Pietra Santini Me levanto mais disposta, me arrumo e vou tomar o café da manha. — bom dia Ma – digo animada — bom dia querida, seu pai pediu para avisar que cancelou todos os seus compromissos, você não faz mais nada – diz — Posso me considerar de férias então – brinco, Malena não sabe do leilão nem de nada mais — Não sei, vindo do seu pai não acho que seja boa coisa filha – diz com receio — Fica tranquila Malena, tudo vai ficar bem-digo indo ate ela e a abraçando com vontade. — O Adônis deve estar vindo, chamei ele para o café – diz e eu sorrio, mas meu coração aperta pensando que talvez eu não o veja mais — Cheguei minhas meninas – ele diz animado — bom dia Doni – me aproximo dando um selinho no mesmo — Estamos de folga hoje, o que acha de um cineminha? – Pergunta – programa de casal – brinca — Acho ótimo – forco um sorriso — Acho ótimo, quanto mais vocês comem fora, menos eu preciso cozinhar – Malena brinca — Vai chamar a Lana e o Luke? – Pergunto — Hoje é quart
Adônis Hart Estou deitado ofegante do lado da Pi, ela sorri me olhando. — Uau isso foi incrível – digo olhando a mesma — Realmente, eu não sabia que era tão bom – ela diz e eu sorrio — Estou aqui para te mostrar que pode ficar ainda melhor – digo a puxando por cima do meu corpo e cheirando seu pescoço. — Eu vou adorar – ela diz rindo – mas agora eu quero um banho bem gostoso com você — Isso me parece ótimo – digo Me levanto puxando a mesma pela mão, e fomos ate o banheiro do meu quarto, tomamos banho juntos, com carinho, e alguns beijos fogosos, mas eu sabia que tinha sido sua primeira vez, não podia fazermos nada. Depois do banho, saímos agarrados, ela veste uma cueca minha e uma camisa, claro eu rasguei a calcinha dela. Deitamos juntos agarrados, faço um carinho, nos cabelos da Pietra. — Eu amo você Doni – ela sussurra e eu sorrio — Eu também amo você minha loira – digo beijando seus cabelos. ... Acordo sentindo falta do corpo da Pietra no meu, isso já me deixa puto, eu
Adônis Hart Assim que chegamos à cidade vizinha, o cenário era tão estranho quanto a decisão de estarmos ali. Meu pai nos conduziu até uma fazenda isolada, algo que nunca imaginei que ele sequer conhecesse. Ele estacionou o carro, olhou em volta e suspirou como se carregasse o peso do mundo.— Pai, isso é realmente necessário? — perguntei, tentando conter o tom de irritação.— Sim, Adônis. Quando o pai da Pietra perceber que ela fugiu, a nossa casa será o primeiro lugar que ele vai procurar. Além disso, ele te ameaçou, e eu quero você e sua mãe a salvo. — Ele olhou para mim com uma determinação que não admitia objeções.— Mas por que ajudou ela a fugir? Você sabe que isso só complica tudo. — Minha voz saiu mais dura do que eu pretendia.— Porque ela é uma menina que nunca teve escolha. Porque eu quero aquele desgraçado preso. E… porque ela é o seu amor. — Ele deu um tapinha nas minhas costas, como se estivesse firmando a confiança entre nós. — Eu não podia deixar vocês dois sofrerem
Pietra Santini Ao entrar na casa do Américo, a grandiosidade do lugar me envolve. É uma casa muito maior e mais luxuosa do que a que cresci, mas não consigo sentir conforto. Tudo aqui parece impessoal, como se fosse uma prisão disfarçada de mansão. Preciso me acostumar? Só o pensamento já me deixa inquieta.— Será que posso, pelo menos, ter um quarto separado até o casamento? — pergunto, tentando não demonstrar o desconforto.Ele olha para mim, relaxado, com um meio sorriso no rosto, como se estivesse achando graça da minha dúvida.— Pietra, eu não sou o pior cara do mundo. Claro que pode.Reviro os olhos.— Falou o cara que deu lance numa menina de 19 anos. — Minha voz carrega um sarcasmo que não faço questão de esconder.Ele suspira, não se abalando.— Sobe as escadas. O seu quarto é a segunda porta à direita… Só até o casamento.Não respondo. Apenas sigo as instruções, carregando comigo a irritação por estar ali, nesse acordo sujo, longe de tudo que me era familiar. Quando entro n
Adônis Hart Estava no meu quarto com Luke, os controles do videogame nas mãos, mas minha cabeça estava a anos-luz dali. Tentava me distrair, me anestesiar, mas era inútil. Cada vez que piscava, o rosto dela surgia na minha mente. Pietra. O som do jogo não abafava a única verdade que importava: ela ia casar. E não comigo.Luke estava ao meu lado, aparentemente concentrado no jogo, mas eu sabia que ele também estava lutando contra o peso dessa situação. Ele não era do tipo que falava muito, mas seu silêncio dizia mais do que palavras. Nós dois sabíamos que o que estava acontecendo era uma merda, mas também sabíamos que éramos impotentes diante disso. Ou, pelo menos, era o que eu tentava me convencer.Foi aí que a porta do quarto abriu de uma vez, batendo contra a parede.— Alguém pode me dizer que merda é essa aqui?! — A voz de Alana cortou o ar como uma faca.Ela entrou com tudo, o rosto vermelho de indignação e os olhos faiscando. Na mão, segurava algo que eu reconheci na hora: o mal
Pietra Santini A igreja estava silenciosa, com o caos finalmente controlado. Meu pai havia sido levado sob a custódia de policiais, e tudo o que ele construiu — ou destruiu — estava em ruínas. Embora a confusão tivesse acabado, uma sensação pesada ainda pairava sobre mim. Eu estava exausta, mas havia uma leveza dentro de mim que não sentia há anos. Era como se, finalmente, pudesse respirar sem medo. Quando a noite chegou e todos se dispersaram, encontrei-me sozinha com Adônis em seu quarto. Apenas nós dois. Ele estava sentado na cama, com os cotovelos apoiados nos joelhos e a cabeça baixa, como se estivesse tentando processar tudo. A luz suave do abajur iluminava seu rosto, e cada detalhe parecia mais nítido. Era como se eu o estivesse vendo de uma nova forma, ainda mais real, ainda mais meu. — Finalmente tudo acabou — ele disse, soltando um longo suspiro, como alguém que acabou de largar um peso insuportável. Eu me aproximei devagar, o coração batendo descompassado. Ele era o mo
Pietra Santini Algumas semanas depois Finalmente nos mudamos. A mansão estava vazia, o peso da decisão de vendê-la ainda pairava no ar, mas era a coisa certa a fazer. Com o dinheiro obtido, decidi guardar parte para o futuro e investir na nova vida que começávamos a construir. Agora, morávamos em apartamentos menores, mas bem mais tranquilos. Os apartamentos que eram da minha mãe se tornaram um lar acolhedor para nós, e ter vizinhos como Doni e Ma, quase como uma grande família, fazia tudo parecer certo.Malena continuava a trabalhar na minha casa, mas com menos frequência. Seu Alberto, por enquanto, ainda era meu motorista. Eu ainda não havia tirado uma carteira de motorista, e ele se ofereceu para ajudar nesse início. Doni, depois de decidir dar uma chance para a engenharia, estava trabalhando com Luke na empresa do pai dele. E eu estava finalmente vivendo o meu sonho: dando aulas de balé para crianças no período da tarde. A rotina estava se estabelece
Pietra Santini Os últimos meses tinham sido um redemoinho. Hoje, finalmente, era o julgamento do meu pai. Sentada no banco reservado para familiares, meu coração parecia prestes a explodir. Eu sabia que ele seria condenado — as provas eram contundentes e os depoimentos, esmagadores. Ainda assim, o peso de estar ali, enfrentando a pessoa que destruiu tantas vidas e quase arruinou a minha, era algo que me sufocava.— Calma, querida, ele não vai escapar dessa — Malena disse, segurando minha mão com firmeza.Eu assenti em silêncio. Malena e o senhor Alberto estavam ali para depor. Ambos haviam sido peças-chave na investigação contra meu pai. Eu e Adônis, por outro lado, estávamos como espectadores, alheios aos detalhes mais sórdidos dos esquemas que ele havia arquitetado. Nosso papel era apoiar e testemunhar a justiça sendo feita.As horas no tribunal arrastavam-se como séculos. Uma fila interminável de testemunhas descrevia, com riqueza de detalhes, os crimes do meu pai. Os desfalques,