Passaram-se vinte minutos e nada de abrirem o elevador. -Meu Deus, o será que esse pessoal tanto arruma? - Alberto já começava a ficar impaciente. - E você está bem?- ele nota que Clara está um pouco sonolenta. -Sim, eu só quero sair daqui… -Calma meu amor, eles já vão abrir a porta. Ele a envolve em um abraço a segurando para que ela não caísse. De repente as portas do elevador se abrem e as luzes acendem. -Vocês estão bem? - Fernando estava bem na porta. -Demoraram. O que aconteceu. -Os trilhos das portas estavam desalinhados. -Mas a manutenção está em dia. -Sim, mas isso pode acontecer. O importante é que já resolveram o problema e que vocês estão bem. -Vou levar minha mulher para casa e já retorno. Aliás, você pode liberar Samanta para fazer companhia a ela? -Dividir a minha Samanta?-Fernando brincou. -Estou falando sério, não quero que Clara fique sozinha. -Esta bem, me desculpe. Eu vou chamá-la. -Aguardo no carro. … Ao deixar as duas no apartamento, Alberto volt
-Você!? Claro! Não sei porque estou surpresa. Clara era óbvia, ela sabia de todas as armações de Tomaz contra Alberto. -Você, você é o ladrão que eu vi saindo da casa de Clara aquele dia. - Samanta se virou para Clara. - Clara , foi ele quem roubou o seu notebook aquele dia. -A culpa foi toda da sua irmã, aliás bem sonsa ela.- Cleiton se adiantou. Clara encarou Tomaz. -O que quer de nós? -De vocês nada, mas de quem eu quero, logo , logo vocês vão saber. -Deixa o meu marido em paz. -Porque tanta obsessão com o seu irmão, seu louco, você vai se…... - De repente um estalo. Samanta mal terminou de falar e a sua bochecha ficava vermelha e dolorida. -Aiii.-ela gemeu. -Cala boca sua intrometida. - Tomaz odiava ser ofendido. - Claiton. -Sim senhor. -Amordasse a boca dessa infeliz. Que ela permaneça calada. -Sami, você está bem? - Clara se assustou mais ainda com o tapa que ele deu no rosto de sua amiga, ali ela sabia que tinha que ser totalmente cautelosa ao se referir a Tomaz, e
Do outro lado da linha ele reconhecia aquela voz. Sim , era ela. Mara. -O que você quer, eu não quero falar com você.- Alberto era ríspido e já ia desligar o telefone na cara dela. -Não quer nem falar sobre Clara? -O quê? Clara? Você? Você está nisso também? -Achou o que eu deixaria baixo o que fizeram comigo aquele dia na porta da empresa? Toda aquela humilhação vai ser descontada , eu te garanto Alberto Aranttes. -O que? Não! Deixa a minha mulher em paz. De repente surge uma voz masculina a qual Alberto também reconheceu perfeitamente bem. -Olá meu irmãozinho? Como vai? -Tomaz? -A sua esposa é muito prudente, provavelmente está com medo de mim, e você meu caro, também deveria ter medo, pois eu posso fazer muito mal a ela e ao seu bebê. -Não se meta com a minha mulher e o meu filho… Uma risada ecoava naquela ligação. -Me diga logo, o que você quer para deixar a minha mulher e o meu filho em paz? -Esta disposto a negociar a vida da sua mulher? -O que você quer Tomaz
-Transfira todo o dinheiro da sua offshore para mim, e só depois disso você sai daqui. -Fique com o dinheiro mas deixe todos nós irmos embora, deixa o meu marido vivo, por favor. -Adoraria. - Tomaz ria diabólicamente.- Mas não, a minha proposta é essa e acabou, e ande rápido com isso antes que eu perca a minha paciência e decida que ninguém saira daqui. -Faça o que ele manda Clara. -Alberto , não, por favor. - Clara estava desesperada. Um tiro foi disparado para o alto. -Anda de pressa. -Clara faça o que ele esta pedindo.-Alberto mandou. E Clara começou a fazer. Tomaz não tinha intenção de matar Clara, muito pelo contrário, a intenção dele era que o filho que eles esperavam nascesse, porém que nascesse sem o pai presente. Também planejava roubar todo o dinheiro da Companhia Aranttes e Sotto e fugiria para outro lugar. Essa seria a sua vingança. Enquanto Clara fazia as transferências. Diego amarrava Alberto. -Eu sempre te odiei. Eu deveria ter feito isso antes
Enquanto a polícia fazia as buscas, só o que se viam era Diego e Cleiton sairem algemados da casa. -Canalhas , tomara que apodreçam atrás das grades. - era perceptível a revolta de Samanta. Clara estava tão desolada que acabou desmaiando. Ela não aguentou ver o seu marido ali em estado gravíssimo a caminho do hospital. Mas ela e Samanta foram amparadas por uma equipe de psicólogos contratada de emergência por Fernando. -Aguenta amigo … - Fernando foi junto, pois o seu tipo sanguíneo era o mesmo de Alberto, caso fosse necessário uma transfusão de sangue. … Enquanto todos se viravam para salvar a vida de Alberto. Tomaz e Mara escaparam. Tentavam fugir do país. Mas havia um problema. Mara não iria deixar a traição baixo. -Você pensa ser muito esperto Tomaz, mas agora eu vou lhe dizer umas coisinhas. Eu estou disposta a perder o Alberto. Prefiro ele morto do que com aquela vadia. Mas você não cumpriu o trato. Não é confiável. -Se você quiser ficar então que fique e se dane…..-
-Eu estou bem, só um pouco transtornada ainda, hoje foi muita informação. -Ou você está bem ou você está transtornada. - Ele achava engraçado a forma que ela falava. -Você quer que eu vá para aí, você está sozinha? -Não, não, meu pai está aqui comigo. Chegamos em casa agora. Não se preocupe. Eu estou vendo aqui no noticiário e parece que Mara e o Sr Tomaz não tiveram um bom final. -Como? -Depois você pesquisa, está em todos os sites de notícias e na televisão. Tomaz e Mara não estão mais vivos. Fernando ficou desnorteado. -Eu não sabia disso. -Óbvio que não, você provavelmente estava mais preocupado em salvar a vida de Alberto que não iria olhar isso. Bem, eu detesto desejar o mal para alguém, mas o final dos dois foi merecido. Pois no fim das contas eles queriam matar não só o Alberto mas sim a minha amiga e se bestar até eu também. -Olhe meu bem, não se altere isso já passou. Assim que o Alberto for transferido para o quarto eu vou para aí está bem? -Não se preocupe, eu ta
Alberto ficou internado por quinze dias e depois que recebeu alta foi para casa, onde ficou se recuperando. Clara já estava com dois meses e meio de gestação. E a filha de Mara, Olívia, foi adotada pela avó paterna Tânia. Alberto se responsabilizou em pagar uma pensão para que Olivia pudesse viver confortável. Afinal, ela era a sua sobrinha. E deu-lhe o sobrenome que o seu pai tanto almejou. Aranttes. Na cabeça de Alberto aquilo era só um sobrenome, mas vendo até onde Tomaz foi capaz de chegar pelo simples fato de não ter tido o sobrenome do pai, ele resolveu que Olívia teria. Não queria ver uma criança crescer sofrendo sendo órfã, sem sobrenome e sem família. Sua esposa o apoiou incondicionalmente. -Não quero que ela passe pelo que o pai dela passou, ela é só uma criança. -Você está certo, meu amor , e eu te apoio em tudo. -Acho que agora eu estou bem recuperado, já posso voltar para a empresa. -Clara lançou um olhar reprovativo para ele. -É brincadeira meu amor… não q
Naquela noite toda a família estava reunida. Comemoravam a cura de dona Bárbara com muita alegria e entusiasmo. A barriga de Clara era tão grande e pesada que ela tinha até dificuldades para andar. Estava no seu nono mês de gestação e mal podia esperar para que Alex nascesse. -Me alegra profundamente ver você feliz, aguardando a chegada do Alex.-Samanta acariciava a barriga. -É verdade eu mal posso esperar para carregar o meu baby nos meus braços. E pelo visto ele muito em breve terá um companheirinho para brincar. Samanta levantou lançando uma expressão interrogativa e confusa. -Você já quer outro bebê? -Sim, o seu. Virá quando? - Clara estava brincando, mas Samanta ignorou. -Não diga isso nem de brincadeira. -Porque? Você e Fernando estão juntos, dá para ver que vocês se amam. E ele falou com o Alberto que quer muito se casar e ter um filho com você, mas você anda colocando obstáculos. -Ah não é que… hmmm … - Samanta se embaralhava toda.- Bem, eu não sei se estou preparada