A zombaria deixou Sofia em silêncio. Por um momento, as duas mulheres se encararam, cada uma avaliando a outra. A tensão era palpável e o ar parecia carregado com a promessa de um confronto. Fenício observou as duas se encarando, sua surpresa inicial dando lugar a uma preocupação mais profunda. Será que Sofía sentiu algo por López? Ou seria outra coisa, Javier seria realmente seu filho?Enquanto Mía e Sofia continuavam a discutir, Fenício decidiu que era hora de intervir. Ele não podia permitir que a situação saísse do controle. —Senhoras— disse ele, interrompendo a conversa acalorada. —Acho que seria melhor se todos nós nos acalmássemos e conversássemos sobre isso de maneira civilizada. As duas mulheres se voltaram para ele, surpresas com sua intervenção. Fenício lançou-lhes um olhar sério, esperando que elas entendessem que ele não estava brincando. Apesar de seu ciúme e frustração, Sofia sabia que Fenício estava certo. Não era certo discutir no trabalho, muito menos sobre assunto
Sofía largou o telefone assustada e olhou para Fenicio, que a observava aterrorizado, e, incapaz de suportar a agonia em seu peito com tudo o que estava acontecendo, ela começou a chorar, tão alto que o Sr. López veio ver o que estava acontecendo e lançou um olhar assassino para Fenicio.—O que você fez com ela, Fenício?—Nada, eu não fiz nada a ela, ela atendeu uma ligação do seu telefone vermelho, o que você disse a ela que a deixou assim?—Eu? Eu não liguei para ela, não mandei ninguém me ligar, como ela poderia ligar desse telefone? Vamos, Sofi, você está muito nervosa, beba essa água— disse o Sr. López enquanto enxugava as lágrimas dela com preocupação. —O que eles disseram para você ficar assim?—Sério, López, você não deu a ninguém sua carta desse telefone? Não é mentira, eu estava lá quando o telefone tocou e então ela começou a chorar. O que disseram a você, Sofía? —perguntou Fenício, muito preocupado. Sofía estava chorando inconsolavelmente, então López decidiu levá-la para
—Não sei o nome dele, senhor. Só sei que ele veio algumas vezes perguntar sobre a senhorita Sofia. Ele diz que é o namorado dela, mas nunca a vi com ele— respondeu o porteiro. —Ele também não sabe o número do telefone dela e faz perguntas estranhas. López pensou: será que esse é o homem que ligou para o telefone vermelho? Ou seria outra pessoa que a estava ameaçando? Ele tinha que descobrir.—Por favor, Joaquím, se esse homem aparecer novamente, ligue para mim imediatamente. Não diga nada à Sofi, apenas não o deixe entrar nem diga a ela que ele está no prédio— disse López, entregando-lhe outro cartão com seu número de telefone pessoal.—Entendo, Sr. López— Joaquím assentiu, pegando o cartão.—Vou deixar alguns seguranças ali na esquina, se você precisar de alguma coisa, avise-os e depois me avise, estou a apenas cinco minutos de distância.—Farei isso, senhor..., César López. Por acaso você é o proprietário daquela grande empresa que fabrica telefones?López assentiu e se dirigiu ao
Joaquím ficou pensativo, sem saber o que fazer. A situação era estranha e ele não queria colocar Sofia em risco. Mas também não queria estragar uma possível surpresa para ela. Enquanto ele deliberava, o casal trocava olhares nervosos, esperando que seu plano funcionasse. Então o porteiro entrou na guarita e ligou para o número pessoal do Sr. López, que atendeu imediatamente.—Sim.—Senhor, aqui é Joaquim, o porteiro, você mandou uma surpresa para sua namorada? Há um casal aqui dizendo que trouxe algo para ela, eles parecem suspeitos.—Uma surpresa? Não, não deixe ninguém entrar para ver a Sofia, ok? Deixe que eles a deixem com você. Ela é órfã, não tem ninguém para lhe enviar nada além de mim, certo?—Entendido, Sr. López— respondeu Joaquím, com um tom cheio de determinação. Ele desligou o telefone e voltou para o casal que o aguardava. Sinto muito, mas não posso deixá-los passar— ele disse com firmeza. Se você tiver uma entrega para a Srta. Sofia, pode deixá-la comigo e eu farei com
Fenício encolheu os ombros. Ele estava ficando cada vez mais intrigado com a vida de Sofia. Quem era essa garota e por que ela tinha tantas pessoas atrás dela? De quem ela estava se escondendo?—Não há como você saber com certeza. Mas se eles estão se esforçando tanto para investigar a Sofia e ameaçá-la aqui no trabalho, é possível que tenham objetivos ocultos. Você deveria me deixar falar com ela.López ficou em silêncio, pensativo. Ele não gostava da ideia de que alguém pudesse estar ameaçando Sofia. Ele decidiu que tomaria medidas adicionais para protegê-la.—Certifique-se de que nossos homens estejam alertas, Fenicio. Não quero que Sofia corra nenhum risco. Vou ver se consigo ganhar a confiança dela e ela vai me contar o que está acontecendo, ela não vai te contar, parece apavorada.—Você tem razão, assuma o comando— respondeu Fenício com um aceno de cabeça. —Faremos tudo o que pudermos para mantê-la segura. Com isso, López se sentiu um pouco mais calmo. Ele não sabia o que estava
López olhou para Fenicio, que sustentou seu olhar. Será que ele realmente estava pensando tão longe com Sofía? ele se perguntou e, para sua surpresa, ele respondeu da mesma forma. —Sim, tenho certeza de que com Sofia serei feliz, nunca desconfiarei dela. Poderei dormir e viajar em paz, Sofia jamais mentiria para mim ou me trairia. Mamãe tem razão, está na hora de reconstruir minha vida e farei isso com a Sofia.—Bem, eu apoio você, acho que ela é uma boa escolha, no tempo em que ela tem trabalhado conosco ela provou ser muito leal, sincera, honesta e sempre diz a verdade. Ela será uma excelente esposa se você conseguir fazer com que ela confie em você e, em segundo lugar, que veja que você está falando sério. Não a apresse, vá devagar, faça amizade com ela fora do trabalho, leve-a a todos os lugares. Convide-a, não a force.—Tudo bem, obrigado pelo conselho, porque não estou mentindo para você, eu me sinto estranho ao me apaixonar por uma mulher. Com a Delia foi tudo tão fácil, e co
O Sr. López abriu a porta de forma cavalheiresca, enquanto Fenício lhe lançou um olhar de complacência. Embora Sofía não entendesse o motivo, ela sempre sentiu que Fenício tinha um instinto protetor em relação a ela. Sem saber que ele a via como um animalzinho indefeso e desprotegido. O elegante carro partiu sem perceber que estavam sendo fotografados pelo repórter Matías, que havia se escondido atrás de uma árvore e os seguiu rapidamente. Ao sair do carro de luxo, Sofia sentiu uma mistura de admiração e medo. A Big Apple, como era popularmente conhecida, era um mercado de luxo no coração da cidade. Suas ruas de paralelepípedos e suas elegantes fachadas de pedra davam a ela um ar de sofisticação e exclusividade. Caminhando por suas largas calçadas, você podia apreciar a majestade das renomadas lojas que se alinhavam em suas ruas.—Venha, Sofi— disse o Sr. López gentilmente, estendendo a mão para ajudá-la a descer. —Hoje comprarei tudo o que você quiser, não pense, apenas deixe-me a
Todos se viraram e ficaram surpresos ao ver Teresa Vivaldi, que estava justamente naquela loja com vários vestidos nas mãos. O Sr. López franziu a testa, sentindo que aquilo não era mera coincidência.—Ela é sua namorada? —perguntou Teresa com um tom de desprezo. —Oh, desculpe— ela se desculpou quando chegou na frente delas. —Ela é apenas a sua assistente, Sofia, para quem você vai comprar um presente? Acho que posso ajudá-la melhor do que ela. Ela obviamente não entende nada de moda. Sofia sentiu como se estivesse levando um soco no estômago. Ela não apenas se sentiu menosprezada pelas palavras de Teresa, mas também percebeu como era óbvia sua diferença de status social pela maneira como ela a olhava de cima a baixo com desprezo. Ela olhou para Teresa com uma mistura de admiração e desconfiança. Ela sabia que pertencia a um mundo ao qual nunca poderia ter acesso total. Sentia-se como se estivesse em um palco ao qual não pertencia, como se fosse uma impostora em meio a pessoas sofis