meu emprego pergunta com uma cara de dúvida. Não quero ter que conversar, mas não tenho como fugir das muitas perguntas.
- Bem, estava limpando o balcão ao lado esquerdo, escutei passos e achei que fosse algum cliente, quando me virei vi eles, é estranho ter homens em uma loja de produtos para mulheres, observei por uns segundos e vi um deles tirando a arma do casaco, não pensei muito bem e corri até o outro balcão e pulei por cima dele empurrando a menina que estava lá, para debaixo dele. -digo como tinha feito e o que aconteceu na minha visão no momento. -Depois ela deu dois tiros e creio eu que um deles acertou já tinha sangue no chão e em alguns cacos de vidro, esperamos por mais movimento, mas nada aconteceu, tudo parou e aquele cara apareceu chamando por ela.
Aponto o cara no volante e a menina do lado dele, eles parecem um casal conversando coisas triviais. Suspiro ao pensar que talvez um dia eu tenha algo assim também, um romance digno de se mostrar nas ações não só em falas.
-Você salvou minha filha e sou grato por isso, vou lhe dar uma recompensa por isso. -falou sério o que me causa um pouco de medo, mas animação e ansiedade também.
-Não precisa senhor, só fiz o que achei que ela faria por mim.
Será que ele acha que eu sou uma pobre coitada que não tenho onde cair morta, o que é verdade, o que estou pensando, toda a ajuda é bem vida. Olho mais detalhadamente para o homem do meu lado, é meio estranho o jeito serio dele conversar, mesmo que pude perceber que é só uma maneira de meter medo nos outros e por dentro ele parece ser um amor de pessoa.
Parece jovem, mas por ter uma filha que aparenta ter minha idade, deduzo que ele tem mais de 40, mas é muito bonito, os cabelos pretos com alguns fios brancos aparentes dão um charme especial nele, os olhos escuros, barba um pouco grande também com uns fios brancos, vestido em um terno preto que aparenta custar meu rim esquerdo, é impressionantemente bonito pra idade que deve ter.
Sou interrompida de meus pensamentos por um toque de telefone, ele muda a postura quando ouve algo, vejo o espanto no rosto do senhor ao meu lado, depois o nervosismo e por fim tristeza.
-O que? Como isso aconteceu? Como meu filho está?- ele para e ouve atentamente, sua expressão é raivosa, a ponto de parecer que vai bater em algo.
Observo por um momento então ele diz algo que não compreendo, talvez por ele ter falado em outro idioma, desliga, fica olhando para frente antes de dizer algo novamente.
-Maick me leve a base. Depois leve Maila e a moça em casa, temos algo muito grave para resolver. -diz finalmente depois de seu silêncio, a voz do senhor sai firme e me causa certos calafrios, parece que o humor dele mudou totalmente do que observei até agora, pude sentir isso na forma em que a frase foi dita.
Seguimos de carro até chegarmos em uma casa pequena e o senhor desceu, logo vários homens o cercaram, pude ver armas para todo canto então a porta do meu lado se abriu e vi a menina sorrindo e se sentando ao meu lado. Olho mais uma vez para a casa e vejo atrás um grande galpão, aquele lugar é estranho por demais.
-Não se assuste, parece estranho mas depois de um tempo acostuma.- diz indiferente a menina ao meu lado com um sorriso.
-Para que tantas armas? -questiono sem ao menos pensar nas consequências, tampo a boca com a mão e olho os dois com os olhos arregalados.
-Para várias coisas, mais especialmente porque gostam de se mostrar. -diz e ri o homem no volante.
-Humm, vocês são algum tipo de gangue ou algo assim? porque se for não tenho nada a ver com o que ocorreu na loja. -digo já sentindo medo, o que menos preciso agora é me meter em confusão com uma gangue ou sei lá.
-Não se preocupe, nós somos a salvação desse lugar. -diz a menina e vi o cara rir da minha expressão assustada.
-Não assuste a garota. A propósito qual o seu nome mesmo? - o cara diz enquanto abre um sorriso de lado, só agora pude reparar em uma coisa que não havia visto antes, caralho como ele é gostoso, além de bonito, ainda mais rindo desse jeito, puta merda como sou lerda para notar certas coisas.
-Laura Drummer, o de vocês? -respondo já perguntando, pelo menos fiquei na companhia de alguém bonito e gostosão.
-Sou a Maila Wolker, e aquele é meu primo do coração Maick Burcht. -olho para ela e abro um sorriso, sei que ela disse isso para ver se eu tentava algo com ele, mas também notei como os dois se olham e se tratam, com toda certeza se gostam mas não admitem.
Analisei bem os dois e sorri, pela primeira vez depois de um ano fiz amizade com alguém sem ser crianças e idosos, é são pessoas que tem quase da minha idade.
E claro Olívia, minha quase irmã, dela não me largo desde que nos conhecemos algum tempo atrás, a doidinha está de casamento marcado e até foi em uma viajem com o noivo para Roma, depois que sua mãe morreu e ela arranjou o trabalho de modelo nós nos afastamos um pouco, mas somos como irmãs que foram separadas.
Esse pensamento me trouxe boas recordações, sorri e olhei os dois em uma conversa estranha enquanto íamos para algum lugar.
Voltei a prestar atenção nos dois que discutiam feito crianças enquanto riam e apontavam defeitos um no outro. Seguimos até uma lanchonete e depois de comer fomos para as casa de Maila conversando e rindo.
Talvez eu possa me dar bem com eles, fiz algumas amizades, mesmo ainda achando muita coisas estranha e infelizes, Mas pelo menos minha vida esta seguindo em frente
⭐🌟⭐
"Sebastian Wolker "Depois da morte de Olívia fiquei sem reação, ainda não acredito que isso aconteceu, estou sentado no banco do carro a alguns minutos enquanto espero Diogo voltar.Ele cismou que pode ter alguma pista no quarto que pode nos levar até o assassino ou pelo menos nos dar uma luz do que pode ter ocorrido naquele quarto.Enquanto isso meu filho dorme no banco de trás, meus pensamentos estão no que fazer agora, pego o celular e então lembro o que o desgraçado disse na ligação -" ...mas então o que você faria se descobrisse que sua amada não passa de uma vadia traidora..."- aquela frase não sai da minha cabeça.Será que Olívia é uma traidora ou infiltrada? Meu deus eu estou ficando louco e nem mesmo avisei meu pai sobre o que aconteceu e já estou formando teorias do que pode ter acontecido com ela.Fiz a senha no celular, quando a tela desbloqueia vejo a foto de Olivia e é meu peito dói, disco o contato do meu pai, no automá
"Laura"Passei muito tempo brincando com Lian e ele é surpreendentemente inteligente para idade que tem. Depois de um tempo vejo Maick se aproximando de nós, com um sorriso de lado.-Oi, se dando bem com o pequeno? -diz sentando-se no chão ao meu lado.-Digamos que prefiro ficar aqui do que no meio de pessoas que não conheço, só estou aqui porque aquele senhor disse que queria ouvir de mim o que houve. -olho de cabo de rabo para a sala cheia de pessoas conversando.Fui sincera já que é a verdade, eu nem mesmo devia estar aqui no meio de todas essas pessoas, não faço ideia de quem são, nem o que estão fazendo aqui, foi tudo por um acaso que vim parar aqui.Talvez eu deva ir embora, além do mais aqueles caras armados que vimos mais cedo antes de vir até essa mansão me deram calafrios.Mas esta na cara que isso é uma furada, essas coisas me fazem lembrar do último ano que fiquei fugindo de uma lado para o outro com Olivia e sua mãe.-Se q
"Laura"Escuto o despertador tocar freneticamente, rosno por ter que levantar, mau havia dormido. Pego o despertador fazendo-o parar, coloco os pés para fora da cama e levando vagarosamente. Não dormi direito porque fiquei até tarde colocando os deveres escolares em dia, geralmente Olivia me ajuda, mas ontem fiz sozinha.Que falta você me faz Olívia, espero que volte logo pra casa, quero contar tudo que aconteceu desde quando você saiu de casa mês passado. Agora estou quase desperta, só falta tomar um bom banho e comer algo.Vou até o banheiro para tomar banho e me arrumar para o serviço, tomara que hoje fique tudo tranquilo, depois do que aconteceu na outra loja eles ainda não abriram mas hoje iram abrir.Faço minhas higienes enquanto penso em como não chegar atrasada ao serviço, já que o dinheiro que tenho usei ontem e meu salário so está previsto para daqui a dois dias.Sai do banheiro, começo a procurar uma roupa, já colocando o uniforme na
"Sebastian" A reunião acabou com meu pai agradecendo a presença de todos, além de avisar que estaria procurando por respostas e se alguém se intrometesse nos assuntos dos Wolker’s estariam também se colocando na linha de frente do inimigo.Fiquei olhando todos saindo e pensado nos fatos ditos durante a reunião, alguns dos nosso investigadores, procuraram tudo sobre a vida de Olívia antes de me conhecer, casa, amigos, família, serviços.Em pensar que namorei com ela durante um ano e pouco sabia de sua vida longe de mim, sou mesmo um idiota por não procurar por isso antes.Descobri que sua carreira de modelo estava apenas no começo, um ano e alguns meses de serviço, as fotos foram somente para minha empresa de joias, descobri que ela morava em Molrens à uns cinco anos, tinha uma vida normal antes de me conhecer, trabalhava de garçonete até um dos meus fotógrafos encontrá-la por acaso na lanchonete onde trabalhava.Morava em uma casa que comprou
"Laura"Quando estou indo embora passo na lanchonete do shopping pegando minha marmita com John, ele sempre guarda pra mim mesmo quando eu vou embora antes do almoço, uma das poucas pessoas que fiz amizade nesse lugar, ele é simpático e me faz rir muito nos intervalos de almoço.Hoje foi bem rápido o que fiz nas lojas, a conversa com Srta. Jinger foi interessante, gostei dela ouvir o que eu disse tão atentamente.Ando de volta pra casa, dessa vez sem correria, vendo o céu claro, coisa pouco normal na cidade, Molrens é uma cidade bem desenvolvida, localizada longe da capital do país, no caso Roma, é uma cidade bem peculiar, as vezes faz muito sol, outras vezes chove muito, não dá pra entender bem a meteorologia do lugar, mas é uma cidade agradável.Com esses pensamentos segui sorridente pra casa, sei que assim que chegar lá vou poder desfrutar de meu almoço, minha primeira refeição do dia e última também.Assim que virei a última rua antes de casa, já qu
"Sebastian"Chego ao endereço onde Olívia morava com a amiga e vi que o carro de Maick está na rua, então eles já devem ter entrado, desci do carro observando a rua, as casas aqui são bem simples, agora entendo porque Olívia se impressionava com tudo, ela morava em um lugar bem decadente, a fachada da casa é bem gasta e ali não parece muito grande.Caminho até a porta dando duas batidas, escuto um barulho de choro seguido de passos, então a porta abre e quem me recebe é Diogo, por um momento fico surpreso, mas me lembro do choro e entendo.-já falaram com a moça? -perguntei escutando agora bem mais alto o som do choro de uma mulher. -Esquece, parece que sim. -meu irmão me da passagem e entro sentindo meu coração esmagar por ter feito esse mau a alguém que nem conheço, essa dor também me invade, seu choro parece lamentável.Assim que chego no local de onde vem o choro vejo Maick abraçado nela em pé em uma pequena cozinha ao lado de uma mesa, ele puxa
"Laura" Sinto meus olhos pesados, tento abri os olhos lentamente, não consigo abrir, estou sentindo uma dor na cabeça, seu que estou deitada em lugar macio, fico um tempo só ouvindo os sons ao meu redor, está tudo silencioso, não parece ter ninguém por perto. Me arrastei um pouco ainda de olhos fechados e sentei, espero uns instantes e tento abrir os olhos, dessa vez consigo ver alguns borrões, o que aconteceu comigo? Fico um tempo tentando lembrar, então lembro do banho, a lata, o gás e tudo ficando escuro. Meu deus eu estou de toalha, passei a mão no corpo sentindo uma camisola ou algo do tipo. Respiro fundo, inspiro e abro os olhos dessa vez sem problemas para ver onde estou, viro minha cabeça um pouco para ter certeza que estou vendo bem. Quando confirmo que consigo ver, observo que estou em um quarto grande em tons de marrom, te
Continuação --->>>Tento me cobrir com a camisola mas não adianta muito. Vejo um sorrisinho e agora é aquele momento em quero me enfiar em um buraco.-Há me desculpe achei que ainda estava comendo, aqui é meu quarto e preciso de uma roupa, mas pode continuar o que estava fazendo, não me importo nem um pouquinho.Olho para ele estarrecida, ele disse que não se importa em me ver daquele modo, esse safado. Fico com vergonha mas não digo nada, ele entra e vai em direção ao closet. Quando ele entra no closed coloco rapidamente o vestido, depois calço a sapatilha, ele sai do closet sem camisa e com um sorriso sapeca para tentar encobrir a tristeza em seu olhar, diz:-Foi rápida, isso é medo ou vergonha? -ri baixo. Abaixo o olhar, pra não ficar encarando seu peitoral definido, gente que peitoral e barriga, senhor que calor tá fazendo aqui. Agora entendo porque Olivia dizia que estar com ele é o mesmo