Capítulo 2.

ISABELLA.

Ao pular o muro eu cai e fiquei no chão parada chorando muito, no que eu fui me meter, eu nunca sequer roubei uma bala de alguém,  como eu iria entrar na casa de alguém e procurar por gravação de câmera de segurança .

O que Ares aprontou que precisava dessa gravação,  porque eu estou aqui era para o idiota do meu irmão estar aqui não eu.

  Me levantei ao ver que não tinha movimento na casa, ninguém ouviu o barulho que fiz, caminhei lentamente até a janela que estava parcialmente aberta.

Aqui era um bairro nobre mas deixar a janela aberta era um pouco perigoso,  a senhora devia tomar mais cuidado eu pensei ao entrar com facilidade

  Estava muito escuro e eu quase não via nada, meu coração estava acelerado, eu não sabia o que fazer, ou onde procurar, provavelmente as gravações deviam estar em algum celular ou computador. Meu Deus o que eu estava Fazendo,  eu estava apavorada

  Resolvi procurar no andar de cima, ainda bem que não tinha nenhum bicho, tipo um gato ou um cachorro eu tinha pavor de cachorro, comecei a subir as escadas,  quando senti uma mão segurando perto do meu pé me puxando, eu cai e fui puxada escada abaixo.

Eu fiquei apavorada com aquilo e chutei quem me puxou pelo pé e corri escada acima,  o que era isso? Eu me perguntei em pânico,  Ares me disse que só morava uma velhinha ali e quem me puxou pela força com certeza era um homem.

E abaixei perto de uma porta formulando algo para conseguir sair dali. Me recriminava mentalmente por ter entrado nessa enrascada, por causa do seu irmão,  alguém me puxou pelo braço,  eu tentei lutar, puxando o braço e me debatendo, mas o homem era forte pra caramba.

   —Pare de se debater feito uma garota, vagabundo, ou vou enfiar a bala na sua cabeça, caralho! —eu senti meu sangue gelar ao ouvir a voz grossa e rouca do homem era assustadora

  Num impulso mordi o braço dele que grunhiu e me soltou eu corri e bati  uma parede de músculos,  cai no chão e fiquei mais apavorada ainda ao notar que havia outro homem, Deus eu realmente estava perdida.

   Ele tentou me pegar e eu passei por debaixo dele, era muito alto  e eu como era desprovida de altura, passei por ele facilmente

  —Que vagabundo escorregadio! —ouvi ele falar com a voz tão grossa quanto a do outro

  Desci as escadas correndo, tentando alcançar a janela que entrei, mas vi a silhueta de outro homem e me abaixei embaixo de uma mesa, lágrimas escorriam por meu rosto, eu iria morrer ali, ao tentar salvar meu irmão quem morreria era eu.

  Tentei ficar o mais em silêncio possível, eu chorava, mas tentava me manter calada.

  —Achou que seria um roubo fácil, vagabundo, assaltando uma velhinha ! —um deles falou e eu podia ver as pernas dos três andando devagar a minha procura

  —Sabe o que fazemos com trombadinhas feito você moleque? —eu quase gritei ao ouvir o barulho de uma arma ser engatilhada

   Nunca rezei na vida e comecei a rezar, feito louca pedindo para não morrer ali eu tinha tanta coisa para fazer ainda a primeira delas era sumir daquele morro maldito, para  bem longe de Ares

   —Primeiro vou te bater até você desmaiar, moleque...—eu tinha mais pavor da voz grossa deles do que da situação,  eles eram assustadores

   Meu Deus eles iriam me matar, eu tinha certeza disso, como eu fui me envolver nisso, me encolhi ao ver um deles bem perto de mim, as pernas longas dele estava bem próximo.

—Depois vou arrancar seu pau fora para não ter a chance de reproduzir outro merda que nem você!

  Eu engatinhei bem devagar em direção  a uma cozinha na esperança de ter alguma porta aberta eu precisava fugir dali e nunca mais olhar na cara do Ares, aquele bandido já deve ter ido embora a muito tempo e eu nessa situação horrível de vida e morte.

  Parei e fiquei quieta quando os três começaram a se movimentar mais rápido pelo local a minha procura, dava para ver pela respiração deles que estavam ficando cada vez mais irritados,  eu coloquei as mãos na minha cabeça, tentando pensar em algo para eu não  ser pega

MICAEL 

Que vagabundo escorregadio, como não conseguíamos achar um moleque minúsculo,  deu para perceber por sua silhueta que era quase um anão e ainda por cima devia ser um adolescente o marginal

Minha vontade era de atirar por todo canto matar logo o vagabundo

  —Sai logo moleque, que te damos uma chance de não ser morto! —eu falei e cai no chão ao tropeçar em algo, olhei aquele moleque encolhido no chão até tremia de medo

Ele se levantou e ia correr eu segurei sua perna e ele caiu no chão, puxei ele para perto de mim e ele me bateu, me deu vários t***s eu ri alto

  —Bate que nem uma menininha assustada, vagabundo!  —eu falei empurrando ele, que era tão leve que foi parar longe

  —Atira logo nesse porra! —eu falei para Marco que se aproximou

   O menino correu de novo, eu me levantei,  aquilo estava me deixando nervoso demais,  eu ia torcer o pescoço desse vagabundo

  —Porra esse moleque esta me tirando do serio! —Marco falou irritado, ele ja era irritado por natureza,  quando ficava um pouco mais além do normal é bom sair de perto pois ele é o demônio em forma de gente

  —Vamos pegar esse verme logo! —Matteo falou indo ate a cozinha onde o moleque correu, fomos os três e como ele tentar abrir a porta desesperado

  O moleque era realmente um anão, aquela blusa gigante de moletom e ainda  com o capuz na cabeça,  deixava o moleque ainda menor

  —Quantos anos você tem moleque,  treze, doze e ja assaltando, vou te dar umas palmadas, para você aprender a ser gente e ir estudar! —Matteo falou nervoso.

  O menino tentou correr desesperado, só coloquei o pé na frente dele e ele caiu no chão,  Marco deu um chute no garoto no chão que gemeu de dor e chorou,  ele se sentou com os joelhos no chão e colocou as mãos onde recebeu o chute e se curvou e chorou.

  —Qual é moleque nem foi tão forte assim! —Marco falou sério

   —Você assalta a casa de uma idosa e quer ser tratado como, devia é enfiar uma bala na sua cabeça—Matteo falou se aproximando o menino foi para trás e correu —O moleque do cassete mesmo viu, vou encher tua cara de tapa! —Rádio grunhiu indo atrás do moleque

   —Ei, você agrediu um menor! —eu falei para Marco

   —Que foda, não foi o primeiro nem vai ser o último!  —ele falou impaciente

   —Mas você viu o tamanho do menino! —eu falei

   —Ta com dó leva para casa, senão estivéssemos aqui duvido que teria dó da vovó, mataria ela se ela o afrontasse tenho certeza disso

   Nós fomos ate, Matteo, vimos o garoto subir as escadas, as luzes foram acesas

—Estão fazendo o quê ai, com todo esse barulho,  porra! —minha vó falou e o marginal ficou no meio da escada, o garoto se virou para nós,  na intenção de correr

   —Porra ...—eu falei olhando para a figura parada no meio da escada, nos olhando assustada

   —Uma garota! ! ! ? —nós falamos olhando para a menina.

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