..... DIA SEGUINTE .....LAURA ONO meu celular, o qual está em cima da minha mesa de trabalho, começa a vibrar. Uma vibração. Duas. Três. Quatro. Cinco.Eita! O que deve ser?A Joyce não veio hoje, pois foi diagnosticada com dengue, sendo assim, o meu trabalho é dobrado. Deixo os meus afazeres de lado, para ver do que se trata as notificações que chegaram a meu celular."Bom dia, Laurinha!""Tudo bem por aí??""Quanto tempo, né??""Fiquei sabendo algo...""Gostaria de confirmar se a informação procede"Sorrio ao ver serem mensagens da Karina, uma amiga de longa data que tive a oportunidade de conhecer na faculdade. "Bom dia, Ká! Estou bem e você?""Já tem um tempo mesmo que não nos vemos.""O que seria?"Desconfio do que a Karina irá dizer, mesmo assim prefiro deixá-la falar primeiro."O Raul e você estão se separando?" — Karina pergunta sem rodeios. Mordo o lábio inferior."Estamos em processo de divórcio." — afirmo na mensagem."Assim? De repente?" "Por que você não me disse?"Si
..... DIA SEGUINTE .....LAURA ONCaminho em direção a imobiliária ao estacionar o carro; como combinei com o Raul, iríamos conversar após o fim meu expediente.Pedi para a minha mãe buscar o Pietro das atividades curriculares, assim podíamos ficar despreocupados e ter mais tempo para conversar.Admito que fiquei ansiosa o dia todo, na expectativa de como será o resultado desta conversa. Estou convicta da decisão que irei tomar, mas não sei se o Raul irá concordar com as condições que irei propôr.Ao adentrar na imobiliária, vejo Lorena, a recepcionista temporária do Raul.— Boa tarde. — cumprimento.A mulher levanta o olhar para mim e força um sorriso:— Boa tarde.— Eu vim ver o Raul. - aviso quando percebo que ela não irá dizer mais nada.— Reuniões apenas com horário marcado e até às 16h da tarde. — a recepcionista avisa.— Agora não é hora de bancar a funcionária competente. — digo com indiferença na voz — O Raul está na sala dele?— Aqui não é encontro de família, porque não deix
LAURA ON— Laura?! — Raul indaga, assustado.Abro a porta do boxe para ver o Raul, não há ninguém com ele.Mas eu escutei alguns gemidos...— O que está fazendo aqui? — o homem indaga, ficando de costas para mim.— Eu decidi fazer uma surpresa. — explico.— E que surpresa... — Eu pensei haver alguém com você. — murmuro.— Você achou o quê? — o Raul me olha sobre o ombro.— O que está escondendo de mim? — faço o Raul virar-se e vejo a sua mão repousando sobre o seu membro ereto.— E-eu... Eu posso explicar... — Raul fica sem jeito.Solto um suspiro de alívio.O Raul estava se masturbando.— Isso explica os gemidos que ouvi. — falo.— Laura, não pense que sou um pervertido e nem nada... — Raul começa a se explicar — Eu preciso me aliviar, fiquei mal-acostumado no Rio de Janeiro.— Tudo bem, eu entendo. — digo calmamente.— Isso é constrangedor. — Raul diz envergonhado.— Bom, mas o que você estava pensando enquanto se masturbava? — pergunto com um sorriso arteiro.— Em você. — Raul res
.... DOIS ANOS DEPOIS .....LAURA ON— Leonardo Veiga, você aceita Taciane Vitória Renosto Veiga como sua legítima esposa? — o celebrante pergunta.— Aceito. — o meu irmão Léo responde.— Taciane Vitória Renosto Veiga, você aceita Leonardo Veiga como seu legítimo esposo? — o celebrante pergunta novamente.— Aceito. — Tatá responde sorridente. Após anos de preparação, o Léo e a Tatá enfim estão se casando. A noiva está tão linda, emanando a sua beleza jovial.Muitos estão emocionados, a minha mãe está em prantos ao meu lado. Admito que eu também não me contive, é emocionante casar o meu irmão — que é a propósito mais velho que eu.O melhor disso tudo é que eu ganhei a aposta que fiz com os gêmeos, Luís e Lorenzo, que o Léo iria chorar ao ver a Tatá entrando de noiva — ele nem se importou em disfarçar, chorou todo apaixonado ao ver a Taciane no altar. O Raul me apoiou, pois, segundo ele:"O casamento é um dos poucos momentos que você verá um homem chorar."Sem falar de todo o local, a
— O que você está fazendo, Raul? — Laura pergunta, quando estamos no estacionamento da ‘boate’.Durante o caminho, mantive a minha mão firme em seu pulso, para que a Laura não se perca no meio das pessoas. Isso não impediu que ela tropeçasse em seu salto alto.— Vou levá-la para casa. — respondo.Destravo o alarme do carro e abro a porta do passageiro, para que a Laura se sente.— Mas eu estava me divertindo tanto! — ela faz um bico.Contenho o riso.Já faz muito tempo que não via a Laura alta de álcool.— As suas amigas nem estavam de olho em você, Laura. — afirmo — Você está alta devido ao álcool, que algum engraçadinho poderia se aproveitar de você.— Você adora estragar tudo, Raul... — sua frase sai estendida.— Você ainda me agradecerá. — dou de ombros.Vou para o meu lugar e dou a partida no carro, saindo do estacionamento. Mais carros estão chegando para a festa, pelo jeito estas pessoas vão até o amanhecer.— Para onde você está me levando? — Laura pergunta, olhando a rua.— P
"Quando o Raul e eu nos conhecemos, numa festa de um amigo em comum, eu não poderia imaginar que iríamos além de um beijo. Quero dizer, o Raul era esquisito demais! Com aquelas roupas surradas, o cabelo emaranhado e a boca volumosa devido ao aparelho...Pensou? Pois bem! Eu não sei o que vi nele para aceitar um beijo. Na verdade, talvez eu saiba sim. Por eu estar usando um mini vestido, o qual o meu pai me mataria se me visse usando, acabei por chamar a atenção de moleques idiotas e que só pensavam em sexo. Passei a maior parte da noite sentada, devido ao vexame. Foi então que o Raul se aproximou, na tentativa de conversar. A princípio, eu me contive. Eu sabia as palavras que ele usaria:"Vamos para um lugar mais reservado?""E aí, gatinha? Namora?""Bem gostosa essa sua bunda neste vestido, hein?"Contudo, o que o Raul disse, me deixou surpresa:"Gostaria que soubesse que você é a garota, a qual mais me chamou atenção nesta festa, com o seu sorriso fofo e a delicadeza em seus movi
..... DIA SEGUINTE ..... Como nada consegue mudar as prioridades do Raul, decidi aproveitar o sábado para passear com o Pietro. Desta forma, ele não se chatearia tanto com o pai desperdiçando um lindo dia, enquanto fica enfiado no escritório.Saímos de casa às 10h. Curtimos o dia no ‘shopping’, indo às lojas, comendo no McDonald's na hora do almoço e depois fomos ao cinema por insistência do Pietro para assistir um novo filme em cartaz.Enquanto eu esperava na fila para comprar os ingressos, vi estar em cartaz um filme que eu assisti muito na minha juventude: um amor para recordar. Acho graça no título ao me lembrar que o meu casamento está próximo a isso, momentos para recordar porque a realidade é desencorajante.— Mãe, nós podemos levar um balde grande de pipoca para assistir ao filme? — Pietro perguntou-me, afastando a minha atenção dos pensamentos.— É claro. — respondo.— E refrigerante? — Mas a minha dieta proíbe refrigerante. — digo na brincadeira.— É só hoje. — Pietro faz
..... DIA SEGUINTE .....— Raul, querido, você se serviu com a farofa? — a minha mãe se aproxima de nós, apoiando as mãos no ombro do Raul — Fiz especialmente para você.— Foi a primeira coisa que peguei, Sandra. Está deliciosa como sempre, obrigada. — Raul responde num elogio.Como podem ver, o Raul agiu de maneira sensata e está me acompanhando neste almoço em família. Que bom ele ser um homem sábio nas decisões, caso contrário seria agora um homem morto.— Fiquem à vontade, logo, o Luís e a namorada irão chegar. — a minha fala e se afasta.É notório como a minha mãe ama o Raul, sempre procura tratá-lo bem.— Viu só, filho? — Raul se dirige ao Pietro que está sentado ao seu lado — A segunda coisa melhor ao se casar com uma boa esposa, é ter uma boa sogra. — Espero que quando eu me casar eu também tenha uma boa sogra, pai. — Pietro diz.— Ei! Você é muito novo para falar de casar e muito menos de sogra. — reclamo num tom brincalhão.— Eu vou ser como você, mamãe. — o Pietro fala.—