Anne
— Pronto! — Meu marido sibila carinhoso, jogando mais uma bola de papel dentro do cesto de lixo.
E eu? Bom, estou sentada em cima de um frio balcão de mármore, enquanto ele faz uma limpeza minuciosa das minhas partes.
— Você está linda outra vez. — Ele fala, levando suas mãos para as laterais da minha cabeça e me beija calidamente. Depois, me ajuda a descer do balcão. Olho-me no espelho e sinto orgulho do seu cuidado comigo. Logo Vladmir segura na minha mão e quando regressamos para a sacada, estranhamente tudo está devidamente limpo e arrumado como se nada tivesse acontecido ali, e ao lado da mesa tem um carrinho prateado com os nossos pedidos.
Puxo a respiração e me pergunto se eles viram ou ouviram alguma coisa.
— Não se preocupe, querida, eles não chegaram nem perto de escutar os nossos sons. — Vlad responde como se
Anne— Está. É só o Athos. — Apenas meneio a cabeça e ele vai para a varanda. Daqui não consigo escutar nada da sua conversa, mas o seu rosto está apreensivo e eu suspiro, pensando que estava enganada. Os problemas sempre nos alcançam, não importa onde estamos.... Está tudo bem aí, amiga?Decido enviar uma mensagem para a Kim e tentar descobrir o que está acontecendo.... Aqui está tudo na mais perfeita ordem, mas eu duvido que aí esteja. Vocês devem estar colocando fogo em Florença.Sorrio amplamente.... Quase isso.... Seus pervertidos!— Quem é? — Vlad inquire entrando de repente na cozinha.— Ah, é a Kim. — Ponho o celular de volta ao tampo da mesa. — O que o Athos queria?— Coisas de trabalho, querid
Anne— Quando eu mandar, você pode tirar a venda, ok? — Ele sussurra, bem atrás de mim, fazendo uma leve pressão na minha cintura, porém, lhe respondo com um suspiro ansioso. Logo o sinto se afastar de mim, levando o seu calor embora consigo, deixando-me brevemente desamparada. — Você já pode tirar, Anne. — Vlad ordena com ternura e mesmo com tanta pressa de sair dessa escuridão, mesmo ansiando vê-lo o mais rápido possível, ergo a minha mão bem devagar e puxo o pano dos meus olhos com a mesma lentidão. Algumas luzes brancas aparecem desfocadas a princípio, depois, olho ao meu redor e me encanto com uma mureta florida, e por trás dela o Arno, onde algumas gôndolas passeiam com alguns casais apaixonados. Curiosamente em um canto da mureta tem uma mesa branca de ferro contorcido, forrada com uma passadeira de renda da mesma cor. Contudo, tem um va
Anne — E quem disse que eu quero voltar? — Envolvo o seu pescoço e voltamos a nos beijar, à medida que o seu corpo embala o meu ao som do violino. E de repente tudo parece bem distante. A música, o barulho das águas, as gôndolas com seus passeios românticos, as luzes da cidade. Não existe nada além de nós dois aqui. — Senti a sua falta! — Vlad sibila sofregamente erguendo-me do chão e caminha para o outro lado da sacada, entrando na lateral dela, onde tem algumas cortinas brancas esvoaçantes. Sem pressa ele me faz deitar em um colchão feito de confortáveis almofadas e enquanto ele devora a minha boca, a sua pélvis rala ávida na minha, Nossos sons começam a se espalhar por entre os véus finos. O seu toque possessivo está em cada parte do meu corpo. A sua respiração quente aquece a minha pele, a sua urgência me assalta e como já é de se esperar estamos nos devorando mutuamente. Não demora para estarmos completamente nus, mas diferente das outras vezes,
VladEstou começando a entender os meus irmãos e toda essa obsessão por suas esposas, e filhos. Esses dias em Florença me ensinaram algumas coisas, dissiparam todos os meus medos e me encorajaram a lutar pelo que é meu. Uma vez experimentado desse amor e de suas sensações jamais permitirei que ninguém o toque ou tire de mim. Eu tenho uma família agora. Pessoas que me entendem, que me amam e que me aceitam do jeito que eu sou, e estou feliz com isso.— Podemos passar na mansão Mazza? — Anne me desperta dos meus pensamentos.— É claro que não. Já está bem tarde, Anne! — seguro na sua mão que está em seu colo e acaricio as suas costas.— Mas, eu estou com saudades deles, da minha mãe! — Estranhamente ela resmunga e sério, eu não entendo. Quer dizer, sentir saudades é normal, a fi
Vlad— Você teve que partir o seu coração para ganhar a sua libertação.Como ela sabe?Inesperadamente Victória me abraça e em uma fração de segundos me sinto derretido nesse seu gesto.— Você é outra pessoa agora, Vlad e eu o amo por isso!— Me ama? — inquiro meio sem jeito.— Acredite, eu o amo como uma mãe. — Volto a engolir em seco.De verdade, não estou acostumado com isso. Esse excesso de amor, toda essa atenção e carinho dividido entre tantos. É exaustivo, mas é gostoso e não sei quando irei me acostumar com isso.Uma mãe. Ela disse. Uma figura que eu só conheço a distância. Como seria ter uma mãe de verdade assim tão perto de mim?— Eu posso te abraçar de novo?Me pego sem jeito
AnneDois meses depois...— Bom dia, Lily! Como você está essa manhã, hã? Olha o que o papai trouxe para você.É engraçado vê-lo conversar com a minha barriga que já mostra uma leve protuberância todas as manhãs e antes de dormir. Desde que Vlad descobriu o sexo do nosso bebê ele ficou assim. Virou o típico pai babão mesmo e nesse exato momento ele está colocando um vestidinho azul claro com estampa de pequenas borboletas em cima do meu ventre. Não tem como não achar graça nisso. Depois, ele pega dois sapatinhos e os põe em cima da minha barriga, porém, ele não para de falar com ela. Está tagarelando o tempo todo.— Conte para o papai se você gostou?— O que está fazendo, Vlad? — Minha indagação soa um tanto descontraída.—
Anne— Faça isso, Fiona, procure o seu filho. Agora saia da minha frente porque eu tenho mais o que fazer!— Ora sua... — Faço um gesto para o segurança que está de olho em nós duas e ele se aproxima rapidamente.— Tire essa mulher da minha frente e ela só volta a ter acesso a essa casa se eu ou o meu marido permitir.— Você não pode me impedir de vir a casa do meu filho! — Ela berra quando o homem a arrasta para fora do perímetro e com uma respiração profunda, entro no carro e vou direto para a empresa.***Algumas horas depois...— Pode pôr esse arranjo ali por favor? — Peço para um dos funcionários que está fazendo a decoração do salão onde acontecerá a inauguração da minha empresa. Entusiasmada observo o telão que exibir&aacu
Vlad— Senhor juiz, eu protesto! — O advogado de defesa rosna um tanto imperativo.— Senhor Juiz, esse homem construiu um plano sórdido para maquinar uma vingança contra Vidal Mazza.— Protesto! Senhor Juiz, o advogado de acusação está impondo os acontecimentos. Eu exijo que ele prove tal absurdo!— Senhor Juiz, se verificar os documentos, poderá ver que Edgar Brasão foi preso sobre a acusações de alto escalão. O próprio réu admitiu que estava peteando tomar tudo da sua vítima.— Eu protesto! — Dessa vez ele grita e o juiz resolve nos chamar para uma conversa rápida.— Senhor juiz se verificar os arquivos verá que tal confissão não existe.— Ah não? — Encaro o advogado um tanto cético.— Senhor juiz, eu mesmo confrontei aquele homem quando descobri sobre os seus planos. Ele abriu a sua boca e confessou cada crime. — O homem ao me lado sorri.— Ele confessou para você? — Faço um sim para ele. — E você tem como provar? — Abro um sorriso escroto para ele, erguendo um pendrive. Os seus ol