No dia seguinte...Acabei por não ir a aula de balé novamente. Eu havia me acalmado depois que cheguei em casa ontem, mas ainda assim aquela aparição e declaração de Lucius ainda era demasiado estranhos para mim e confuso. E não queria encontra-lo novamente lá.Fiquei em meu quarto quase metade do dia todo, abraçada ao um coelho de pelúcia enquanto assistia na minha televisão de LCD, alguma série boba de adolescente que estava reprisando. Não queria conversar com ninguém mais, só querendo a paz do meu aconchego.Até que uma voz me despertou do pequeno sono, que pousava em minhas pálpebras: —Sam? É a Gray, posso entrar?Fiquei ponderando aquilo, até que soltei o ar e disse: —Pode!Gray abriu a porta trazendo com ela uma bandeja cheia de guloseimas e dois copos de suco que identifiquei serem de laranja: —Mason perguntou por você. Quer me contar o que aconteceu? Ele disse que ficou preocupado, saiu da aula e não voltou mais.—Nada demais! —falei sem querer entrar novamente naquele assunt
Na alcateia Onix...Quando passamos pelo o portal de runas, me curvei trazendo aquele enjoo na boca do estomago em todas as vezes que fazia essa travessia.—Só deixa me recuperar disso aqui! —falei tomando um ao sentar em um dos degraus de pedras. E percebi que Gray já estava lá embaixo com os braços cruzado me esperando.—Você é muito mole com portais! —riu ela.—Eu só não estou acostumada como você! —respondi com uma expressão de mal gosto.Encarei aquela mansão ao fundo, sem animação nenhuma. E cogitando que Ikarus já devia ter ido embora nessa altura do campeonato, e que algo dentro de mim se quebrava a cada momento que pensava isso.—Vamos logo, Sam! —pediu Gray ao dar as costas e começar a andar.—Ei, seu castor apressado, pode parando! —exclamei ao me erguer e descer as escadas agilmente.—Não me chame desse apelido, não sou mais criança. —disse brava e ri dela.—Por que não? Eu, Odette e Francesca amamos esse apelido! —falei.—Ah fala sério. —retrucou ela indo mais rápido.—Ni
Aquele cheiro inebriante adentrou minhas narinas, deixando-me sem ar por completo. E minha mão parou na porta, decidindo se entrava ou se dava meia volta dali. E então escancarei devagar e a fechei do mesmo jeito.Observei bem os posteres que iam de mulheres sensuais, com fitas amarelas coladas em seu corpo, á de bandas que desconhecia. Mas pareciam ser de rock ou algo relacionado. Tirando a bagunça que o local se encontrava, entre o papel de parede azulado forte que deixava o local mais escurecido do que podia ficar.Me aproximei de uma parede de fotos, que parecia que algumas tinham sido retiradas e faltava outras. E naquele momento percebi que o quarto era de Ikarus.Uma foto dele e da mãe, quando era criança jazia ali no mural. Girei minha face e vi uma mala que estava pronta, com roupas dobradas. E um impulso me fez se aproximar da mesma.Levei meus dedos finos até seu interior e puxei uma camisa preta dele, e na mesma hora meu corpo quis sentir seu aroma. O cheiro amadeirado, de
Localização: Alcateia Onix, Residência da família Hoover.Samantha Roosevelt...Soltei o ar reprimido em meu peito, quando minha mão parou rente a campainha daquelas duas portas. Ainda podia ouvir ecoar em minha mente, a voz de Ikarus me rejeitando e tudo sendo atropelado por lembranças não muito boas de nós dois. Engoli em seco e levei meu indicador até aquele pequeno botão dourado escurecido.O som ecoou por todo interior daquela casa, fazendo uma volta como se percorresse o primeiro andar. Esperei alguns minutos, até ouvir passos na direção da entrada que logo foi abafado por um destrancar de fechadura e um rangido leve.—Senhorita Roosevelt. —pronunciou Octavio me saudando numa simpatia rebuscada. —Entre, a senhora está a sua espera!—Obrigado, Octavio! —falei num meio sorriso, e adentrei assim que meu deu espaço.—A senhora estar no jardim nos fundos, se quiser que acompanhe... —indicou.—Não é necessário, e obrigado novamente! —agradeci me guiando aos fundos daquela mansão.Perc
Nós duas permanecemos sentadas no jardim, conversando sobre algumas coisas banais para esquecer um pouco os atritos familiares. Mas quando fui perceber já havia passado da hora, os céus estavam escurecidos e estrelados, como podia observar do quarto de Odette.—Ode, gostaria de perguntar. —falei.—Sobre? —ela me indagou ajeitando sua prateleira de livros.—Ikarus não pode voltar mais, ele está proibido? —a encarei.—Não está proibido, ele pode fazer curtas visitas se quiser. Mas do jeito que deixou a mansão, melhor ele ficar um tempo até as coisas esfriarem! —me disse.—Como assim? —indaguei curiosa.—Bom, ele saiu da reunião brigado com Lucius, o meu sogro e Achilles. —me explicou. —Então, é melhor ele esperar a poeira baixar antes de voltar!—Entendo. —comentei ao perceber que não foi só comigo que ele havia brigado.Estava começando a cogitar que ele fez tudo isso, para cortar os laços e poder ficar livre das amarras da alcateia e de mim também. Fiquei uns minutos com meu olhar aus
Localização:???Samantha Roosevelt...Despertei-me por um momento, enquanto sentia a brisa cálida bater em minha pele. Aconchegando-me de lembranças vividas, que me fizeram abrir minhas pálpebras devagar e vislumbrar aquela bela paisagem de colinas. O que me fez mergulhar mais no passado.Abaixei meu olhar e percebi pequenas mãos macias e infantis.—Sammy! —aquela voz risonha fez meu corpo girar a procura, notando aquele Ikarus criança a minha frente dando-me um sorriso caloroso e tão contagiante. —Vamos!Escutei enquanto o via gesticular, com seu corpo dando-me as costas e correndo. Levei minha mão para tentá-lo alcançá-lo, mas percebi que minhas pernas já estavam sem movendo atrás do mesmo.—Ikarus, espera! —dei uma risada correndo o mais rápido possível.Seguimos entre as colinas, aqueles que me recordaram de repente do futuro em que nos beijamos a primeira vez. E percebi aquela arvore daquele dia, fazendo-me parar e tomar folego colocando minhas pequenas mãos na saia do vestido fl
Entre paredes de pedra rachada, sem janelas ou se quer outra saída a não ser a porta de madeira pesada com ferro, que estava atras de Lucius.Aquele cômodo fedia a morfo, umidade e ferrugem, além de urina de rato. O que poderia me deduzir ser uma prisão ou o porão de algum lugar que aquele homem mantinha para tortura suas vítimas.Entretanto, algo faiscou em minha cabeça lembrando-me do que realmente havia acontecido.Tinha saído da mansão dos Hoover, quando ouvi um barulho e fui ver o que era. Até que eu vi... Lucius torturando Nicolas que estava amarrado, e indefeso com seu ômega e beta, além de Achilles o segurando.Os gritos de dor e agonia enquanto Lucius e seus braços direito e esquerdo o torturavam com seu irmão mais novo também, e quando ele arrancou um do seu globo ocular.Uma ânsia de vomito pousou em meu estomago, e irradiou até meu esôfago subindo. Minha mão direita seguiu agilmente até minha boca a tampando, e tentando bloquear qualquer coisa que pudesse sair de dentro de
A ameaça nas palavras de Lucius fez com que um pânico se instaurasse no meu corpo e me deixasse enjoada, respirei fundo tentando reter isso. Eu sabia que enfrentaria muitos obstáculos na minha vida confusa, mas estava determinada a encontrar minha própria força para resistir contra tudo, até mesmo... Lucius.—Você pode tentar me amedrontar, Lucius, mas eu não vou me curvar diante de você! —declarei com determinação. —Você pode ter seus pequenos planos na alcateia, mas eu sou livre e nunca fui obrigada a ser sua luna.Lucius lançou para mim um olhar cheio de desdém, como se a considerasse insignificante diante de seu poder. Ele se aproximou lentamente, invadindo meu espaço pessoal entre o rosto dele e o meu.—Samantha... —sussurrou ele, sua voz tenebrosa. —Você não tem ideia do que sou capaz.Eu permaneci firme diante das palavras de dele, recusando-se a ser intimidada por sua presença imponente.—Pare de ser difícil, eu sei como quer isso... —disse ele, sua voz agora repleta de sensua