JULES MONTEZ Nesses últimos três meses, muitas coisas aconteceram e só coisas boas. A Sara já está com o tratamento bem avançado, já anda na barra de sustentação e em breve não precisará mais do suporte que fica preso em sua cintura. Ela é realmente uma guerreira e está se saindo muito bem. A Marina já ganhou bebê, sim, o Rafael já nasceu. Ele é muito lindo, esperto e fica nervoso quando está com fome. É, eu acho que para o desespero da Marina, o Rafael puxou o pai em tudo, principalmente no gênio, mas isso não é tão ruim, pois tem salvação, o Léo está se saindo muito bem agora, realmente me surpreendeu. A Marina está radiante, só sabe rir o tempo todo e nem está reclamando dele, pelo contrário, ela elogiou bastante todo o cuidado e a preocupação que ele tem com ela e o bebê. Eu fiquei tão feliz por ver minha amiga bem e curtindo a família dela, eu tenho certeza que o Léo vai cuidar para que o Rafael tenha um lar cheio de amor, eu vi isso em cada atitude dele, na maternidade e em ca
— Jules, que surpresa boa! — sou trazida de volta, pela voz animada da Viviane, a coordenadora do lugar. — Oi, Vivi, como está? — Eu estou ótima! Então, veio ver como anda o projeto? — Sim, me deu vontade de visitar as crianças.Ela me abraça e seguimos para dentro. Meu coração se enche de alegria a cada abraço espontâneo que recebo pelo caminho. Dizem que as crianças são o brilho e a esperança do mundo, e isso é a mais pura verdade, pois onde tem esses seres cheios de energia, não sobra espaço para tristeza. Esse lugar foi um refúgio para a minha dor, eu usei esses sorrisos, essa energia contagiante para me ajudar a suportar o peso da culpa que eu carregava. Hoje, sem nenhum peso, eu fico só feliz estando aqui.— Jules, onde você está? — O Samuel pergunta, assim que atendo o telefone. Que já estava chamando há alguns minutos. — Estou no abrigo, visitando as crianças. Por… — antes que eu pergunte, a ligação é encerrada. Olho o telefone sem entender o que aconteceu. Até pensei em
— Está doendo muito? — O Samuel perguntou, enquanto dirigia a toda velocidade pela cidade. Felizmente é de madrugada e não tem trânsito. — Está aumentando aos poucos, mas ainda está suportável. — Estamos chegando. Eu já liguei para a sua mãe, e a Marina, vou avisar quando o dia amanhecer. Sua mãe vai te esperar lá na maternidade. — Tudo bem, obrigada! — Vai dar tudo certo, Jules, e eu vou ficar o tempo todo com você — diz, olhando-me rapidamente. Ele está tentando me acalmar, mas pelo jeito que está apertando o volante, ele está mais nervoso do que eu. — Eu sei que vai ficar tudo bem, você está comigo. — falei, forçando um sorriso, mas uma nova contração me faz soltar um gemido. — Está piorando? — eu só confirmo com a cabeça. Ele acelera o carro, com certeza, levará algumas multas por excesso de velocidade. Depois de mais vinte minutos na estrada, finalmente chegamos à maternidade. — Ela está em trabalho de parto, já avisei o obstetra dela e ele está esperando. — ele avisa os
SAMUEL ADAMS O nascimento da minha filha é, com toda certeza, o momento mais especial da minha vida. Eu não gostei de assistir o sofrimento da Jules, mas ela foi maravilhosa e conseguiu trazer a nossa filha ao mundo. É incrível como a cada dia que passa eu amo mais essa mulher. Eu mandei preparar o quarto vip da maternidade uma semana antes da data aproximada que o doutor nos deu,então assim que liguei avisando que a Jules entrou em trabalho de parto, a equipe do hospital decorou o quarto com flores, balões e até cartazes, fiz tudo para tornar essa data o mais especial possível para ela. Eu não me canso de olhar para a Diana, ela é perfeita. Cada movimento, cada sorrisinho, é, ela move os lábios e parece estar sorrindo às vezes, ela também ama colocar as mãozinhas na boca e até chupa os três dedinhos maiores, é muito fofa. E eu já sou um pai muito ciumento.Eu fiquei muito feliz e grato pelo carinho que minha filha está recebendo, pois não demorou muito e o quarto ficou cheio. A mi
— Samuel… — sussurra, quando eu acaricio sua boceta com a ponta dos dedos. Passo os dedos levemente e ela se contorce na cama, ansiando por mais pressão. — Você vai ficar só me provocando? — reclama, fazendo um biquinho que tenho vontade de morder. — Eu vou te provocar bastante sim, porque eu adoro ver essa carinha me implorando — falo, minha voz rouca a faz rir, pois isso é prova de que não estou nada diferente dela. Arrasto a calcinha pelas suas pernas até tirá-la, faço isso também lentamente, tocando-a por dentro das coxas. — Tão molhada… — sussurrei, passando a língua na sua entrada e ouço seu suspiro. Dou lambidas leves, abrindo as partes com os dedos, antes de começar a chupar com vontade. Afundo minha cabeça no meio das suas pernas, aumentando a pressão da minha boca, que suga sua boceta com força agora. Seus gemidos, que variam entre contido e alto, são músicas para os meus ouvidos. Ela prende os meus cabelos entre os dedos, puxando forte, quando um orgasmo se aproxima. In
JULES MONTEZ Hoje o dia está uma verdadeira loucura, a Sônia e a Sara estão chegando. Nós estamos organizando uma pequena reunião de recepção para elas aqui em casa.— O pessoal do buffet já chegou? — perguntei para a Rosa, que está andando de um lado para o outro auxiliando o pessoal da decoração. — Irão chegar em vinte minutos no máximo. As flores vão ficar na entrada ou na mesa, que vai ficar no centro da sala? — ela pergunta, com um vaso de orquídeas nas mãos. — Pode ser na mesa, o que você acha? — Eu concordo, ficará mais harmonioso. — ela diz, levando o vaso para a mesa. — Jules, é hora do leite da princesa — Susi, diz, trazendo a Diana para mim. A Susi é a babá que contratamos. Felizmente eu aceitei a imposição do Samuel de contratar uma pessoa para me ajudar com a minha filha, ou em dias como hoje eu já estaria maluca. — Você já está com fome de novo, princesa? — brinco, pegando-a no colo e recebo um belo sorriso, que não dura muito, pois ela volta a chorar, reclamando p
— Desculpe. É só que eu não consigo esquecer. A culpa ainda está aqui, martelando na minha consciência. — Ninguém consegue esquecer, mas todos aprendemos a lidar com isso. Você não precisa esquecer, só precisa viver, viver comigo — sorri e me beija com carinho.Quinze minutos depois, fomos avisados que o avião acabou de pousar. — Brasil, cheguei! — A Sara fala, assim que coloca a cabeça para fora do avião. Ela olha na nossa direção e balança a mão dando um tchauzinho. Vê-la de pé me causa um sentimento indescritível. Ela sorri quando o Edu a abraça por trás e, depois de darem um beijo, a ajuda a descer as escadas. O Samuel vai até ela e a abraça, erguendo-a do chão. — Eu estava com tanta saudade, irmão — ela diz, sua voz embargada mostra o quanto está emocionada. — Eu também senti a sua, senti bastante. Então, já está treinada a andar com essas coisas? — o Samuel perguntou, ajudando-a a pegar as muletas que caíram. — Claro que sim, você sabe que eu sempre aprendo rápido. E aí cu
1 Ano depois… SAMUEL ADAMS Um ano, são 365 dias de pura felicidade. A minha vida não poderia estar melhor. A minha mãe está ajudando a Sara com o projeto, cuida da área da saúde das crianças e suas famílias, ela adora o trabalho, principalmente porque pode atuar na área dela que é a enfermagem. A Sara agora é a diretora geral do projeto, que está crescendo cada vez mais, tanto que vão abrir mais dois espaços aqui no Rio de Janeiro e um em São Paulo. Eu nunca vi minha irmã tão feliz, nem mesmo antes do acidente ela tinha aquele sorriso e os olhos brilhando tanto. Neste último ano ela fez três exposições, as três com as telas dela e também das crianças, que fizeram o maior sucesso, tanto que receberam um convite para ir para o exterior, expor o trabalho em uma famosa galeria de Nova Iorque. Outro motivo para a felicidade da Sara é o Edu, ele a pediu em noivado, sim, eles agora estão noivos. Eu admito que no começo fiquei apreensivo quanto aos sentimentos do Edu, eu tive receio que nã