Joaquim acordou bastante animado e ansioso, seria seu primeiro dia de trabalho e ele precisava causar uma boa primeira impressão, o ruivo rapidamente foi ao banheiro para se preparar, não demorou muito. Joaquim ainda não tinha seu uniforme do hospital, mas como ele já passou por esse tipo de situação, ele tinha um uniforme de enfermeiro que poderia usar por enquanto, eram aqueles "pijamas" de enfermeiros, mas em um tom lilás, além de muito bonito e estiloso, também era bem profissional, então não teria problema.
Joaquim então foi para a cozinha, seus primos já estavam acordados e o café da manhã estava na mesa, o ruivo se aproximou e se sentou ao lado deles. — Ai está nosso enfermeiro bonitão. — fala Amélia. — Você está ótimo, cara. — Diz Bernardo. — Obrigado, estou muito ansioso. — fala Joaquim. — Você não precisa se preocupar com isso, você é um ótimo enfermeiro. — fala Amélia. — É verdade, você é realmente muito bom, mas não se afunde no trabalho, você já passou mal com isso. — fala Bernado. Joaquim sorriu um pouco sem graça, é verdade que uma vez trabalhou tanto e negligenciou sua saúde, acabou desmaiando nos corredores da clínica, ele ouviu um grande sermão de seus pais. — Coma, temos café para lhe dar energia, e temos seu favorito, torradas com geleia. — fala Amélia. O ruivo sorriu e comeu animado. — E vocês? quando vão ao trabalho? — pergunta Joaquim. Amélia trabalhava como advogada, e Bernardo era professor de artes. — Hoje é minha folga. — disse Amélia. — Eu irei daqui a pouco, acho que meu horário é um tempo depois do seu, Joaquim. — fala Bernardo. — Tudo bem. — fala Joaquim. Amélia comeu seu café da manhã rapidamente, e depois disse que iria voltar ao quarto dormir, ela queria aproveitar bastante de sua folga, seu trabalho às vezes cansava demais. — Agora me diz... — fala Bernado. — porque está realmente ansioso? — Como assim? é meu primeiro dia em um emprego novo, é óbvio que eu ficaria ansioso. — Você já mudou de hospital várias vezes, todos querem você. Joaquim revirou os olhos e bebeu todo o café que tinha em sua xícara. — Não é nada demais. — É por conta da clínica atender pessoas que praticam BDSM? — Não, sinceramente, eu não me importo com o que os pacientes fazem, isso é a vida deles, meu único trabalho é atende-los. — Por isso você é um bom enfermeiro. — Obrigado. — Mas, sério, parece que tem algo incomodando você. — Tudo bem, tem algo. — Eu sabia. Joaquim suspirou e brincou um pouco com o próprio cabelo. — Meus chefes... — O que tem eles? — São simplesmente os homens mais gostosos que vi na minha vida, sério, eu nunca pensei que pudesse existir homens como eles, parecem Deuses que se disfarçaram de mortais. — Caramba, você está afim deles? — Eu acabei de conhecer eles, só sinto uma certa atração. — E você vai investir nisso? — Claro que não! — Mas, porque? — Eles são meus chefes, e eu acabei de terminar um relacionamento. — O que você vai fazer, então? — Nada, apenas tenho que me acostumar com a presença deles, depois isso passa, vim aqui para recomeçar e não vou simplesmente começar um relacionamento com meus chefes, não é possível que dois homens como aqueles não tenham algum namorado ou namorada. — Entendi... — Já está na hora de ir, vejo vocês depois. Joaquim pega sua bolsa e então sai de casa e entra em seu carro, ele começa a dirigir para a clínica e tenta esquecer a conversa com Bernardo, ele finalmente chega. — Bom dia, Joaquim. — fala Suzana. — fico feliz que tenha conseguido o emprego. — Eu também. — Os senhores Carvalho estão em sua sala, disseram que assim que você chegasse deveria falar com eles, ambos vão lhe dar algumas instruções. — Tudo bem, obrigado. Joaquim então foi até o escritório de seus chefes, ele bateu na porta e logo ouviu a confirmação para entrar. — Joaquim, é você. — fala Thiago. — Suzana disse que vocês queriam me passar algumas instruções. — diz Joaquim. — Sim, vamos mostrar o hospital para você primeiro. — fala Thomas. — E depois você tem papelada para preencher, sei que é seu primeiro dia, mas provavelmente você não vai atender nenhum paciente hoje. — fala Thiago. — Tudo bem. — fala Joaquim. — Então vamos! — fala Thomas. Joaquim então os seguiu e conheceu cada lugar do hospital, claro que para o ruivo, o melhor lugar era a sala de descanso dos funcionários, tinha tanto café e rosquinhas. como seus chefes disseram, Joaquim teria que ficar na papelada hoje, ele se sentou na mesa da sala de descanso e ficou por lá olhando tudo, ele nem viu o tempo passando e era muito papel, finalmente deu o horário de ir embora. Joaquim foi para o vestiário trocar de roupa, ele ouviu barulho de chuveiro, e quando se virou, viu que Thiago e Thomas estavam tomando banho. — Joaquim? — pergunta Thiago. — Desculpem, eu já estou indo! — diz Joaquim. — Não precisa ir agora, diga como foi seu dia. — fala Thomas. Puta merda, eles estavam lhe testando, não era possível, Joaquim tentava focar apenas nos rostos deles e não olhar para baixo. — Foi um dia cansativo, apenas papelada. — fala Joaquim. — Provavelmente amanhã você já vai atender alguns pacientes. — fala Thiago. — Lembre de ser mente aberta, tudo bem? — pergunta Thomas. — Sim, eu vou atender meus pacientes normalmente. — fala Joaquim. — Pode nos passar o sabonete, por favor? esquecemos ai no banco. — fala Thiago. Sim, definitivamente estavam lhe testando, aquilo era muito tentador... provavelmente deveria se acostumar com isso, ele iria ver seus pacientes em certas situações e o ruivo não poderia agir de maneira estranha ou envergonhada. Então, com um olhar determinado, Joaquim pegou os sabonetes e entregou para seus chefes, não se importando com sua nudez, e ambos olharam para Joaquim, surpresos. — Vejo vocês amanhã, foi um longo dia. — fala Joaquim. — É claro... — disse Thiago. — Tudo bem. — fala Thomas. Joaquim deu um sorriso e foi embora, ele respirou fundo, aquilo foi uma loucura. — Já está indo embora? — pergunta Suzana. — Sim, apesar de ter ficado olhando papéis o dia todo, estou cansado. — Sei como é, mas não se preocupe, amanhã vai estar mais ativo e irá lidar com pacientes. — Estou ansioso por isso. Joaquim então saiu da clínica, não foi um dos melhores dias, mas amanhã seria algo completamente diferente.Joaquim estacionou seu carro e então entrou na clínica, ainda estava bem vazio por ser meio cedo, Amélia precisou sair rapidamente por causa de um cliente, Bernardo também saiu mais cedo por causa de uma reunião com os pais de seus alunos, Joaquim então saiu de casa também mas nem havia percebido que esqueceu de tomar o café da manhã. Suzana tirou os olhos dos papéis que assinava para olhar para ele, geralmente os funcionários não deveriam chegar nesse horário, o ruivo só deu um sorriso para ela e então foi para a sala de descanso, ele realmente precisava comer alguma coisa, tinha que ter energia, ele iria começar a atender pacientes hoje.Joaquim encontrou café quente e rosquinhas frescas.— Olá, Joaquim... — diz Thiago.O ruivo se segurou para não se engasgar, não imaginava que seus chefes estariam ali logo cedo, mas estava tão distraído que nem percebeu o carro deles no estacionamento.— Bom dia. — fala Joaquim.— Você está bem? — pergunta Thomas.— Sim, é que esqueci de comer café
Joaquim estava tomando seu chá, tranquilamente, haviam alguns ovos e bacon em um prato na sua frente, apesar que ele só deu uma pequena provada na comida. Bernardo logo chegou na cozinha bocejando e com os cabelos todos bagunçados, ele pegou um café para si e se sentou perto de Joaquim, Bernardo olhou para ele para finalmente poder dar um bom dia, mas acabou fazendo uma careta pela aparência de Joaquim.Joaquim suspirou, sua aparência parecia horrível, ele iria pegar um pouco de maquiagem de Amélia emprestado, ele não iria simplesmente daquele jeito para o trabalho, o que seus chefes iriam pensar dele? não que Joaquim quisesse impressioná-los ou algo do tipo, mas aparência era importante.— O que diabos aconteceu com você? — pergunta Bernardo, e Joaquim revira os olhos. — sério, parece que um caminhão passou por cima de você e depois deu ré.— Nossa, valeu.— Você está doente?— Não, esse é simplesmente o resultado de uma noite sem dormir.— E porque você ficou acordado?— Eu não cons
As meditações até que ajudaram bastante, Joaquim ainda tinha insônia de vez em quando, mas já estava bem mais difícil de acontecer, Thomas e Thiago foram um bom apoio, mas os dois também ficaram bem protetores com ele, e o ruivo não sabia dizer se gostava daquilo ou não, mas Joaquim tentava não pensar muito nisso, ele atendia diversos pacientes e parecia que cada vez mais ele viu algo novo e diferente, mas Joaquim já estava começando a se acostumar com tudo isso. ele realmente não se importou quando um dia entrou em sua clínica, e viu um Sub sendo castigo com palmadas pelo seu Dom, até falou que tinha uma boa pomada para aquilo.Joaquim sentia que sua nova vida estava finalmente no lugar.— Boa tarde, Joaquim. — diz Thiago.— Boa tarde.— O que está fazendo aqui?— Não tem pacientes para eu atender agora, então estou só esperando, vi na agenda que temos que atender alguém as duas horas.— Então vou aproveitar que você está livre para falar de um assunto importante.— Está tudo bem?—
Os meses foram se passando, e Joaquim não sabia o que fazer, ele não devia se envolver com seus chefes, porque se não desse certo então tudo iria ficar ruim para seu lado, mas conforme o tempo passava, o ruivo se perguntou se Thiago e Thomas sentiam algo por ele, a proteção consigo ficou ainda maior e isso estava dando esperança para Joaquim, mas não sabia dizer se estava vendo aquilo de forma errada.Até que um dia, ele foi atender mais um paciente, um homem forte e com uma voz realmente sensual, agora Joaquim não iria tirar conclusões precipitadas, mesmo com todas aquelas características de Dom, ele poderia ser um Sub.— Prazer em lhe conhecer, meu nome é Joaquim, serei seu enfermeiro.— Meu nome é Lucas.— Veio apenas para um exame de rotina?— Sim, eu realmente me preocupo muito com minha saúde.— Tudo bem.Joaquim começou verificando a respiração de Lucas, ele ficou em silêncio, observando com aqueles lindos olhos azuis.— Me diga, Joaquim, você já tem um?O enfermeiro olhou de m
Foi uma mudança cansativa, eram tantas caixas, Joaquim nem havia percebido que tinha tantas coisas e até descartou algumas coisas que não gostava ou então deu para seu irmão. Ir para São Paulo até que foi tranquilo, ele agora iria morar com seus dois primos que já moravam por lá há alguns anos, Bernardo e Amélia ajudaram ele com a mudança, a casa era perfeita para três pessoas morarem, Joaquim havia se apaixonado pelo seu quarto, era tão grande e aconchegante.Quando todas as caixas acabaram e cada coisa foi para seu devido lugar, Joaquim caiu no sofá cansado, nem eram cinco horas da tarde ainda, mas ele só queria se jogar em sua cama e dormir bastante.— Deixa de ser molenga, Joaquim. — diz Amélia, se sentando no chão enquanto comia um saco de salgadinhos de queijo.— Além de estar cansado da viagem, tive que lidar com a mudança. — disse Joaquim.— Pelo menos nós ajudamos você, provavelmente se você fizesse tudo sozinho, nem iria terminar de guardar todas as caixas. — fala Bernado.J
Joaquim esperava ouvir qualquer coisa, mas nunca esperava uma resposta como essa, então aquela clínica pequena e pouco conhecida era para atender pessoas que praticam BDSM? Joaquim não poderia julgar as pessoas que faziam aquilo, não era da conta dele, e se as pessoas gostavam daquilo então estava tudo bem, se Joaquim conseguisse o trabalho ele jamais iria tratar mal seus pacientes.O ruivo percebeu que ficou tempo demais pensando e em silêncio, e os gêmeos olhavam para ele de maneira um pouco séria, provavelmente pensando que Joaquim estava pensando mal daquele lugar e das pessoas que frequentavam ali, o ruivo não quis passar uma impressão ruim, apenas havia ficado surpreso com tudo aquilo.— Desculpe, eu só fiquei um pouco em choque, eu juro que não estou julgando ninguém, eu sou um enfermeiro e ajudo os pacientes, não importa o que eles façam. — diz Joaquim.Thomas e Thiago se olham um pouco.— O que você sabe sobre BDSM? — pergunta Thomas.— Sinceramente, não muito, só tenho realm