Meus gêmeos dominantes
Meus gêmeos dominantes
Por: Ruivinha Gótica
Capítulo:01

Foi uma mudança cansativa, eram tantas caixas, Joaquim nem havia percebido que tinha tantas coisas e até descartou algumas coisas que não gostava ou então deu para seu irmão. Ir para São Paulo até que foi tranquilo, ele agora iria morar com seus dois primos que já moravam por lá há alguns anos, Bernardo e Amélia ajudaram ele com a mudança, a casa era perfeita para três pessoas morarem, Joaquim havia se apaixonado pelo seu quarto, era tão grande e aconchegante.

Quando todas as caixas acabaram e cada coisa foi para seu devido lugar, Joaquim caiu no sofá cansado, nem eram cinco horas da tarde ainda, mas ele só queria se jogar em sua cama e dormir bastante.

— Deixa de ser molenga, Joaquim. — diz Amélia, se sentando no chão enquanto comia um saco de salgadinhos de queijo.

— Além de estar cansado da viagem, tive que lidar com a mudança. — disse Joaquim.

— Pelo menos nós ajudamos você, provavelmente se você fizesse tudo sozinho, nem iria terminar de guardar todas as caixas. — fala Bernado.

Joaquim suspirou, sabendo que seu primeiro estava certo, ele se sentou no sofá e Bernado sentou ao seu lado.

— Acho que se eu tomar um café, minhas energias podem voltar.

— Já estou fazendo um café bem delicioso para você, você realmente precisa estar cheio de energia para sua entrevista.

— Puta merda, a entrevista!

— Relaxa, você ainda tem tempo.

— Eu sou pontual.

Joaquim rapidamente saiu do sofá e foi até seu quarto, tomou um rápido banho e colocou uma roupa bonita e profissional. Joaquim penteou os cabelos ruivos, e depois ficou se olhando no espelho, especificamente para suas sardas.

— Se admirando bonitão? — pergunta Amélia.

— O que foi?

— O café está pronto, o que você está fazendo se olhando tanto no espelho? Você está ótimo.

— Você acha que eu uso maquiagem para esconder minhas sardas?

Amélia perdeu a diversão em seu rosto, e dessa vez a mulher lhe olhou de maneira séria.

— Você é perfeito, e suas sardas são lindas, Jonathan era um idiota!

Joaquim suspirou, Jonathan era seu ex-namorado, eles terminaram depois que Joaquim o pegou lhe traindo com sua colega de trabalho, esse foi um dos maiores motivos para Joaquim se mudar e recomeçar.

— Obrigado, Amélia.

— Nossa família é linda, todos ótimos genes, olhe para mim e Bernardo.

Joaquim riu um pouco, ela estava certa, eles tinham bons genes, ele mesmo era ruivo natural e tinha olhos verdes profundos. Amélia tinha os cabelos loiros e olhos azuis, quase igual uma Barbie na vida real, e Bernardo além dos cabelos bem escuros, tinha até olhos de duas cores, um olho verde e outro castanho.

— Tudo bem, não vou cobrir minhas sardas, vou só beber um pouco de café e ir para a entrevista.

— Porque escolheu aquela clínica, afinal?

— Porque quero ajudar as pessoas, e aquela clínica parece ser algo simples, para pessoas da comunidade, e quero ajudar eles.

Amélia apenas sorriu e entendeu seu ponto de vista, Joaquim então vai para a cozinha, Bernardo já estava colocando uma xícara de café para ele.

— Aqui, bastante energia para você conseguir um bom desempenho na entrevista.

— Obrigado, Bernardo.

Joaquim pegou a xícara, soprou um pouco e logo começou a beber, estava fantástico, do jeito que gostava.

— E então?

— Ótimo, como sempre, estava com saudades do seu café, ninguém consegue chegar ao ponto certo igual você.

— Obrigado.

Joaquim bebeu mais um pouco e agora estava confiante para a entrevista, esperava realmente poder trabalhar na clínica e ajudar as pessoas menos afortunadas.

— Vejo vocês depois.

— Boa sorte.

Joaquim saiu de casa e entrou em seu carro, logo, ele começou a dirigir até a clínica que deveria fazer a entrevista, e Joaquim estava um pouco nervoso, ele realmente esperava conseguir um emprego ali.

A clínica não era tão distante de sua casa, então logo chegou no local, Joaquim estacionou o carro e respirou fundo antes de sair do veículo, ele então entrou na clínica e foi falar com a recepcionista.

— Boa tarde, tenho uma entrevista marcada.

— Você deve ser Joaquim, meu nome é Suzana, eles já estão esperando por você.

— Eles?

— Sim, os chefes da clínicas, eles são gêmeos, então os dois são os chefes.

— Eles são gêmeos idênticos?

— Sim, impossível de diferenciar, acho que só a mãe deles consegue dizer quem é quem.

— Tudo bem.

— Vá pelo corredor à esquerda, e procure a porta com o nome Carvalho.

— Certo, obrigado.

Joaquim seguiu as instruções e não foi difícil encontrar a porta, ele bateu suavemente e logo ouviu um entre, quando Joaquim entrou na sala, precisou segurar um suspiro.

Porque ninguém avisou que os gêmeos eram simplesmente os homens mais atraentes que existiam? Eles tinham os cabelos escuros, olhos azuis profundos, e uma pele bronzeada e bem máscula.

— Você deve ser Joaquim Marques, você tem um ótimo currículo, pode se sentar, por favor. — disse um dos gêmeos.

Joaquim se sentou, e agora se sentia ainda mais nervoso.

— Eu sou Thomas, e esse é meu irmão, Thiago.

— Desculpe se eu acabar confundindo vocês, acho que nunca conheci gêmeos tão parecidos.

— Tudo bem. — dessa vez é Thiago que fala. — poucos conseguem nos reconhecer.

— Agora vamos para a entrevista. — diz Thomas. — fiquei realmente impressionado com seu currículo, além de ser bem qualificado, trabalhou em um dos melhores hospitais de Fortaleza, então gostaria de entender porque quer trabalhar aqui.

— Me mudei para cá hoje mesmo, estou recomeçando e decidi que realmente gosto de ajudar as pessoas, e já que essa clínica é tão pequena e simples, achei que ajudava pessoas com pouco dinheiro e bem da comunidade. — falou Joaquim.

Os dois gêmeos se olharam por alguns segundos, Joaquim até chegou a pensar que conversavam pela mente, mas logo eles voltaram a atenção para ele.

— Me diga uma coisa, Joaquim. — diz Thiago. — realmente quer ajudar as pessoas?

— Sim!

— Mesmo que elas sejam diferentes? Tenham vidas excêntricas?

— Eu atendo qualquer pessoa, não me importo se ela seja diferente de mim ou tenha uma vida... Excêntrica.

Os dois gêmeos se olham novamente.

— Joaquim, as pessoas que atendemos nessa clínica são de um estilo de vida completamente diferente. — fala Thomas. — não tem nada haver com comunidade ou algo assim.

— Como assim?

Thomas suspira, mas é Thomas quem fala:

— As pessoas que atendemos praticam BDSM.

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