Philip Falo pela primeira vez desde que começamos a viagem de volta para casa. A Sarah estava calada presa em seus pensamentos, estava respeitando isso. E como as meninas dormiram, a viagem foi feita em um longo silêncio. — A Mônica mandou mensagem — digo depois de estacionar o carro. — O que ela disse? — ela pergunta com expectativa. — Devemos ter esperanças ou esperar o pior? — Pelo que entendi, ainda há esperança para esses dois — digo e ela sorri aliviada. Aviso a Sarah da mensagem e ela me ajuda a acordar às meninas. Foi uma tarefa difícil, mas conseguimos. — Tio Phil, tia Sarah — Laurinha resmungar se levantando. — Queremos dormir — ela diz com voz de dengo. — Me pega no colo. Ainda sonolentas, levamos elas no braço até nosso andar, eu com a Laurinha e a Sarah com a Liz. — Acordem princesas, a mamãe tem uma surpresa para vocês — Sarah tenta mais uma vez. — Que surpresa? — Laura parece finalmente despertar. — Se eu contar não será mais surpresa — Sarah diz. — Confia
Philip Mais duas semanas se passaram, as coisas aqui no escritório começaram a mudar, na verdade, o que mudou mesmo foi a forma de trabalhar, está mais fácil a comunicação, o trabalho em equipe, e a convivência com as pessoas, tirando o Marcos, babaca que machucou o coração da Dani, e a Britney que não larga do meu pé. Mas nem tudo são flores não é mesmo? Desde que comecei aqui acabo atraindo olhares, alguns bons e outros nem tanto, mas costumo ser educados com todos e dificilmente grosso, claro que sempre tem suas exceções, como no dia que conheci a Sarah. Quando a Britney entrou aqui ela não parava de dar encima de mim, se insinuar e acaba com todas as garotas que tentam chegar em mim, inclusive, aquelas que só querem amizade ou ser gentil, creio que seja por isso que ela não suporta a Sarah. Mas o que ela não sabe é que agora é diferente, Sarah é alguém que eu quero ter por perto e não vai ser as provocações da Britney que vão afastar ela de mim. Eu não vou desistir de lutar
Philip Percebo que estou a tempo demais ouvindo a conversa dos outros, e é sobre a Britney mesmo que vim falar, então crio coragem e bato de leve na porta, que já estava um pouco aberta, então não fiz cerimônia ao entrar logo depois de três batidinhas rápidas. Ela sorri assim que me vê e fico perdido naquele sorriso. Ouvimos um pigarreio do outro lado da tela, era uma chama de vídeo. — Deixa eu adivinhar, é o Philip? — o tal Anthony falou. — Phil, quer conhecer os meus amigos? — ela pergunta e nem esperei ela mudar de idéia. Fui até mais perto dela, o suficiente para ver todos e que todos me visssem. — Olá, me chamo Philip e trabalho aqui com a Sarah — me apresento. — O famoso Philip — Sami fala. — Prazer, me chamo Samara, mas a Sarah me acha de Sami, tenho que falar que você é exatamente como imaginei, e totalmente contrário ao que foi descrito. Vejo que a Sarah está corada, mesmo não entendendo o que acontecia, está com um sorriso estampado que não conseguia tirar. —
Sarah Já se foram quase dois meses do meu período aqui no Rio Grande do Sul, e basicamente nada saiu como o planejado. Não falo apenas do trabalho, mas sim da minha vida pessoal. Eu literalmente fiz uma lista do que deveria fazer e não fazer aqui em Rio Grande do Sul, no avião não tinha muito o que fazer, costumo fazer uma lista de pros e contra de tudo, mas essa foi uma atitude impulsiva, então tive que partir para outro plano, uma lista do que evitar para que não haja contra. Lista de como a Sarah sair a salvo do Rio Grande do Sul: (Sim, falo de mim na terceira pessoa) 1° Não encontrar ninguém da família, principalmente seu pai. 2° Não se apaixonar. Essa regra é fundamental para que nada a impeça de voltar para Sergipe. 3° Não se envolver emocionalmente com ninguém. Nenhum tipo de vínculo com os gaúchos. 4° Evitar amizades no trabalho. 5° Não se apegar a casa nova ou aos vizinhos. 6° Se lembrar todos os dias de como você ama Aracaju, porque se não lembrar com
Sarah Ainda no final do dia a Britney passou na minha sala para se "despedir" e dizer que me esperava no tal barzinho, quem não a conhece diria que foi uma gentileza esse convite, mas para mim, isso tá cheirando a encrenca. Onde fui me meter. Reviro os olhos só de imaginar. Depois do expediente de trabalho, arrumo minhas coisas para ir direto para casa, mas resolvo passar numa loja antes, na verdade, em uma padaria que havia naquele bairro. — Olá — cumprimento a moça que iria me atender. — Boa noite, seja bem vinda — ela diz sorridente. — O que vai querer? Olho para o balcão repleto de comida e fico perdida, tinha doces, salgados, bolos e tortas, pão de diversos tipos. Minha barriga ronca mostrando que estou faminta. A moça ri assim que me vê colocar a mão na barriga, mostrando que o som que ela ouviu saiu de lá. — Vejo que está indecisa, gostaria de um tempo para pensar? — ela diz gentil. — Não, obrigada — sorri. — estou com um pouco de pressa, poderia colocar esses doces
Sarah As garotas me fizeram vestir cada roupa que trouxeram, tinha de roupa extremamente curta a vestidos mais longos, não até o chão, mas acima do joelho. Tinha roupas que facilmente usaria, e outras que não vejo usando nunca, não me via até hoje, pois até essas fui obrigada a provar. No fim, elas escolheram um vestido curto, não extremamente, um tamanho aceitável que não me deixou desconfortável, um vestido colado no corpo, estilo sensual, como a Rebeca disse. — Não sei se gosto — digo me olhando no espelho. — Não acham que está muito... — Sensual — Rebeca diz com uma cara maliciosa. — Está sim, esse era o plano. — Está perfeita — Mônica fala logo depois da Rebeca com urgência. — Conheço um alguém que vai amar esse vestido — a Mônica diz fazendo as meninas rirem em concordância. — Não estou tentando agradar ninguém — digo para elas. — Mas, também gostei muito desse vestido, ficou lindo em mim, e bem, os olhares de algumas pessoas é o preço de tenho que pagar usando es
Sarah Sem muita opção, entro onde o Phil sugere e me sento relutante. — Grata — digo a ele. Ele fecha a porta do carro e eu coloco o cinto. O mesmo da a volta e senta no banco do motorista. Ele coloca o sinto de segurança e vira para os meninos que estão sentados atrás. — Ela mandou a localização ou disse o nome do lugar? — pergunta Philip olhando para eles. Ele não estava bem humorado como de costume, está sério. Parecia que estava fazendo algo obrigado. — Sim, disse o nome do bar — Rebeca fala e mostra o celular. Philip procura o lugar no GPS e ativa a localização. Seguimos o GPS para o lugar que a Britney nos mandou. No mapa não mostrava ser muito longe de onde estávamos, mas considerando o tempo no trânsito, iríamos demorar um tempo para chegar. Iniciamos o caminho em silêncio, um silêncio agradável, mas não para todos. Jonathan começou a fazer barulhos com a boca mostrando sua inquietude. Logo a Rebeca acompanha o ritmo com batuques da unha na lateral da porta. Dani n
Philip Depois do trabalhos fui para casa, quando abri meu apartamento, já havia três pessoas me esperando. — Vim o mais rápido que pude — fala a Mônica se levantando do sofá. A Liz e a Laurinha estavam com ela. — Para que? — pergunto sem entender o motivo delas acamparem na minha sala. — Te arrumar para sair com a tia Sarah — Laurinha fala como se fosse óbvio. Olho para Mônica e arqueio uma das sobrancelhas. — Que foi? Não tenho segredos com a minha filha — ela fala inocente. Reviro os olhos. — Não preciso de ajuda, e não é um encontro, apenas um passeio em grupo. — Não é isso que ela deve está pensando, garotas pensam diferente, tio - fala a minha sabia sobrinha. — Deixa que eu te ajudo. — Eu vou ajudar a Sarah, porque ela não tem nenhuma sobrinha aqui para ajudar ela com a roupa, sapatos, cabelo e maquiagem — Mônica fala como se quisesse me dizer algo. — O que isso significa? — pergunto sem entender. — Que se uma garota se preocupa com tudo isso para sair com um garoto,