Sarah Já se foram quase dois meses do meu período aqui no Rio Grande do Sul, e basicamente nada saiu como o planejado. Não falo apenas do trabalho, mas sim da minha vida pessoal. Eu literalmente fiz uma lista do que deveria fazer e não fazer aqui em Rio Grande do Sul, no avião não tinha muito o que fazer, costumo fazer uma lista de pros e contra de tudo, mas essa foi uma atitude impulsiva, então tive que partir para outro plano, uma lista do que evitar para que não haja contra. Lista de como a Sarah sair a salvo do Rio Grande do Sul: (Sim, falo de mim na terceira pessoa) 1° Não encontrar ninguém da família, principalmente seu pai. 2° Não se apaixonar. Essa regra é fundamental para que nada a impeça de voltar para Sergipe. 3° Não se envolver emocionalmente com ninguém. Nenhum tipo de vínculo com os gaúchos. 4° Evitar amizades no trabalho. 5° Não se apegar a casa nova ou aos vizinhos. 6° Se lembrar todos os dias de como você ama Aracaju, porque se não lembrar com
Sarah Ainda no final do dia a Britney passou na minha sala para se "despedir" e dizer que me esperava no tal barzinho, quem não a conhece diria que foi uma gentileza esse convite, mas para mim, isso tá cheirando a encrenca. Onde fui me meter. Reviro os olhos só de imaginar. Depois do expediente de trabalho, arrumo minhas coisas para ir direto para casa, mas resolvo passar numa loja antes, na verdade, em uma padaria que havia naquele bairro. — Olá — cumprimento a moça que iria me atender. — Boa noite, seja bem vinda — ela diz sorridente. — O que vai querer? Olho para o balcão repleto de comida e fico perdida, tinha doces, salgados, bolos e tortas, pão de diversos tipos. Minha barriga ronca mostrando que estou faminta. A moça ri assim que me vê colocar a mão na barriga, mostrando que o som que ela ouviu saiu de lá. — Vejo que está indecisa, gostaria de um tempo para pensar? — ela diz gentil. — Não, obrigada — sorri. — estou com um pouco de pressa, poderia colocar esses doces
Sarah As garotas me fizeram vestir cada roupa que trouxeram, tinha de roupa extremamente curta a vestidos mais longos, não até o chão, mas acima do joelho. Tinha roupas que facilmente usaria, e outras que não vejo usando nunca, não me via até hoje, pois até essas fui obrigada a provar. No fim, elas escolheram um vestido curto, não extremamente, um tamanho aceitável que não me deixou desconfortável, um vestido colado no corpo, estilo sensual, como a Rebeca disse. — Não sei se gosto — digo me olhando no espelho. — Não acham que está muito... — Sensual — Rebeca diz com uma cara maliciosa. — Está sim, esse era o plano. — Está perfeita — Mônica fala logo depois da Rebeca com urgência. — Conheço um alguém que vai amar esse vestido — a Mônica diz fazendo as meninas rirem em concordância. — Não estou tentando agradar ninguém — digo para elas. — Mas, também gostei muito desse vestido, ficou lindo em mim, e bem, os olhares de algumas pessoas é o preço de tenho que pagar usando es
Sarah Sem muita opção, entro onde o Phil sugere e me sento relutante. — Grata — digo a ele. Ele fecha a porta do carro e eu coloco o cinto. O mesmo da a volta e senta no banco do motorista. Ele coloca o sinto de segurança e vira para os meninos que estão sentados atrás. — Ela mandou a localização ou disse o nome do lugar? — pergunta Philip olhando para eles. Ele não estava bem humorado como de costume, está sério. Parecia que estava fazendo algo obrigado. — Sim, disse o nome do bar — Rebeca fala e mostra o celular. Philip procura o lugar no GPS e ativa a localização. Seguimos o GPS para o lugar que a Britney nos mandou. No mapa não mostrava ser muito longe de onde estávamos, mas considerando o tempo no trânsito, iríamos demorar um tempo para chegar. Iniciamos o caminho em silêncio, um silêncio agradável, mas não para todos. Jonathan começou a fazer barulhos com a boca mostrando sua inquietude. Logo a Rebeca acompanha o ritmo com batuques da unha na lateral da porta. Dani n
Philip Depois do trabalhos fui para casa, quando abri meu apartamento, já havia três pessoas me esperando. — Vim o mais rápido que pude — fala a Mônica se levantando do sofá. A Liz e a Laurinha estavam com ela. — Para que? — pergunto sem entender o motivo delas acamparem na minha sala. — Te arrumar para sair com a tia Sarah — Laurinha fala como se fosse óbvio. Olho para Mônica e arqueio uma das sobrancelhas. — Que foi? Não tenho segredos com a minha filha — ela fala inocente. Reviro os olhos. — Não preciso de ajuda, e não é um encontro, apenas um passeio em grupo. — Não é isso que ela deve está pensando, garotas pensam diferente, tio - fala a minha sabia sobrinha. — Deixa que eu te ajudo. — Eu vou ajudar a Sarah, porque ela não tem nenhuma sobrinha aqui para ajudar ela com a roupa, sapatos, cabelo e maquiagem — Mônica fala como se quisesse me dizer algo. — O que isso significa? — pergunto sem entender. — Que se uma garota se preocupa com tudo isso para sair com um garoto,
Quando a vi chegando no estacionamento não conseguia tirar a cara de bobo apaixonado, ela estava tão linda. Se a Mônica tiver razão, não estou sendo um bobo adolescente me apaixonando atoa, ela sente o que eu sinto por ela. Sei que as mulheres se arrumam para elas mesmas, mas o ponto de vista explicado pela minha irmã faz total sentido, afinal, eu não me arrumaria assim se fosse sair com a Dani ou a Beca, mas com a Sarah é diferente, é especial. Espero ser o mesmo para ela. Quando chegamos no tal barzinho, além de perceber que era uma boate, só aí percebi que nem me dei conta na loucura que tinha aceitado fazer, onde eu estou com a cabeça?Trazer a Sarah para o mesmo ambiente que a Britney, e pior, um lugar escolhido pela Britney. Só posso está ficando louco. Quando entramos, eu pude perceber que meu bom senso estava correndo sérios risco, quando vi todos aqueles caras secando a Sarah com o olhar, meu sangue subiu e estava queimando meu cérebro. Onde fui nos meter? — É meu amigo,
Sarah O Philip está dirigindo por mim, ele disse que iria me levar há um lugar especial. — Nem vimos a Britney lá, será que ela vai ficar chateada? — comento enquanto olho para fora do carro tentando me localizar. Ele murmura algo que não consigo entender. — O que disse? — Nada, não vamos estragar nossa noite falando dela — ele diz e me dá um sorriso. — Tem razão — sorri de volta. Ficamos mais um tempo em silêncio, parecia que nunca chegaríamos ao tal lugar que ele estava me levando. — Onde estamos indo mesmo? — pergunto tentando arrancar algo dele. — Eu não disse - ele diz. — Calma Sarah, você vai gostar de lá. — Tá bem — bufo me dando por vencida. Enquanto ele esta focado dirigindo reparo mais nele, como fica lindo concentrado, sorrindo e cantando as músicas do rádio que acaba de ligar. Me apaixonar; quem diria, a Sami vai surtar quando eu contar o que aconteceu. Hoje eu percebo que não importa o que você acha que sabe ou o que você quer, apenas um acontecimento pode mu
Sarah — Qual você acha que é ela? — ele pergunta enquanto alisa meus cabelos.— A mais brilhante - digo rindo e me afasto do seu abraço para olhar para ele.— Aquela? — ele aponta e sorri. — Ali é um avião — ri dele. — Ah, então deve ser aquela — ele aponta para uma estrela mais afastada das outras.— Sim, mas ela não brilhava tanto da minha casa — comento com ele. — Sempre achei que a estrela não fazia jus ao brilho que ela tinha quando ainda vivia conosco.— Essa é a parte que mais gosto daqui, o céu é limpo, sem muita poluição, só temos a luz da lua e das estrelas, o céu fica cheio de estrela aqui — ele me diz.— E esse lago, já entrou nele? — pergunto ao mesmo.— Sim, pelo dia depois dessa caminhada é um banho merecido — ele diz. — Não é fundo, é mais para se molhar e relaxar.— Mas nunca entrou a noite? — pergunto.- Não venho a noite faz um bom tempo, mas também nunca entrei, sempre que venho esta frio.— Mas hoje é um dia quente — digo sugestiva.Dou um pulo saindo da pedra.