Fenício e López ficaram atônitos com a revelação de Bee. A situação estava se tornando cada vez mais intrigante e confusa. Como poderia haver três resultados positivos? Quem era o pai biológico de Javier?
—Isso é impossível! —disse López, com a voz cheia de descrença e uma grande dor no peito. —Javier é meu! Ele é quase meu clone, você acabou de dizer isso, Fenício! Quem poderia ser meu inimigo que quer me destruir até nisso?
Fenício ficou tão surpreso quanto López e também estava convencido de que Javier era o filho de seu chefe.
—Bee, você tem certeza disso? —perguntou ele. —Você sabe quem são
—Délia? —López exclamou, surpreso. —Você tem certeza de que é a Delia?—César, você sabe muito bem que eu tenho uma vingança contra a sua ex pelo que ela me fez. Portanto, não faça perguntas bobas. É fácil deduzir que ela se juntou a ele para separar você da Sofia. Certamente, com essa evidência a favor de Montenegro, ele exigirá a tutela de Javier para forçá-la a se separar de você e se casar com ele, a fim de reivindicar a fortuna Cavendish. A propósito, César, você tem certeza de que é o pai dessa criança? —perguntou Bee, com desconfiança em sua voz. —Não me leve a mal, é que se você fosse, não teria enviado aquele teste. Isso colocou você em desvantagem com seus
Bee concordou, entendendo a importância de lidar com a situação complicada. Fenício e César estavam confiantes em suas habilidades para descobrir mais sobre todo o caso e ela não iria decepcioná-los.—Mas, Bee, a prioridade é saber a primeira coisa que eu pedi para você saber, pois muita coisa depende disso.—Tudo bem, Cesar. Vou me concentrar nisso e lhe enviarei os resultados reais do teste que você pediu. Cuide dessa criança, seja ela sua ou não. Se você ama Sofia, não deixe que extorquem esse bebê dela— aconselhou Bee antes de desligar, mergulhando em uma busca frenética para desvendar todos os mistérios que envolviam César López. Ela estava convencida de que não se tratava apenas de um jogo de ciúmes entre homens e mulheres brigando por seus companheiros. Seu instinto lhe dizia que havia algo ou alguém por trás de tudo isso, e ela não era de deixar uma dúvida sem solução. Fenício recebeu uma ligação logo após terminar sua conversa com Bee. Ele franziu a testa quando viu quem
López assentiu e pegou os vestidos e as blusas que sua mãe havia escolhido, cada peça era única, feita só para Elvira, agora seriam passadas para Sofia.—Tudo bem, mamãe— ele respondeu com um sorriso suave.Elvira então se voltou para Javier, que estava brincando casualmente no chão. —Vou para o jardim brincar com meu neto— disse ela com um brilho nos olhos.Sofia e López foram para o quarto, cada um carregando uma pilha de roupas. Apesar da apreensão inicial de Sofia, ela não pôde deixar de sorrir com o carinho e a aceitação que Elvira lhe demonstrou. Ela se sentiu honrada e levemente impressionada com o gesto. Uma vez em seu quarto, Sofia começou a experimentar as roupas uma a uma. López a ajudou e lhe deu palavras de incentivo e elogios sinceros. Cada vez que ela ficava nua na frente dele, seus olhos brilhavam de admiração e desejo reprimido. Sofia olhava para ele e corava, sentindo-se segura e confortável na presença do marido. Ele não demonstrava pressa em buscar mais intimid
A revelação deixou Sofia em silêncio. Era estranho que ninguém tivesse lhe contado sobre sua avó. Para López, muitas peças agora pareciam se encaixar. A semelhança entre Sofia e a mulher do retrato, o fato de que o retrato estava ao lado de seu avô.... Tudo indicava que a mulher do retrato era alguém que imitava Elvira, se não a avó que ela nunca conhecera, quem era essa senhora enigmática e por que ela estava ao lado de seu avô?Sofía olhava para ela como se a reconhecesse e, ao mesmo tempo, não a reconhecesse. Só esse pensamento a fez se afastar dele com medo. Mas ela se lembrou de algo que sua sogra havia dito.—César, ela não é sua avó— disse ela sem tirar os olhos do retrato.<
Portanto, preferiu não comentar o assunto e mudou a direção da conversa, continuando com outras perguntas.—Você tem certeza de que ninguém mais foi responsável por isso? —perguntou ela, buscando confirmação.—Sim, eu juro. Tudo o que eu disse a você é a verdade. Por que você pergunta?— respondeu Mía, confusa com a atitude de Fenício.—Não é nada, não é nada. Só quero ter certeza de que todos os fatos estão corretos. A Delia contou a você o que aconteceu depois que ela nos drogou? Porque eu vi que você mencionou que ela nos drogou, isso é verdade. Mas o que aconteceu depois disso? — perguntou Fenício, curioso para saber como os
Sofia assentiu e, para a tranquilidade de López, observou enquanto ele tirava o aparelho do bolso e o deixava ao lado do seu, que também permanecia desligado sobre uma mesa. Ela havia experimentado uma mudança incrível em sua personalidade depois de aceitar López. Era como se o fato de saber que nunca mais estaria sozinha no mundo a tivesse libertado das amarras que a faziam querer ser invisível para todos. López insistiu para que ela lhe contasse todos os detalhes do que havia acontecido naquela noite infernal.—Por que você quer que eu me lembre disso, César? — ela recusou.—Sofi, eu sei que é doloroso para você, mas juro por Deus que só me lembro do seu perfume. Se você me contar o que eu fiz com você, talvez eu me reconheça dessa form
Deve ter sido ele, disse o Sr. López para si mesmo enquanto a abraçava como se quisesse apagar essas lembranças. Pelo menos ele não a agrediu nem usou nenhum dos artifícios que costumava usar. Deve ter sido porque ele percebeu, em sua mente turva, que ela era virgem e cuidou dela à sua maneira. Ele só precisava que ela confirmasse que tinha visto ou sentido Fenício para se convencer de que era ele.—Eu estava chorando, tentando me afastar de você, quando alguém entrou, fez você se levantar e o levou embora. Fiquei apavorada, pensando que era outra pessoa que viria fazer o mesmo comigo, mas não, ele vestiu você e foi embora com você.—Era Fenício?—Não sei, estava muito escuro e eu disse
A Sra. Elvira López estava segurando um lenço de renda branco, com os dedos tão apertados que a cor de sua pele ficou pálida. Seus olhos, agora cheios de rugas que denotavam sua idade e anos de experiência, estavam fixos na fotografia. Victoria, com seus cabelos loiros dourados e um sorriso que parecia iluminar até mesmo o canto mais escuro, parecia estar viva naquela moldura prateada, olhando para ela com escárnio.Victoria era a filha mais nova da família Belmonte, uma família aristocrática que havia caído em desgraça após a morte do patriarca. Ao contrário de seus irmãos mais velhos, ela não conheceu a opulência e o luxo. Quando seu pai morreu, ela era apenas uma criança e logo passou a frequentar a mesma escola que Elvira, uma garota de classe média.