Quando recobrei a visão estava deitada no sofá, na sala dos professores. Bruno estava sentado numa mesa de centro a minha frente com uma expressão preocupada. Não pude deixar de sorrir com seu desespero ao me ver abrir os olhos.
_ Graças a Deus! Estava quase te pegando no colo e te levando para um hospital!
_Você não precisava fazer isso... Eu estou bem.
_Não foi o que pareceu. Três garotas da sua turma e o seu irmão foram atrás de mim na minha sala... Eu pensei que tivesse morrido!
_Quanto exagero... - Digo me levantando. - Ai!
Olho para o lugar de onde vem a dor, meu tornozelo está muito inchado e meu pé está horrível! Pareço ter alguma doença circulatória ou um caso grave de bebedeira.
_ Está ficando roxo. - meu amigo comenta o que eu já havia visto. Sua expressão de desgosto é só um reflexo da sua insatisfação. - Você deveria tomar cuidado meu amor, podia ser pior.
A concepção e aceitação do que sentia por Bruno foi muito boapara nós dois. Estamos seguindo com uma sintonia ímpar. Mãos dadas e beijos em público se tornaram as coisas mais comuns entre nós.Minha mãe é a única que não aceitou muito bem essa união. Ela ficou quase uma hora no meu quarto enquanto falava sobre todas as "possíveis desgraças" que eu ia viver, ressaltou uma centena de vezes o quanto eu era jovem para o compromisso. Falou dos riscos do sexo e etc...Meu pai parece feliz com tudo isso, como ele mesmo diz; alguém tem que estar feliz.Eu sei que as coisas entre ele e minha mãe estão fluindo. Bem devagar mas, estão indo. Teve um dia desses, um fim de semana, que estava em casa, que ele até dormiu com ela, na nossa casa. Quase não acreditei! Eu fico feliz por eles. Minha querida mãe parece mais leve e tranquila, acho que o amor tem o poder de mudar tudo.Eu sei que dona Lilian não está tão preocupa
Quando desci as escadas meus tios estavam sentados tomando café, Bruno estava sentado em frente a eles e o clima estava tão tenso que eu quase podia ver uma massa cinzenta ao redor da mesa.Não sei se estava tão tranquila porque resolvi ficar rebelde e esperava ansiosamente a reação da minha mãe, ou simplesmente não ligava muito. Meu amigo só me percebeu quando me sentei ao seu lado.O olhar de súplica que ele me lançou seria engraçado se a situação não fosse trágica. Provavelmente ele já tinha recebido uma punição por nosso ato irresponsável, ato que nunca aconteceu de verdade.Eu precisava saber qual era minha punição, que tipo de castigo eu receberia e se Bruno estava comigo nessa. Enquanto mastigava de vagar meu pedaço de pão analisei as pessoas que me criaram até ali. Ninguém parecia querer dizer nada._Qual vai ser meu castigo? - Perguntei tentando não soar sarcástica.Os olhos d
A mulher me olhou com espanto. Foi realmente engraçado a forma que ela me olhou e me analisou depois. Ela voltou a sorrir e com seu olhar meigo me perguntou._ E você pretende ter relações sexuais com seu namorado? Consumar o ato?_Acho que sim. Não por agora, mas sim, eu quero isso._Certo! Quer me dizer o que estavam fazendo? Olho para a porta como se minha mãe e Lilian pudessem entrar a qualquer momento._ Elas não vão saber, nada do que você diga aqui vai chegar ao ouvido delas. - A médica garante. - Sexo anal? Oral? - Insiste em saber. Acho que meus olhos dobraram de tamanho, estou com vergonha e meu rosto demonstra toda minha falta de jeito para falar abertamente sobre o assunto como a mulher a minha frente faz._ Não tem do que se envergonhar, isso é bem natural... Eu quero saber apenas para lhe aconselhar, não vou julgar aquilo que vo
Me lembro quando Ana resolveu sustentar as suspeitas dos nossos pais de que mantínhamos relações. Eu achei que aquilo era loucura e que ela desistiria na primeira oportunidade. Mas ela se manteve firme.Tomava os pequenos comprimidos todos os dias pela manhã. Continuamos dormindo juntos e algumas vezes o clima ficava quente. Eu gostava de tudo que vivia com ela.As vezes me perdia beijando o corpo dela, cada pedacinho, eu gravei o cheiro dos cabelos, o som dos gemidos, o gosto da pele, o sabor da boca, sua expressão ao chegar ao êxtase.Confesso que na maioria das vezes me sentia torturado. Eu jurava que ela se guardaria até o dia do nosso casamento. Que estaria virgem até aquele dia.Com o passar do tempo ficou muito complicado, eu queria muito aquilo, para evitar a tortura eu cheguei a ir dormir na cama que era dela. E isso causou um tremendo problema!Como sempre nós conversamos, dissemos tudo um outro, ficamos bons em ser ami
Tem quase um quatro meses que estamos juntos no mesmo quarto. Eu já me acostumei com essa vida, no começo foi estranho. Principalmente por saber que meus tios pensavam que estávamos no quarto transando.Eu estou ainda mais cuidadosa, não me troco na frente dele, não tomamos banho juntos, eu estou com medo. Sempre achei que fosse medrosa, sempre fui insegura mas me sinto ainda pior.Eu o amo, amo loucamente, meu amor por ele é maior do que qualquer coisa que já senti na vida. Não há como comparar e acho que nunca amarei ninguém assim, não acredito que haja amor maior que esse.O desejo por me entregar existe, claro que existe, eu o amo. Amo desesperadamente. Eu queria poder me entregar sem medo, queria ser como as outras garotas da escola, ou como minhas amigas, queria sentir o prazer e o amor dele por mim expressos em um único ato.Eu queria ligar meu corpo ao dele, ser dele, totalmente entregue. Dizem que que
As férias voltaram e foi exatamente o que eu precisava. Com meu pai de volta e eu numa confusão interna sobre como fazer para me entregar. Ir para o sítio era a melhor pedida para as férias.Melhor que isso era saber que tia Lili e tio Claudio só apareceriam por lá na próxima semana.Assim que chegamos na casa eu fui dormir deitada na rede, a viagem foi cansativa. Enquanto dormia tive um sonho nada apropriado. Na verdade é só o reflexo do que estou desejando faz algum tempo.Será que é errado perder a virgindade com alguém que você nem namora? Porque até onde eu sei geralmente as meninas perdem a virgindade com namorado de anos. Eu não namoro, se quer posso chamar o que eu tenho com Bruno de namoro, ou posso? Na verdade essa é relação mais estranha que alguém pode ter na vida e mesmo assim eu quero muito fazer isso.Eu amo ele de uma forma que nem sabia ser possível. Foi ele que me deu o primeiro beijo e acho que se a mi
Depois do dia da cabana eu e Bruno ficamos ainda mais grudados, como se fosse possível,ele passou a me tratar como uma princesa. O seu cuidado e carinho é tão bom de viver e de sentir. Apesar de dizer que sou amiga dele eu me sinto muito como sua namorada.É o som mais doce do mundo ouvir a voz dele me chamando de amor, ou seu bom dia pela manhã, ou seus sussurros no meu ouvido enquanto fazemos amor. Estou vivendo os melhores dias da minha vida.O melhor é não ter que me esconder, ou ter fugas durante a noite para passarmos nossos momentos juntos. Eu posso beijar-lo quando tem alguém perto, falar quando alguma garota se faz de interessada.Posso viver como quero, me sinto livre porconseguir viver essa intimidade com ele, é claro que ainda tenho um pouco de vergonha, eu me sinto insegura as vezes principalmente quando alguma menina dá em cima dele. Como agora por exemplo.A prima do Bruno está dando
Seis anos depois.Ana não mentiu quando disse que me deixaria participar da vida da Bea. A conversa sobre eu ser pai da menina foi longa e delicada. Ter que dizer a sua filhaque você é o pai e que você não acreditou na existência dela por isso nunca esteve por perto é complicado e nem é toda a verdade.Eu não sabia o que fazer ou dizer, uma meia verdade pareceu ser uma boa, tive sorte porque ao contrário da mãe, Bea me aceitou e me perdoou rápido. Desde então tenho participado de diversas atividades com ela. Vamos a parques, a restaurante, cinemas, eu busco ela na escola às vezes e em outras vezes eu a levo.Ana não me deixa chegar nem perto dela. Ela não fala comigo nada além do que é essencial. Eu entendo que a magoei, eu fui infantil, um moleque, eu sei. Me sinto ainda pior por ainda querer uma chance com ela. Meu coração porém não se importa que eu me humilhe.Bea me contou que a Ana